segunda, 16 de setembro de 2024
05/04/2024

Reunião do Cosud no Paraná define estratégias para o andamento dos projetos de ferrovias


Reunião do Grupo de Trabalho de Ferrovias do Cosud definiu estratégias dos estados do Sul para o andamento dos projetos de ferrovias que estão sendo desenvolvidos pelos governos estaduais. O encontro foi realizado nesta quinta-feira, 4, em Curitiba (PR). Participaram representes de cada governo, que estão envolvidos com o projetos ferroviários. O vice-governador do Paraná, Darci Piana, abriu o encontro que também teve a participação do vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza.

“O entendimento do governador Jorginho Mello é que precisamos integrar os nossos projetos, pois temos o mesmo problema que é a indefinição sobre a renovação da concessão da Malha Sul. E viemos aqui propor isso, pois esta indefinição prejudica a construção de novos trechos de ferrovias e acaba por comprometer a viabilidade dos projetos de ferrovias que estão sendo elaborados”, avaliou o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF) , Beto Martins. O diretor de Modais, Ivan Amaral, também participou da reunião.

O GT das Ferrovias foi criado na última reunião do Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste) realizada em março, em Porto Alegre (RS), com o objetivo de buscar a união dos estados em torno do desenvolvimento deste modal, que é considerado de fundamental importância para a logística de transportes.

O vice-governador do Paraná lembrou que “chegou o momento dos três estados sentarem e cada um apresentar a sua proposta e encontrar um caminho comum para resolver definitivamente o problema das ferrovias nos estados do Sul”, disse Darci Piana.

O vice-governador gaúcho afirmou ser crucial rediscutir a modelagem e os investimentos para atender às demandas logísticas dos três estados. “Existem duas características essenciais a serem consideradas. Primeiramente, somos produtores e exportadores de grãos e proteína animal, além de sermos importadores de fertilizantes e outros insumos agrícolas. Em segundo lugar, temos a capacidade de exportar e importar por meio dos nossos portos. Portanto, é fundamental garantir o acesso eficiente aos nossos terminais para otimizar o transporte de cargas”, defendeu.

Ficaram definidos os dois próximos encontros. O primeiro será em 14 de maio em Brasília, em uma audiência com o Ministro dos Transportes e o segundo encontro do GT que será em Florianópolis, em data ainda a ser confirmada.

 

Por Rafael Matos | SPAF  



Blog

Emprega Já: 8,8 mil com cursos técnico ou tecnólogo estão disponíveis para trabalho

Dos 86 mil candidatos em busca de trabalho que cadastraram currículo na plataforma Emprega Já, 8,8 mil têm curso técnico (ensino médio) ou tecnólogo (ensino superior de tecnologia).

As duas formações focam atividades práticas, geralmente voltadas à vocação econômica local, e costumam ser requisitadas em setores como o industrial.

Empresas que procuram candidatos com este perfil podem consultar os currículos deles na Emprega Já. A busca é gratuita e pode ser feita por região, cidade e área de interesse.

Em teste, a Indústria News pesquisou por trabalhadores com curso técnico ou tecnólogo interessados em vagas de produção, comuns na indústria. Foram encontrados 1,4 mil em todas as cidades do estado.

ESCOLARIDADE

A plataforma tem currículos de pessoas com outros graus de escolaridade. Com ensino fundamental são 1,6 mil. Ensino médio, 10,3 mil. Superior, 4,1 mil. Especialização, 2,8 mil.

Em parte, a variedade se deve ao fato de o site reunir interessados em vagas de todos os setores da economia, como indústria, comércio e serviços, e disponíveis para diversas posições, como operacional e gerência.

CADASTRO

Empresas interessadas em buscar candidatos precisam apenas fazer cadastro na plataforma. Aquelas com vagas abertas também podem anunciá-las gratuitamente.

A Emprega Já busca estimular o desenvolvimento social e econômico no estado. Foi criada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) em 2021.

A FIESC não intermedeia as contratações. O contato é feito diretamente por empresas e candidatos.

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

ARTIGO: Justa retribuição

JOSÉ ZEFERINO PEDROZO

Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC)

 

O aquecimento global, o clima seco e a irrupção de incêndios em todos os continentes do Planeta e em todos os biomas do Brasil apontam a urgência para a proteção dos recursos naturais – solo, água, flora e fauna – nessa crise climática sem precedentes na história. A agricultura, como atividade econômica vinculada diretamente aos recursos naturais, é o primeiro setor impactado e, por isso mesmo, o mais interessado na exploração racional e sustentável.

Entretanto, para promover a propriedade ecologicamente equilibrada e sua viabilidade econômica, são necessárias formas alternativas de compensação ao produtor, por prestar um serviço de proteção ambiental em benefício da sociedade. A agricultura não pode suportar sozinha – por exemplo – os custos da recomposição florestal. É necessário que a implementação de medidas conservacionistas e de recuperação ambiental considere o risco da desestruturação social e econômica do segmento agropecuário.

Para atender a essa questão foi criada em 2021 a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais (PNPSA) por meio de lei que incentiva a conservação e o desenvolvimento sustentável, remunerando as populações que prestam serviços ambientais. A PNPSA foi instituída pela Lei Federal nº 14.119/2021, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro. 

            A PNPSA tem como objetivos incentivar a preservação de ecossistemas, recursos hídricos, solo, biodiversidade e patrimônio genético; valorizar os serviços ecossistêmicos econômica, social e culturalmente; manter, recuperar e melhorar a cobertura vegetal em áreas prioritárias para conservação; combater a fragmentação de habitats e estimular a formação de corredores ecológicos. A PNPSA também criou um cadastro nacional dos beneficiários do pagamento por serviços ambientais. Esse pagamento pode ser usado para remunerar proprietários de terras que preservam florestas nativas ou que realizam reflorestamento, pessoas ou organizações que promovem a restauração de áreas degradadas e pessoas ou organizações que protegem a biodiversidade.

O pagamento por serviços ambientais permite a remuneração das populações em área rural e urbana, dos produtores rurais, em especial das comunidades tradicionais, dos povos indígenas e dos agricultores familiares. Para viabilizar o pagamento, a lei ainda cria um cadastro nacional destes beneficiários.

            A Lei 14.119/2021, que institui a PNPSA, ainda não foi regulamentada com o devido reconhecimento do fomento às iniciativas de preservação e recuperação ambiental realizadas pelos produtores rurais, Sindicatos Rurais e cooperativas. A regulamentação deve instituir mecanismos de monitoramento e transparência que propiciem um ambiente favorável no país à injeção de investimentos no setor. Para isso, é pertinente utilizar como referência a experiência de estados que já puseram em prática a PNSA, analisando as melhores práticas para a regulamentação federal.

Sintonizados com os esforços de proteção e preservação, a Faesc, o Senar e os Sindicatos Rurais atuam para a disseminação de tecnologias abrangidas pelo Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC+), a ser executado entre 2020 e 2030.

            Várias iniciativas de sucesso podem ser implementadas como a recuperação de pastagens degradadas e de conservação ambiental, o fomento e a disseminação de sistemas de integração lavoura pecuária floresta, de sistemas agroflorestais, de técnicas como o plantio direto, de fixação biológica de nitrogênio, dentre outros.

Por outro lado, os produtores rurais são protagonistas no tratamento de dejetos animais e de resíduos da agroindústria para a redução de emissão de metano, produção de adubo orgânico e geração de energia limpa por meio da biomassa, de forma a contribuir com o país a cumprir o compromisso assumido na COP26, de redução de emissão de gás metano em 30% até 2030.

A implementação de uma política nacional de pagamento por serviços ambientais é um ponto de consenso entre produtores rurais e ambientalistas em relação à propriedade no campo. Falta apenas colocar em prática.

Autoridade Portuária realiza Revisão do Planejamento Estratégico Integrado que contará com sugestões da comunidade imbitubense

Visando ampliar a relação porto-cidade e com a missão de prover condições para o exercício dos serviços portuários de forma eficiente, sustentável e segura, o Porto de Imbituba lança a possibilidade para a participação dos cidadãos em seu Planejamento Estratégico Integrado - PEIN. Parceiros diretos e indiretos da região, membros da comunidade portuária e cidadãos imbitubenses,  até o dia 20 de setembro, podem contribuir  com avaliações, críticas ou sugestões acerca dos trabalhos desempenhados,  possibilitando a qualificação do planejamento da organização.

 

O Planejamento Estratégico Integrado - PEIN visa estabelecer métricas e referências para a canalização dos esforços da Autoridade Portuária nos próximos cinco anos. O documento pode ser acessado a partir do Portal da Transparência da empresa. Por isso, gostaríamos de convidá-lo(a) a contribuir para que o futuro do Porto de Imbituba esteja repleto de resultados positivos. Para fazê-lo, basta preencher o formulário até o dia 20 de setembro de 2024, disponível a partir do link:

 https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSesTgZmXOb3oSg5Lt3wLcO0Nkpx8ZweVn-HH2ezY8d-DfTFsg/viewform 

 

 

Movimentação de cargas do Porto de Imbituba cresce 11% no acumulado do ano

O Porto de Imbituba, em continuidade aos excelentes resultados apresentados, finalizou o agregado até agosto de 2024 ano com números expressivos. Em relação ao igual período de 2023, houve crescimento de 11% na movimentação de cargas, somando 5,68 milhões de toneladas e um novo recorde histórico de produtividade para o acumulado do ano.

Os resultados demonstram que o Porto de Imbituba continua em notável desenvolvimento, no caminho certo de suas operações e refletem números a serem comemorados.

Os primeiros oito meses do ano foram comemorados pelo presidente da Autoridade Portuária de Imbituba, Urbano Lopes de Sousa Netto: “O planejamento de investimentos da autoridade portuária prevê para os anos de 2024 a 2027 inversões na ordem de R$ 305 milhões, que trarão mais competitividade e eficiência ao Porto de Imbituba”.

No que diz respeito ao fluxo de embarcações no último mês, houve 31 atracações, já no período de janeiro a agosto de 2024 atracaram 221 navios, incremento de 13,9 % em relação ao mesmo período de 2023.

Em agosto, constatou-se um incremento no saldo comercial de movimentações de cargas da Autoridade Portuária, com um substancial aumento no número de embarques em relação ao mês anterior (+11,9 %) e um declínio em relação ao mesmo período de 2023 (-13 %), sendo os embarques o principal fluxo dos produtos que passaram pelo Porto. Em contrapartida, os desembarques tiveram acréscimo significativo em agosto (+41,5 %), se comparado ao mês de julho de 2024 e um aumento considerável (+32,9 %) em relação a agosto de 2023.

Dentre toda movimentação de cargas do Complexo Portuário de Imbituba (embarques e desembarques), os maiores volumes operados no acumulado de 2024 foram de coque de petróleo, contêineres, sal, farelos de soja e de milho e trigo. Em especial destaque, no fluxo de cargas, a movimentação de mais de 331 mil toneladas de açúcar (granel) em apenas quatro meses de operação no presente ano, representando cerca de 6 % da movimentação total de cargas do Porto.

De janeiro a agosto de 2024, a liderança das exportações (51% do total) vem acompanhada de alta de 8,5% na tonelagem enviada ao exterior se comparado ao realizado no mesmo período de 2023. Em compensação, as importações (39 % do total) tiveram um aumento de 20,8 % na comparação com o mesmo período de 2023, no fluxo total de cargas do Terminal Portuário.

Em relação à cabotagem, navegação entre portos do mesmo país, a mesma representou 9,4 % da movimentação do Porto no acumulado de janeiro a agosto. Na comparação com o mesmo período do ano passado houve uma redução (-12,7 %) no agregado.

Os granéis sólidos representaram mais de 4,54 milhões de toneladas de cargas no acumulado do ano, crescimento superior a 6,4 % no comparativo com o mesmo período do ano passado. Tais cargas representam 80 % de toda a movimentação portuária, com especial relevância para o coque de petróleo que operou mais de 1,4 milhão de toneladas em 2024. Na totalidade do ano, as maiores movimentações, dentro da rubrica granel sólido, foram de coque de petróleo, sal, farelo de soja, trigo, farelo de milho, açúcar (granel) e soja.

Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Governo Federal), as operações de exportação e importação em Imbituba movimentaram mais de 1,46 bilhão de dólares, no acumulado até agosto de 2024, crescimento de 18 % em relação ao igual período de 2023.

Para o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF), Ivan Amaral, os números seguem confirmando o crescimento no desempenho do Porto.“ Este é um resultado muito importante para o porto de Imbituba. Os números expressam todo um trabalho coletivo que vem contribuindo para o desempenho logístico de SC e também para a economia da Região Sul catarinense”, afirma Amaral.

“Fechar mais um mês de 2024 com ótimos resultados é motivo de orgulho para toda a comunidade portuária de Imbituba. Com mais de 5,68 milhões de toneladas movimentadas até agora, a expectativa é de encerrar o ano com mais um recorde histórico de movimentação,” avalia o diretor-presidente, Urbano Lopes de Sousa Netto.

Porto de São Francisco participa de evento de negócios entre Brasil e Japão

O potencial logístico de Santa Catarina foi um dos destaques do encontro Diálogo Brasil-Japão, organizado pelo Consulado-Geral do Japão e Ministério da Agricultura do Japão, realizado em São Paulo, nesta quarta-feira, 11 de setembro. O Governo de Santa Catarina foi representado pelo secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF), Ivan Amaral, e pelo presidente do Porto de São Francisco do Sul, Cleverton Vieira. O evento teve ainda a participação de empresários, investidores e representantes do setor público do governo japonês e de outros estados brasileiros.

“Tivemos a oportunidade de destacar a valorização que o setor logístico teve no governo de Jorginho Mello, com a criação da primeira secretaria do Brasil, dedicada aos modais logísticos. Também pudemos relatar alguma ações e investimentos que estão sendo feitos no setor”, disse Amaral.

Os representantes catarinenses participaram do painel sobre Politica de Fornecimento Estável de Cereais, junto com a gerente de relações internacionais do Ministério da Agricultura do Japão, Riko Terai, do CEO da Terlogs, Masahiro Tomikura, do CEO da NovaAgri, Shigeharu Kato, do diretor da ZEn-Noh Grain Brasil, Kenji Tsukuda e do governador do Maranhão, Carlos Brandão.

O fornecimento de alimentos tem sido uma das preocupações do governo japonês, que deseja ampliar os negócios com países produtores como o Brasil, um dos principais produtores e exportadores de grãos como soja e milho.

Porto de São Francisco

O Porto de São Francisco é um dos principais do Brasil nas operações de exportacoes de grãos. O presidente Cleverton Vieira destacou o crescimento de 34% em 2023, “que foi resultado de investimentos que realizamos para aumentar a produtividade, chegando a 8,5 milhões de toneladas de grãos, em um único berço, com um dos melhores desempenhos do país”, acrescentou.

Durante o painel, os empresários também destacaram a preocupação com os acessos portuários. “Relatamos as soluções que estão sendo encaminhadas para o canal de acesso aos portos da Baía da Babitonga que irão garantir a entrada de grandes navios e que estamos sintonizados com as necessidades de discutir com o Governo Federal outros investimentos para melhorar a logística de entrada terrestre no Porto”, conclui Amaral.

Terceiro dia do Congresso Brasileiro de Contabilidade debate transformações trabalhistas e combate à corrupção

As transformações nas relações trabalhistas, as novas diretrizes educacionais para o ensino contábil no Brasil e o papel da contabilidade no combate à corrupção foram os principais temas debatidos no terceiro dia do 21º Congresso Brasileiro de Contabilidade (CBC), que acontece em Balneário Camboriú. Cerca de 7 mil pessoas participam do evento, que termina nesta quarta-feira (11/9).

Um dos pontos altos do dia foi o painel “A Contabilidade e as Transformações nas Relações Trabalhistas”, que trouxe à tona o impacto das alterações nas relações trabalhistas e sua relevância para a área contábil. Especialistas discutiram os desafios da automação e da modernização – e a indispensabilidade do alinhamento entre contabilidade e jurídico para o sucesso organizacional.

Paul Ferreira, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), demonstrou como o engajamento dos trabalhadores foi modificado no cenário pós-pandemia. “As relações de trabalho mudaram drasticamente. Hoje, as organizações precisam repensar suas estratégias de engajamento tanto com seus colaboradores quanto com suas lideranças.”.

 

O 21º Congresso Brasileiro de Contabilidade debateu importantes temas na área contábil, incluindo transformações nas relações trabalhistas, novas diretrizes educacionais e o papel da contabilidade no combate à corrupção
  • O 21º Congresso Brasileiro de Contabilidade debateu importantes temas na área contábil, incluindo transformações nas relações trabalhistas, novas diretrizes educacionais e o papel da contabilidade no combate à corrupção (Fotos: Divulgação)

 

A advogada Vivian De Gann, especialista em relações de trabalho, reforçou a necessidade de integração entre as áreas contábil e jurídica. “Para que as empresas consigam resultados positivos, a contabilidade e o jurídico precisam estar alinhados, especialmente diante das novas legislações trabalhistas.”

Prova pericial e combate à corrupção
Outro tema de relevância no terceiro dia foi tratado no painel "Corrupção: O Valor Probante da Prova Pericial Contábil". Especialistas discutiram o papel da prova pericial contábil na investigação de fraudes e atos de corrupção, especialmente em tempos de redes sociais e inteligência artificial.

José Viana Amorim, perito da Polícia Federal, sublinhou a complexidade do cenário atual: “Com o aumento das redes sociais e das empresas que prometem ganhos fáceis, as fraudes e a corrupção se multiplicam, e o contador tem um papel fundamental na identificação desses crimes.”.

Setor público
Também chamou a atenção na programação do dia o Fórum da Área Pública, que analisou a gestão financeira no setor público, com foco em provisões contábeis, ativos, passivos e contingências. Os debatedores frisaram a importância do alinhamento entre as normas nacionais e internacionais para garantir maior transparência e eficiência na gestão dos recursos públicos.

A especialista Lucy Freitas enfatizou a relevância das provisões contábeis e sua correta aplicação no setor público. "Ações caracterizam provisões. Se o profissional da contabilidade está preparado para o problema, fica mais fácil para ele encontrar a solução", afirmou Freitas, ressaltando a necessidade de constante atualização dos profissionais para lidar com os desafios da gestão fiscal no ambiente governamental.

Tributação internacional
No mesmo dia, o painel “Desafios da Tributação de Transações Internacionais” gerou discussões sobre o impacto da tributação nas transações entre países. O palestrante Daniel Teixeira Prates discorreu sobre a necessidade de uma abordagem estratégica para lidar com as complexidades fiscais no cenário global. “Entender os impactos tributários nas transações entre países é essencial para fundamentar decisões corporativas.”

Lançamentos e homenagens
A manhã do evento foi marcada por um importante momento para a educação contábil, com o lançamento do documento “As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Ciências Contábeis – comentadas” e a entrega do “Prêmio Saber Contábil”.

Durante a cerimônia, o presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Aécio Prado Dantas Júnior, ressaltou o papel fundamental da Comissão Nacional de Educação Contábil e prestou homenagem ao secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Wagner Vilas Boas, pelo apoio na construção das novas diretrizes curriculares.

Em seu discurso, Vilas Boas evidenciou a importância do novo documento. “A atualização dessas diretrizes garantirá uma formação mais adequada às atividades contemporâneas e às mudanças dos últimos 20 anos”. De acordo com ele, a nova regulamentação busca alinhar o ensino contábil às novas exigências do mercado e da sociedade.

 
  • O 21º Congresso Brasileiro de Contabilidade debateu importantes temas na área contábil, incluindo transformações nas relações trabalhistas, novas diretrizes educacionais e o papel da contabilidade no combate à corrupção (Divulgação)

 
  • O 21º Congresso Brasileiro de Contabilidade debateu importantes temas na área contábil, incluindo transformações nas relações trabalhistas, novas diretrizes educacionais e o papel da contabilidade no combate à corrupção (Divulgação)

 
  • O 21º Congresso Brasileiro de Contabilidade debateu importantes temas na área contábil, incluindo transformações nas relações trabalhistas, novas diretrizes educacionais e o papel da contabilidade no combate à corrupção (Divulgação)

Começa mais uma edição do programa Geração Empreendedora

Teve início na tarde desta terça, dia 10, no auditório da ACII, mais uma edição do programa Geração Empreendedora em Itajaí. O programa tem como objetivo ofertar capacitação em empreendedorismo para jovens estudantes de Ensino Médio. A iniciativa é da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – Facisc, com apoio das ACIs de todo o Estado.

Em Itajaí participam alunos dos colégios estaduais Victor Meirelles e Nereu Ramos, além do Unificado, que integra a rede privada. No total, são 30 estudantes inscritos no programa.

A fase inicial, chamada “Etapa Play”, é constituída por cinco encontros: nos quatro primeiros os estudantes recebem capacitação e criam as suas empresas. No quinto encontro acontece a banca avaliadora, formada por empreendedores locais que terão a responsabilidade de escolher o projeto vencedor.

O grupo vencedor da etapa local irá representar a ACII na final estadual. A banca será realizada on-line,  com os projetos das associações empresariais de todo o Estado. Nos últimos dois anos, os projetos desenvolvidos na ACII conquistaram o segundo lugar estadual.

“O Geração Empreendedora que visa estimular e desenvolver o espírito empreendedor em jovens do ensino médio. O Núcleo de Jovens Empreendedores da ACII está animado para realizar mais uma edição do programa”, afirma Rosiana Lyra, vice-coordenadora do NJE e uma das multiplicadoras do Geração Empreendedora neste ano.

Os próximos encontros da Etapa Play serão realizados nos dias 12, 17 e 19 de setembro. A banca local será no dia 26 deste mês. Todas essas atividades acontecem na ACII. A banca estadual será em outubro, em data ainda a ser definida, e a formatura dos estudantes de Itajaí será no dia 31 do mesmo mês.

“Espero que o projeto inspire os jovens a explorar suas ideias e transformá-las em realidade . Estou confiante que assim como nas edições anteriores, ajudaremos a formar futuros líderes e empreendedores”, conclui Rosiana.

LIDE SC e RS promovem encontro sobre Cidades Inteligentes, Tendências de Mercado e Desenvolvimento Sustentável

O LIDE Santa Catarina e Rio Grande do Sul promoverá, no dia 12 de setembro, das 8h30 às 11h30, no Balneário Shopping, um encontro para discutir “Cidades Inteligentes, Tendências de Mercado e Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável”.  Líderes empresariais se reunirão para explorar como a tecnologia, a inovação e as práticas sustentáveis podem moldar o futuro das cidades e dos negócios.


“Nossos líderes têm o poder de moldar um futuro mais responsável e inovador. Ao discutir cidades inteligentes, tendências de mercado e desenvolvimento sustentável, estamos equipando-os para enfrentar os desafios do presente e construir um futuro melhor para todos”, destaca Delton Batista, presidente do LIDE SC e RS.


Também estarão presentes Eduardo Fernandez, Presidente do Conselho LIDE RS e Embaixador do Centro de Liderança Pública (CLP) no RS; Fabricio Oliveira, Prefeito de Balneário Camboriú; Tadeu Ramos, Presidente do  Centro de Liderança Pública (CLP); e Paulo Bornhausen, Secretário Executivo de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos de SC.
O evento proporcionará uma oportunidade valiosa para discussão de tendências de mercado, networking entre os participantes e a troca de experiências sobre as melhores práticas para construir cidades mais inteligentes e sustentáveis.

 

ApexBrasil promove evento para exportadores na FIESC no dia 16

Com foco nas empresas catarinenses que fornecem para o setor de casa e construção e pretendem se internacionalizar, a ApexBrasil realiza, no próximo dia 16 de setembro, o evento Diálogos Exporta Mais, às 14h, na sede da Federação das Indústrias de SC (FIESC) em Florianópolis. 

Durante o evento, especialistas do órgão federal e empresários vão apresentar as oportunidades do comércio exterior para Santa Catarina, e insights para conquistar mercados ao redor do mundo.  O evento, aberto ao público, antecede a Rodada de Negócios do programa Exporta Mais, marcada para os dias 17 e 18 de setembro, também na FIESC. Faça sua inscrição.

Para as rodadas, empresas catarinenses inscreveram-se previamente. A expectativa da ApexBrasil é reunir 12 compradores internacionais interessados em produtos como materiais de acabamento, materiais hidráulicos e sanitários, iluminação e luminárias, materiais de construção em madeira, estruturas e perfis metálicos, materiais elétricos e equipamentos de proteção, ferragens e acessórios para construção, materiais de impermeabilização e drenagem e outros do setor de casa e construção. 

Entre os segmentos com potencial exportador em SC estão o cerâmico e o de madeira e móveis. De acordo com o Observatório FIESC, o setor cerâmico do estado exportou US$ 236,6 milhões em 2022 e gerou cerca de 2,5 mil empregos. O de madeira e móveis apresentou vendas externas de US$ 1,8 bilhão, o que corresponde a 16,2% da indústria de SC em 2022 e gerou 76,9 mil postos de trabalho.

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC

Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas - GECOR

Corte de juros do BC depende de controle de gastos do governo, dizem economistas

Os juros básicos do Brasil estão fixados hoje em 10,5% ao ano. Definida pelo Banco Central (BC), a taxa Selic serve como referência para bancos e outras instituições financeiras definirem os seus juros, o preço que dão ao dinheiro no retorno de operações como empréstimos ou prestações.

Uma taxa elevada tende a encarecer o crédito, dificultando a realização de operações e travando a movimentação do dinheiro, e por tanto, da economia.

Para economistas ouvidos pela CNN, o atual patamar da Selic é de fato restritivo.

O ciclo de alta

Entre agosto de 2020 e março de 2021, a taxa básica de juros do BC foi mantida em 2%, o patamar mais baixo da história da Selic. Contudo, em um cenário de forte pressão econômica por conta da pandemia, a inflação subiu e a autarquia iniciou um ciclo de aperto que se estenderia até agosto de 2022.

“A razão para o aperto monetário era a preocupação com o aumento da inflação, que refletiu políticas fiscal e monetária expansionistas em resposta ao impacto recessivo da pandemia, bem como choques de oferta em meio à Covid-19”, avalia Carlos Braga, ex-diretor de Política Econômica e Dívida do Banco Mundial.

Os juros chegaram a atingir o patamar de 13,75% ao ano, o mais elevado desde 2016. A taxa só voltaria a cair em agosto de 2023, num ciclo que se encerrou em maio deste ano.

Apesar da queda, a Selic ainda segue acima da chamada taxa de juros neutra – aquela que nem trava e nem movimenta a economia.

Para o economista Antonio Corrêa de Lacerda, professor da PUC-SP e ex-presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), esse patamar gera “restrição do crescimento econômico, estrangulamento dos devedores, valorização artificial do câmbio e aumento do custo de rolagem da dívida pública”.

Próximos passos da política monetária

Até o começo do ano, a expectativa do mercado apurada pelo BC no boletim Focus apontava que a Selic deveria encerrar o ano em um dígito. Contudo, as apostas se deterioraram, e agora — além de se acreditar que ela não vai voltar a cair neste ano —, parte do mercado espera que ela volte a subir.

Há quem olhe para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), entre os dias 18 e 19 de deste mês, com a expectativa que ela já seja elevada. Mas conforme a apuração mais recente do BC, a mediana do mercado aponta para uma alta de 0,25 ponto percentual na reunião de novembro.

Segundo o Sistema de Expectativas de Mercado da autarquia, a Selic só deve voltar a cair final de 2025, e ser reduzida a um dígito apenas em 2026.

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi a 4,45% em 12 meses encerrados em julho, se aproximando do teto perseguido pelo BC.

A meta da inflação deste ano e os próximos é de 3%, com margem de 1,5 ponto para cima ou para baixo.

Thaís Zara, economista sênior da LCA Consultores, aponta que a variação de preços deve ficar moderada a partir de 2025, com espaço de o BC manter a Selic em patamar mais restritivo até o terceiro trimestre do próximo ano.

“Possivelmente, mais para o final do ano, seja possível pensar em voltar a cortar os juros, pensando em uma inflação convergindo mais ao centro da meta em 2026/2027”, analisa Thaís Zara.

 

Além da inflação convergindo para a meta de 3%, Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe da Warren Rena, destaca uma série de fatores que contribuem para a queda dos juros no ano que vem.

Entre os destaques, a potencial valorização do real — em razão de um cenário externo mais benigno com o início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos —, e o desaquecimento da atividade doméstica com redução dos gastos do governo federal.

Mas enquanto a perspectiva fiscal for negativa, Braga aponta para o pior cenário. “A menos que o governo restaure a credibilidade de sua política fiscal, o aperto monetário é inevitável”, aponta o ex-diretor do Banco Mundial.

Incertezas

Um dos motivos por trás da taxa de equilíbrio elevada é a dívida historicamente elevada do país.

Além do processo de desinflação recente ter se mostrado mais lento que o esperado, contribuíram para a deterioração das expectativas do mercado a elevação dos gastos públicos e tensões entre o governo e o BC, que levaram os investidores a questionar sobre o futuro da autonomia da autarquia.

No começo do ano, o governo apresentou níveis recordes de receita. Ao mesmo passo, o executivo acelerou seus gastos, o que por sua vez aumentou o déficit primário do setor público.

“Os fatores que mais pesaram foram a ampliação do desvio das expectativas de inflação com relação à meta, o cenário externo adverso – que contribuiu bastante para a desvalorização do real -, a piora da percepção sobre os riscos fiscais e o dinamismo maior do que o esperado da atividade e do mercado de trabalho”, pontua Goldenstein. cnn brasil 

SCGÁS realiza ações para finalizar rede na Serra e obras podem intensificar odor de gás entre 10 e 23 de setembro

A SCGÁS realiza atividades operacionais nas redes de gás natural em Pouso Redondo, Ponte Alta, Otacílio Costa, Palmeiras e Lages, de 10 a 23 de setembro. Os trabalhos ocorrerão nas rodovias BR-470, SC-114 e BR-282, sem alterar o tráfego local.

Essas ações fazem parte da finalização da nova rede de gás na Serra catarinense. Durante as operações e alguns dias após, o odor de gás pode ficar mais intenso nas áreas próximas, devido à técnica usada no comissionamento dos novos gasodutos.

Esse procedimento é padrão e controlado, mas a companhia reforça que qualquer ocorrência relacionada ao gás natural deve ser comunicada através do telefone 0800 048 5050 ou pelo WhatsApp (48) 3229-1100. As equipes estarão prontas para atender a essas situações e minimizar qualquer possível impacto.

:: Detalhamento das rodovias afetadas

BR-470: do km 186 (Posto Mime 14) ao km 200 (entroncamento com a SC-114);
SC-114: do km 168 (entroncamento com a BR-470) ao km 224 (entroncamento com a BR-282);
BR-282: do km 206 (entroncamento com a SC-114) ao km 215 (próximo ao acesso ao shopping de Lages).

 

Foto: Roberto Zacarias / SECOM

 
 
 
SCPAR Porto de Imbituba recebe o Seminário de Avaliação de Desempenho ESG

Em uma aproximação entre a Academia e o Mercado, o Porto de Imbituba recebeu, nesta quinta-feira (5), o seminário de Avaliação de Desempenho  Environmental, Social and Governance – ESG de Portos Públicos. O evento objetivou apresentar, discutir e validar, com os portos organizados, o modelo elaborado em parceria com as Universidades do Sul de Santa Catarina – Unisul, Federal de SC – UFSC e de Valência. Após Imbituba, a rodada de considerações segue para outros portos da região sul do Brasil e tem o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia -CREA

“Pautas ESG sempre estiveram presentes e agora vêm com mais força, dadas as emergências climáticas e as demandas da própria sociedade. É importante mensurar o que estamos fazendo, para uma visão geral do que já abordamos e que caminhos queremos seguir”, avaliou Urbano Lopes de Sousa Netto, diretor-presidente do Porto de Imbituba.

O projeto nasce na academia e busca estar alinhado e aderente à realidade e práticas adotadas pelos portos, uma oportunidade de geração de conhecimento, afirma Ademar Dutra, professor da Unisul.

O coordenador do Programa de Pós graduação da Unisul,  José Baltazar Guerra, destaca que os temas: descarbonização e ESG portuária, são agendas irreversíveis. Cabe à pesquisa pensar em soluções para a indústria e a sociedade, contribuindo para sermos mais eficientes, com progresso social e cuidado ambiental. 

Anunciadas as micro e pequenas que serão finalistas do Prêmio Indústria Eficiente

Foram conhecidos nesta quarta (04) oito das nove finalistas da etapa estadual do Prêmio Indústria Eficiente, um reconhecimento do SENAI e do SEBRAE às micro e pequenas empresas catarinenses que se destacaram em programas de produtividade oferecidos pelas duas instituições. A etapa estadual será no dia 18, na Capital, quando também será conhecida a empresa representante da região da Grande Florianópolis na fase final.

As empresas 2M Pet Bem (de Concórdia), Capital Mate Indústria e Comércio (Canoinhas), Casa Nova Ambientes Planejados (Caçador), Confecções Ubinski (Guaramirim), Dconcreto Estruturas Pré-Moldadas (Rio do Sul), Jafe Artefatos de Cimento (Joinville), Matéria Prima Indústria e Comércio (Turvo) e Sucos Celestino (Urubici) garantiram presença na etapa estadual. Elas foram selecionadas nas etapas regionais, realizadas nas cidades de Blumenau, Caçador, Chapecó, Criciúma, Jaraguá do Sul, Joinville, Lages e Mafra.

O Prêmio reconhece as indústrias que adotaram práticas exemplares no uso eficiente de energia, manufatura enxuta e produção inteligente – três tipos de consultoria prestadas em conjunto pelas entidades promotoras.
No total, 850 empresas foram avaliadas por uma comissão composta por especialistas das duas entidades. Os critérios contemplam a assiduidade nas consultorias (menor número de remarcações), cumprimento do cronograma, nota técnica do consultor e índice de produtividade ou melhoria alcançados. Em cada região serão certificadas como finalistas cerca de 15 empresas, e uma será declarada vencedora e passará à etapa estadual. A premiação de 2024 envolve empresas que participaram dos programas de eficiência até o final do ano passado.
No âmbito do SENAI, as consultorias de produtividade são prestadas pelo Instituto de Tecnologia em Excelência Operacional.
 

Rede SENAI de Inovação e de Tecnologia
Com uma rede composta por 28 institutos de inovação e mais de 60 institutos de tecnologia, o SENAI apoia a atualização tecnológica e o desenvolvimento de produtos e processos para a indústria brasileira. A rede oferece serviços de consultoria, metrologia e projetos de inovação, promovendo também parcerias com universidades, centros de pesquisa e investidores.

Em Santa Catarina, são 10 unidades, sendo três de inovação, que são referências nacionais em Processamento a Laser, Sistemas de Manufatura e Sistemas Embarcados. Os institutos de tecnologia em Alimentos e Bebidas, Cerâmica, Madeira e Mobiliário, Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis, Têxtil, Vestuário e Design atendem os principais segmentos da indústria catarinense. Já os institutos Ambiental e de Excelência Operacional oferecem soluções em sustentabilidade e melhoria de processos produtivos para qualquer setor.

Plataforma de Inovação na Indústria

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência Executiva de Comunicação Institucional e Relações Públicas - Gecor

Novos incentivos vão gerar 12 mil empregos e R$ 2,3 bilhões em investimentos em SC

Assinaturas de contratos dos programas Prodec, Pró-Emprego e TTD 489 contemplam 34 projetos de 33 empresas em Santa Catarina – Fotos: Eduardo Valente/Secom

O governador Jorginho Mello aprovou a inclusão de 34 novos projetos em programas que garantem incentivos ao setor produtivo catarinense por meio de iniciativas que vão gerar mais emprego e renda no estado. As assinaturas dos contratos ocorreram nesta quinta-feira, 5, e marcam a terceira rodada de incentivos concedidos em 2024. São 24 projetos contemplados nos programas Prodec e Pró-Emprego e dez beneficiados com o chamado Tratamento Tributário Diferenciado 489 (TTD 489).

Os novos protocolos foram assinados no auditório da Secretaria de Estado da Administração, no Centro Administrativo, com a participação de representantes das empresas contempladas pelos programas. Os investimentos propostos totalizam R$ 2,3 bilhões e vão resultar em 12,1 mil novas oportunidades de trabalho aos catarinenses. Somados aos incentivos concedidos desde o início do ano passado, os projetos enquadrados nos programas Prodec, Pró-Emprego e TTD 489 alcançam R$ 13,4 bilhões em investimentos e vão repercutir em 38,4 mil novos postos de trabalho.

“Temos uma indústria diversificada, competitiva e que inova. Uma indústria que abastece o país e o mundo com uma produção da mais alta qualidade. Acreditamos no potencial de quem batalha pra empreender e somos parceiros de todas as iniciativas que tragam mais desenvolvimento e oportunidades para quem vive e trabalha aqui em Santa Catarina”, destacou o governador.

A oficialização dos novos contratos também contou com a presença do secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, e do secretário de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck, além de representantes de entidades do setor produtivo e lideranças políticas.


Mais emprego e renda
Os incentivos estaduais concedidos vão da postergação de ICMS (Prodec) à desoneração do imposto na aquisição de bens, mercadorias e serviços (Pró-Emprego). Já o TTD 489 diz respeito à autorização de limites adicionais para transferência de créditos, sendo condicionado a investimentos em projetos de expansão de atividades ou à criação de novos negócios.

Com o apoio do Estado e consequente crescimento da produtividade, as projeções indicam que as empresas participantes devem ter um incremento total de R$ 2,5 bilhões nos respectivos faturamentos até 2027, o que voltará aos cofres públicos por meio da arrecadação.

“Quando concedidos com critério e responsabilidade, os estímulos fiscais desempenham o papel estratégico de contribuir para a consolidação, expansão e a instalação de novos negócios em Santa Catarina. Com essa premissa, os programas Prodec, Pró-Emprego e o TTD 489 atuam como motores propulsores da nossa indústria, trazendo um efeito positivo para a economia e abrindo portas no mercado de trabalho”, analisou o secretário Cleverson Siewert.

Todas as regiões contempladas
A nova rodada de assinatura dos contratos contempla empresas de todas as regiões de Santa Catarina, que atuam nos mais variados segmentos econômicos. O secretário Silvio Dreveck explica que os projetos selecionados preveem a instalação e/ou expansão de unidades no Estado, ampliação e modernização de complexos fabris, além da compra de insumos e maquinário voltados ao aumento da produtividade industrial.

“Os contratos assinados hoje são exemplos da parceria colaborativa entre o setor público e a iniciativa privada, que se reverte em mais produtividade para as nossas empresas, além de resultados econômicos e sociais para todo o Estado. Acreditamos na força do empreendedorismo para manter Santa Catarina como referência para o Brasil”, reforçou Dreveck.

Prodec
O Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense tem como finalidade conceder incentivo à implantação ou expansão de empreendimentos industriais que vierem a produzir e gerar emprego e renda no Estado. O incentivo se dá por meio da postergação de percentual pré-determinado sobre o valor do ICMS a ser gerado pelo novo projeto. Criado em 1988, o programa completou 35 anos em junho do ano passado.

Novas empresas contemplada pelo Prodec:

Pasquini & Pasquini Confecções (Itajaí)
Trefix Tecnologia em Fixadores (Campo Alegre)
Ventapel Brasil (Camboriú)
Nestlé Nordeste Alimentos e Bebidas (Vargeão)
Simplex Fabricação de Artefatos Plásticos Ltda (Tijucas)
Período do Investimento: até 2027
Quantidade de empresas: 5
Investimentos: R$ 1,4 bilhão
ICMS postergado: R$ 14,3 milhões
Faturamento acrescido: R$ 832,7 milhões

Pró-Emprego
Tem como objetivo a geração de emprego e renda por meio de tratamento tributário diferenciado do ICMS, destinando-se a incentivar empreendimentos de relevante interesse socioeconômico situados em SC ou que venham a se instalar no Estado.

Novas empresas contempladas pelo Pró-Emprego:

Iomerê Energia Renováveis (Iomerê)
Kaiani Malhas Ltda (Massaranduba)
Pedro e Paulo Energia Ltda (Chapecó)
CGH 2D Rio dos Cedros Geradora de Energia (Rio dos Cedros)
AL Energia (Rio dos Cedros)
Formato Compensados Ltda (Porto União)
DFV Color Sul Ltda (Içara)
UFV Verde Energia Ltda (Paial)
Brasnile Industrial Ltda (Três Barras)
Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos – Copercampos (Campos Novos)
Apply Engenharia (Xanxerê)
UFV Boa Vista Ltda (Pinhalzinho)
Hidrelétrica Jangada (Matos Costa)
Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos – Copercampos (Correia Pinto)
Laminados AB Ltda (Caçador)
Horizonte Energia Ltda (Rio do Sul)
Energética Aela Ltda (Caçador)
Distribuidora Muller Comércio e Representações Ltda (Itajaí)
Nauber Ltda (Schroeder)
Período de investimento: até 2027
Quantidade de empresas: 18 empresas em 19 projetos
Investimentos: R$ 555 milhões
ICMS a ser gerado: R$ 51,2 milhões (entre 2025 e 2027)
Faturamento acrescido: R$ 1,2 bilhões

Tratamento Tributário Diferenciado TTD 489
Tem como objetivo autorizar limites adicionais para a transferência de créditos acumulados de ICMS decorrentes de operações ou prestações destinadas ao exterior, isentas ou diferidas.

Novas empresas contempladas com o TTD 489

Estaleiro Navship (Itajaí)
Randon S.A. Implementos e Participações (Chapecó)
Rodolfo Kirschner & Cia (Benedito Novo)
Compensados Fuck (Três Barras)
Nova Serrana (São Joaquim)
Agrifirm do Brasil Nutrição Animal (Taió)
Turazzi Agronegócios (Campo Erê)
Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos – Copercampos (Campos Novos)
Alisul Alimentos S/A (Itajaí)
Madesp Indústria e Comércio de Madeiras Ltda (Benedito Novo)
Período de investimento: até 2026
Quantidade de empresas: 10
Investimentos: R$ 290,5 milhões
ICMS a ser gerado: R$ 3,5 milhões
Faturamento acrescido: R$ 543 milhões

Balanço 2023/2024
PRODEC
Projetos 38
Investimentos R$ 4 bilhões

PRÓ-EMPREGO
Projetos 145
Investimentos R$ 8,7 bilhões

TTD 489
Projetos 22
Investimentos R$ 702,1 milhões

TOTAL
205 projetos
R$ 13,4 bilhões em investimentos
38,4 mil empregos diretos e indiretos

Depois de quatro meses, pequena indústria volta a demonstrar confiança, aponta CNI

ICEI Setorial de agosto também mostra que indústria da região Sul está confiante, pela primeira vez, desde abril. Vinte e dois dos 29 setores da indústria estão otimistas

O otimismo também avançou entre as empresas de médio e grande porte. Nas médias indústrias, o ICEI subiu 1,3 ponto e, agora, registra 51,9 pontos. Nas grandes indústrias, por sua vez, o indicador cresceu 1,5 ponto, passando para 53,1 pontos. Desde abril deste ano, os empresários de todos os portes não se diziam confiantes.

Confiança retorna ao Sul do país 
Após quatro meses, a indústria do Sul do país voltou a demonstrar confiança. Segundo o levantamento, o indicador subiu 2,2 pontos, na região, passando de 47,9 pontos para 50,1 pontos.  

Desde maio, os empresários industriais do Sul não se sentiam confiantes. Entre o fim de abril e o início de maio, o Rio Grande do Sul foi atingido por enchentes que prejudicaram a atividade econômica. 

Em agosto, a confiança também cresceu nas indústrias de Centro-Oeste (+1,8 ponto), Sudeste (+1,6 ponto), Norte (+0,7 ponto) e Nordeste (+0,4 ponto). A melhora no Sudeste foi suficiente para que o ICEI ultrapassasse a linha divisória de 50 pontos, na região. Agora, os empresários das cinco regiões do país demonstram otimismo.

Mais setores da indústria estão confiantes
Na passagem de julho para agosto, o indicador que mede a confiança dos empresários de 29 setores industriais avançou em 19, caiu em oito e não mudou em dois. Em quatro setores, a melhora foi suficiente para que o ICEI cruzasse a linha divisória de 50 pontos, o que sinaliza confiança. São eles:

Produtos de minerais não-metálicos (+ 5,3 pontos); 
Vestuário e acessórios (+ 4,2 pontos);  
Produtos de material e plástico (+ 3,9 pontos).  
Madeira (+ 2,2 pontos).
Com isso, 22 setores da indústria demonstram confiança e sete registram falta de confiança.  

Amostra do ICEI setorial
A CNI consultou 1.797 empresas, das quais 696 de pequeno porte, 658 de médio porte e 443 de grande porte, entre 1° e 9 de agosto de 2024.  

74% dos empresários consideram infraestrutura do Nordeste regular, ruim ou péssima

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou na segunda-feira (26) o relatório “Panorama da Infraestrutura - Edição Nordeste”, com o detalhamento do setor na Região Nordeste. De acordo com o estudo, 74% dos empresários industriais consideram as condições de infraestrutura da região como regular, ruim ou péssima.

O trabalho reúne informações sobre as áreas de transporte, energia e saneamento básico, bem como os gargalos e propostas para melhorias da infraestrutura nos nove estados do Nordeste.

Este trabalho é o segundo de uma série de cinco produzidos pela CNI com o objetivo de estabelecer um retrato das condições de infraestrutura nas regiões brasileiras, identificando necessidades de investimento e pleitos do setor industrial.

O relatório do Nordeste foi apresentado durante encontro na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) na segunda-feira (26) e na Reunião de Diretoria da CNI, marcada para esta terça-feira (27), também na sede da FIEC, em Fortaleza.

 

O presidente da CNI, Ricardo Alban, ressalta que o relatório busca contribuir para a melhoria da infraestrutura na região, fator fundamental para o fortalecimento da indústria e da economia.

“Esse estudo é fruto de uma articulação com empresários e com as federações das indústrias da Região Nordeste no intuito de preparar e fortalecer a infraestrutura dos estados para a neoindustrialização que o Brasil precisa”, afirma Alban.

Ao fornecer serviços básicos à cadeia produtiva, a infraestrutura é fundamental para viabilizar o crescimento econômico, o aumento da produtividade e a redução de custos no processo produtivo. Por isso, pensar em soluções para diminuir as ineficiências nesse setor é uma necessidade urgente, avalia a CNI.

Para o presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, a infraestrutura é um dos principais motores para o desenvolvimento nacional ao desempenhar um papel significativo na geração de valor à cadeia produtiva, com potencial amplo para redução das desigualdades regionais.

“No Nordeste, o avanço das energias renováveis, como a produção de hidrogênio verde (H2V), representa um grande impulso para a região”, destaca Cavalcante.

“Além disso, a conclusão de projetos estruturantes, como a Transnordestina, impulsionará a economia regional, facilitando a dinamização da sua produção, além de fomentar uma maior integração com o resto do mundo. Em um país continental como o Brasil, a ampliação da infraestrutura logística tem papel determinante para acelerar o crescimento de setores inovadores, como também ampliar a competitividade da indústria tradicional bem como sua inserção internacional”, acrescenta o presidente da FIEC.

Na Região Nordeste, três em cada quatro executivos de grandes e médias indústrias consideram a infraestrutura da região como regular, ruim ou péssima. Os problemas logísticos refletem em altas taxas de acidentes rodoviários e de sucateamento da malha ferroviária.

O trabalho é dividido em três partes principais:

Retrato da Infraestrutura: Etapa descritiva que contempla diversos dados do setor de infraestrutura extraídos de diferentes fontes oficiais;

Pesquisa de percepção do empresário industrial: Diagnóstico realizado por empresários locais sobre as condições de infraestrutura e prioridades de investimento na região;

Propostas para avançar na infraestrutura: Uma série de propostas regionais (das Federações da Indústra) e nacionais (CNI) para mitigação dos principais problemas de infraestrutura.

O diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, alerta que a infraestrutura deficiente é um dos principais componentes do Custo Brasil. Para ele, encontrar formas de superar os obstáculos colocados pelo Custo Brasil deve ser uma prioridade da indústria brasileira.

“Se de um lado o Nordeste possui grande potencial de geração de energia e produção agrícola, por outro, a deterioração das malhas rodoviária e ferroviária representa um problema crônico que limita severamente a eficiência logística na região”, pontua. 

“A infraestrutura deficitária de transportes afeta a segurança viária, eleva a emissão de poluentes, gera engarrafamentos e pressiona os custos logísticos em virtude do aumento do consumo de combustível e deterioração dos veículos. Como consequência, o setor produtivo perde competitividade em relação a outros mercados”, acrescenta Muniz.

Veja os gargalos dos transportes identificados por empresários da Região Nordeste:

Infraestrutura das rodovias
Custo do combustível
Pouca malha ferroviária
Acesso aos portos/Infraestrutura dos portos
Problemas no transporte aéreo
Investimento em infraestrutura de tecnologia
Apesar das dificuldades em estabelecer uma carteira prioritária de projetos para investimento, o governo federal tem feito esforços para reduzir o déficit de infraestrutura no país.

O Novo PAC, elaborado em parceria com estados e municípios, foi anunciado no ano passado com previsão de R$ 700 bilhões em obras, serviços e empreendimentos na Região Nordeste.

Energia renovável se destaca no Nordeste
O relatório da CNI aponta que o grande destaque da região é a “revolução das novas renováveis”. O Nordeste lidera a produção de energia eólica com 92% da capacidade instalada no país, e 60% da potência instalada na geração solar. Quanto à novos projetos já outorgados, a região tem 90% dos novos projetos de eólica e 62% dos novos investimentos em energia solar.

A região importava aproximadamente 360 MW médios anualmente e, a partir de 2019, esse fluxo se inverteu. Em 2023, o Nordeste enviou 3.100 MW médios ao sistema interligado nacional.

“Com a expressiva expansão da geração eólica e solar, o Nordeste passou de tradicional importador de energia das demais localidades do país, para importante exportador”, destaca o estudo da CNI.

Números do trabalho
O “Panorama da Infraestrutura – Edição Nordeste” contempla uma série de dados regionais, os quais são confrontados com informações nacionais, de modo que o leitor possa ter um parâmetro de comparação nos diferentes segmentos da infraestrutura.

Avaliação dos empresários industriais
Confira alguns dados da pesquisa de percepção do empresário industrial sobre a infraestrutura da Região Nordeste:

🛣️ 74% dos empresários industriais consideram as condições de infraestrutura como regular, ruim ou péssima na Região Nordeste. No Brasil, esse patamar é de 45%.

🚗 No Brasil, 54% dos empresários industriais apontam a infraestrutura rodoviária como regular, ruim ou péssima. Na Região Nordeste, a situação relatada é pior (78%).

🚆Cerca de 62% dos empresários industriais consideram a infraestrutura ferroviária como regular, ruim ou péssima na Região Nordeste. No Brasil, essa participação equivale a 52%.

✈️ Na Região Nordeste, 43% dos empresários industriais dizem que a infraestrutura aeroportuária é regular, ruim ou péssima. Já no Brasil, esse percentual atinge 31% dos entrevistados.

🛥️ Na Região Nordeste, 34% dos empresários industriais afirmam que a infraestrutura portuária é ótima ou boa. Já no Brasil, equivale a 39%.

💡Na Região Nordeste, 45% dos empresários industriais afirmam que a infraestrutura de energia é regular, ruim ou péssima. Já no Brasil, equivale a 34%.

🚽 Na Região Nordeste, 17% dos empresários industriais afirmam que a infraestrutura de saneamento é ótima ou boa. Já no Brasil, equivale a 48%.

Como avançar?
Segurança Hídrica

✅ Concluir as obras do Eixo Norte do Projeto de Integração da Bacia do São Francisco (PISF)

Ampliar os sistemas de bombeamento por meio de novos dutos e equipamentos hidromecânicos
Garantir a construção do Ramal do Salgado
Finalizar as obras do Ramal do Apodi
Rodovias

✅ Realizar obras de adequação, manutenção e expansão de corredores rodoviários estratégicos

BR-020; BR-101; BR-104; BR-116; BR-222; BR-232; BR-242; BR-304; BR-316; BR-324; BR-407; BR-416; BR-423; e BR-424
Anel Viário de Fortaleza; Arco Metropolitano de Pernambuco; Anel Viário de Mossoró; e Arco Metropolitano de Maceió
Ferrovias

✅ Avançar na construção, adequação, aprovação e renovação de empreendimentos ferroviários:

Ferrovia Transnordestina Logística (Salgueiro-Suape); Ferrovia Transnordestina Logística S/A (TLSA); Ferrovia Centro Atlântica (FCA), Ferrovia de Integração Oeste Leste (FIOL II e III); e Terminal Intermodal TUP-NE-LOG/CSN
Portos e Hidrovias

✅ Modernizar as administrações portuárias públicas e assegurar obras de adequação e expansão das infraestruturas

Porto de Natal; Píer H2 no Porto de Pecém; Porto do Recife; Porto de Mucuripe; Porto de Suape; Porto de Maceió; Porto de Ilhéus; Porto de Luís Correia; e Porto Caiçara do Norte
Garantir melhores condições de navegabilidade nas hidrovias
Hidrovia do São Francisco e Hidrovia do Parnaíba
Energia, Petróleo e Gás

✅ Dar celeridade aos procedimentos necessários para o cumprimento das exigências ambientais, e garantir a exploração de petróleo na Margem Equatorial nos quatro estados do Nordeste (MA; PI; CE e RN)

Fomentar a produção de hidrogênio verde e o desenvolvimento de toda a sua cadeia produtiva no Nordeste, alinhada à produção de energia renovável
Viabilizar as obras para a expansão da Refinaria Abreu e Lima
Retomar as discussões sobre a implementação da Usina Nuclear em Itacuruba
Expandir as redes do Gasoduto Polo Costa Branca

Opinião: Sul e Sudeste unidos para enfrentar desigualdades

A incompatibilidade entre a contribuição dos estados do Sul e do Sudeste ao desenvolvimento brasileiro e o retorno que eles têm na divisão dos recursos nacionais é um debate necessário. Em 2023, o Norte recebeu em transferências da União R$ 1,37 para cada R$ 1 arrecadado em seu território e o Nordeste R$ 1,19. Já os estados do Sul e Sudeste receberam, respectivamente, R$ 0,25 e R$ 0,14 para cada R$ 1 gerado em tributos federais. Os dados do Tesouro Nacional são uma simplificação, mas dão a dimensão da insensatez vigente.

Não se trata de fomentar disputas, nem de argumentar contra a necessária correção de desigualdades regionais. Pelo contrário: o Brasil deve estar unido e fortalecido, para crescer de maneira equilibrada. Mas, sem recursos para enfrentar seus graves problemas sociais, em áreas como educação, saúde e segurança, Sul e Sudeste irão retroagir. Mais: sem orçamento para investir na infraestrutura, no fomento à inovação e no estímulo à indústria, estas regiões deixarão de gerar os tributos que hoje são direcionados às regiões que precisam de mais aportes para avançar social e economicamente.

O caso catarinense é emblemático. Aqui foram arrecadados quase R$ 113 bilhões em 2023. Pouco mais de R$ 19,3 bilhões retornaram. Nossas rodovias federais estão esburacadas ou congestionadas; nossos portos enfrentam dificuldades burocráticas para poder operar e não vemos perspectivas para avanços no modal ferroviário.

As distorções estão cristalizadas até no Congresso Nacional, onde o Sul ocupa apenas duas das 22 posições das mesas diretoras do Senado e da Câmara. São colocados obstáculos até à atualização do número de deputados por estado – necessária para manter coerência com o censo do IBGE -, o que poderia garantir a Santa Catarina mais quatro cadeiras na Câmara.

Nesse contexto, é legítimo que as lideranças do Sul e do Sudeste atuem de maneira estratégica e articulada, a exemplo do que fazem outras regiões, buscando a correção de disparidades. Este debate precisa ser feito, de maneira transparente, para que o Brasil tenha um pacto federativo que dê às regiões produtoras as condições mínimas necessárias para seguir apoiando a construção de uma nação unida e próspera.

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