05/12/2007
Soy CIDADÃO Latino Americano...e nunca me engano!*
Qual o maior presente que poderíamos ganhar nesse Natal? A melhor resposta seria a cidadania do Mercado Comum do Sul (Mercosul)! Mas assim como Papai Noel, ela ainda não existe! A idéia é simples, mas seus efeitos são complexos. Imagine uma legislação mais conjunta entre os quatro países membros diretos do Mercosul: a Argentina, o Brasil, o Paraguai , o Uruguai e a Venezuela (em ordem alfabética e não de importância).
A nacionalidade no Brasil é regulada pela Constituição da República promulgada em 1988, que em seu artigo 12 delimita quem são os brasileiros natos. O Brasil segue o princípio do jus soli, terá a nacionalidade brasileira quem nascer em solo brasileiro, desde que os pais não sejam ou estejam a serviço de Estado estrangeiro. E também segue o jus sanguinis, onde independentemente de onde tenha nascido, se tiver pais brasileiros, poderá requerer a nacionalidade do país do futebol.
A nacionalidade também ocorre por naturalização, que é quando o país dá ao estrangeiro, desde que ele cumpra com os parâmetros estabelecidos, a chance de ser nacional. A famosa lei que regula a naturalização é a chamada “Estatuto do Estrangeiro” (Lei n.º 6.815/80, com alterações da Lei n.º 69.64/81 e do Decreto n.º 86.715/81).
Pontos interessantes dessa lei são que o estrangeiro que requerer a naturalização não pode ter antecedentes criminais, tem que ter boa saúde (ou seja, não deve utilizar os hospitais brasileiros), saber a língua portuguesa (o que efetivamente nenhum brasileiro sabe) e a famosa idoneidade moral, que hoje é mais extinta que o mico leão dourado em nosso país tropical.
Porém, o Brasil apenas aceitará que o indivíduo tenha a dupla nacionalidade (ou seja, seja brasileiro e argentino, por exemplo) se o país estrangeiro reconhecer a nacionalidade brasileira ou ainda se for norma obrigatória para o brasileiro continuar naquele país e exercer seus direitos civis.
Acontece que o número de imigrantes dos países membros do Mercosul é realmente significativo e talvez a lei esteja um pouco fora da realidade social que vivenciamos. Então chega-se no dilema: não seria mais fácil para o trabalho, a qualidade de vida, desenvolvimento econômico a regulamentação através do Mercosul de uma cidadania homogênea?
O trio parada dura
Na Argentina a nacionalidade segue o princípio do jus solis, menos para os filhos de diplomatas estrangeiros, e também o princípio jus sanguinis no caso de nascer em outro país e ser filho de pais argentinos. Porém, há uma diferença drástica entre a Argentina e o Brasil: os hermanos aceitam que em apenas dois anos consecutivos o estrangeiro pode se naturalizar. Já no Brasil o estrangeiro, para ser naturalizado, deve residir no mínimo quatro anos para fazer o requerimento, mas a média é de 15 anos, com exceção para os países que falam a língua portuguesa que o Brasil exige apenas um ano. Apenas oito países falam a língua portuguesa no mundo e são os membros da OPLP (Organização dos Países da Língua Portuguesa, formada por Angola, Brasil, Portugual, Timor Leste, São Tomé e Príncipe ,Cabo Verde, Guiné-bissau, e Moçambique).
Entretanto, o estrangeiro na Argentina não precisa nem ao menos se naturalizar para ter seus direitos civis, só não poderá exercer os direitos políticos. Sendo assim, quem vai querer se naturalizar Argentino? Outro ponto interessante é que não há a perda da nacionalidade Argentina, mais ou menos o que ocorre no Brasil com a sogra, não existe para o a lei brasileira a ex-sogra, é sogra para a vida toda. (é o chamado “Carma Legal”) Porém, um ponto positivo na legislação dos hermanos é que poderá o argentino optar por outra nacionalidade livremente sem perder a original e sem qualquer outra exigência.
Já no Uruguai, todos que nascerem em seu território serão considerados uruguaios, sem exceção! E também tem o principio do jus sanguinis, com um registro civil a qualquer tempo. O “Carma Legal” também se aplica, sendo uruguaio uma vez, assim será para a vida toda! Mas o mais interessante é que no Uruguai o estrangeiro pode ser cidadão sem ter a nacionalidade uruguaia. Apenas existirá a dupla nacionalidade no Uruguai se um país estrangeiro naturalizar um Uruguaio reconhecendo sua nacionalidade originária.
Dessa forma, um estrangeiro terá os direitos de um cidadão, com poder de voto, exercendo seus direitos civis mesmo sem ser naturalizado, já que não existe naturalização no Uruguai.
O mais interessante de todos os ordenamentos é o Paraguaio. A primeira vista sem muitas surpresas, já que aplicam o princípio do jus soli sem nenhuma forma de impedimento. Já o jus sanguinis segue algumas regras, como os pais do filho nascido no estrangeiro devem vir a residir no território paraguaio para que o mesmo seja um nacional nato. Para os estrangeiros interessados na naturalização, o prazo é de três anos, tendo que residir no território e cumprir com mais algumas exigências de praxe.
Mas o melhor está por vir. Tudo que for mencionado abaixo não é aplicado por nenhum outro membro do Mercosul e é extremamente interessante. Os paraguaios admitem a múltipla nacionalidade, mediante acordos internacionais e do princípio da reciprocidade. Além disso, existe a chamada nacionalidade honorária, que é concedida a quem prestou serviços de grande valia ao país, como por mérito. Por exemplo: um professor que desenvolveu um estudo que ajudou o povo paraguaio.
Um outro ponto extraordinário é que todas as crianças encontradas abandonas em território guarani serão adotadas pelo país, independente de jus soli, ou jus sanguinis! E como o Paraguai jamais abandonará seus filhos, também irá respeitar sua decisão individual, podendo o paraguaio nato renunciar a sua nacionalidade, porém, sempre poderá contar com o corpo diplomático. Já os naturalizados podem perder sua nacionalidade caso se ausentem do território guarani por mais de tres anos.
O que será, que será??!??!?
O que se pode concluir com tudo isso é que todos os países do Mercosul adotam o princípio do jus soli. Brasil e Argentina colocam algumas exceções, mas é um princípio que todos acolhem. Sendo assim, porque não criar uma cidadania para os nascidos em território onde é aplicado as normas do bloco econômico?
Outro princípio comum é o do jus sanguinis, mas com muitas divergências entre os membros. Porém é um método que pode ser utilizado em conjunto ou não com o jus soli. Sem interferir nas regras de cada país, o Mercosul poderia conceder a cidadania pela nacionalidade, ou seja, a todos os brasileiros, argentinos, uruguaios e paraguaios.
Como a naturalização não é aceita pelo Uruguai e é uma regra bastante interessante nesse mundo atual e globalizado, uma solução seria dar apenas a cidadania do Cone Sul, independente de nacionalidade, ou seja, um cidadão “mercosulista” teria que seguir algumas regras específicas pré-delimitadas (normalmente seguem uma mesma linha), podendo inclusive incluir os nacionais dos membros associados como o Chile, a Bolívia, a Colômbia e o Equador.
Me chamem de sonhador, mas não sou o único... Pode parecer tão bonito quanto no contexto utópico da ingênua música “Imagine” de John Lennon, mas será algo que trará ao bloco econômico uma aproximação e integração tão harmônica como a orquestra sinfônica do Mercosul.
O próximo passo desse sonho? Formar uma seleção e ir para a Copa do Mundo dos Blocos Econômicos, enfrentar seleções da União Européia, dos Tigres Asiáticos, dos Andinos... !!! Talvez seja melhor acreditar em Papai Noel mesmo.
Nota: Por questão de espaço não abordei a naturalização por casamento, no Brasil é regulada pela Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro.
*Trocadilho com a letra da música “Soy Latino Americano” (1976) de Zé Rodrix.
Safra da esperança
Por José Zeferino Pedrozo
Além da importância para a segurança alimentar do País, o setor primário em geral e a agricultura em particular têm uma capacidade extraordinária de gerar respostas econômicas. Por isso, importantes lideranças nacionais vêm defendendo uma estratégia de Estado e não apenas de governo para o agronegócio brasileiro, como a saída mais rápida e mais viável da crise em que se meteu o Brasil.
Ex-tarifário e seus benefícios
Por Milton Lourenço
– Não há dúvida que a falta de confiança no governo Dilma Roussef, causada por incertezas relacionadas à área fiscal, foi o principal fator que levou a economia brasileira para baixo. Agora, com a retomada da confiança pelos investidores após o seu afastamento, já se desenha no horizonte um processo de recuperação pelo qual o País deverá passar nos próximos anos.
Sem pacificação não vamos a lugar nenhum
Por José Zeferino Pedrozo
O recém-encerrado processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff, agora em caráter permanente, exige uma avaliação isenta e escoimada de apegos ideológicos. De um lado, é necessário reconhecer que as instituições republicanas revelaram-se suficientemente fortes e maduras para cumprir rigorosamente os preceitos constitucionais e o rito definido pelo Superior Tribunal Federal.
O fim do TTIP e o Brasil
Por Milton Lourenço
Por enquanto, o Brasil pode respirar aliviado não só pelo fim definitivo do ciclo que marcou a permanência do lulopetismo no poder e as graves consequências que redundou na economia do País como também pelo fracasso das negociações entre Estados Unidos (EUA) e União Europeia (UE) para a formação do Transatlantic Trade and Investiment Partnership (TTIP), ou apenas Parceria Transatlântica, que, se formalizado, iria abarcar, mesmo sem a China, mais de 75% do comércio de bens do planeta.
Gestão e infraestrutura
Por Mário Lanznaster
Existem muitas coisas que os agentes econômicos em geral e os empresários em particular estão tendo cada dia mais dificuldade em tolerar. Uma delas é a crônica má gestão que impregna todo o setor público, incluindo a administração indireta e as empresas de economia mista, e que se revela pelo desperdício de dinheiro público, pela corrupção e pela ineficiência generalizada.
O que há por trás da crise no Mercosul
Por Milton Lourenço
Um balanço sobre os prejuízos causados à Nação pelo ciclo de 13 anos, três meses e 24 dias de lulopetismo ainda está para ser feito e só será completado, provavelmente, quando as suas principais figuras já estiverem apenas nos livros de História, mas, desde já, não custa assinalar algumas das decisões erráticas que marcaram seus três governos e meio. Uma delas foi o apoio à entrada da Venezuela no Mercosul em 2012, decisão eminentemente política, pois o Brasil à época já havia assinado um acordo com os venezuelanos que garantia as mesmas tarifas do bloco, o que pouco afetaria a relação comercial entre os dois países.
Crédito rural e sua importância como política pública para o Brasil
Por Mário Lanznaster
Nas Nações evoluídas, a agricultura e o agronegócio são considerados áreas essenciais que merecem apoio e proteção especial do Estado, tendo o crédito rural subsidiado como uma das mais eficientes políticas de apoio. Nos últimos tempos, esse tema tem sido objeto de grande preocupação para o agronegócio brasileiro. A crise econômica impactou fortemente na disponibilidade de recursos. De um lado, houve redução de disponibilidade de recursos pelas instituições financeiras, em razão da queda da poupança e dos depósitos à vista que, somado à elevação dos juros (necessário para melhor equação dos gastos públicos com os subsídios), encareceu o financiamento da produção.
Uma saída para o Brasil
Por Milton Lourenço
Entre os 15 maiores exportadores, 14 têm suas pautas de exportação concentradas em produtos manufaturados. O Brasil não está incluído nesse seleto grupo, ocupando apenas a 25ª colocação no ranking de 2015 elaborado pela Organização Mundial do Comércio (OMC), embora tenha o 9º Produto Interno Bruto (PIB) do planeta, o que mostra que teria tudo para estar entre os 15 maiores. O fato triste nessa constatação é que, até o final de 2016, de acordo com os resultados do primeiro semestre, o País deverá cair para a 29ª colocação.
Porto de Santos em crescimento
Por Milton Lourenço
O relatório anual que a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), criada em 1948 pelo Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU), mostra que o porto de Santos continuou a ocupar em 2015 o primeiro lugar na movimentação de contêineres no continente, com 3,6 milhões de TEUs, o que representou um crescimento de 2,1% em relação a 2014 (3,5 milhões de TEUs). Segundo a Cepal, nos 120 portos da região analisados, a atividade cresceu 1,7%, com um volume aproximado de 48 milhões de TEUs.
Choque de realidade e choque de gestão
Por Mário Lanznaster
Toda crise, por mais pavorosa que seja sua origem e por mais graves que sejam seus efeitos, tem um aspecto positivo. A presente crise política, ética e econômica que se abateu sobre a Nação brasileira pode ter um resultado positivo se revestirmos nossas avaliações com a visão independente, a sensatez do raciocínio lógico e a capacidade de interpretação dos fenômenos subjacentes.
Comércio exterior: nem tudo está perdido
Por Milton Lourenço
Em 2015, o valor total das exportações agrícolas no mundo alcançou um número sem precedentes: 81,3 bilhões de euros. Como mostram dados da Statistics Netherlands (CBS), o primeiro lugar de maior exportador de produtos agrícolas ficou com os Estados Unidos, o segundo lugar com a Holanda, seguida pela Alemanha, Brasil e França. Esses dados só reforçam as boas perspectivas que se avizinham para o setor.
A má gestão, a crise do milho e a vida dos brasileiros
Por Mário Lanznaster
Uma gestão eficiente ou, apenas, uma gestão racional, é pré-requisito para que tudo na vida privada, na vida empresarial, na vida pública funcione com razoável eficiência. Dizer isso parece uma verdade trivial, mas, indagam os contribuintes brasileiros, por que muitas estruturas estatais não agem guiadas por esse princípio básico?
OMC: mudança de orientação
Por Milton Lourenço
Embora um pouco desacreditada em razão da assinatura de vários acordos regionais nos últimos tempos, a Organização Mundial do Comércio (OMC), com sede em Genebra, ainda se mantém como um foro de excelência do multilateralismo comercial. Tanto que seus membros representam mais de 98% do comércio mundial e a entidade tem cumprido um papel importante pelo menos quando chamada a dirimir controvérsias no comércio entre países.
Comércio exterior: começar de novo
Por Milton Lourenço
Se o novo presidente quiser mostrar serviço, em vez de extinguir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), passando suas atribuições ao Ministério das Relações Exteriores, como já foi cogitado - a pretexto de eliminar órgãos e cargos desnecessários - deve começar por acabar com a função de assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais. É de se lembrar que foi exatamente a atuação desse tipo de assessor que, nos últimos treze anos, levou o nosso comércio exterior à situação crítica de hoje.
A "Hidra" dos bancos
Por Miguel Nozar
Bem, essa terrível imagem da Hidra (monstro mitológico assustador com várias cabeças de serpente e que nasciam duas no lugar quando uma era cortada) se aproxima muito de um fiel retrato do sistema financeiro global: apenas 28 bancos detém, juntos, 90% dos ativos disponíveis entre mais de 100.000 instituições existentes. Ou seja, abraçam uns 60 trilhões de dólares – trilhões mesmo -, o equivalente a 75% de toda a riqueza produzida no mundo, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) em 2014. Uma brutalidade!
A importância da CISG e da arbitragem para o transporte marítimo e a atividade portuária
Por Osvaldo Agripino de Castro Jr.
Em 2013, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), cerca de 90% das importações do Brasil em toneladas ocorreram por via marítima, enquanto na exportação foram 98% ¹. Esse modal, portanto, demanda intensa atividade portuária, com diversas possibilidades de avarias marítimas e portuárias, assim como intervenção estatal, em face do controle aduaneiro e da regulação dos diversos órgãos intervenientes.
A história do capitalismo brasileiro
Composto pelas histórias pessoais e empresarias de cinquenta e um empreendedores em atividade entre os anos de 1962 e 2013, o livro "Empresários Brasileiros" ajuda a compreender a construção do capitalismo no Brasil.
Comércio exterior em recuperação
Por Milton Lourenço
Independentemente de quem venha a assumir o governo, com o possível impedimento da atual mandatária, prevê-se desde logo uma reação da economia, já que ficará definitivamente banida a mentalidade tacanha que fez o País mergulhar nessa que já é considerada a pior recessão desde a crise de 1929.
Basta de cinismo e deboche!
Por Marcos Antonio Zordan
O maior e mais deletério efeito dessa conjugação de crises política, econômica e moral que assola o Brasil é o surgimento de um sentimento amargo que cala fundo no coração de todos os brasileiros: a descrença no regime democrático.
Mercosul: balanço de 25 anos
Por Milton Lourenço
O Mercosul, criado a 26 de março de 1991, chega à marca dos 25 anos, senão como uma iniciativa coroada de êxito, pelo menos como um empreendimento que alcançou mais pontos positivos que negativos. Reunindo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, países fundadores, e Venezuela, que completou seu processo de adesão em 2012, o bloco constitui, sem dúvida, a mais abrangente iniciativa de integração regional já implementada na América Latina.
Insensibilidade do poder público
Por Milton Lourenço
Causa estranheza a insensibilidade como o poder público vem tratando a questão dos terminais que operam granéis sólidos de origem vegetal no Corredor de Exportação do Porto de Santos. Como se sabe, a prefeitura santista alterou a Lei de Uso de Ocupação do Solo para impedir a atividade na área da Ponta da Praia, sugerindo que os terminais sejam transferidos para a área continental do município, pouco povoada, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liminar suspendendo a lei municipal que proíbe as operações.
Os caminhos da reindustrialização
Por Milton Lourenço
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a indústria de transformação só tem apresentado declínio nos últimos 35 anos, chegando hoje a um ponto crítico que, se não for revertido logo, poderá comprometer o futuro do País, devolvendo-o à condição de fornecedor de matérias-primas, como nos séculos XVIII e XIX.
Porto de Santos: 124 anos
Por Milton Lourenço
No dia 2 de fevereiro, completaram-se 124 anos da criação do porto de Santos, embora a primeira presença de navios na barra e no canal do estuário da antiga vila seja hoje informação perdida no tempo. Comemora-se essa data porque foi em 1892 que atracou o vapor Nasmyth, da armadora inglesa Lamport & Holt,no primeiro trecho de cais com 260 metros lineares construído no lugar dos velhos trapiches no local então conhecido como Porto do Bispo, na região onde hoje se localiza o Centro da cidade.
A quem interessa
Por Miguel Nozar
A queda aparentemente sem freio da economia brasileira é alegremente festejada nos subterrâneos de Wall Street, em Nova York, e da City, de Londres, antecipando uma festança animada pela queda de valor dos ativos brasileiros, propiciando sua compra a “preços de banana”, na expressão burlona de um executivo londrino do ICAP GROUP. líder mundial do setor de transações e investimentos internacionais.
Davos 2016
Por Miguel Nozar
Davos, a famosa estação de esqui da Suíça foi, uma vez mais, palco do Fórum Econômico Mundial, reunindo quase 3.000 figuras exponenciais dos negócios, das finanças, dos governos e de entidades chaves na condução das atividades que fazem a riqueza (e as tribulações) de nossa civilização nesse princípio de Século XXI.
Insegurança: até quando?
Por Milton Lourenço
O incêndio que atingiu, no dia 14 de janeiro, 20 contêineres refrigerados que armazenavam produtos químicos no pátio alfandegado da Localfrio, na margem esquerda do porto de Santos, em Guarujá, não alcançou as proporções daquele que ocorreu na margem direita, no Distrito Industrial da Alemoa, em abril de 2015, mas serviu para deixar mais uma vez à mostra a flagrante falta de infraestrutura do País em quase todos os segmentos. Se um incêndio de pequenas proporções provocou tantos transtornos, é de se imaginar o que ocorreria num acidente de grandes proporções.
Poucos com muito
Por Miguel Nozar
Em recente relatório divulgado previamente à reunião de Davos16, a Oxfam, organização líder mundial na sistematização e análise de informações sobre distribuição da riqueza globalizada e que assessora a ONU sobre o tema, publica dados que revelam claramente que vivemos num mundo profundamente desigual, donde apenas 1% da população mundial acumula 99% da riqueza planetária.
O porto de Santos e seus recordes
Por Milton Lourenço
Apesar da crise global e das consequências de uma orientação equivocada que, a partir de 2003, passou a misturar política com comércio exterior, prejudicando a colocação de produtos manufaturados nos EUA, o maior mercado do planeta, o porto de Santos continua a bater recordes: em 12 anos, praticamente, dobrou sua movimentação de cargas, em função da exportação de commodities, especialmente soja (grãos e farelo), açúcar, milho, álcool e café em grãos. Se não tivesse havido tamanha retração nas vendas de manufaturados e o parque industrial brasileiro continuasse a produzir em ritmo crescente ou ao menos nos níveis anteriores, o País hoje não estaria mergulhado em recessão. Pelo contrário. Seria um oásis que atrairia investimentos do mundo inteiro.
Comércio exterior: nova política
Por Milton Lourenço
Se o Brasil hoje detém menos de 1% de participação no comércio mundial, depois de ter alcançado 1,41% em 2011, culpa cabe à política equivocada que o seu governo adotou a partir de 2003, quando o Ministério das Relações Exteriores perdeu completamente sua autonomia, passando a responder à Assessoria Especial da Presidência da República. Segundo aquela orientação ideológica e partidária, os Estados Unidos seriam o grande satã do planeta e o País deveria lutar para deixar de ser dependente de sua economia, idéia que levou Brasil e Argentina a boicotarem deliberadamente as negociações para a formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).
O grande desafio: a dívida
Por Miguel Nozar
No andar desvairado desse tempo louco, pleno de incertezas, de presságios calamitosos e de visões apocalípticas, nada mais oportuno que lembrar alguns ensinamentos colhidos da experiência de lideres que souberam afrontar a borrasca e manter o rumo na direção de um desenvolvimento contínuo, sustentável e decisivo para manter viva a esperança de um futuro cada vez melhor.
O que esperar de 2016
Por Milton Lourenço
Segundo projeções da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), o País, que em 2011 detinha 1,41% das exportações mundiais, em 2016, deverá contentar-se com 0,98% de tudo o que se vende no planeta, seguindo a tendência negativa que tem marcado os últimos anos: em 2012, essa participação caiu para 1,33%; em 2013, para 1,32%; em 2014, para 1,19%; e em 2015, para 1%. Mais: depois de ocupar em 2013 a 22ª posição no ranking mundial de exportação, o Brasil deverá cair para a 29ª colocação em 2016, depois de ter ficado na 25ª em 2014 e 2015.
Faesc preocupada com importação de frutas da China
Por José Zeferino Pedrozo
A cadeia produtiva da fruticultura catarinense está preocupada com a possibilidade de ingresso da maçã chinesa no mercado brasileiro. A questão é fitossanitária e mercadológica: a China convive com pragas que já foram erradicadas no Brasil e pratica preços muito baixos porque mantém subsídios ao produtor o que é condenado pela Organização Mundial do Comércio.
Porto sem papel e comunicação
Por Milton Lourenço
Nos últimos dias de 2015 e início de 2016, o porto de Santos viveu o pior dos mundos, situação que só não foi mais grave porque o País estava entregue às comemorações da passagem do ano. E também porque não estavam programadas atracações de navios de cruzeiro. Durante aqueles dias, o porto passou pelo menos 48 horas sem comunicação com os programas Porto Sem Papel, Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e Datavisa, gerenciados respectivamente pela Secretaria de Portos (SEP), Receita Federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
LA PAUTA ESQUECIDA
Por Miguel Nozar
Em seminário prévio à Reunião de Cúpula do MERCOSUL, realizada no final de dezembro, o ex-presidente do Uruguai, José Mújica, fez referencia à lentidão do processo de integração e a falta e consenso entre os sócios, especialmente Argentina e Brasil, destacando de modo incisivo: “A tragédia é que sacrificamos o porvir de nossos povos no altar de egos e interesses menores. Os dirigentes e os políticos da região serão julgados pela Historia pelos danos que trouxeram à causa comum de um maior e mais justo progresso das nações do bloco”.
Faesc prevê dificuldades no abastecimento de milho no primeiro semestre
Por José Zeferino Pedrozo
Será complicado o abastecimento de milho para as cadeias produtivas da avicultura e da suinocultura industrial em Santa Catarina no primeiro semestre deste ano: o grão está caro e escasso, portanto, com preço em ascensão. A avaliação é do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo. A situação somente irá melhorar no segundo semestre, com a entrada da safrinha.
Entre o otimismo exagerado e o pessimismo exacerbado
Por Mário Lanznaster
Conquistar novos mercados para produtos brasileiros é essencial para fortalecer nossa presença no comércio internacional. Isso é positivo e deve ser comemorado na medida certa. Nos últimos anos, os anúncios de conquista de novos mercados para a carne brasileira vêm revestidos de um exagerado otimismo, cujo efeito é a geração de expectativas desconectadas da realidade econômica e mercadológica e, por via de consequência, a frustração de vários agentes da cadeia produtiva.
A eterna equação do milho
Por José Zeferino Pedrozo
Santa Catarina possui o mais avançado parque agroindustrial do Brasil, representado pelas avançadas cadeias produtivas da avicultura e da suinocultura. Essa fabulosa estrutura gera uma riqueza econômica de mais de 1 bilhão de aves e 12 milhões de suínos por ano, sustenta mais de 150 mil empregos diretos e indiretos e gera bilhões de reais em movimento econômico.
O GRANDE DESAFIO
Por Miguel Nozar
A Conferencia Mundial do Clima, COP 21, realizada em Paris sob os auspícios das Nações Unidas – que tem liderado a luta para incentivar os países a implementar medidas urgentes para combater o aquecimento global – finalizou com um acordo histórico que, para muitos cientistas pode significar um ponto de inflexão na desvairada corrida na “construção de um mundo sujo” alheio aos danos causados à Mãe Natureza e nos limites ecológicos do Planeta.
Mercosul e neocolonialismo
Por Milton Lourenço
Quem conhece minimamente História sabe das consequências do Tratado de Methuen para Portugal e Brasil. Também conhecido como Tratado dos Panos e Vinhos, esse acordo entre Inglaterra e Portugal, que vigorou de 1703 a 1836 e levou esse nome em homenagem ao negociador pelo lado inglês, o diplomata John Methuen (1650-1706), envolvia a troca entre produtos têxteis ingleses e vinhos portugueses.
O grande Desafio
Por Miguel Nozar
A Conferencia Mundial do Clima, COP 21, realizada em Paris sob os auspícios das Nações Unidas – que tem liderado a luta para incentivar os países a implementar medidas urgentes para combater o aquecimento global – finalizou com um acordo histórico que, para muitos cientistas pode significar um ponto de inflexão na desvairada corrida na “construção de um mundo sujo” alheio aos danos causados à Mãe Natureza e nos limites ecológicos do Planeta.
UMA LUTA DE TODOS
Por Miguel Nozar
A Conferencia Mundial do Clima, COP-21, realizada em Paris no início de Dezembro, com a presença de 195 países mais a EU, desde já considerada o mais importante encontro global na tentativa de encontrar um consenso para um compromisso entre todas as nações com o objetivo de manter o aumento da temperatura média da Terra, até o fim do Século, dentro de limites que permitam a continuidade de nossa civilização.
OS GEMIDOS DA TERRA
Por Miguel Nozar
Ainda que para muitos possa parecer exagerado – nesse grupo tem destaque muito especial aqueles aferrados ao sistema vigente de produção de riqueza, independente dos danos causados a Natureza – as evidencias científicas e as projeções realizadas pelos melhores especialistas do mundo, não deixam dúvidas de que a mudança climática é o suficiente real e perigosa como para sacudir, de modo catastrófico, as bases de nossa civilização.
O Brasil, a Argentina e o mundo
Por Milton Lourenço
A eleição de Maurício Macri para a presidência da Argentina tem tudo para reverter o rumo equivocado que o Mercosul tomou nos últimos doze anos, quando, em vez de funcionar como uma efetiva união aduaneira, transformou-se em fórum de debates políticos e inconsequentes. Desde logo, o presidente argentino anunciou que pretende, ao lado do Brasil, levar o Mercosul a procurar uma aproximação não só com a Aliança do Pacífico, mas com os EUA e a União Europeia (UE), “para tirar a Argentina da situação de isolamento em que se encontra”.
Para colocar o Brasil nos eixos
Por Milton Lourenço
Foi em 2011 que o Brasil conseguiu atingir a marca de 1,41% de participação nas exportações mundiais, o seu melhor resultado em 50 anos, mas, desde então, esse índice só tem caído, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). Em 2012, a marca foi para 1,33%, em 2013 para 1,32%, índice igual ao de 2008, em 2014 para 1,22% e em 2015 projeta-se que deve ficar em torno de 1,15%.
A crise e a falta de bom senso
Por Milton Lourenço
De 2000 para 2014 as exportações mundiais saltaram de US$ 6 trilhões para US$ 22 trilhões e o Brasil acompanhou essa tendência quadruplicando suas vendas para o mercado externo, que passaram de US$ 55 bilhões para US$ 225 bilhões. Pode parecer muito, mas esse crescimento poderia ter sido maior, tivesse tido o País administradores públicos mais responsáveis, que promovessem investimentos em infraestrutura superiores aos 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da última década.
CORAGEM PARA MUDAR
Por Miguel Nozar
Resulta por demais evidentes que nos encontramos numa época sem precedentes nos tempos modernos, demarcada por uma conjugação de tendências conflitantes que, tudo parece assim indicar, devem ser os primeiros sinais de uma mudança profunda no relacionamento entre as os povos, as pessoas e as nações e, destes, com o Planeta Terra.
Para onde vai a China?
Por Milton Lourenço
Quem vive o dia-a-dia do comércio exterior sabe que, depois de 35 anos de êxitos econômicos, a China deparou-se em 2009 com uma recessão mundial e teve de abandonar a antiga política de exportar maciçamente produtos de baixa qualidade, substituindo-a por outra de alto valor agregado com base em tecnologia de ponta. Como isso exige cérebros mais desenvolvidos, o governo chinês tem investido muito em educação para formar grandes contingentes de mão-de-obra especializada.