
O superintendente do Porto de Itajaí, João Paulo Tavares Bastos, participou nesta quinta-feira (31) da inauguração do Complexo Viário Badenfurt, no km 57 da BR-470, em Blumenau. A obra, executada por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, representa um importante avanço logístico para o escoamento de cargas vindas do Oeste catarinense com destino ao Porto de Itajaí.
“A BR 470 é o principal corredor logístico de Santa Catarina, a BR-470 conecta o Oeste e Meio-Oeste ao litoral norte, onde está localizado o Porto de Itajaí. Esse é um instrumento importante para que o Porto continue crescendo e gere renda e emprego para nosso povo”, destacou o superintendente durante a cerimônia.
A solenidade contou com a presença do Ministro dos Transportes, Renan Filho, da deputada federal Ana Paula Lima e de autoridades locais.
O ministro ressaltou a importância estratégica do Porto de Itajaí para o desenvolvimento do estado. “Itajaí é um dos motores do desenvolvimento econômico de Santa Catarina. Quando o Porto cresce, todo o estado avança”, afirmou.
A deputada federal Ana Paula Lima também reforçou o impacto da nova via para a economia catarinense. “Essa obra é fundamental para facilitar o escoamento de cargas rumo aos portos e aeroportos da região”, disse.
A rodovia é essencial para o transporte de produtos de exportação e importação, como grãos, carnes, madeira, móveis e matérias-primas, e exerce papel estratégico no fortalecimento da economia catarinense.
BR 470
A duplicação da BR-470/SC é uma das principais obras de infraestrutura em andamento em Santa Catarina, com 84% de execução. Até o momento, 62 quilômetros já foram duplicados e liberados ao tráfego. Dos 27 viadutos previstos no projeto, 19 já foram entregues.
A obra contempla 73 quilômetros entre Navegantes e Indaial, divididos em quatro lotes. O investimento total é de R$ 1,58 bilhão, com previsão de conclusão em 2026.
Confira o andamento por lote:
* Lote 1: 94% concluído
* Lote 2: 98% concluído
* Lote 3: 66% concluído
* Lote 4: 71% concluído
Crédito: SECOM/Porto de Itajaí


A WEG, orgulho industrial de Jaraguá do Sul, encerrou o segundo trimestre de 2025 reforçando sua posição de destaque no cenário global. A Receita Operacional Líquida atingiu R$ 10,2 bilhões, com avanço de 10,1% em relação ao mesmo período de 2024. Para os investidores, a empresa se mantém como referência em gestão, entregando resultados consistentes e mantendo o compromisso com o desenvolvimento contínuo. Com forte presença internacional e estratégia bem definida, a companhia avança demonstrando solidez nos seus principais indicadores operacionais.
Segundo análise do time de gestão e análise da Warren Investimentos, o resultado reforça a disciplina da WEG na condução dos negócios, enquanto a diversificação de mercados continua a ser uma das suas principais forças. “O trimestre reforça a capacidade da WEG em entregar resultados sólidos, com margens bem posicionadas e um olhar atento à eficiência operacional”, avalia o analista de investimentos da Warren, Lucas Vargas.
A atuação global, inclusive, segue sustentando um ritmo consistente de crescimento. O desempenho no exterior cresceu 17,3% no período, com destaque para as regiões da Ásia e África, além da sólida presença na América do Norte, responsável por quase metade da receita internacional. “A empresa tem mostrado um equilíbrio importante entre inovação, aquisições estratégicas e disciplina na gestão dos custos”, complementa Vargas.
Entre os segmentos, o destaque foi para Equipamentos Eletroeletrônicos Industriais, com performance muito positiva no mercado externo, especialmente em motores de baixa tensão e automação. As demais divisões também tiveram desempenho saudável, com destaque para o crescimento no segmento de Tintas e Vernizes, puxado pelo mercado interno e pela operação no México.
A margem EBITDA atingiu 22,1%, levemente acima do trimestre anterior, resultado atribuído à melhoria no mix de produtos, redução de custos com insumos e maior integração das operações adquiridas. “A WEG segue eficiente, mesmo em um ambiente desafiador. O que vemos é uma empresa com capacidade de adaptação e visão de longo prazo”, destaca o especialista.
Outro ponto que merece atenção é o ROIC, o retorno sobre o capital investido, que segue elevado, em 32,9%. O indicador reforça a capacidade da empresa de transformar investimentos em valor de forma consistente, mesmo com um cenário macroeconômico mais exigente. “O nível de retorno segue entre os mais altos do mercado e evidencia o acerto nas decisões estratégicas da companhia”, reafirma Vargas.
Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar, nesta quarta-feira (30), um decreto que eleva para 50% a tarifa sobre alguns produtos brasileiros, o presidente do Sebrae, Décio Lima, apontou que a medida é uma grande oportunidade para fortalecer a economia brasileira com o acesso a novos mercados, além de ressaltar a soberania do país.
“O tarifaço dos EUA não é uma tragédia para o Brasil — é um despertar. O Brasil é gigante, tem riqueza, povo empreendedor e vocação global. Chegou a hora de agir com patriotismo e coragem. Vamos crescer com essa situação, não tenha a menor dúvida, incluindo as nossas cadeias produtivas. Tenho certeza de que vamos ainda ter a abertura de novos mercados nesta economia globalizada e vamos entrar em outros territórios nos quais nunca pisamos”, apontou Décio. “O Brasil e a nossa economia são muito maiores do que isso. Essa é uma narrativa de taxação contra o Brasil e não podemos entrar numa onda perversa de pessimismo”, destacou o presidente do Sebrae.
Em sua análise, Décio Lima avaliou que os mais impactados com a medida serão os próprios americanos. Do outro lado, no Brasil, a taxação vai fortalecer o sentimento de patriotismo na população. “Toda essa situação vai mostrar para nós aquilo que historicamente a gente não conseguia enxergar, que é a grandeza do nosso país”, afirmou. “Não precisamos ser submissos e vamos mostrar para o mundo o tamanho que nós temos. Não somos mais um território de subserviência, de gente pequena, um país de terceiro mundo”, completou.
O bom momento da economia brasileira que possibilita esta avaliação tem sido perceptível, segundo Décio Lima, no processo de inclusão realizado no país, com a geração de empregos pelos pequenos negócios – que representam mais de 60% das vagas geradas – e com a abertura de novas empresas: já são mais de 2,6 milhões CNPJs abertos neste ano nesse segmento.
“Eu não posso imaginar que essas taxações, fronteiras econômicas, podem levar qualquer um de nós a voltar ao campo da subserviência, da humilhação e da resignação, de baixar a cabeça. O Brasil é dos brasileiros. Não será uma porcentagem de taxa que querem impor ao modelo econômico brasileiro que irá nos limitar”, analisou.
O presidente do Sebrae ainda exaltou a criatividade do povo brasileiro e os biomas do país como diferenciais da economia brasileira para superar a medida do governo dos Estados Unidos. “Lá, eles [americanos] não têm a criatividade que tem no Brasil. Por isso, estou muito convencido que isso tudo aí é para nos despertar. O que está faltando é acreditarmos em nós, acreditar inclusive, nessa produção extraordinária da pulverização econômica e nesse espírito empreendedor do povo brasileiro”, concluiu Décio Lima.
Avaliação
Atualmente, 68% das exportações dos pequenos negócios são feitas para as Américas (28% América do Sul, 24% América do Norte e 7% América Central e Caribe). O presidente Décio Lima lembra que, nos últimos anos, houve um crescimento significativo no acesso dos pequenos negócios ao mercado internacional.
O número de empreendedores que estão vendendo produtos e serviços para outros países cresceu 120% nos últimos 10 anos, enquanto as médias e grandes empresas cresceram 29% no mesmo período. Os pequenos negócios representam 41% do total de empresas exportadoras, apesar de movimentarem apenas cerca de 0,9% do montante de recursos.
De acordo com levantamento do Sebrae, em 10 anos foi registrado um crescimento de 152% nos valores comercializados por pequenos negócios. Em 2023, esse segmento foi responsável por movimentar US$ 2,8 bilhões, o melhor resultado registrado em todos os anos anteriores a 2020, sendo menor apenas que as exportações feitas em 2021 e 2022.


O Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o diretor-presidente da PortosRio, Flavio Vieira, participaram nesta terça-feira (29) da cerimônia de inauguração do novo Centro de Controle Operacional (CCO) do Porto do Rio de Janeiro e da assinatura da ordem de serviço para o início das obras de dragagem do Canal de Acesso ao Cais da Gamboa.
O evento, realizado no Pier Space (Armazém 1 do porto), reuniu autoridades, empresários e representantes de toda a comunidade portuária, marcando dois importantes investimentos em tecnologia e infraestrutura portuária. As ações reforçam o compromisso da Autoridade Portuária com a modernização das operações e a ampliação da capacidade logística do porto.
A implantação do novo Centro de Controle Operacional representa um marco para a gestão portuária do Rio de Janeiro. Com investimento de quase R$ 2 milhões, o projeto executado pela empresa Metaverso Telecom Ltda-ME corresponde à primeira fase do sistema VTMIS (Vessel Traffic Management Information System), ferramenta essencial para o monitoramento e controle do tráfego aquaviário em tempo real. O novo CCO trará melhorias significativas na segurança da navegação, na fiscalização e no rastreamento de embarcações, além de garantir melhores condições ergonômicas de trabalho para os operadores do sistema.
Outro destaque do evento foi a assinatura da ordem de serviço que autoriza o início das obras de dragagem de readequação e ampliação do Canal de Acesso ao Cais da Gamboa. Com investimento de R$ 117 milhões, a obra será executada pela DTA Engenharia e tem prazo de conclusão de seis meses. A intervenção integra o Novo PAC, com recursos da União e da própria PortosRio, e tem como objetivo otimizar o acesso aquaviário, permitir a atracação de embarcações de maior porte, reduzir custos logísticos e aumentar a competitividade do Porto do Rio de Janeiro.
Durante o evento, o ministro Silvio Costa Filho destacou: “É uma grande satisfação estar aqui ao lado do presidente Flavio Vieira neste novo ciclo à frente da PortosRio. Tenho certeza de que, com trabalho conjunto e colaborativo, vamos avançar nas políticas públicas que o Porto do Rio precisa. Hoje celebramos um importante passo com a assinatura da ordem de serviço para a dragagem da Gamboa, um projeto fundamental que saiu do papel e vai alavancar novos investimentos. A missão agora é grande e desafiadora, mas com dedicação e compromisso, vamos fazer as entregas que o Porto do Rio merece.”
Já o presidente da PortosRio, Flavio Vieira, ressaltou: “É uma honra receber todos aqui nesta tarde para anunciar dois investimentos estratégicos para o Porto do Rio de Janeiro. A entrega do novo Centro de Controle Operacional reforça nossa capacidade de monitoramento e segurança, oferecendo mais controle às operações e mais confiança aos nossos parceiros comerciais. Já a dragagem do Canal da Gamboa amplia nossa eficiência operacional e atratividade, fortalecendo a lucratividade da companhia e contribuindo diretamente para o desenvolvimento do Estado do Rio e do país.”
Ao final da cerimônia, o técnico portuário Jesuíno Guilhermino Alves, da Gerência de Acesso Aquaviário do Porto do Rio de Janeiro, foi homenageado com uma placa entregue pelas mãos do ministro. A honraria destacou seu legado, pioneirismo e dedicação ao longo de mais de 40 anos de trajetória no setor portuário.
Jesuíno foi reconhecido como o precursor do sistema de programação e monitoramento do tráfego do complexo portuário da Baía de Guanabara, sendo lembrado por inspirar gerações de profissionais com sua postura, conhecimento e liderança. Emocionado com a homenagem, Jesuíno agradeceu pela confiança e relembrou sua trajetória, destacando a importância da implantação do novo centro de controle operacional para o futuro das operações, com mais segurança e eficiência.
As duas iniciativas, a entrega do novo CCO e o início da dragagem do Cais da Gamboa, representam avanços concretos na consolidação do Porto do Rio de Janeiro como um hub logístico moderno, eficiente e alinhado às exigências do comércio exterior. Os investimentos reforçam o papel estratégico da PortosRio no desenvolvimento econômico do estado e do país, promovendo mais segurança, eficiência operacional e geração de emprego e renda.
O Dia dos Pais é uma das datas de maior movimentação no comércio brasileiro. Mas, junto com o aumento das transações, crescem também as tentativas de golpe. Por isso, a ABBC – Associação Brasileira de Bancos – reforça a importância de adotar cuidados redobrados neste período.
Idealizadora da campanha Tem Cara de Golpe, a ABBC alerta para a necessidade de práticas simples, mas essenciais, como ativar mecanismos de segurança em celulares e computadores — incluindo autenticação em duas etapas e bloqueio remoto —, nunca compartilhar senhas ou dados pessoais por telefone ou mensagens suspeitas e jamais emprestar sua conta ou dados bancários a terceiros, o que pode caracterizar participação em fraudes, ainda que sem intenção.
Caso seja vítima de golpe, é fundamental comunicar imediatamente o banco e a operadora do cartão, além de registrar boletim de ocorrência. Em situações de roubo ou perda do celular, a operadora de telefonia deve ser informada e o aparelho, bloqueado o quanto antes.
“Em datas como o Dia dos Pais, o volume de transações cresce exponencialmente — e os riscos também. Por isso, consumidores e empresas precisam manter uma postura preventiva. Segurança digital não depende apenas de tecnologia, mas, principalmente, de comportamento. Usar autenticação em duas etapas, manter dispositivos atualizados, verificar a legitimidade de ofertas, nunca ceder a pedidos para emprestar sua conta bancária e não compartilhar senhas são atitudes que fazem toda a diferença. O sistema financeiro tem avançado em soluções antifraude e resposta rápida, mas a conscientização do consumidor continua sendo a primeira linha de defesa”, alerta Leandro Vilain, CEO da ABBC.
Conheça alguns dos golpes mais comuns nesta data
• Sites falsos
Criminosos criam páginas falsas de lojas conhecidas, oferecendo produtos com descontos muito atrativos. Após o pagamento, o item não é entregue e os dados do comprador podem ser utilizados em outras fraudes. Prefira digitar o endereço oficial da loja no navegador e sempre verifique os dados antes de pagar um boleto.
• Falsa central de atendimento
Golpistas se passam por funcionários de bancos ou operadoras de cartão e alegam compras suspeitas para obter dados confidenciais. Nenhuma instituição solicita senhas ou códigos por telefone. Em caso de dúvida, contate diretamente o canal oficial.
• Mensagens falsas (SMS ou aplicativos de mensagem)
Mensagens urgentes com links suspeitos podem direcionar a vítima para sites falsos. Nessas páginas, dados pessoais e bancários são solicitados, possibilitando fraudes. Desconfie sempre de mensagens de números desconhecidos.
• Entrega com maquininha adulterada
Criminosos se apresentam como entregadores de brindes ou prêmios e solicitam pagamento de uma taxa por meio de maquininhas com visor danificado. Com isso, valores muito superiores ao informado são cobrados. Em outra versão do golpe, pedem uma selfie da vítima, que pode ser usada indevidamente para acessar contas ou abrir cadastros fraudulentos.
• Uso indevido da conta bancária
Golpistas também aliciam pessoas para emprestar ou ceder sua conta bancária, chaves Pix ou cartões, muitas vezes em troca de vantagens financeiras. Mesmo sem participação direta no crime, quem cede sua conta pode estar envolvido em fraudes ou lavagem de dinheiro — e responder legalmente por isso. Jamais empreste sua conta ou dados.
Como se prevenir de golpes no Dia dos Pais
• Desconfie de promoções com preços muito abaixo do mercado. Golpes costumam usar ofertas chamativas como isca.
• Digite o endereço da loja diretamente no navegador. Evite acessar links enviados por mensagens ou redes sociais.
• Antes de pagar um boleto, confira os dados do beneficiário. Qualquer divergência pode indicar fraude.
• Ative a autenticação em duas etapas nos aplicativos bancários e de compras online.
• Não compartilhe senhas, códigos ou dados pessoais por telefone, SMS ou mensagens em aplicativos.
• Nunca empreste ou ceda sua conta bancária ou chaves Pix para terceiros. Contas laranja são usadas em golpes e podem envolver você em crimes.
• Evite fazer pagamentos em maquininhas com visor danificado ou pouco visível.
• Fique atento a mensagens urgentes com links suspeitos. Na dúvida, fale com sua instituição financeira por canais oficiais.
• Instale antivírus e mantenha seu celular e computador atualizados.
Para mais dicas, acesse: www.temcaradegolpe.com.br
Sobre a ABBC
A ABBC - Associação Brasileira de Bancos é uma entidade sem fins lucrativos, instituída em 1983, com o objetivo de colaborar com o aperfeiçoamento do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e o desenvolvimento econômico sustentável do Brasil. Atualmente, a ABBC tem mais de 120 instituições associadas (entre bancos, cooperativas de crédito, instituições de pagamento e financeiras) e está entre as maiores entidades representativas do SFN. Entre os pilares estratégicos da instituição estão representatividade; prevenção a fraudes e cibersegurança; e competitividade no mercado financeiro.


A indústria brasileira de revestimentos cerâmicos está em alerta diante da decisão dos Estados Unidos de aplicar tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras, a partir de 1º de agosto. A relação entre Brasil e Estados Unidos foi construída ao longo de mais de 20 anos por meio de iniciativas de internacionalização da indústria brasileira, através do projeto setorial Ceramics of Brazil, desenvolvido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
Desde o anúncio das tarifas, em 9 de julho, a Anfacer tem se mobilizado nas esferas federal e estadual para que haja uma articulação que resulte em uma solução negociada capaz de preservar os avanços construídos na relação comercial sólida com o mercado americano. A medida traz sérias preocupações para o setor, com previsão de queda de 40% nas vendas para o mercado norte-americano já em 2025.
Os esforços têm sido realizados junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), através do comitê liderado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e com governos estaduais, além da interlocução com instituições brasileiras, entre elas a Confederação Nacional da Indústria (CNI), e tratativas com instituições americanas como o Tile Council of North America (TCNA) e o National Tile Contractors Association (NTCA), já que a medida também preocupa empresas e fornecedores norte-americanos.
Atualmente, os Estados Unidos são o principal destino dos produtos brasileiros do setor, respondendo por cerca de US$ 95 milhões em 2024, o que representa aproximadamente 25% das exportações anuais.
A imposição das tarifas traz impactos imediatos e relevantes para o setor, podendo inclusive comprometer os 50 mil empregos diretos e mais de 200 mil indiretos na indústria.
A perspectiva da Anfacer é que todos os esforços diplomáticos sejam realizados para reverter essa medida e que seja possível restabelecer um ambiente comercial justo e equilibrado entre os países.
O setor tem buscado cenários alternativos, que só se concretizariam no médio e longo prazo. A estratégia é avaliar oportunidades de diversificação de mercados e novas rotas de exportação. Para a entidade, é essencial fortalecer a presença brasileira em outras regiões e continuar trabalhando pela competitividade internacional da indústria brasileira.
O setor em números
O Brasil é um dos maiores protagonistas no mercado mundial de revestimento cerâmicos, ocupando a terceira posição em produção e consumo, além de ser o sexto maior exportador. Em 2024, as exportações do setor alcançaram valor de US$ 365,3 milhões, sendo US$ 95 milhões embarcados para os Estados Unidos, maior mercado internacional desde 2015.
Sobre a ApexBrasil
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. Para alcançar os objetivos, a ApexBrasil realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira, entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil.
A Agência também atua de forma coordenada com atores públicos e privados para atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para o Brasil com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país."
Augusto César Diegoli (acdiegoli@gmail.com)
Fraudes no INSS
Até o dia 15, as agências dos Correios em Brusque, realizaram 589 atendimentos a aposentados e pensionistas do INSS que buscavam esclarecimentos sobre eventuais descontos não autorizados em seus benefícios. Em todo o Brasil, esse número já ultrapassa 2 milhões de atendimentos. A fase de adesão ao acordo de ressarcimento proposto pelo governo federal começou dia 11. A adesão é necessária para que os beneficiários recebam a devolução dos valores diretamente em suas contas bancárias, sem a necessidade de recorrer à Justiça. O plano de ressarcimento está disponível para beneficiários que contestaram os descontos e não obtiveram resposta das entidades envolvidas. A adesão é gratuita e não exige o envio de documentos adicionais.
Bairros caros
Saiu um ranking dos bairros brasileiros com as maiores altas no preço médio do aluguel, segundo estudo da plataforma Loft. Canasvieiras, bairro localizado no norte da Ilha de SC, vizinho ao badalado Jurerê, registrou o alto mais superlativo: 73,5%, apenas no segundo trimestre, na comparação com os três primeiros meses deste ano. Surpresa mesmo é a presença de Balneário, na parte continental de Florianópolis, bairro do distrito do Estreito, em terceiro lugar nacional, com avanço de 65% no trimestre. O ranking foi montado a partir de dados de 202 mil anúncios de aluguel residencial publicado entre abril e junho nas maiores plataformas digitais do país.
Educação financeira
Impressionantes 54% dos catarinenses, gaúchos e paranaenses sabe pouco ou quase nada de educação financeira, revela pesquisa da Febraban. Porém, 95% reconhecem que o tema é muito importante e 82% acreditam que o planejamento financeiro influencia na realização de sonhos e problemas pessoais. Mais: 38% afirmam estar endividados. Um assunto que há anos se tenta introduzir no currículo das escolas, em vão. Uma minoria estridente acha muito mais importante impor a história africana.
Cartéis
Em entrevista ao canal CNN Money, o novo presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), vinculado ao Ministério da Justiça, disse que uma das suas prioridades é combater a formação e atuação de cartéis no mercado de combustíveis. Chamou a atenção ao dizer que SC terá atenção especial. O consumidor daqui é quem mais nota isso. Eles existem, às dezenas, de todos os tamanhos, no âmbito estadual, regional e municipal., combinando valores iguais pelo combustível.
Tarifaço tem impacto em 130 municípios
Em menor ou em maior proporção, o tarifaço sobre exportações brasileiras aos EUA anunciado há duas semanas pelo presidente Trump, tem impacto direto em quase metade dos municípios de SC. No primeiro semestre deste ano, 130 das 295 cidades catarinenses registraram envio de produtos ao mercado americano, maior parceiro do Estado no comércio exterior. Em 70 dessas cidades, as exportações entre janeiro e junho não superaram 1 milhão de dólares. Isso indica, em alguns casos, vendas mais pontuais aos Estados Unidos. Por outro lado, muitos desses municípios são de pequeno ou médio porte e o aumento das tarifas respinga na economia local e em alguns setores específicos. Alguns exemplos: com uma população de cerca de 75 mil habitantes, Araranguá, no Sul, exportou 15,6 milhões de dólares aos Estados Unidos no primeiro semestre deste ano. Dois terços desse valor, (10,6 milhões de dólares) foram representados pelo produto de mel. A Pequena Três Barras, no Planalto Norte, tem 20 mil moradores. De lá saíram, entre janeiro e junho, 15,7 milhões de dólares rumo ao mercado americano. A madeira respondeu por praticamente 100% desse montante.
Cidades que mais exportaram para os EUA
1) Joinville – US$ 123,3 milhões (parte de motor, bombas de ar e peças para veículos); 2) Jaraguá do Sul – US$ 112,9 milhões (motores e transformadores elétricos); 3) Caçador – US$ 101,7 milhões ( carpintaria para construção, madeira em forma e MDF); 4) Itajaí – US$ 57,2 milhões (carne suína e bovina, madeira e peixes congelados); 5) Lages – US$ 50,0 milhões (recipientes de papel e madeira); 6) Blumenau – US$ 45,9 milhões (transformadores elétricos, peças para veículos e caldeira a vapor; 7) São Francisco do Sul – US$ 41,3 milhões (madeira serrada); 8) Rio Negrinho – 31,6 milhões (móveis e madeiras); 9) São Bento do Sul – US$ 28,0 milhões (móveis e tubos de ferro e aço); 10) Salete – US$ 24,3 milhões (carpintaria para construções). Estes valores referem-se ao primeiro semestre deste ano.
Cobrança à Argentina
O empresário brusquense Luciano Hang, dono da Havan, publicou um vídeo nas redes sociais em que critica a lentidão no processo de entrada na Argentina pela aduana de Puerto Iguassu, fronteira com Foz do Iguaçu (PR). Segundo ele, a espera para cruzar de um país ao outro ultrapassou de duas a três horas, mesmo em um dia útil e com pouco movimento. Além disso, destacou o contraste com a agilidade do controle brasileiro, em que para atravessar da Argentina para o Brasil é muito mais rápido. A repercussão foi imediata. O próprio presidente Javier Milei curtiu o vídeo publicado por Luciano no Instagram e respondeu ao empresário por mensagem privada com um curto e direto: “Lo transmito”. A expressão foi utilizada como forma de dizer que Milei está ciente da reclamação. O vídeo gerou ampla repercussão nas redes sociais com milhares de interações e compartilhamento.
Conflitos sem judicializar
Sai de cena o advogado que só ajuíza causas, entre em cena o advogado capacitado e dotado de habilidades para gerar e resolver conflitos dos clientes. A Mediação é utilizada há décadas nos EUA e em diversos outros países com muito sucesso, onde se tem uma cultura de resolver conflitos em tempo recorde. Já no Brasil, ainda prevalece a cultura da judicialização, mesmo com a Lei de Mediação e o CPC (Código de Processo Civil) tendo-a instituído como etapa obrigatória no processo judicial. Por aqui, os cursos de Direito não preparam o advogado para essa nova cultura. Por isso, a proposta é justamente conferir novas habilidades ao advogado, capacitando-o para obtenção de resultados para o cliente, mediante a Mediação. É mais rápido e eficaz. (Fonte: Câmara de Mediação e Arbitragem de Brusque).
Milionários
O Tribunal de Contas do Estado identificou 19 alunos com renda superior a R$ 200 milhões no programa Universidade Gratuita, de bolsas no ensino superior catarinense. O mais rico dos universitários é de um grupo familiar cuja fortuna ultrapassa os R$ 855 milhões, conforme foi publicado no Diário Oficial do Estado. Nada os impediu de cursar gratuitamente a universidade usando o benefício. Se terão que devolver ao final da investigação da Polícia Civil, são outros quinhentos.
Dupla prata
Brusque conquista no maior Concurso de Destilados do Brasil (New Spirits – Expocachaça). A excelência da produção artesanal e o cuidado em cada detalhe foram reconhecidos nacionalmente. A Destilaria Getulians, orgulho da região, acaba de conquistar duas medalhas de prata no New Spirits, Concurso Nacional de Destilados, o mais respeitado e criterioso evento do setor no Brasil, além de ser a maior vitrine mundial da cachaça. Entre centenas de rótulos avaliados por especialistas de todo o país, os premiados foram Cachaça Extra Premium 5 anos - Envelhecida em barris de carvalho francês virgem, possui cor dourada com reflexos âmbar e exala aromas de baunilha, frutas secas e especiarias. No paladar, destaca-se pelo equilíbrio entre caramelo, mel e chocolate, apresentando textura suave e final prolongado. Gin Premium Getulians – elaborado com 12 botânicos naturais e álcool de cereais, revela uma presença marcante de zimbro e notas inconfundíveis. Essa conquista reafirma o compromisso da Getulians com a qualidade, tradição e inovação. Cada garrafa carrega o orgulho de uma destilaria que valoriza a terroir brasileiro e transforma ingredientes selecionados em experiências sensoriais de excelência. Brusque é o nosso lar e o mundo é o nosso brinde.
Luxo 100%
Quem paga dezenas de milhões para viver nos arranha-céus de grife que se multiplicam no Brasil, tem que subir e descer em um veículo à altura das cifras, literalmente. Em cidades como Balneário Camboriú, empresas de elevadores estão produzindo modelos exclusivos para o segmento, feitos de forma quase artesanal, como um produto de prateleira. Além de vidros inteligentes e acabamentos especiais de inoxidável dourado, incluem conectividade Bluetooth.
Prévia do PIB de SC
Com o alto impacto dos juros básicos altos e a instalação no mercado internacional, a expansão da economia de Santa Catarina está perdendo ritmo. Teve alta acumulada de 6,1% de janeiro a maio frente aos mesmos meses de 2024, mas em abril e maio já teve resultado negativo frente a meses anteriores. E é isso que mostra o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR-SC), apurado pelo Banco Central e considerado uma prévia do PIB.
Construção em Itajaí
Uma das maiores construtoras da Região Sul do Brasil, a Rôgga Empreendimentos, de Joinville, estreia em Itajaí, município com o maior PIB de SC e um dos que mais oferecem novos empregos. O primeiro empreendimento da empresa, lançado dia 24 é o Itajaí Urban Club, um residencial com duas torres e 192 apartamentos, no Cordeiros. A Rôgga Empreendimentos destaca diversas características positivas de Itajaí para investir no setor imobiliário local. Nos últimos três anos, o valor do metro quadrado residencial da cidade teve crescimento acumulado de 49,1%. De acordo com o diretor da Rôgga, Itajaí é uma cidade estratégica, com forte potencial de valorização e qualidade de vida.
Sistema prisional
O Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE-SC) irá acompanhar, durante os anos de 2025 e 2026, a execução financeira e orçamentária da Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social voltada à ampliação do número de vagas no sistema prisional catarinense. O motivo é a constatação de fragilidades na gestão dos recursos do Fundo Penitenciário de SC (Fupesc) e de superlotação de estabelecimentos prisionais. O tribunal apontou uma população carcerária de 30 mil detentos e um déficit de 6,9 mil vagas, em junho deste ano, conforme dados disponibilizados pelo Conselho Nacional de Justiça na plataforma Geopresídios. A medida busca promover o controle externo concomitante das ações promovidas pela administração pública, em busca de soluções duradouras e eficazes para o problema apontado.
Investimento milionário
O empresário Luciano Hang esteve em Barra Velha na semana passada para anunciar um investimento de R$ 250 milhões no Centro de Distribuição da Havan. Ao lado do prefeito, Luciano visitou o terreno adquirido recentemente pela empresa e será incorporado à estrutura atual. Com isso, a área total passará de 200 mil m2 para 250 mil m2. O investimento inclui a aquisição de um moderno transelevador, no valor de R$ 150 milhões, além de mais R$ 100 milhões destinados à ampliação do complexo logístico. Além do impacto econômico para a cidade, o investimento deve gerar novas oportunidades de emprego e renda., tanto durante a execução das obras quanto na ocupação da área ampliada. Atualmente, a Havan tem mais de 2,5 mil colaboradores diretos no Centro de Distribuição e vamos precisar ainda de mais pessoas com essa nova fase do projeto, destacou Luciano Hang,
Espigão
Itapema vai entrar no ranking das cidades com os edifícios residenciais mais altos do Brasil. A construtora Gessele, em parceria com o estaleiro Okean Yachts, está anunciando o projeto do Charles II Yacht Royal Home, com 252 metros de altura e 70 pavimentos. Entre as novidades está uma garagem náutica para mais de 100 jets e atracadouro para embarcações de grande porte, recurso ainda pouco explorado entre os arranha-céus brasileiros. O lançamento oficial está previsto para o primeiro semestre de 2026. As obras devem começar em outubro de 2026, com entrega estimada para 2033.
Contra
Já se afirmou, aqui, que há interessados para que nunca se resolva o problema da população de rua em SC porque, se resolvesse mesmo, acabaria com bandeiras de políticos e partidos. Na semana passada foi aprovado na Assembleia Legislativa projeto de lei que cria o Cadastro Estadual de Pessoas em Situação de Rua. A finalidade é subsidiar a formulação, a execução e o monitoramento de políticas públicas voltadas a esse público, além de apoiar ações de atendimento, acolhimento, encaminhamento e reinserção social. O único voto contrário foi do representante do Psol.
Diminuição
Finalmente a corrupção está diminuindo. Saem as cuecas, com espaço maior, e entram os sapatos, com espaço menor. Já é um começo.
Sonegação
Criado no ano passado para prevenir, identificar e reprimir ilícitos contra a ordem tributária praticados mediante fraudes estruturados de alta complexidade e elevado potencial lesivo aos cofres públicos de SC, o Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Recuperação de Ativos, definiu estratégias de atuação. São reservadas, por enquanto.
Escolas militares
Na fila de municípios catarinenses onde seus prefeitos pediram ao governo do Estado, via Secretaria de Educação, encaminhamento para que sejam contemplados com escolas cívico-militares os que estão mais próximos de conseguir são Bom Retiro, Correia Pinto e Lages.
Índice de transparência
O município de Brusque registrou avanço na avaliação preliminar do Programa Nacional de Transparência, iniciativa conjunta da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e dos Tribunais de Contas do País. O município saltou de 77,07% com certificado Prata, para 98,28% no índice, alcançando a certificação Diamante, registrando um crescimento de 21,21% em relação ao último ciclo de avaliação. O índice nacional é o mais respeitado do país no tema da transparência pública e avalia critérios como a disponibilidade de dados nos portais oficiais, atualização das informações, facilidade de navegação e cumprimento da Lei de Acesso à Informações, entre outros.
Alternativa para litígios jurídicos
Quando um cidadão ou empresa precisa resolver uma pendência na Justiça, lá se vai muito tempo de espera. Sabe-se que o Judiciário é lento e que um processo não é julgado em menos de quatro anos. Não raro, o litígio pode levar 10 ou 20 anos para ser concluído, já que sempre cabem recursos e as brechas na lei muitas vezes dão margem a interpretações diferentes. Além da morosidade, o Judiciário está abarrotado de processos e seus profissionais não são suficientes para dar andamento a todos os casos. Na tentativa de minimizar alguns desses problemas, foi criada a Lei Federal 9.307 de 23 de setembro de 1996, instituindo a Arbitragem no Brasil, através de Tribunais ou Câmaras de Mediação e Arbitragem. (Fonte: Câmara de Mediação e Arbitragem de Brusque).
Gestão de pessoas
A Unimed de Brusque marcou presença no CONCART 2025 – Congresso Catarinense de recursos Humanos, realizado de 9 a 11 de julho em Florianópolis. O evento promovido pela ABRH-SC reuniu os principais nomes da gestão de pessoas no Brasil em uma programação voltada à inovação, liderança e cultura organizacional. “Estar no CONCARH é estar em sintonia com o que há de mais atual em gestão de pessoas. Quem participa desse evento compartilha da mesma visão que temos: reconhecer, cuidar e investir no potencial dos colaboradores”.
Clube Filatélico de Brusque: 90 anos
Para marcar os 90 anos de fundação, o Clube Filatélico Brusquense realizou uma cerimônia comemorativa na Sociedade Esportiva Bandeirante onde foi feito o lançamento oficial de um selo personalizado e de um carimbo comemorativo, ambos emitidos pelos Correios do Brasil. A programação foi conduzida pelo presidente do clube, Jorge Paulo Krieger Filho e reuniu filatelistas, autoridades locais e convidados. O superintendente estadual dos Correios marcou presença.
População de SC
Em uma página, a Folha de São Paulo (FSP) publicou reportagem dizendo que o Estado de SC, impulsionado pela migração, deve chegar ao ano 2070 com 2,3 milhões a mais de habitantes. Conforme projeção do IBGE, SC pode ser o sexto mais populoso do país. Uma reclamação comum entre os novos catarinenses ouvidos pelo jornal, está o custo de vida, cada vez mais alto, especialmente em Florianópolis.
Diferença
Para esclarecer o modelo de escola cívico-militar adotada pelo governo estadual é diferente de colégio policial militar. Estes, com estrutura e recursos, tem gestão e funcionamento ligados diretamente à Polícia Militar de SC e historicamente mantém rendimento maior do que as demais escolas públicas. Para ingresso há um processo seletivo com critérios estabelecidos em edital. Normalmente, 50% das vagas são destinadas a filhos ou dependentes de militares.
Reconhecimento facial
O governo estadual aproveitou a festa de 61 anos de emancipação política de Balneário Camboriú, para fazer os primeiros testes com três drones interligados à inteligência artificial no processo de reconhecimento facial. Os equipamentos foram utilizados durante o show nacional da banda Jota Quest, na Praia Central.
Rota turística
O Diário Oficial da União publicou norma sancionada pelo presidente da república, que cria a Rota Turística Imperial Caminhada dos Príncipes, em SC. Abrange os municípios de Araquari, Balneário Barra do Sul, Campo Alegre, Corupá, Guaramirim, Jaraguá do Sul, Joinville, Rio negrinho, São Bento do Sul e São Francisco do Sul. Outra rota turística oficialmente criada é a Costa Azul, integrada pelos municípios de Barra Velha, Balneário Piçarras, Penha e Navegantes. O ato foi publicado também no Diário Oficial da União.
Preconceito
Ao publicar um vídeo em rede social, ao lado do marido, ditando normas de comportamento e tecendo críticas às pessoas que decidem vir morar em SC sem que tenham o perfil que considera adequado, a influenciadora Jenifer Stainzack, de Pomerode, atiçou ainda mais um preconceito que muitos brasileiros, de forma crescente, tem com relação aos catarinenses. Em um trecho o casal diz que quem vir para cá “com agenda woke e ideologia de gênero, fique onde está”. Nos comentários de leitores da Folha de SP, que repercutiu a postagem, o preconceito contra SC se exteriorizou. O leitor Daniel Bradão escreveu: “Por um lado SC de fato tem condutas nazistas: por exemplo, foi o único estado do Brasil em que integrantes do MP, do Judiciário e da Polícia se uniram para obrigar pais a injetarem em seu filho aquela substância experimental contra a covid (que nenhum país do mundo obriga em relação a crianças e outros até desaconselham).
Capacitação para migrantes
Um programa de capacitação para migrantes será realizado em Brusque. A ação é promovida pelo Sebrae, por meio do TraPOW e está com as inscrições abertas. As atividades serão realizadas de forma presencial, em datas e horários definidos com a organização. O programa é voltado especialmente para migrantes e imigrantes. Ele oferece trilhas práticas com especialistas, conteúdos acessíveis e uma rede de apoio para quem está começando uma nova vida na cidade. As vagas são limitadas e os cadastros podem ser feitos clicando aqui. Mais informações podem ser obtidas com o Sebrae Brusque, pelo telefone (47) 3351-3701.
Gigante anão
Uma senhora libanesa de 95 anos que emigrou para o Brasil, já com filhos há 70 anos, deixou profundamente impressionado: “só quem imigrou para o Brasil sabe avaliar a maravilha que é este país, o melhor do mundo. Mas agora, que pena, não tem democracia no Brasil. Conhecedora do mundo e lúcida, ela sacudiu com o tamanho da gravidade do que estamos vivendo. A corte constitucional encarregada pela Lei Maior, de guardar a Constituição não está guardando, ao desrespeitar o juiz natural, o amplo direito de defesa, o devido processo legal, a inviolabilidade dos parlamentares, por quaisquer palavras, a vedação à censura, a liberdade de expressão, entre outros.


Com mais de 200 corretores reunidos em Porto Belo (SC), a Phacz Empreendimentos deu início a um novo capítulo em sua relação com o mercado imobiliário ao apresentar o Sōmmar, projeto estruturado para fortalecer o corretor como protagonista do setor imobiliário e lançar oficialmente a Uniphacz, sua plataforma gratuita de ensino digital. A proposta, apresentada na manhã de quinta-feira (24), no Blue Sea Hotel, em Itapema, une educação continuada, desenvolvimento humano e reconhecimento profissional para transformar a atuação dos corretores no litoral catarinense e em todo o Brasil.
Idealizado para “somar pessoas e dividir experiências”, o Sōmmar será responsável por ações pontuais como eventos, mentorias, premiações e encontros com o mercado. O projeto é sustentado por três pilares: personal branding, que incentiva o corretor a gerenciar sua marca pessoal; wellness, voltado à promoção de uma vida mais equilibrada e produtiva; e desenvolvimento técnico, com foco em vendas, financiamento, experiência do cliente e domínio de produto. Um dos pilares, neste último quesito, é a Uniphacz, vertente educacional que já nasce com uma estrutura robusta de cursos práticos, além de uma plataforma exclusiva com rede social interna e sistema de gamificação. Gratuita, a ferramenta está disponível para Android e iOS, com interface inspirada em serviços de streaming.
“Tudo começou com um desafio proposto pelo César Zanon, fundador da Phacz: como criar uma conexão mais genuína e diferenciada com o mercado? Escutamos centenas de corretores, coletamos dados por formulários e conversas pessoais. A partir dessas dores e desejos, estruturamos um programa completo de reconhecimento, capacitação e pertencimento. A Uniphacz nasce como o coração do Sōmmar, um movimento que, mais do que capacitar, reconhece e valoriza os profissionais que fazem o mercado acontecer”, afirma Esdras Constantino, diretor comercial e de marketing da Phacz. Com trilhas de aprendizado, os corretores poderão acumular pontos em ‘zcoins’ ao completar cursos, participar de eventos ou indicar clientes, trocando-os por benefícios e subindo nas certificações Silver, Gold, Platinum e Phacz Fellow.
Segundo Ana Clara Zanon, sócia-proprietária da Phacz Empreendimentos, a criação do projeto nasceu da escuta ativa com os próprios corretores. “Quando nos propusemos a ouvir de verdade, percebemos que a principal dor não era sobre premiação ou comissão. O que mais ouvimos foi: ‘me sinto distante da construtora’, ‘não recebo atenção’, ‘não me sinto notado’. Eles não buscavam apenas algo tangível, mas pertencimento. Queriam fazer parte de algo maior, se sentirem valorizados e acolhidos. Foram 18 anos focando no cliente final. Mas entendemos que o nosso verdadeiro cliente são os corretores, são eles que levam nossos produtos até as famílias. E para a Phacz crescer, precisa crescer junto com quem constrói essa ponte todos os dias. O mercado é competitivo e quem não se desenvolve fica para trás. Criar um ambiente de aprendizado, acolhimento e valorização é bom para eles, para nós e para todo o setor imobiliário. A Uniphacz e o Sōmmar são reflexos dessa mudança”, comentou.
Para o corretor Gugu Monteiro, de Curitiba, a Uniphacz representa uma transformação real na forma de atuar. “A corretagem mudou a minha vida, mas mudou porque fui atrás de conhecimento, me posicionei e busquei ser diferente. A Phacz está nos dando uma oportunidade rara de crescer como profissionais e como pessoas, e o melhor, de graça. É o tipo de iniciativa que eleva o padrão do mercado”, declarou.
Para o corretor Mateus Albanaes, o maior desafio do corretor ainda é reconhecer o valor e a nobreza da sua própria profissão. “Sempre digo para minha equipe: nós somos agentes de transformação. O primeiro passo é tomar consciência desse papel. A partir disso, buscar conhecimento se torna uma obrigação para quem quer crescer. E agora a gente tem uma ferramenta fantástica: a Uniphacz. Ela democratiza o acesso à informação, à capacitação e ao desenvolvimento pessoal e profissional. É uma plataforma que vai fazer diferença na carreira de quem levar a sério essa oportunidade. O mercado está cada vez mais exigente, e quem quer ser relevante precisa evoluir”, disse.
O evento marcou ainda o pré-lançamento do próximo empreendimento da Phacz, que será anunciado oficialmente em setembro deste ano. Com foco em sustentabilidade e com pré-certificações internacionais, o projeto será erguido no Balneário Perequê, em Porto Belo (SC).
Sobre a PHACZ
Fundada em 2007, a PHACZ Empreendimentos é uma construtora familiar catarinense que alia inovação, solidez e compromisso com a sustentabilidade em cada projeto. O nome PHACZ representa as iniciais de seus fundadores: Paulo Henrique (PH), Ana Clara (AC) e o sobrenome Zanon (Z), família que carrega décadas de experiência no setor da construção civil. Com atuação marcada por responsabilidade ambiental, a empresa foi a primeira construtora a conquistar o selo LEED residencial em Santa Catarina, chancela internacional que reconhece construções sustentáveis. A PHACZ é também precursora da ACIP (Associação de Construtoras e Incorporadoras de Porto Belo), com o objetivo de promover obras de grande relevância e impacto positivo, sem comprometer a identidade cultural local.
Fotos: Divulgação/Secom GOVSC
Santa Catarina é o quarto estado brasileiro em produção de bananas e o primeiro em exportações da fruta. A produção está concentrada principalmente nas regiões Norte e do Vale do Itajaí, com destaque para municípios como Corupá, Luiz Alves, Massaranduba e Jaraguá do Sul.
Uma das razões para este excelente desempenho é a sanidade vegetal, com ações de prevenção e controle de diversas pragas que prejudicam a bananicultura, como o Moko da Bananeira, o Mal-do-Panamá, a Traça da Bananeira e a Sigatoka Negra. Este trabalho é desenvolvido pela Cidasc, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina, órgão oficial de defesa agropecuária do estado.
Para evitar a introdução de pragas, a Cidasc fiscaliza o ingresso de cargas de interesse agropecuário e orienta os produtores sobre medidas preventivas, como boas práticas culturais e plantio de mudas certificadas. Além disso, é realizada a fiscalização do processo de certificação fitossanitária, até a emissão da Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV), de acordo com as normas técnicas e demais atos normativos relacionados à bananicultura.
Nesta etapa, a tecnologia tornou-se uma aliada dos engenheiros agrônomos da Cidasc. A observação aérea das áreas de cultivo com drones permite identificar, com agilidade e precisão, plantas com sintomas visuais das principais doenças da cultura, como folhas murchas ou com coloração características de algumas doenças. Com base nas imagens e na geolocalização, os profissionais podem localizar com mais rapidez uma planta doente.
Os equipamentos têm se mostrado importantes sobretudo na prevenção do Mal-do-Panamá, raça 4 tropical (Fusarium oxysporum f. sp. cubense TR4) – uma praga quarentenária ainda ausente no Brasil, mas de elevado risco para a bananicultura nacional.
Segundo o engenheiro-agrônomo da Cidasc Julio Vilperte, a Cidasc já iniciou trabalhos com drones multiespectrais, que possibilitam a geração de mapas de índices de vegetação, aplicados ao monitoramento fitossanitário das lavouras.
“Diversos trabalhos ao redor do mundo já demonstraram o potencial do uso de drones multiespectrais no monitoramento de lavouras de banana, especialmente no diagnóstico precoce de doenças como o Mal-do-Panamá, o Moko da Bananeira e a Sigatoka Negra. Em países da Ásia e da África, por exemplo, o uso de sensores com bandas no infravermelho permitiu identificar plantas com sintomas iniciais por meio de índices de vegetação, com taxas de acurácia superiores a 90%. Esses estudos mostram que, além de aumentar a eficiência das inspeções a campo, a tecnologia pode ser uma aliada importante na tomada de decisão e no direcionamento de ações de defesa sanitária, com grande potencial de aplicação também aqui em Santa Catarina”, destaca Vilperte.
A partir das imagens obtidas com uso dos equipamentos, os profissionais da defesa vegetal obtém dados sobre plantas saudáveis e com possível estresse fitossanitário ou nutricional, condição que as deixaria mais vulneráveis ao ataque de pragas.
O monitoramento por drones é apenas uma das ações desenvolvidas no programa sanitário voltado à bananicultura, implementado pela Cidasc. Entre as conquistas do trabalho de defesa vegetal, podemos destacar a erradicação do moko da bananeira e o controle da Sigatoka Negra, com ganhos para o produtor rural. As pragas vegetais não afetam a saúde humana, mas atingem severamente a produtividade: se há redução na quantidade de alimento produzido, toda a população é afetada.
Há décadas a produção de bananas possui certificação fitossanitária em Santa Catarina. As equipes da Cidasc realizam a fiscalização e auditoria das inscrições, habilitações, e controles do processo de certificação fitossanitária. Deste modo, os bananicultores catarinenses conseguem comercializar sua produção para outros estados e até para outros países.


Os portos públicos da região Sul movimentaram 9,9 milhões de toneladas de cargas em maio de 2025, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O volume representa um crescimento de 8,27% em relação ao mesmo mês de 2024, quando foram registradas 9,1 milhões de toneladas. O desempenho confirma a relevância logística do Sul do Brasil e o dinamismo dos terminais localizados nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
Entre os portos da região, Paranaguá (PR) liderou a movimentação, com 4,7 milhões de toneladas no mês. O Porto de Rio Grande (RS) aparece em seguida, com 2,5 milhões de toneladas, enquanto São Francisco do Sul (SC) respondeu por 1,6 milhão de toneladas. Outros destaques foram Imbituba (SC), com 629 mil toneladas, e Itajaí (SC), com 216 mil toneladas.
A movimentação de contêineres alcançou 2,4 milhões de toneladas, superando em 20% o registrado em maio de 2024. A exportação de soja se manteve forte, somando 2,1 milhões de toneladas. O segmento de fertilizantes também apresentou avanço significativo, com 1,8 milhão de toneladas, frente a 1,2 milhão no ano anterior.
Outro produto de peso foram os resíduos da extração do óleo de soja, conhecidos como bagaço, com 628 mil toneladas; insumo valorizado na produção de ração animal, biodiesel e outros setores. Já o açúcar fechou o mês com 618 mil toneladas movimentadas.
Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, os números refletem os investimentos do atual governo no setor. “A movimentação nos portos do Sul ocorre em um cenário de grandes investimentos para modernização e aumento da competitividade nos terminais brasileiros, acompanhando tendências nacionais de crescimento e diversificação dos produtos transportados”, disse.
Crescimento da cabotagem
A movimentação de cargas por cabotagem (transporte marítimo entre portos nacionais) registrou 571 mil toneladas em maio, alta de 21,3% em relação a 2024. O avanço reflete a ampliação do uso desse modal no escoamento de cargas; neste caso específico, em rotas que conectam o Sul a outros portos do país.
O crescimento ocorre em um momento estratégico para o setor: em evento realizado neste mês com a participação do Ministério de Portos e Aeroportos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto que regulamenta o programa BR do Mar, iniciativa federal voltada a estimular a cabotagem. A expectativa é que o novo marco regulatório amplie ainda mais a participação desse modal na matriz logística nacional, impulsionando a integração entre portos e reduzindo custos no transporte de cargas.
No último dia 16 de julho, a SCPAR Porto de Imbituba realizou, no auditório do complexo portuário, o Simulado de Mesa do Plano de Emergência Individual (PEI). A atividade foi promovida pelo setor de Segurança, Saúde e Meio Ambiente (SSMA) e realizada pela empresa EnviroPact, do grupo OceanPact, responsável pela Base de Prontidão Ambiental do Porto de Imbituba.
Dando sequência ao simulado, no dia 17, durante o período da manhã, foi realizado um workshop de introdução ao Sistema de Comando de Incidentes (ICS), com a participação de operadores portuários e brigadistas do Porto de Imbituba. Já no período da tarde, a Diretoria do Porto participou de uma capacitação voltada à atuação da alta gestão em situações de emergência, com base nos princípios do ICS.
Durante os dois dias, os participantes foram expostos a simulações de situações de emergência, com foco principal em um cenário fictício de derramamento de óleo. A capacitação foi teórica e proporcionou um ambiente de aprendizado dinâmico e realista, trazendo cenários de emergências aplicados à situações reais do Porto de Imbituba.
A atividade contou com a participação de membros da diretoria, gestores e profissionais estratégicos para atuação em situações de emergência envolvendo cenários de vazamento de hidrocarbonetos, com o objetivo de fortalecer a capacidade de resposta a incidentes ambientais dessa natureza.
“A participação em simulados é fundamental, pois esse é o momento ideal para identificar falhas, esclarecer dúvidas e aprimorar os processos”, destacou o diretor-presidente do Porto de Imbituba, Christiano Lopes.
O gerente de Segurança, Saúde e Meio Ambiente do Porto de Imbituba, Paulo Márcio de Souza, também ressaltou a importância da ação: “É essencial que os profissionais participem ativamente desses treinamentos. O simulado é o momento certo para testar, errar e aprender, garantindo uma resposta mais eficiente em situações reais”, destaca Souza.
“A realização do simulado representa uma oportunidade valiosa para alinhar protocolos de resposta e promover a integração entre as áreas envolvidas. Ao exercitarmos cenários realistas, conseguimos não apenas avaliar nossa prontidão, mas também reforçar a cultura de prevenção e proteção ambiental dentro do porto”, avalia Camila Amorim, Oceanógrafa da SCPAR Porto de Imbituba.
Os simulados e treinamentos com a comunidade portuária reforça o compromisso do Porto de Imbituba com a prevenção e a preparação para emergências ambientais. A integração entre equipes da administração portuária e operadores portuários, o alinhamento de procedimentos e a troca de conhecimentos contribuíram para elevar o nível de prontidão da comunidade portuária diante de possíveis incidentes. Com iniciativas como essa, o Porto de Imbituba segue fortalecendo sua atuação sustentável e responsável, alinhada às melhores práticas de gestão ambiental e segurança operacional.
Comunicação Social SCPAR Porto de Imbituba


Ao menos 70 empresas brasileiras mantêm investimentos produtivos em 23 dos 50 estados americanos, segundo mapeamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os investimentos brasileiros em solo norte-americano alcançaram um estoque de US$ 22,1 bilhões em 2024, uma alta de 52,3% em relação a 2014. Só entre 2020 e 2024, empresas brasileiras anunciaram mais de US$ 3,3 bilhões em novas operações no território americano.
Os dados corroboram análise da Apex-Brasil e da Amcham que posicionam os Estados Unidos como o principal destino de investimentos greenfield brasileiro no exterior. Entre 2013 e 2023, foram 142 projetos de implantação produtiva nos EUA.
“Essa é a prova de que o setor produtivo brasileiro vê na integração com os Estados Unidos muito mais que comércio: vê parceria. O avanço dos investimentos de ambos os lados, ao longo dos anos, reforça o caráter complementar e os benefícios mútuos dessa relação”, afirma Ricardo Alban, presidente da CNI.
O mapeamento da CNI mostra os estados americanos com maior número de empresas brasileiras com plantas produtivas: Flórida (12), Georgia (7), Michigan (6), Minnesota (6), Missouri (6), Nova York (6), Tennessee (5) e Texas (5).
Os setores visados pelos investidores brasileiros nos EUA foram alimentos e bebidas (22,8%), plásticos (12,4%), produtos de consumo (9,8%), software e serviços de TI (9,6%) e metais (9,3%).
O estudo revela que nos últimos cinco anos (2020-2025), 70 empresas brasileiras anunciaram projetos nos EUA, com destaques para JBS (US$ 807 milhões), Omega Energia (US$ 420 milhões), Companhia Siderúrgica Nacional (US$ 350 milhões), Bauducco Foods (US$ 200 milhões) e Embraer (US$ 192 milhões).
No sentido inverso, 186 empresas norte-americanas anunciaram novos negócios no Brasil. Entre as principais companhia, estão Bravo Motor Company (US$ 4,3 bilhões), Microsoft (US$ 3 bilhões), CloudHQ (US$ 3 bilhões), Amazon.com (US$ 2,8 bilhões) e New Fortress Energy (US$ 1,6 bilhão).
No total, 2.962 empresas brasileiras têm investimentos diversos nos EUA, reforçando a forte integração econômica entre as duas economias.
EUA também ampliaram investimentos no Brasil
Em contrapartida, os americanos acumularam US$ 357,8 bilhões em investimentos no Brasil no ano passado, um aumento de 228,7% em relação a 2014. Atualmente, há 3.662 companhias americanas operando no Brasil.
No que se refere a investimentos anunciados, de 2015 a 2025, os setores mais atrativos para os investidores dos EUA em território brasileiro foram: comunicações (31,0%), montadoras de automóveis (13,5%), carvão, petróleo e gás (11,4%), serviços financeiros (10,9%) e energias renováveis (7,1%).
Empresas brasileiras anunciaram milhões em investimentos nos EUA em 2025
O documento traz também informações sobre investimentos anunciados por nove empresas brasileiras, nos primeiros cinco meses de 2025. Entre eles, dois se destacaram com projetos superiores a US$ 100 milhões.
Na direção oposta, também no mesmo período, 16 empresas americanas anunciaram investimentos no Brasil. Três dessas empresas se destacaram com projetos entre R$ 255,5 milhões e R$ 142,9 milhões. Essas informações foram elaboradas com base em dados do fDi markets, coletados a partir de declarações corporativas, órgãos setoriais, agências de promoção e veículos de mídia especializada.
O movimento de internacionalização também é respaldado por números do programa SelectUSA, iniciativa oficial do governo dos EUA para atração de investimentos estrangeiros diretos. De acordo com o programa, empresas brasileiras executaram 65 projetos no território norte-americano, com investimentos que superam US$ 1 bilhão e a criação de mais de 2,5 mil empregos diretos nos EUA.
Entre os casos de destaque estão a Embraer, com a implantação de um centro de manutenção no Texas (US$ 70 milhões, 250 empregos); a JBS, que anunciou uma nova planta em Iowa (US$ 135 milhões, 500 empregos); e a Sustainea, com um investimento previsto de US$ 400 milhões no estado de Indiana.
Outras empresas brasileiras participantes do SelectUSA incluem Wyda, Precicast, Braip, GreyLogix, MedYes e Plooral, atuando em setores estratégicos como alimentos e bebidas, software, biotecnologia, aeroespacial, logística e equipamentos industriais.
No próximo dia 28 de julho, às 13h30, a Federação das Indústrias de SC (FIESC) realiza a primeira reunião aberta do Comitê de Crise sobre o Tarifaço dos EUA. O evento ocorre exclusivamente online pela plataforma Zoom, com participação aberta a todas as indústrias exportadoras de Santa Catarina. Inscrições aqui.
“A mobilização dos industriais exportadores e a participação na reunião e na pesquisa são essenciais para que todas as perspectivas sejam consideradas, e dados robustos e confiáveis possam embasar as demandas para mitigar os impactos na economia de SC”, avalia o presidente da Federação, Mario Cezar de Aguiar.
Durante a reunião, a FIESC vai lançar uma pesquisa para medir os impactos da entrada em vigor das tarifas de 50% sobre o setor industrial. A entidade vai ouvir os empresários e a pesquisa vai subsidiar propostas e encaminhamentos para a crise sob a perspectiva da indústria.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas


Na última quarta-feira (23), a SCGÁS promoveu um coquetel no ambiente da CASACOR Santa Catarina, em Itapema, reunindo representantes do setor da construção civil, instaladoras de gás, escritórios de arquitetura, além de lideranças institucionais como o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (CREA/SC), Carlos Alberto Kita Xavier.
O encontro foi marcado pela presença da diretoria executiva completa da SCGÁS, incluindo o Diretor Presidente, Otmar Müller, o Diretor Técnico Comercial, Silvio Renato Del Boni, e o Diretor Administrativo Financeiro, Fábio Augusto Norcio, além de gerentes e colaboradores da companhia.
Para o Diretor Presidente, a participação no evento reforça o compromisso da companhia com a inovação e o desenvolvimento sustentável. “Essa parceria nos permite dialogar diretamente com os profissionais que pensam o futuro das cidades. Queremos estar presentes desde a concepção dos projetos, oferecendo o gás natural como uma solução energética moderna, segura e eficiente”, destaca Müller.
A CASACOR SC é uma das principais vitrines de arquitetura, design e paisagismo do estado, e há mais de uma década, conta com o apoio da SCGÁS. A parceria visa aproximar a companhia de profissionais estratégicos do segmento e fomentar soluções energéticas alinhadas às tendências do mercado.
A Rôgga Empreendimentos, uma das maiores construtoras da região Sul do Brasil, está iniciando uma história de parceria com Itajaí, cidade que alcançou no ano passado a posição de maior PIB de Santa Catarina e tem registrado indicadores de destaque no mercado imobiliário.
Os números falam por si: o valor do metro quadrado em Itajaí aumentou impressionantes 49,1% nos últimos três anos, refletindo uma forte valorização do mercado, que atrai tanto compradores para utilização própria quanto para investimento.
Além disso, a projeção de valorização dos imóveis é de 16,39% ao ano, de acordo com o setor de inteligência de mercado da Rôgga, o que representa uma oportunidade única para quem busca rentabilidade e segurança em seus investimentos.
Com uma população de 264.054 habitantes e um crescimento populacional de 44% nos últimos anos, Itajaí se apresenta como um polo de oportunidades, atraindo novos investimentos e consolidando-se como um lugar ideal para viver e investir. A cidade tem se destacado pela sua infraestrutura em constante desenvolvimento, que inclui acesso facilitado às principais vias, comércio diversificado e serviços de qualidade.
“Itajaí é uma cidade estratégica, com forte potencial de valorização e qualidade de vida. Temos muito orgulho em começar nossa história na cidade com o Itajaí Urban Club, um empreendimento completo para quem quer morar ou investir”, afirma Thales Silva, diretor comercial da Rôgga.
O mercado imobiliário de Itajaí é impulsionado por uma série de fatores favoráveis. A cidade é a segunda em Santa Catarina que mais criou postos de trabalho formais, reforçando a sua posição como uma das regiões mais dinâmicas do Estado. Além disso, a localização estratégica, no Litoral e próxima a outros grandes centros urbanos, torna a cidade ainda mais atrativa.
Os novos investimentos em infraestrutura são motores que impulsionam o crescimento da cidade. O binário Itajaí-Balneário Camboriú, que recebeu um aporte de mais de R$ 70 milhões, e o novo parque náutico, com R$ 22,5 milhões, são exemplos claros de como a cidade está comprometida com o desenvolvimento e a valorização do mercado imobiliário.
“Esses projetos não apenas melhoram a qualidade de vida dos moradores, mas também atraem novos investidores”, destaca Thales Silva.
SOBRE A RÔGGA
Construtora que traz uma proposta inovadora e de alto valor agregado, a Rôgga Empreendimentos construiu em apenas 18 anos uma sólida marca no mercado. A empresa destaca-se pela alta capacidade construtiva e pela entrega de projetos competitivos de excelência.
O portfólio da construtora inclui o atendimento de mais de 15 mil famílias em Joinville, Jaraguá do Sul, Penha, Balneário Piçarras, Barra Velha e Itapoá. A empresa tem como missão não apenas construir, mas melhorar o habitat humano e transformar vidas, priorizando sempre o desenvolvimento local e o bem-estar dos moradores.
A Rôgga se compromete com a inovação, saúde financeira e um planejamento a longo prazo, garantindo a confiança de clientes e parceiros. Além disso, a empresa está sempre atenta às tendências de mercado, buscando soluções que atendam às necessidades e expectativas dos seus clientes, o que a coloca à frente da concorrência.
SOBRE O ITAJAÍ URBAN CLUB
O primeiro lançamento da Rôgga Empreendimentos na sua sétima cidade de atuação é o Itajaí Urban Club, na Rua Jaime Fernandes Vieira, nº 419, no Bairro Cordeiros.
Com lançamento realizado agora em julho e início das obras em abril de 2026, o empreendimento contará com 192 apartamentos distribuídos em duas torres, com diversas opções de plantas que se adequam às necessidades dos futuros moradores.
Os investidores poderão se beneficiar de uma localização estratégica, que garante fácil acesso a serviços essenciais, como escolas, supermercados e hospitais, além de estar próximo a áreas de lazer e entretenimento.
As áreas comuns foram projetadas para promover qualidade de vida, contando com um mercado autônomo, deck de piscinas, espaço zen, brinquedoteca, horta comunitária e playground. Esses equipamentos não só agregam valor ao imóvel, mas também criam um ambiente propício para o convívio e bem-estar dos moradores.
A Rôgga também se compromete com a sustentabilidade, implementando soluções ecológicas que valorizam o empreendimento e atraem um público consciente e preocupado com o meio ambiente. As unidades são projetadas para oferecer eficiência energética, e a empresa busca materiais sustentáveis em sua construção, refletindo uma responsabilidade ambiental que é cada vez mais valorizada pelos consumidores.
Além disso, os investidores contarão com condições especiais de financiamento, como a isenção de taxas de escritura para vendas efetivadas no mês de lançamento, aumentando ainda mais a acessibilidade das unidades.
Com essa nova empreitada em Itajaí, a Rôgga Empreendimentos reafirma seu compromisso com a excelência e a inovação no setor imobiliário, trazendo para a cidade um produto que promete não apenas atender, mas superar as expectativas dos futuros moradores e investidores.


A aparência, por muito tempo associada apenas à vaidade, passou a ser reconhecida no meio corporativo como um elemento estratégico de comunicação. Longe de representar uma busca superficial por estética, a forma como um profissional se apresenta — visual e corporalmente — tem influência direta sobre sua autoridade, poder de influência e trajetória dentro das organizações.
De acordo com a psicóloga Amy Cuddy, pesquisadora da Universidade de Harvard e referência internacional em linguagem não verbal, impressões sobre confiança e competência são formadas nos primeiros sete segundos de interação com alguém. Em muitos casos, esse julgamento acontece ainda mais rápido. Diversos estudos ao longo da última década reforçam a predominância da comunicação visual nesse processo. Um deles, publicado pela Association for Psychological Science em 2017, mostra que 55% da percepção inicial está relacionada à aparência e à linguagem corporal, enquanto apenas 7% diz respeito ao conteúdo verbal.
No contexto corporativo, esse efeito ganha dimensões ainda mais estratégicas. A maneira como um profissional se apresenta visualmente pode interferir diretamente em sua trajetória, no nível de confiança que inspira e até na reputação das empresas que representa. Um estudo publicado pelo Journal of Experimental Social Psychology, também em 2017, demonstrou que pessoas bem-vestidas são percebidas como mais confiáveis, inteligentes e bem-sucedidas, mesmo quando suas competências técnicas não são evidenciadas. Em outras palavras, a imagem pessoal impacta não apenas o indivíduo, mas a leitura que o mercado e o ambiente interno fazem de toda a organização.
Empresas como Google, Apple, McKinsey e Salesforce já incorporaram políticas de imagem e postura ao seu modelo de gestão. Em alguns casos, por meio de “dress codes” flexíveis acompanhados de orientação; em outros, com programas específicos de consultoria de imagem. O objetivo é claro: garantir que colaboradores traduzam os valores corporativos — como inovação, confiança ou sofisticação — também por meio da presença visual.
A consultora de imagem e estilo Sandra Melo, que atua na orientação de profissionais e equipes executivas, reforça que a imagem deixou de ser “acessório” e passou a ser parte central da comunicação no ambiente de trabalho. “A imagem não se resume à aparência. Ela é a soma de tudo o que comunicamos e como nos comportamos sem dizer uma palavra. Um desalinhamento nesse conjunto pode custar credibilidade, oportunidades e até a permanência no cargo”, destaca Sandra.
Com base nessa análise, a consultora reuniu cinco erros recorrentes de imagem que ainda passam despercebidos no ambiente corporativo, e que podem comprometer tanto a credibilidade individual quanto a percepção institucional:
1. Vestir-se de forma desalinhada ao ambiente: Fugir do código de vestimenta da empresa, seja por excesso de informalidade ou rigidez extrema, pode indicar falta de leitura de contexto e de adequação à cultura organizacional.
2. Linguagem corporal que transmite insegurança: Postura curvada, falta de contato visual e gestos contidos impactam negativamente na percepção de autoconfiança, ainda que o conteúdo verbal seja relevante e preciso.
3. Incoerência entre discurso e comportamento: A imagem perde força quando há dissonância entre o que se diz e o que se pratica. Líderes que falam sobre escuta ativa, mas interrompem constantemente, ou que defendem organização, mas entregam com atraso, minam sua credibilidade.
4. Descuido com a imagem digital: Em um mundo cada vez mais conectado, a presença digital exige atenção. Planos de fundo descuidados, iluminação inadequada e fotos desatualizadas em redes profissionais comprometem a percepção de profissionalismo. Além disso, interações virtuais continuam impactando negativamente a carreira de profissionais tecnicamente preparados, muitas vezes sem que percebam a desconexão entre sua imagem e o posicionamento que desejam transmitir.
5. Estilo estagnado: Manter o mesmo visual por anos, sem atualizações que reflitam o momento atual, pode gerar uma desconexão entre a imagem e o posicionamento profissional. Seu estilo precisa acompanhar sua trajetória, transmitindo credibilidade e refletindo quem você é hoje. Em muitos casos, o profissional é excelente, mas sua aparência não comunica a mesma força — o que pode impactar a forma como ele é percebido no mercado.
“Em um cenário onde a comunicação é cada vez mais integrada e visual, a imagem pessoal deixou de ser um aspecto periférico para ocupar posição estratégica nas dinâmicas profissionais. No ambiente corporativo, ela não apenas influencia percepções imediatas, como também contribui para a construção de autoridade, clareza de posicionamento e alinhamento com os valores da organização”, comenta Sandra.
Para a profissional, mais do que estética, trata-se de consistência — entre discurso, comportamento e presença. “Quando bem gerida, a imagem profissional se torna uma aliada poderosa para quem busca ser reconhecido e crescer com autenticidade, solidez e influência no mercado de trabalho”, completa a consultora de imagem.
*Márcio Coimbra
A situação comercial internacional do Brasil entrou em uma fase crítica. A imposição de tarifas pelos EUA representa golpe duro à já fragilizada economia brasileira. Entretanto, mais alarmante que a ação externa é a postura interna: a diplomacia brasileira, sob a liderança de Lula, tem falhado em oferecer uma resposta madura e estratégica. Ao contrário do que fizeram outros países, que buscaram canais para mitigar impactos, o Brasil opta pelo enfrentamento ideológico e pelo isolamento retórico. E isso custa caro.
Enquanto líderes mundiais tentam se articular em um cenário de transição geopolítica, Lula optou por uma postura temerária, marcada por decisões baseadas em convicções pessoais e crenças ultrapassadas que passam ao largo do interesse nacional e da realidade geopolítica atual. Donald Trump, mesmo com seu estilo imprevisível, já conversou com 34 líderes desde que reassumiu a Casa Branca, realizando 21 reuniões presenciais. Lula não está na lista. Mais do que ausência, há desinteresse. O próprio presidente brasileiro declarou que não teria “assunto” com Trump, ironizando que teria que “ficar contando piadas”. O que parece irreverência é, na prática, um grave sinal de uma diplomacia negligente.
Estudo recente da Confederação Nacional da Indústria oferece uma medida concreta do impacto da nova onda tarifária. Segundo a entidade, o chamado “tarifaço” pode reduzir o PIB brasileiro em R$ 19,2 bilhões, ou seja, 0,16%. A estimativa é de que cerca de 110 mil postos de trabalho sejam perdidos. Um dano considerável, especialmente em uma economia que já sofre com baixo crescimento, juros elevados e déficit fiscal estrutural.
Os riscos não param por aí. O governo brasileiro acena, ainda que timidamente, com a possibilidade de restringir a remessa de dividendos ao exterior — uma medida que teria efeitos desastrosos sobre o investimento estrangeiro direto (FDI). Em um país que precisa desesperadamente de capital externo para financiar seu déficit em conta corrente, assustar multinacionais com ameaças à liberdade de repatriação de lucros é um erro grosseiro. As reservas internacionais do Brasil, embora robustas, não são infinitas. Sem o fluxo constante de FDI, elas não suportam uma pressão prolongada.
Lula parece ignorar que a geopolítica comercial não é guiada por discursos inflamados ou simbolismos ideológicos, mas por interesses pragmáticos. A retórica antiamericana, o desdém por abrir canais discretos de negociação e a insistência em alianças com regimes autoritários empurram o Brasil para uma posição marginal. Enquanto isso, países como México, Vietnã e Indonésia colhem os frutos de políticas externas mais sofisticadas, atraindo empresas que buscam alternativas à China, ao mesmo tempo que mantém bom relacionamento com Washington.
O Brasil, portanto, caminha perigosamente rumo ao isolamento das democracias ocidentais, comprometendo sua reputação, seus acordos comerciais e sua capacidade de atrair investimentos. O Brasil, ao abraçar a retórica antiamericana e regimes tóxicos, assina sua exclusão das cadeias globais de valor. Se o governo não recalibrar sua postura e adotar uma diplomacia menos ideológica e mais técnica, os custos econômicos serão ainda mais profundos e duradouros. A soberba tem preço, já evidenciada pelas tarifas — e a economia brasileira acabará mais uma vez pagando a conta.
*Márcio Coimbra é CEO da Casa Política e Presidente-Executivo do Instituto Monitor da Democracia. Conselheiro da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig). Cientista Político, mestre em Ação Política pela Universidad Rey Juan Carlos (2007). Ex-Diretor da Apex-Brasil e do Senado Federal


O decreto que regulamenta as operações de cabotagem entre portos brasileiros, assinado no último dia 16, traz mais segurança jurídica e flexibilidade para as operações, na avaliação da Federação das Indústrias de SC (FIESC).
Entre os pontos positivos da regulamentação da chamada BR do Mar está a flexibilização de aluguel de embarcações, que tem potencial para elevar a concorrência e a oferta de linhas de navegação, permitindo diminuir a utilização de caminhões para grandes distâncias.
Para o presidente da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Martorano, a regulamentação estimula a cabotagem, sendo uma alternativa de curto prazo para contribuir para a diversificação da matriz de transporte no Brasil, que é predominantemente rodoviária.
A entidade defende que a nova regulamentação poderá trazer mais competitividade para a cabotagem. Hoje, o modal é competitivo para distâncias acima de 1.220 km entre a origem e o destino. Entre os benefícios do modal, a Federação destaca a diminuição dos acidentes nas rodovias, o consumo até oito vezes menor combustível que o caminhão, a menor emissão de CO2 - apenas 2,4% na comparação com um caminhão transportando a mesma quantidade de carga - e a redução da necessidade de investimentos na conservação e manutenção das rodovias. Além disto representa índices próximos de zero em ocorrências de roubo de cargas, menor risco de avarias e redução de custo na contratação de seguro.
Desafios
A despeito do potencial da cabotagem no Brasil, a FIESC explica que ainda restam desafios a serem superados. Em sua Agenda da Infraestrutura, a Federação destaca a necessidade de um planejamento adequado e integrado das cadeias logísticas de suprimento e distribuição da produção catarinense, com a criação de centros integrados de logística que permitam ganhos de escala e eficiência nos transbordos de operações intermodais. “Por ser um transporte intermodal, a cabotagem precisa ser pensada num contexto maior, de planejamento de corredores logísticos integrados. O Plano Estadual de Logística (PELT) terá um papel fundamental para a adoção do modal”, explica Martorano.
Na avaliação da FIESC, para que a cabotagem cumpra seu papel para reduzir custos de frete e auxiliar na redução de emissões de gases do efeito estufa, os terminais portuários terão de estar melhor preparados para a eficiência e fluidez destas operações.
Para a indústria, a cabotagem também representa uma alternativa para reduzir custos e emissões. Com a possibilidade de receber insumos a custos menores, também é um fator relevante para a indústria de transformação, assim como entregar produtos de maior valor agregado aos maiores mercados consumidores brasileiros.
Até o momento, as soluções logísticas porta a porta têm sido a opção mais viável para a indústria, com os operadores logísticos intermodais ampliando a oferta de serviços, conforme apurado pela Revista Indústria e Competitividade (leia aqui).
A expectativa do governo federal é de que o programa BR do Mar (Lei 14.301/2022), reduza o custo do frete em cerca de 15% e represente uma economia de até R$ 19 bilhões anuais nos custos logísticos. Estimativas da Infra S.A. apontam que um eventual aumento de 60% no transporte por cabotagem de carga conteinerizada pode representar 530 mil toneladas de CO₂ equivalente por ano a menos na atmosfera, quando comparado com o modo de transporte rodoviário.
Atualmente, a cabotagem representa 11% da carga total transportada por navios e o Plano Nacional de Logística (PNL) projeta um crescimento de 15% nos próximos 10 anos, devido à tendência de redução de custos. O valor médio do frete de uma tonelada transportada por cabotagem é 60% menor que o transporte rodoviário e 40% menor que o ferroviário.
O modal em SC
Em 2024, Santa Catarina ocupou a segunda posição na movimentação de contêineres (TEUs) via cabotagem no país, com 14,2% do total operado no Brasil. Entre os principais produtos movimentados estão plásticos e suas obras, carnes e miudezas de frango, polímeros de etileno, papel e cartão kraft e madeira serrada. Dados da Antaq apontam que a Portonave lidera a movimentação de contêineres via cabotagem com 54,4% do total em SC. O Porto Itapoá está na segunda posição, com 35,5% do total, seguido por Imbituba (8,9%) e Itajaí (1,1%).
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) ressalta que dispositivos importantes relacionados à plena execução do novo Marco Legal da Cabotagem ainda deverão ser regulamentados neste ano e defende a participação do setor industrial nas Consultas Públicas. A CNI argumenta que a presença no debate é importante para garantir que o texto proposto nas portarias esteja alinhado não apenas às necessidades do setor transportador, como da indústria naval brasileira e dos usuários do transporte por cabotagem.
Com informações do Governo Federal e da CNI
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
Mesmo com queda nos preços em junho, estado avança em produção e responde por metade das exportações brasileiras no primeiro semestre (Foto: Aires Mariga/Epagri)
Santa Catarina prevê safra recorde de banana em 2025. Em nível nacional, as variedades nanica e prata devem apresentar valorização, impulsionadas pela menor oferta provocada pelas baixas temperaturas que afetam o desenvolvimento dos cachos.
Para a safra 2024/25, a estimativa é de aumento de 17,5% na produção estadual, que pode chegar a 768 mil toneladas, impulsionada pela ampliação da área cultivada, que passou para 28,4 mil hectares. A produção de banana-caturra deve crescer 18%, enquanto a da banana-prata tem alta estimada de 15,2% em relação à safra anterior.
Conforme explica o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Rogério Goulart Júnior, o setor da bananicultura catarinense tem enfrentado um cenário desafiador também devido as condições climáticas também foram determinantes nesse período. “Tivemos chuvas frequentes e uma geada em junho que comprometeram a qualidade dos cachos. Muitos produtores precisaram colher antes do ponto ideal de maturação, o que impactou ainda mais o mercado”, observa.
O mercado da banana em Santa Catarina enfrentou um período de desvalorização nos meses de maio e junho de 2025. A banana-caturra teve queda de 25,3% nos preços pagos ao produtor, reflexo do aumento na oferta. A banana-prata também registrou recuo de 16,4%, influenciada pela concorrência com outras frutas da estação e pela redução na demanda.
Para julho, a expectativa é de recuperação nas cotações da caturra, com a redução na oferta decorrente do menor desenvolvimento das frutas. No caso da banana-prata, a tendência é de estabilidade, ainda sob influência da presença de outras frutas no mercado.
“A expectativa é de valorização nos preços devido à redução da oferta, causada pelas baixas temperaturas e pelo menor desenvolvimento dos cachos nos bananais. A banana-caturra deve ter recuperação nos preços, enquanto a banana-prata tende a se manter estável, favorecida por uma demanda mais equilibrada no período”, projeta Goulart.
Painel temático de Comércio Exterior
De acordo com o painel temático de Comércio Exterior do Observatório Agro Catarinense, Santa Catarina se mantém como o maior exportador de bananas do Brasil em 2025. Entre janeiro e junho, o Brasil exportou 43,8 mil toneladas de banana, com receita de US$ 15,7 milhões. Santa Catarina foi responsável por praticamente 50% do volume exportado, com 21,8 mil toneladas, o que representa um crescimento de 103% em relação ao mesmo período de 2024. O estado gerou US$ 7,2 milhões, equivalente a 45,9% da receita nacional com exportações de banana no primeiro semestre de 2025.
Os dados dos painéis temáticos do Observatório Agro Catarinense são atualizados mensalmente, com isso, além de permitirem o monitoramento da variação da balança comercial catarinense, é possível comparar o desempenho de Santa Catarina com o restante do país.
Os principais compradores da banana catarinense são Argentina, responsável por 62% das exportações com um faturamento de US$ 4,5 milhões, e em segundo lugar é o Uruguai, com 37,8% gerando uma receita de US$ 2,7 milhões. Conforme o analista da Epagri/Cepa, Rogério Goulart Júnior, as perspectivas do setor para o mercado internacional são positivas. “Santa Catarina teve um crescimento expressivo no primeiro semestre de 2025 nas exportações brasileiras de banana. Para o segundo semestre, a expectativa é de uma queda sazonal na oferta, mas com perspectiva de melhores valores nas exportações, em comparação com anos anteriores”, conclui o analista.
Por: Cristiele Deckert, jornalista bolsista Fapesc Epagri/Cepa


O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode encolher até R$ 175 bilhões no longo prazo em razão da nova tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre exportações brasileiras. O alerta é da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), que divulgou um estudo com os possíveis impactos econômicos da medida, prevista para entrar em vigor no dia 1º de agosto.
Segundo a Fiemg, além de uma retração de 1,49% no PIB nacional, o país pode perder cerca de 1,3 milhão de postos de trabalho. O cenário se agrava ainda mais caso o Brasil opte por uma retaliação com tarifas recíprocas.
Nesse caso, o prejuízo estimado no PIB chega a R$ 259 bilhões (2,21%), com eliminação de quase 2 milhões de empregos, queda de R$ 36,1 bilhões na massa salarial e uma redução de R$ 7,2 bilhões na arrecadação de impostos, segundo as projeções.
Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Em 2024, as exportações brasileiras para o mercado norte-americano somaram US$ 40,4 bilhões (R$ 225,1 bilhões), o equivalente a 1,8% do PIB nacional. Os principais produtos exportados são aço, aeronaves, café, combustíveis minerais, equipamentos mecânicos, ferro e máquinas.
Minas Gerais deve perder até R$ 63 bilhões em cenário de retaliação
Minas Gerais, terceiro maior exportador brasileiro para os EUA, com US$ 4,62 bilhões (R$ 25,7 bilhões) em vendas em 2023, também deve sofrer impactos severos. O estudo da Fiemg estima que o PIB mineiro pode cair até R$ 21,5 bilhões (2%) em um primeiro cenário, com perda de R$ 3,1 bilhões na massa salarial e eliminação de até 187 mil empregos.
O setor de ferro-gusa e ferroligas, importante para o estado, pode registrar queda de até 11,9%.
Caso haja retaliação mútua e fuga de investimentos, o impacto pode ser ainda mais profundo, com R$ 63,8 bilhões a menos no PIB estadual e mais de 443 mil empregos comprometidos, alerta o levantamento.
A Fiemg pediu ao governo federal que adote uma postura firme, porém diplomática, para tentar evitar a implementação da tarifa. “É preciso proteger os empregos e preservar a competitividade das empresas brasileiras”, declarou a entidade.
A Associação Brasileira das Indústrias de Pescado (Abipesca) protocolou nesta segunda-feira (21) um pedido formal ao governo federal para a criação de uma linha emergencial de crédito voltada às indústrias exportadoras do setor. O objetivo é reduzir os impactos imediatos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros.
De acordo com a associação, o mercado norte-americano é o destino de cerca de 70% do pescado exportado pelo Brasil. Com a nova taxação, o setor estima que cerca de R$ 300 milhões em produtos estejam parados entre pátios portuários, embarcações e unidades industriais.
O pedido foi protocolado no Palácio do Planalto e se dirige ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A proposta da Abipesca prevê crédito emergencial de R$ 900 milhões, com seis meses de carência e prazo de 24 meses para pagamento.
De acordo com a Abipesca, a taxação levou o setor a enfrentar uma grave crise de capital de giro, uma vez que não há como redirecionar essa produção ao mercado interno que já se encontra abastecido e não absorve os cortes específicos voltados à exportação.
Caso não haja uma resposta rápida, 35 indústrias e aproximadamente 20 mil trabalhadores, incluindo pescadores artesanais, podem ser impactados com cortes e paralisações, afirmou a associação.
No documento protocolado, a associação também solicita que o governo brasileiro intensifique as negociações para reabertura do mercado europeu, fechado às exportações brasileiras de pescado desde 2017.
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Negociação
No último dia 9, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma carta ao presidente Lula, em que anuncia a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao país norte-americano. Segundo Trump, as tarifas passam a valer no dia 1º de agosto. Trump justifica a medida tarifária citando supostos "ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos".
Nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à Rádio CBN, que o Brasil não vai sair da mesa de negociação com os Estados Unidos. Haddad disse, porém, que o governo vem trabalhando em planos de contingência para ajudar os setores mais prejudicados com o plano de Donald Trump.


A indústria brasileira iniciou o segundo semestre de 2025 ainda sem recuperar a confiança. Segundo o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) - Resultados Setoriais, divulgado nesta terça-feira (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 21 dos 29 setores industriais analisados registraram queda na confiança em julho.
Os dados ainda não consideram os efeitos do tarifaço. “Foi um grande recuo generalizado, mas ainda não reflete completamente a opinião dos empresários industriais sobre o anúncio de aumento das tarifas de importação do governo americano, pois a pesquisa foi realizada nos primeiros dias de julho”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. Para o especialista, a redução na confiança está diretamente ligada ao último aumento da taxa Selic.
A queda foi mais acentuada na região Norte, onde o índice passou de 53 pontos, em junho, para 50 pontos em julho, indicando uma transição da confiança para a neutralidade. Agora, apenas as indústrias do Nordeste permanecem confiantes. Empresários do Sudeste, Sul e Centro-Oeste seguem com falta de confiança.
Três segmentos migraram da confiança para a falta de confiança: perfumaria, limpeza e higiene pessoal; produtos diversos; e produtos de borracha. Apenas o setor de manutenção e reparação passou da falta de confiança para a confiança. No total, 23 setores industriais estão sem confiança, enquanto apenas seis permanecem confiantes.
O índice também caiu entre empresas de todos os portes. A maior queda foi registrada nas médias empresas (-1,3 ponto), seguidas pelas grandes (-1,1 ponto) e pequenas (-0,7 ponto). O ICEI varia de 0 a 100 pontos e valores abaixo de 50 indicam falta de confiança.
A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 10 de julho com 1.788 empresas industriais, sendo 724 pequenas, 652 médias e 412 grandes.
O setor do comércio de peças e acessórios para veículos automotores nacional avalia que o impacto do tarifaço estadunidense contra o Brasil deverá causar maior dano às montadoras instaladas nos Estados Unidos.
Segundo o presidente do Sindicato Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos (Sincopeças Brasil), Ranieri Leitão, o processo de montagem de carros no Brasil deverá sofrer poucas alterações.
Em nosso entender, o impacto talvez seja maior para as montadoras de veículos instaladas no mercado norte-americano e que se valem de fornecedores brasileiros. Dentro do Brasil, não enxergamos qualquer alteração no processo de montagem dos veículos, disse em entrevista à imprensa.
Segundo Leitão, o setor do comércio de autopeças nacional atua basicamente no mercado interno e não deverá sofrer impacto direto do tarifaço. Mas nossa posição é que qualquer movimento de taxação excessiva é desastroso para os negócios em geral, ressaltou.
O Sindipeças, que representa os fabricantes de autopeças, disse, em nota, que ainda é necessário aguardar a publicação da legislação estadunidense para confirmar qual será o alcance da sobretaxa no setor. As fabricantes nacionais produzem peças específicas para veículos dos Estados Unidos o que torna inviável redirecioná-las para outro mercado.
A balança comercial de autopeças do Brasil com os Estados Unidos é deficitária ao Brasil desde 2009. Em 2024, o Brasil exportou para os Estados Unidos US$ 2,2 bilhões e importou US$ 1,3 bilhão em peças.


A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de estabelecer uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros que são exportados para os Estados Unidos pode comprometer receitas do agronegócio brasileiro, provocar desequilíbrios de mercado e pressionar os valores pagos ao produtor. O alerta é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo o Cepea, os itens mais expostos ao tarifaço de Trump são o mercado de suco de laranja, o setor cafeeiro, a pecuária de corte e o de frutas frescas.
Dentre esses itens, o suco de laranja é o produto mais sensível a essa política tarifária, dizem os pesquisadores do Cepea. Isso porque já incide atualmente uma tarifa fixa de US$ 415 por tonelada sobre o produto, e a aplicação de uma sobretaxa de até 50% elevaria significativamente o custo de entrada nos Estados Unidos, comprometendo sua competitividade no segundo maior destino dos embarques brasileiros, dizem os pesquisadores, em nota.
Segundo o Cepea, os Estados Unidos importam atualmente cerca de 90% do suco que consomem, sendo que o Brasil é responsável por aproximadamente 80% desse total. Essa instabilidade ocorre justamente em um momento de boa safra no estado de São Paulo e Triângulo Mineiro: 314,6 milhões de caixas projetadas para 2025/26, crescimento de 36,2% frente ao ciclo anterior. Com o canal norte-americano sob risco, o acúmulo de estoques e a pressão sobre as cotações internas tornam-se prováveis, avaliou a professora da Esalq/USP Margarete Boteon, pesquisadora da área de citros do Cepea.
Quanto ao café, os Estados Unidos são o maior consumidor global do produto e importam cerca de 25% do Brasil, especialmente da variedade arábica, insumo essencial para a indústria local de torrefação. Como os Estados Unidos não produzem café, a elevação do custo de importação deve comprometer a viabilidade de toda a cadeia interna, que envolve torrefadoras, cafeterias, indústrias de bebidas e redes de varejo.
A exclusão do café do pacote tarifário é não apenas desejável, mas estratégica, tanto para a sustentabilidade da cafeicultura brasileira quanto para a estabilidade da cadeia de abastecimento norte-americana, destaca o pesquisador de café do Cepea Renato Ribeiro.
Com a queda nas cotações do produto e a instabilidade externa provocada principalmente pelo tarifaço, os produtores têm vendido volumes mínimos para manter o fluxo de caixa, adiando as grandes negociações para esperar por definições sobre o cenário tarifário.
Carne bovina
Os Estados Unidos são o segundo maior comprador da carne bovina brasileira, atrás apenas da China, que concentra 49% do total embarcado pelo Brasil. As empresas estadunidenses são responsáveis por 12% das exportações do produto brasileiro e, entre março e abril, elas adquiriram volumes recordes de carne bovina, acima de 40 mil toneladas por mês, o que pode indicar uma possível movimentação de formação de estoque diante do receio de que Trump viesse a aumentar as tarifas para o comércio exterior. São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul são os estados brasileiros, respectivamente, que mais têm escoado carne aos EUA.
Nos últimos meses, no entanto, houve redução no volume exportado para os Estados Unidos, enquanto os embarques para a China vêm crescendo. Em junho, especificamente, vários outros parceiros comerciais também aumentaram suas compras na comparação com maio. Segundo o Cepea, isso sinaliza que os frigoríficos brasileiros têm possibilidade de ampliar suas vendas para outros mercados.
Frutas frescas
No caso do mercado de frutas frescas, o maior impacto imediato recai sobre a manga, dizem os pesquisadores da USP. Isso acontece porque a janela crítica de exportação desse produto aos Estados Unidos começa em agosto. De acordo com o Cepea, já há relatos de postergação de embarques frente à indefinição tarifária. A uva brasileira, cuja safra tem calendário relevante para os EUA a partir da segunda quinzena de setembro, também passa a integrar o grupo de culturas em alerta.
Antes do tarifaço, no entanto, a expectativa era de crescimento de exportações de frutas frescas, sustentada pela valorização cambial e pela recomposição produtiva de diversas culturas. A projeção otimista foi substituída por dúvidas. Além da retração esperada nas vendas aos EUA, há o risco de desequilíbrio entre oferta e demanda nos principais destinos, pressionando as cotações ao produtor, disse Lucas de Mora Bezerra, do Cepea.
O que pode ocorrer, dizem os pesquisadores, é que as frutas que seriam destinadas aos Estados Unidos sejam direcionadas a outros mercados, como a União Europeia, ou até mesmo absorvidas pelo mercado interno, o que pode pressionar o preço ao produtor.
Diante desse contexto geral relacionado ao café, à carne bovina, ao suco de laranja e às frutas frescas, o Cepea informa que é urgente uma articulação diplomática coordenada, com vistas à revisão ou exclusão das tarifas sobre produtos agroalimentares brasileiros.
Tal medida é estratégica não apenas para o Brasil, mas também para os próprios Estados Unidos, cuja segurança alimentar e competitividade da agroindústria dependem de forma substancial do fornecimento brasileiro, diz a nota.
Augusto César Diegoli (acdiegoli@gmail.com)
71ª Pronegócio
De 12 a 15 de agosto, a Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque e Região (AmpeBr) com patrocínio do Sebrae, realiza a 71ª edição da Pronegócio, a maior rodada de confecção do Brasil. O evento deve reunir no Pavilhão da Fenarreco, em Brusque, cerca de 150 fabricantes de SC e mais de 600 lojistas de todas as regiões do país, para conferir as novidades da coleção Alto Verão 2025/2026. A direção da AmpeBR afirma que a expectativa para esta edição da Pronegócio é bastante positiva. Um fator importante é o frio intenso deste inverno, que impulsionou as vendas da estação.
Agricultura sustentável
SC tem um contexto que dificulta o cultivo de monoculturas em larga escala, como vemos no Centro Oeste , por exemplo, com hectares infindáveis de soja, de milho. Esse cenário de clima e relevo peculiares força os agricultores a buscar soluções para suprir a uma demanda por produtos do campo, que existe e sempre existirá. Apesar de que o Estado é, sim, protagoniza na produção de itens como cebola e maçã em nível nacional, a diversificação como modelo de negócio na agricultura familiar ganha cada vez mais espaço, alavancado por siglas como ESG (Ambiental , Social e Governança) e ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável). E é justamente aí que entram a tais agroflorestas.
Saneamento
Saiu mais um ranking do saneamento básico, envolvendo os 100 municípios mais populosos do país, com listas dos 20 com os melhores e piores resultados no tratamento de água e esgoto. De SC não há nenhuma, nas duas categorias.
Exuberância
A consultoria JLL está divulgando que SC vai ganhar mais 500 mil m2, o equivalente a mais de 60 campos de futebol, em novos condomínios logísticos de alto padrão até o fim do ano, desempenho que permitirá ao Estado ultrapassar Pernambuco em área total e se tornar o quarto maior mercado de galpões do país, atrás apenas de São Paulo, Minas e Rio. Em um ano, a área total de galpões no Estado avançou cerca de 200 mil m2, para mais de 1,7 milhão de m2. Mais: a taxa de vacância (espaço vazio) nos galpões de SC está em 4,5%, contra 7,7% da média nacional.
Berço
É em situações do tipo que o jaraguaense Felipe Luís, técnico do Flamengo, mostra a educação de berço que recebeu. Está movendo mundos e fundos para tirar sua foto, não autorizada, de um site de apostas esportivas por quem não nutre simpatia nenhuma.
Arrecadação de SC
O Estado de SC encerrou o primeiro semestre com receita tributária de R$ 28,7 bilhões. Esse montante consiste num crescimento nominal de 8,2%, frente aos mesmos meses de 2024 e, descontada a inflação (IPCA de 5,4% no período), corresponde a crescimento real de 2,8%, segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF-SC). Em junho, a receita alcançou R$ 4,8 bilhões, com alta real de 5,1% frente ao mesmo mês do ano passado. Desse total, R$ 3,6 bilhões tiveram origem no ICMS. A Fazenda destacou que o resultado do semestre ficou alinhado com as projeções da pasta para o período.
Censura
A Folha de São Paulo exteriorizou em editorial “a velha censura da nova direita”. Cita como um dos dois exemplos o caso da vereadora Jéssica Lemonie, de Itapoá, no litoral norte catarinense, que pediu a retirada do livro “Capitães de Areia”, de Jorge Amado, das escolas da rede municipal por “romantizar o estupro” e representar “infiltração da esquerda” na educação.
Cesta básica
O valor da cesta básica em Brusque foi de 695,14 em junho, com alta de 1,93% em relação ao mês anterior. Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Dieese em parceria com o Fórum de Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e Região (Fórum Sindical) e o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Brusque, e região (Sintrafite). Brusque é a única cidade do Brasil fora das capitais, incluída na pesquisa mensal do Dieese, o que permite acompanhar de forma contínua o custo de vida no município, com dados coletados diretamente no comércio local.
Ferrovias
Foi aprovado, no pacote de projetos apreciados na Assembleia Legislativa de SC, o PL 474/2025, sobre o Sistema Ferroviário do Estado de Santa Catarina (SFE-SC). A proposta regulamenta a exploração do transporte ferroviário de cargas e passageiros, tanto por meio de concessão pública quanto por autorizações privadas. A meta é reduzir custos e tornar a matriz mais eficiente e segura.
Em Balneário Camboriú
Uma vitória da prefeita de Balneário Camboriú foi o aceite na Assembleia Legislativa do PL 484/2025, que autoriza o governo do estado a receber, por doação, o Hospital Municipal Ruth Cardoso. Projetado para atender entre 130 e 140 mil habitantes, a estrutura hoje chega a receber quase 1 milhão de pessoas. A estadualização é vista como sobrevivência da instituição.
Resposta
Para quem se opõe às escolas militares, dentre eles a maioria dos integrantes do Conselho Estadual de Educação, o governo tem agora uma resposta contundente: seu desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ficou na dianteira, em SC, entre as públicas, em 2024. A melhor classificação foi o Colégio Militar Feliciano Nunes Pires/Unidade Pedro II, de Blumenau.
Bandeira Azul
Com 31 quilômetros de orla, Penha, 33 mil habitantes, no litoral norte de SC, lidera as indicações nacionais ao selo no Brasil para receber a Bandeira Azul na temporada 2025/2026: tem quatro pré-aprovações. A certificação reconhece destinos costeiros que atendem a critérios de qualidade da água, segurança, infraestrutura e gestão ambiental. As praias são Bacia da Vivó, da Saudade, Grande e Vermelho. A confirmação oficial sai em setembro.
Fomento ao empreendedorismo
O Grupo Boticário inaugurou o novo centro logístico da empresa que atenderá mais de dois mil revendedores da região, em Brusque. O espaço com 1.160 m2, abriga loja, setor administrativo, centro de capacitação e área logística. A nova estrutura também marca o início de um plano de expansão da marca no estado., com a chancela de marcas como Out, Quem Disse Berenice?, Eudora e O Boticário. A história do O Boticário em Brusque começou em 1983, com a abertura da primeira loja da marca na cidade e desde então tem desempenhado papel fundamental no fortalecimento do comércio regional. Este foi o primeiro negócio no modelo de franquia estabelecido na cidade. Agora, o plano de crescimento da marca na região inclui ainda a abertura de uma nova franquia em Guabiruba, prevista para o primeiro semestre de 2026.
Negócio de Moda
Na última semana, a feira ONDM – O Negócio da Moda realizou a sua primeira edição em Caruaru (Pernambuco). O evento que já passou por Santa Cruz do Capibaribe em 2023, consolidou sua presença no Agreste Pernambucano reunindo mais de 3 mil pessoas. Com uma programação focando nas tendências do mercado de confecção, o ONDM Agreste atraiu empreendedores, confeccionistas, lojistas e profissionais de toda a cadeia têxtil da região. Além da feira de negócios, ofereceu conteúdo de alto nível com palestras e painéis sobre vendas online, marketing, tecnologia e gestão de negócios.
Novos colonos
Um documento de 31.8.1869 (Museu Cada de Brusque) solicitando orçamento a fazer com 94 colonos novos, de nação polacos. Essa foi a segunda menção à presença de imigrantes poloneses na Colônia Itajahy. Na primeira, o registro de batizado de Estevão Sienovki. Por que? Estevão nasceu em o mar, a borda do navio Victório, em 3.7.1869. Foi batizado pelo Padre Gattone, a 25.8.1869. Então, tomou-se essa data como referência para as comemorações do Dia da Imigração Polonesa. Ou Dia Estadual da Imigração Polonesa em Santa Catarina.
Muito aquém
Sim, SC está perdendo sua fama de outros como de altos níveis, quase sempre os primeiros do país, em sua educação. Na lista das 150 escolas brasileiras, e privadas, com melhor públicas e privadas, com melhor pontuação no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), há apenas uma catarinense.: o Colégio Energia, de Chapecó, na 147ª posição.
Problemão
Além dos moradores de rua, outro problema vem mobilizando o Parlamento estadual, pressionado pela opinião pública, o abandono de cães da raça pitbul em muitas cidades. Em Itapema, por exemplo, onde a Alesc promoveu uma audiência pública semana passada, o Grupo de Operações e Resgate da Costa Esmeralda abriga no momento 40 daqueles animais em seu canil, sem interessados na adoção, pela idade e porte. Já foram realizadas seis audiências sobre o tema. Em Joaçaba, Alfredo Wagner, São Joaquim, Rio do Sul e em Concórdia. A próxima será em Timbó, dia 25 de agosto. Os encaminhamentos e sugestões apresentados serão debatidos no Fórum Estadual de Ativistas e Protetores de Animais de SC, dia 22 de outubro.
Ação popular
Foi ajuizada na subseção judiciária de Florianópolis da Justiça Federal ação civil pública que vai dar o que falar: o advogado Christian Martins questiona atos da direção da OAB-SC na gestão 2010-2012, então presidida pelo atual desembargador Paulo Roberto de Borba. O objetivo da demanda: anular e apurar irregularidades apontadas na prestação de contas da seccional de 2012, na qual auditoria externa realizada em 2013 constatou prejuízo de R$ 7 milhões.
Fuzis
De causar arrepios o número de apreensões de fuzis no Brasil entre 2015 e 2024: foram 10.248, dos quais 4.714 no Rio de Janeiro e 570 em São Paulo. Em SC foram 113, contra 748 no Rio Grande do Sul e 375 no Paraná.
Fim de uma novela
Após quase quatro décadas de impasse, um gesto político institucional maduro finalmente dá fim à longa disputa entre Santa Catarina e Paraná sobre os royalties do petróleo. A divergência teve início com um erro técnico do IBGE, que atribuiu no território paranaense compos petrolíferos que por direito, pertencem aos catarinenses. O STF reconheceu essa injustiça em 2020, mas só agora, com o avanço da negociação entre os dois estados, se desenha uma reparação concreta. Santa Catarina não verá o dinheiro diretamente, mas ganhará infraestrutura cerca de R$ 300 milhões em obras no Norte do estado, com a duplicação da SC-416, em Garuva. Um acordo que transforma conflito em progresso. A solução, articulada no âmbito do Cosud no final de 2024, mostra que a cooperação federativa e o diálogo político ainda são caminhos possíveis e desejáveis para resolver velhos embates. Mais que uma vitória jurídica, trata-se de um marco civilizatório: a força da negociação prevaleceu sobre o litígio eterno.
Ferrovias
Hoje lideranças empresariais e políticas choram a ausência de mais ferrovias em SC diante dos notáveis gargalos logísticos ocasionados pela concentração no modelo rodoviário. Então vale lembrar que até o início da década de 70 existia a Estrada de Ferro Santa Catarina, que unia Rio do Sul a Itajaí, um importante corredor de desenvolvimento, e que permaneceu ativa por 62 anos. Construída com terminologia alemã, a única no Brasil nesse modelo, a estrutura chegou a ter 180 quilômetros de extensão e operou até 1971, quando as estradas enterraram a linha férrea. Tivesse sido preservada em seu roteiro original hoje teríamos outra realidade nos transportes.
Conquista
Ameaçados por resolução do Conselho Nacional de Justiça, o direito das partes de solicitarem julgamento presencial e de o advogado falar em tempo real durante as sessões de julgamento virtuais, foram assegurados pela OAB-SC no Tribunal de Justiça de SC, que regulamentou a matéria. É uma das conquistas mais relevantes para a cidadania, pois garante o contraditório, a ampla defesa e a participação democrática no processo judicial, destaca o presidente da seccional catarinense, Juliano Mandelli.
Uma dentro
Nas rodas que mais se ouve nas últimas horas é a frase “deu uma dentro”, referindo-se à decisão do presidente vetar o aumento do número de deputados federais. Uma nova pesquisa nacional mostrou que apenas 10% são favoráveis a que se aumente a representação parlamentar federal.
Aviação regional
Conectar cidades de SC através de aeroportos com aeronaves modernas e preços competitivos. A partir deste objetivo, o governo do Estado estuda dois projetos, feitos por duas empresas do ramo para o desenvolvimento da aviação regional no território catarinense. Em ambas as ideias que são analisadas é usar aeronaves menores, de oito a 18 lugares, um modelo feito na China foi visto em uma viagem feita por uma comitiva catarinense ao país asiático no final de junho. A ideia é, até o final do ano, apresentar o plano à população, acredita o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias de SC. Com a aviação regional o Estado quer reduzir o tempo de viagem, já que o território catarinense é formado por muitos planaltos, que formam a jornada nas rodovias mais longas. O secretário deu o exemplo de uma viagem de Caçador, no Oeste até Florianópolis. As duas cidades ficam distantes cerca de 350 quilômetros uma da outra. Leva seis horas de viagem de carro e isso poderá ser feito em 45 minutos de avião, argumenta o secretário.
Devo, não nego
A inadimplência das empresas voltou a bater recorde em maio, pelo quinto mês consecutivo. Ao todo, 7,7 milhões encerraram o período com contas em atraso, representando 32,8% do total de ativas no Brasil e superando os 7,5 milhões registrados em abril. As informações são da Serasa Experian. De SC são 335,1 mil ante 2,6 milhões do Estado de São Paulo.


A SCGÁS, agente indutor da transição energética em Santa Catarina, está focada em impulsionar o uso de gás natural em frotas pesadas, como caminhões e ônibus, com o objetivo de reduzir emissões de gases de efeito estufa e promover um transporte mais sustentável.
Desenvolvimento
A SCGÁS, empenhada em concretizar uma matriz energética mais limpa e competitiva em Santa Catarina, está liderando a transição para o uso de gás natural em frotas pesadas. A iniciativa visa a descarbonização do transporte, um setor com grande potencial de redução de emissões de gases poluentes. "Acreditamos que o segmento de frotas pesadas a gás é um pilar fundamental para viabilizar uma matriz energética mais limpa e competitiva em nosso estado”, afirma Rafael Nicolazzi, gerente comercial industrial e veicular da SCGÁS.
A empresa atua como agente indutor, promovendo o gás natural como alternativa aos combustíveis fósseis tradicionais. Veículos movidos a gás natural oferecem benefícios significativos, como economia de combustível (superior a 20% em comparação ao diesel), maior estabilidade de preço, menor volatilidade cambial e previsibilidade tributária.
Benefícios Ambientais do GNV
Os caminhões movidos a GNV reduzem em até 85% a emissão de óxidos de nitrogênio (NOx) e materiais particulados (MP), principais poluentes em áreas urbanas. Além disso, o GNV diminui em até 25% as emissões de CO2, e esse percentual pode chegar a 85% com o uso de biometano.
Corredores Azuis
A infraestrutura de abastecimento está em expansão, com destaque para os "Corredores Azuis". Estes corredores, localizados nas principais rodovias das regiões Sul e Sudeste, oferecem postos de abastecimento de gás natural, garantindo previsibilidade e segurança operacional para as transportadoras. "Esse avanço garante previsibilidade e segurança operacional para transportadoras que adotam essa tecnologia, além de fortalecer a reputação sustentável das empresas junto a políticas ESG", destaca Nicolazzi.
Resultados em Santa Catarina
Diversas empresas e transportadoras em Santa Catarina já adotaram veículos a gás, obtendo resultados positivos em economia e desempenho. Grandes indústrias também veem na adoção de caminhões a gás uma forma de avançar em suas metas de sustentabilidade.
Ações da SCGÁS
A SCGÁS lançou um segmento tarifário para frotas, permitindo que transportadoras instalem seus próprios postos de abastecimento, otimizando operações e reduzindo custos. A companhia investe na expansão da infraestrutura, com foco nos corredores rodoviários estratégicos, como as BRs 101, 116, 280, 282 e 470. "A meta da companhia é garantir infraestrutura eficiente ao longo das principais vias de escoamento da produção estadual e do intenso fluxo de transporte de cargas interestadual com o foco da região sudeste do país (SP)", afirma Ronaldo Macedo Lopes, engenheiro da Gerência Comercial Industrial e Veicular da SCGÁS.
Planos
A SCGÁS planeja expandir as operações com postos de alta vazão, garantindo um abastecimento eficiente e contínuo. Atualmente, 56 caminhões a GNV estão registrados em Santa Catarina e 1.463 no Brasil, com expectativa de crescimento à medida que mais transportadoras adotem soluções sustentáveis.
"Acreditamos que o segmento de frotas pesadas a gás é um pilar fundamental para viabilizar uma matriz energética mais limpa e competitiva em Santa Catarina, alinhada às melhores práticas ESG e à sustentabilidade que o mercado exige”, reforça Rafael Nicolazzi.
"Dentre os objetivos da SCGÁS está a expansão de operações com a oferta de postos de alta vazão em locais estratégicos, garantindo um abastecimento eficiente e contínuo de GNV nos corredores que conectam o intenso fluxo de veículos pesados. Com a instalação de novos postos de abastecimento em alta vazão, buscamos atender de forma ainda mais eficaz as demandas das frotas pesadas, proporcionando maior agilidade e eficiência no abastecimento", destaca o engenheiro Ronaldo Macedo Lopes.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) está com 135.306 vagas abertas em cursos gratuitos e pagos em várias unidades da federação e no Futuro.Digital, marketplace do SENAI.
São 53.212 oportunidades presenciais e online, distribuídas pelas escolas do SENAI em diversos estados. As vagas incluem cursos técnicos, de qualificação e aperfeiçoamento, aprendizagem industrial e outras modalidades de formação profissional.
Além das vagas nos estados, a Agência também traz o levantamento dos cursos abertos no Futuro.Digital. E olha só, por lá tem nada menos que 82.390 vagas em cursos de diversas modalidades, como técnicos, curta e média duração, extensão, graduação, pós-graduação, MBA, micro e minicursos. São 1.044 turmas presenciais, 689 semipresenciais e 1.591 turmas EAD, garantindo flexibilidade para estudar de onde e quando quiser.
Para conferir informações sobre preços, grade curricular, certificação e carga horária, acesse o Futuro.Digital.
O SENAI oferece formação em diversas áreas de conhecimento, como comunicação, construção de obras, infraestrutura de informação, metalmecânica, segurança do trabalho e muito mais.
*O conteúdo de vagas é dinâmico e pode passar por atualizações constantes.
Confira os detalhes das vagas em cada estado:
Paraíba
O SENAI-PB tem 601 vagas abertas para cursos como almoxarife, armazenagem e confeitaria, assentador de revestimento cerâmico, assistente de recursos humanos, carpinteiro de obras, gestão de estoque, informática básica, injeção eletrônica de automóveis, mecânico de refrigeração e climatização, pedreiro, programador de sistemas automatizados (clp), redes de distribuição elétrica, técnicas de aplicação de gesso, técnico em automação e técnico em eletromecânica.
São 576 vagas para cursos presenciais (turnos matutino e vespertino) e 25 vagas na modalidade EaD (educação a distância). Para mais informações e inscrições, acesse o site do SENAI-PB.
Paraná
O SENAI-PR está com 2 mil vagas abertas para áreas administração, desenvolvimento de sistemas, eletromecânica, logística, química e muitos outros.
As oportunidades possuem opções de cursos presenciais nos períodos vespertino e noturno, além de turmas na modalidade EaD com momentos presenciais obrigatórios. Para mais informações, acesse o site do SENAI-PR.
Rio Grande do Norte
O SENAI-RN tem 1.866 vagas disponíveis para cursos nas áreas de alimentos, elétrica, energia eólica, mecânica automotiva, metalurgia, petróleo, refrigeração, segurança do trabalho, transporte de cargas e veículos elétricos.
São 55 cursos presenciais e 09 na modalidade EAD (educação à distância), entre pagos e gratuitos. Para mais informações, acesse o site do SENAI-RN.
São Paulo
O SENAI-SP tem 47.227 vagas disponíveis para cursos como automação de iluminação com dispositivos inteligentes, cibersegurança em servidores linux, entre outros, inclusive pós-graduação em gestão de processos de descarbonização.
Sendo 26.428 vagas em 356 cursos presenciais nos períodos vespertino e noturno e 440 vagas para quatro cursos na modalidade EAD (educação a distância) e outros 100 cursos autoinstrucionais. Para mais informações, acesse o site do SENAI-SP.
Sergipe
O SENAI-SE disponibiliza 363 vagas para cursos nas áreas de eletricista, fabricação de doces e bolos para festas infantis, gesseiro imobiliário, gestão da produção, gestão de transporte e distribuição, informática básica, manutenção de bombas centrífugas, montagem de sistemas pneumáticos e eletropneumáticos, nr-10 segurança no sistema elétrico de potência (sep), técnica de usinagem com torno convencional, word e excel.
As vagas são para 14 cursos gratuitos presenciais e semipresenciais, nos períodos matutino, vespertino e noturno. Para mais informações, acesse o Instagram @senaisergipe ou visite a unidade mais próxima.
Tocantins
O SENAI-TO tem 1.155 vagas disponíveis para cursos como, aperfeiçoamento em desenho técnico aplicado a metalmecânica, controlador e programador de produção, marketing digital, soldador de eletrodo revestido, vendas e redes sociais e tantos outros.
As vagas são destinadas a 51 cursos presenciais, oferecidos nos períodos matutino, vespertino e noturno. Para mais informações, acesse o site do SENAI-TO.
SENAI é referência em educação profissional na América Latina
O SENAI é o principal parceiro da indústria na formação de trabalhadores e na inovação. Maior rede privada de educação profissional do país e uma das maiores do mundo, está presente nos 26 estados e no DF, com cerca de 2,8 milhões de matrículas/ano.
Em 83 anos de história, formou mais de 91 milhões de pessoas em cursos técnicos, de qualificação, nível superior, aperfeiçoamento e especialização, sempre alinhados às demandas do setor produtivo.
Sobre o levantamento quinzenal de vagas
A Agência de Notícias da Indústria faz um levantamento quinzenal de vagas abertas pelo SENAI em todo o Brasil junto às federações das indústrias. O levantamento tem caráter jornalístico. Para tirar dúvidas ou obter mais detalhes, entre em contato com o SENAI do seu estado.


As condições financeiras da indústria pioraram no segundo trimestre deste ano, mostra a Sondagem Industrial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira (18). O índice de satisfação dos empresários com as finanças dos negócios caiu 0,4 ponto, de 48,8 pontos para 48,4 pontos. Mais distante da linha de 50 pontos, o indicador aponta maior insatisfação dos industriais em relação ao primeiro trimestre.
“A piora das condições financeiras das empresas reflete a desaceleração da economia e os juros altos. Essa combinação prejudica o faturamento e aumenta alguns custos para a indústria, o que faz com que os empresários sintam um aperto financeiro cada vez maior”, avalia Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.
O índice de satisfação com o lucro operacional também caiu no segundo trimestre: recuou 1 ponto, de 43,8 para 42,8 ponto, indicando aprofundamento da insatisfação dos empresários. Situação semelhante se observa no índice de facilidade de acesso ao crédito, que caiu 0,5 ponto, para 39,9 pontos. O resultado sugere maior dificuldade de a indústria obter financiamento.
Por outro lado, o índice de evolução do preço médio das matérias-primas caiu 5,4 pontos, para 57 pontos. Por continuar acima da linha divisória de 50 pontos, o indicador revela alta, embora menor, nos preços dos insumos e matérias-primas em relação ao primeiro trimestre.
Carga tributária, juros e demanda foram os principais problemas
No segundo trimestre de 2025, os três principais problemas enfrentados pela indústria foram a alta carga tributária, apontado por 36,7% dos empresários; as taxas de juros elevadas, assinalado por 29,5%; e a demanda interna insuficiente, lembrado por 28,3%.
No primeiro trimestre, a demanda interna insuficiente estava à frente das taxas de juros elevadas como segundo principal problema. Agora, as colocações se inverteram.
A taxa de câmbio perdeu importância entre os principais problemas, saindo da 6ª para a 12ª posição na lista. O fator foi selecionado por 9,4% dos entrevistados, queda de sete pontos percentuais em relação ao trimestre passado.
Atividade industrial tem desempenho negativo
Em junho, a atividade industrial teve desempenho negativo.
O índice de evolução da produção foi de 47,2 pontos, indicando queda da produção em relação a maio, mês em que o indicador registrou 52 pontos.
O índice de evolução do número de empregados foi de 49,1 pontos, também uma retração frente ao mês anterior, quando chegou a 49,6 pontos.
Além disso, o índice de estoque efetivo em relação ao planejado recuou de 50,5 pontos para 49,7 pontos. Com a queda, o índice passou ficou abaixo da linha de 50 pontos, mostrando que o nível de estoques é inferior ao planejado pelos empresários industriais.
Já a Utilização da Capacidade Instalada segue avançando. Subiu de 70%, em maio, para 71%, em junho. O valor supera em um ponto percentual a UCI registrada no mesmo mês em 2024 e em dois pontos percentuais a registrada no mesmo mês em 2023.
Expectativas pioram, mas continuam positivas
Em julho, todos os índices de expectativa da indústria caíram. O de exportação, 0,8 ponto; o de demanda e o de compras de insumos e matérias-primas, 0,2 ponto; e o de empregados, 0,1 ponto. Os indicadores continuam em patamar positivo, sugerindo que os empresários ainda acreditam em alta nas exportações, demanda, compra de matérias-primas e insumos e número de empregados nos próximos seis meses.
O índice de intenção de investimento apresentou relativa estabilidade na passagem de junho para julho, ao variar de 56,1 pontos para 56,2 pontos. Entre dezembro de 2024 e junho de 2025, o indicador acumula queda de 2,6 pontos.
Amostra
Para esta edição da Sondagem Industrial, a CNI consultou 1.486 empresas: 607 de pequeno porte; 529 de médio porte; e 350 de grande porte, entre 1º e 10 de julho de 2025.
No dia em que foi realizada a primeira reunião do comitê criado pelo governo federal para enfrentar a crise provocada pela ameaça de tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) divulgou uma nota com críticas contundentes à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Enquanto representantes industriais emitiram uma nota oficial mais conciliadora, a CNA reafirmou sua oposição ao governo petista, ressaltando “preocupação com o cenário atual” e apontando um suposto paradoxo entre a realidade econômica do país e a agenda política nacional.
“O Brasil real tenta recuperar sua economia, atrair investimentos, abrir mercados e gerar empregos”, diz o comunicado da CNA, “enquanto a política nacional insiste em girar em torno de uma pauta estéril, paralisante, marcada por radicalismos ideológicos e antinacionais”.
Apesar da importância do tema, a entidade do agronegócio não participou da reunião realizada nesta terça-feira (15) com o vice-presidente Geraldo Alckmin e membros do primeiro escalão do governo Lula. Apenas representantes setoriais estiveram presentes.
A nota da CNA também critica o que classifica como “posição ideológica do governo de Lula como norte das relações comerciais e internacionais”. “O Brasil, que deveria estar consolidando sua posição como fornecedor estratégico de alimentos, energia limpa e minerais críticos, volta às manchetes internacionais não por suas oportunidades, mas por suas ‘crises políticas pessoais’ internas”, afirma.
O governo americano anunciou a intenção de aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, o que impactará diretamente setores importantes do agronegócio, como exportação de laranja, café, carne e couro.
Até o momento, não há sinais de retomada das negociações entre os dois governos. A última comunicação formal do Brasil com as autoridades dos EUA data de 16 de maio, anterior ao anúncio do presidente Donald Trump.
Enquanto isso, outros segmentos do setor produtivo, principalmente industriais, defendem que o governo brasileiro busque pelo menos um adiamento de 90 dias para a implementação da tarifa, evitando medidas de retaliação imediatas.
Abaixo a íntegra da nota da CNA
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) manifesta sua preocupação com o cenário atual em que, enquanto o Brasil real tenta recuperar sua economia, atrair investimentos, abrir mercados e gerar empregos, a política nacional insiste em girar em torno de uma pauta estéril, paralisante, marcada por radicalismos ideológicos e antinacionais.
A verdade é que o Brasil tem sido governado, direta ou indiretamente, por uma obsessão com o passado. O Congresso Nacional, pressionado por suas bases políticas, perde tempo em disputas e manobras que têm pouco a ver com os interesses econômicos do país. O Judiciário, por seu turno, também tem sido envolvido em um protagonismo institucional que, embora muitas vezes necessário, alimenta uma instabilidade constante.
E o governo atual é muito culpado também. Em vez de assumir a liderança de uma agenda pragmática e pacificadora, optou por reabrir feridas políticas, reforçando antagonismos e muitas vezes tratando adversários como inimigos. Essa escolha tem custo. A confiança empresarial, a previsibilidade regulatória e a estabilidade institucional, pilares de qualquer economia saudável, são minadas quando o próprio governo entra no jogo da revanche.
O setor econômico assiste a tudo com preocupação. O Brasil precisa de foco.
Precisamos de reformas estruturais que destravem o crescimento, de segurança jurídica, de um ambiente político que permita pensar no médio e longo prazo. Nenhum investidor aposta num país preso em disputas do passado.
É preciso que alguém diga o óbvio: a economia não pode continuar sendo refém de narrativas políticas que alimentam extremos e paralisam decisões. O Brasil precisa voltar a olhar para frente. E isso exige maturidade, de todos os lados.
A política precisa corrigir essa grave crise.


Responsável por 8% das exportações mundiais de carne suína, e por 33% do rebanho do país, Santa Catarina tem potencial para liderar a produção sustentável de suínos no globo. A importância da sustentabilidade no ramo ganha cada vez mais relevância, na medida em que mais países adotam políticas de descarbonização que impactam potenciais fornecedores.
O tema foi debatido nesta quarta-feira, dia 16, em reunião da Câmara de Desenvolvimento do setor, da Federação das Indústrias de SC (FIESC), com empresários do segmento e a Embrapa. A instituição está à frente do Projeto Suinocultura Sustentável do Brasil, que pretende estabelecer um protocolo de sustentabilidade para a produção de suínos, com métricas e indicadores adaptados à realidade do país.
Para o chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, Everton Krabbe, a sustentabilidade será essencial para a manutenção e a conquista de novos mercados consumidores, diante de um número maior de países adotando regulamentações para a redução de emissões de gases do efeito estufa. “Quem provar que é sustentável venderá mais e por preço maior. Exercer a sustentabilidade, como melhoria de processo, será um diferencial de sobrevivência competitiva”, avalia.
O Brasil é o terceiro maior exportador de carne suína do mundo, e SC tem liderado processos de transformação na suinocultura nacional nas últimas sete décadas, segundo a Embrapa. A presidente da Câmara da Agroindústria, Irani Pamplona, colocou a indústria à disposição para colaborar com a iniciativa da Embrapa, que vai demandar também parceria com os produtores, cooperativas e outros órgãos do setor público.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
O presidente da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, liderou na tarde desta quarta-feira (16) comitiva de industriais do setor metalmecânico em reunião com o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin e com a secretária de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres.
No encontro, Aguiar defendeu o diálogo para tentar reverter os impactos do chamado tarifaço do presidente norte-americano Donald Trump. “Retaliar seria o pior encaminhamento, pois ampliaria os prejuízos para a indústria brasileira. Além de tentar reduzir as tarifas, precisamos buscar alternativas como a prorrogação do prazo de início da aplicação, para que as empresas tenham fôlego para se reorganizar e buscar novos mercados”, disse Aguiar.
“As palavras de ordem agora são negociar, negociar e negociar. Mesmo que as tarifas não voltem aos patamares anteriores, precisamos chegar a um nível que permita manter a relevância daquele mercado como destino das exportações catarinenses e brasileiras”, resumiu o presidente da FIESC.
As indústrias catarinenses pretendem atuar em sintonia com seus clientes norte-americanos, que podem pressionar o governo dos Estados Unidos, demonstrando os impactos das tarifas que serão pagas pelos consumidores de lá. “O ministro conhece os números e tem total clareza sobre a importância do tema. Reforçamos a diversidade industrial catarinense, onde as tarifas terão graves consequências, já que os Estados Unidos são o principal destino de nossas exportações”, afirmou Aguiar.
No encontro, a Federação catarinense também destacou a necessidade de o governo federal incluir produtos semiacabados de aço e alumínio nas estratégias de defesa dos interesses brasileiros no comércio internacional, buscando isonomia tributária. “Hoje existe uma invasão de produtos chineses, porque o parafuso vindo da China chega ao preço dos insumos pagos pelos fabricantes brasileiros”, disse Aguiar, lembrando que há importantes empresas do setor no estado, gerando elevado número de empregos.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas


As principais lideranças da indústria brasileira participaram na manhã desta segunda-feira (15) de reunião com representantes do governo federal. O encontro, liderado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin, tratou da decisão dos Estados Unidos de taxar em 50% os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.
Em coletiva de imprensa após a reunião, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, disse que o governo e o setor empresarial estão "uníssonos e convergentes" em busca de uma solução, de preferência antes da data prevista para a taxação. Os empresários brasileiros também se comprometeram a intensificar o diálogo com o setor privado norte-americano.
"Não podermos ficar na imprevisibilidade. Temos produtos perecíveis envolvidos nessa questão", ressaltou Alban, que defende a via da negociação com os EUA. "O que entendemos é que o Brasil não se precipitará em medidas de retaliação."
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes (foto), afirmou que o setor tem "confiança absoluta" na capacidade de negociação do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do MDIC.
"Vamos dar todo suporte e apoio para que o Brasil chegue a um entendimento em benefício das empresas brasileiras e americanas", disse Gomes.
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, também participou da coletiva. Ele agradeceu a contribuição dos empresários e destacou que a intenção do governo é resolver o problema, em diálogo com o setor privado.
Alckmin não descartou a possibilidade de buscar o adiamento da taxação caso até o dia 1º de agosto Brasil e EUA não cheguem a um acordo.
A lei de reciprocidade econômica, aprovada pelo Congresso neste ano, deve ser usada para balizar a atuação do governo brasileiro. A regulamentação da lei foi publicada nesta terça-feira. (Foto: Agência Brasil)
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), pelo menos 58 contêineres com 1.160 toneladas de pescados que seriam destinadas aos Estados Unidos perderam os compradores e terão que retornar aos produtores.
Produtores brasileiros aguardam reuniões e medidas do governo brasileiro para reverter ou mesmo minimizar a taxação anunciada pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao país norte-americano a partir do dia 1º de agosto. Para alguns setores, o momento é de apreensão e espera, para outros, os impactos já começaram a ser sentidos.
O setor de pescados é um dos que foram imediatamente impactados. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), pelo menos 58 contêineres com 1.160 toneladas de pescados que seriam destinadas aos Estados Unidos perderam os compradores e terão que retornar aos produtores.
Os embarques que seriam feitos agora chegam em agosto. Pelo timing aí do translado dos contêineres eles já chegariam sob essa nova tarifa. Então, os compradores de lá suspenderam as compras, suspenderam os embarques, disse o diretor executivo da Abipesca, Jairo Gund.
Segundo Gund, os EUA respondem por 70% do mercado externo brasileiros de pescado. Somente de tilápia, o país é o destino de 90% do produto. Os contêiners que tiveram as compras canceladas eram de congelados. O mercado de produtos frescos, feito por avião, segue normalmente.
Os mais impactados são os produtores mais vulneráveis, afirmou Gund.
O principal item de exportação é a lagosta. A lagosta é vista como um produto de gente rica, mas quem produz é gente pobre. É peça artesanal. Então, o impacto nesse público é direto. Quem vai sofrer não é que quem vai comer lagosta, vai sofrer quem produz. Quem produz são pessoas de baixa condição social, geralmente de comunidades tradicionais, ressaltou.
A Abipesca está entre as entidades que se reunirão nesta terça-feira (15) com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.
A principal demanda será pelo menos adiar a taxação para o setor em 90 dias, para que a produção já contratada possa ser escoada. Além disso, os produtores pedirão que se discuta a exclusão dos pescados das tarifas, uma vez que o Brasil representa menos de 1% da importação americana dos itens, acrescentou a Abipesca.
A gente está no meio da safra das principais espécies. E com contratos andando, informou a associação. Que a gente consiga, sensibilizar o governo americano de tirar o pescado, pelo menos. Porque a gente representa menos de 1% de todo o abastecimento americano, de tudo o que eles importam. É pouco para eles, mas muito para nós.
Aguardando decisões
Citricultores dizem que é preciso ter cautela - Divulgação/Embrapa
Os produtores de cítricos também aguardam os próximos passos.
Temos que ter cautela. Essa tarifa é para o dia 1º de agosto. Temos que deixar o governo fazer as ações, fazer a defesa e negociar. Acho que uma boa conversa é muito melhor do que uma má discussão, ressaltou o presidente da Câmara Setorial da Citricultura do Estado de São Paulo e vice-presidente da Associação Brasileira de Citros de Mesa, Antonio Carlos Simonetti.
O Brasil é o maior fornecedor de suco de laranja para os EUA, que compram mais de 40% das exportações brasileiras.
A produção de Simonetti segue com normalidade. Ainda está tudo normal, sem nada de alertar, tudo correndo normal por enquanto. Não tivemos ainda nenhuma estratégia anunciada.
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) participa de uma série de reuniões com os governos federal e estaduais, entidades de classe e parlamentares que foram marcadas desde esta segunda-feira (14). As reuniões prosseguem até quarta-feira (16), quando, além de falar sobre o que foi discutido, o Cecafé deverá apresentar o desempenho das exportações do grão no fechamento do ano safra 2024/25.
O café está entre os dez produtos que representam 57% das exportações brasileiras. Apenas o café torrado representa 4,7%.
Indústria
Em posicionamento divulgado nesta segunda, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), alertou que o momento exige ações enérgicas, contundentes, para reverter o quadro, tanto interna quanto externamente.
Nas relações exteriores, precisamos de moderação e equilíbrio para contornar a política tarifária dos EUA. Devemos negociar a revogação da taxação na condição de país parceiro e de nação soberana. Cabe ao governo brasileiro defender os interesses da sociedade brasileira, evitando, sobretudo, as armadilhas da polarização política que o episódio coloca no caminho, diz a confederação.
Além disso, a CNI enfatiza que a taxação coloca em risco os planos de investimento e os negócios em andamento.
A taxação põe fim à previsibilidade que sustenta milhares de contratos de longo prazo, afetando fábricas brasileiras e plantas nos Estados Unidos que dependem de componentes e insumos produzidos no Brasil para manter linhas produtivas e empregos. Aumenta, portanto, o risco de retrocesso de forma substancial, ameaçando a competitividade de ambos os lados e lançando mais incerteza sobre planos de investimento e negócios em andamento, diz a nota.
Governo
Nesta segunda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a criação do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, para adoção de medidas de proteção da economia brasileira. O grupo será criado por meio do decreto de regulamentação da Lei de Reciprocidade Econômica (Lei 15.122/25) e terá o objetivo de ouvir os setores empresariais para detectar as implicações do anúncio feito Trump de impor tarifas de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil, a partir do dia 1º de agosto.
A primeira reunião do comitê será realizada nesta terça-feira (15), às 10h, com setores da indústria. Também amanhã, o comitê fará sua segunda reunião com representantes do agronegócio.
Até esta terça, deverá ser publicado o decreto de regulamentação da Lei de Reciprocidade Econômica. Sancionada em abril, a lei estabelece critérios para a suspensão de concessões comerciais, de investimentos e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual, em resposta a medidas unilaterais adotadas por país ou bloco econômico que impactem negativamente a competitividade internacional brasileira. (Foto: Agência Brasil)


A U.S. Chamber of Commerce e a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) divulgaram nota conjunta na qual pedem para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a suspensão das tarifas de 50% imposta aos produtos brasileiros.
A taxação às exportações brasileiras está prevista para entrar em vigor a partir de 1º de agosto. A nota das entidades destaca que a medida unilateral do governante dos Estados Unidos vai afetar produtos essenciais às cadeias produtivas e aos consumidores norte-americanos, elevando os custos para as famílias e reduzindo a competitividade de setores produtivos estratégicos dos Estados Unidos.
As duas câmaras de comércio defenderam que Estados Unidos e Brasil se engajem em negociações de alto nível a fim de evitar a implementação da tarifa de 50%. Além disso, as entidades alertam que as taxações podem estabelecer um precedente preocupante nas relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos.
As entidades apontam que mais de 6,5 mil pequenas empresas dos Estados Unidos dependem das importações brasileiras e outros 3,9 mil empreendimentos norte-americanos contam com investimentos no Brasil.
O Brasil está entre os dez principais mercados para exportações dos Estados Unidos e é destino, a cada ano, de cerca de US$ 60 bilhões em bens e serviços norte-americanos, destaca o comunicado.
A seguir, a íntegra da nota das U.S. Chamber of Commerce e a AmCham:
A U.S. Chamber e a Amcham Brasil solicitam aos governos dos Estados Unidos e do Brasil que se engajem em negociações de alto nível a fim de evitar a implementação da tarifa de 50%. A imposição dessa medida como resposta a questões políticas mais amplas tem o potencial de causar danos graves a uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos, além de estabelecer um precedente preocupante.
A tarifa proposta de 50% afetaria produtos essenciais às cadeias produtivas e aos consumidores norte-americanos, elevando os custos para as famílias e reduzindo a competitividade de setores produtivos estratégicos dos Estados Unidos.
Mais de 6.500 pequenas empresas nos Estados Unidos dependem de produtos importados do Brasil, enquanto 3.900 empresas norte-americanas têm investimentos naquele país. O Brasil está entre os dez principais mercados para exportações dos Estados Unidos e é destino, a cada ano, de cerca de US$ 60 bilhões em bens e serviços norte-americanos.
Uma relação comercial estável e produtiva entre as duas maiores economias das Américas beneficia consumidores, sustenta empregos e promove prosperidade em ambos os países. A U.S. Chamber e a Amcham Brasil seguem à disposição para apoiar iniciativas que favoreçam uma solução negociada, pragmática e construtiva que evite a escalada da atual situação e garanta a continuidade de um comércio bilateral mutuamente vantajoso.
(Foto: Agência Brasil)
A Câmara de Comércio Exterior da Federação das Indústrias de SC (FIESC) realizou nesta segunda-feira (14) uma reunião emergencial com industriais exportadores de Santa Catarina para esclarecer o que já se sabe sobre os impactos da tarifa anunciada de 50% pelo governo norte-americano.
A presidente da Câmara, Maria Teresa Bustamante, explicou que embora se tenha conhecimento sobre a intenção de Trump de taxar produtos brasileiros em 50%, ainda não foram publicadas informações oficiais pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
O que já se sabe:
Ainda não existem detalhes oficiais sobre como as novas tarifas serão aplicadas, se haverá isenções ou reduções setoriais.
O Departamento de Comércio dos EUA deve publicar, nos próximos dias, informações esclarecendo esses pontos.
A aduana norte-americana também deverá publicar normas oficiais detalhando quando e como as tarifas passam a ser cobradas. Uma das principais dúvidas dos exportadores é qual data a aduana norte-americana vai considerar para início da cobrança da nova taxa (a partir de 1 de agosto), se será a data de embarque no Brasil ou a data de entrada nos Estados Unidos.
Os setores que estão sob investigação pela seção 232, como madeira e derivados, minerais críticos e aeronaves, motores e autopeças, terão o atual nível de tarifas mantido, até que a investigação seja concluída.
Para o aço e alumínio, setores que já estão tendo sobretaxa após a investigação da 232, não haverá cumulatividade. Neste caso, apenas a taxa já em vigor de 50%.
Automóveis e peças de automóveis seguem taxados em 25%.
Produtos farmacêuticos serão taxados em 200%.
Filmes serão taxados em 100%.
Semicondutores serão taxados em 25% ou mais.
Cobre sofrerá taxação de 50%.
Principais setores afetados:
Madeira e produtos de madeira - em 2024, 37,3% das exportações de SC para os Estados Unidos foram desse segmento. O setor está atualmente sob investigação para medir o impacto das importações de madeira e seus derivados sobre a segurança dos EUA - a chamada seção 232. Até o fim da investigação, as tarifas estão mantidas nos atuais patamares.
Veículos automotores e autopeças - as exportações do ramo têm participação de 14,8% no total das vendas externas catarinenses para os EUA. Hoje, estão submetidos a tarifa de 25%.
Equipamentos elétricos - responsáveis por 13,3% das exportações do estado para os Estados Unidos. Serão submetidos a tarifa de 50%.
Máquinas e equipamentos - responsáveis por 6,8% das vendas externas de SC para os EUA. Serão submetidos a tarifa de 50%.
Móveis - responsáveis por 6,7% das exportações catarinenses para os EUA. O setor também está submetido à investigação da seção 232.
A reunião trouxe ainda informações sobre os próximos passos da FIESC na defesa dos interesses dos exportadores do estado. O presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar, tem reunião marcada para esta quarta-feira (16) com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e com a Secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, para tratar de tarifas. Além disso, reúne-se com a CNI em Brasília para alinhar a participação da entidade no grupo de trabalho a ser criado pelo governo brasileiro para debater o tema.
A presidente da Câmara também atualizou os industriais do setor de madeira e derivados sobre o andamento da defesa brasileira na investigação da seção 232.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas


A WEG apresenta ao mercado a WEMOB® STATION HIGH POWER CHARGING (HPC), uma solução inovadora que atende à crescente demanda por recarga ultrarrápida de alta potência para veículos elétricos leves e pesados. Esta tecnologia é capaz de oferecer potência de até 640 kW e de recarregar até quatro veículos simultaneamente. “A WEMOB® STATION HPC, produto global desenvolvido e fabricado no Brasil, reforça a posição de liderança da WEG na transição energética. Esta solução inovadora eleva os padrões de conveniência aos usuários e a eficiência aos operadores, acelerando a adoção de veículos elétricos”, explica Carlos José Bastos Grillo, Diretor Superintendente de Digital e Sistemas na WEG.
Constituída por dois totens e uma cabine de potência modular, a WEMOB® STATION HPC incorpora as mais recentes tecnologias globais para recarga de veículos elétricos. Com flexibilidade superior na distribuição de energia, a solução permite ajustar a potência por ponto de recarga de forma dinâmica, atingindo até 400 kW em incrementos de 30 kW, 40 kW, 60 kW ou 80 kW. Seu design inteligente gerencia a potência de forma dinâmica, direcionando a energia de maneira eficiente para os veículos conectados. Diferente das estações tradicionais, que geralmente integram os módulos de potência diretamente ao totem, a WEMOB® STATION HPC agrupa esses módulos em blocos, em uma cabine centralizada. Essa abordagem otimiza a entrega de energia, disponibilizando apenas a potência necessária para a recarga de cada veículo. Além disso, eleva a segurança e a confiabilidade, pois a estação identifica e isola falhas de forma autônoma, garantindo a continuidade da operação com alta disponibilidade
A inovação da estação vai muito além do design físico. A WEMOB® STATION HPC integra a tecnologia WEMOB® DynamicShare AI (Adaptive Intelligence), um algoritmo avançado que otimiza a distribuição de potência em tempo real para cada veículo. Essa inteligência adaptativa especializada permite que a estação ajuste dinamicamente a carga conforme a demanda, maximizando a capacidade de recarga disponível e elevando significativamente a eficiência energética. Na prática, isso significa que, mesmo com múltiplos veículos em processo de recarga, a potência pode ser realocada inteligentemente para atender novos veículos sem comprometer o tempo de recarga dos que já estão conectados.
A WEMOB® STATION HPC destaca-se pela sua versatilidade e interface intuitiva. O totem é configurável para os quatro principais padrões de recarga globais (CCS-1, CCS-2, NACS e CHAdeMO) e incorpora o sistema inteligente de gerenciamento de cabos WEMOB® Cable Manager, que otimiza a organização e o manuseio dos cabos.
Para proporcionar uma experiência visual superior, o equipamento oferece duas opções de tela de alto brilho (32" e 15,6"), ambas com 3000 nits, garantindo excelente legibilidade mesmo sob luz solar direta. A tela WEMOB® AdVision permite a exibição de vídeos, imagens e logotipos, com atualização remota simplificada pelo administrador da estação. Complementando a interface, a sinalização de status é realizada por LEDs coloridos e sinais sonoros, com possibilidade de personalização das cores para alinhar-se à identidade visual do cliente.
Para maximizar a conveniência do usuário, a estação integra a funcionalidade WEMOB® Autocharge. Esta tecnologia permite o reconhecimento automático de veículos previamente cadastrados, eliminando a necessidade de cartões RFID ou aplicativos móveis e simplificando significativamente o processo de recarga.
A conectividade da WEMOB® STATION HPC é altamente flexível, com opções via cabo Ethernet, Wi-Fi ou rede móvel LTE (Dual SIM), e suporte completo ao protocolo OCPP. Para garantir máxima confiabilidade, a estação incorpora redundância nas conexões, assegurando alta disponibilidade e continuidade ininterrupta do serviço. Além disso, o gerenciamento remoto completo — que abrange controle de acesso, diagnósticos e atualizações de software via OTA (Over-the-Air) — otimiza significativamente a eficiência operacional.
Para aprimorar a conveniência do usuário final e expandir as oportunidades de negócio para os operadores de estações, a WEMOB® STATION HPC oferece integração com sistemas de pagamento por cartão, tanto por contato quanto por aproximação. Isso inclui compatibilidade com carteiras digitais como Apple Pay e Google Pay, permitindo a cobrança direta no local, de forma rápida e segura, sem a necessidade de cadastros ou identificação prévia. Essa funcionalidade atende às demandas de diversos perfis de clientes, simplificando significativamente a experiência de recarga para todos os usuários de veículos elétricos.
Equipada com o WEMOB® Silent Mode, a WEMOB® STATION HPC é ideal para instalações em locais com restrições de ruído, como áreas residenciais ou durante a noite, garantindo um processo de recarga com mínimo impacto sonoro no ambiente.
Com todas essas inovações, a WEG reafirma seu compromisso com o futuro da mobilidade elétrica, oferecendo uma solução de recarga ultrarrápida, inteligente e segura para os veículos elétricos desta e das próximas gerações.
Sobre a WEG
Fundada em 1961, a WEG é uma empresa global de equipamentos eletroeletrônicos, que atua no setor de bens de capital com foco em motores, redutores e acionamentos elétricos, geradores e transformadores de energia, produtos e sistemas para eletrificação, automação e digitalização.
A WEG se destaca em inovação pelo desenvolvimento constante de soluções para atender as grandes tendências voltadas a eficiência energética, energias renováveis e mobilidade elétrica.
Com operações industriais em 17 países e presença comercial em mais de 135 países, a companhia possui mais de 45 mil colaboradores distribuídos pelo mundo. Em 2023, a WEG atingiu faturamento líquido de R$32,5 bilhões, destes 52,9% proveniente das vendas realizadas fora do Brasil.
Augusto César Diegoli (acdiegoli@gmail.com)
Efeito Trump
Os efeitos do anúncio do presidente Trump em taxar os produtos brasileiros exportados para os EUA devem ser devastadores para a economia catarinense, com risco de rompimento de contratos, redução na produção e consequente desemprego. Conforme dados do Observatório Fiesc, SC tem nos EUA o maior mercado de exportações, com US$ 1,7 bilhão em 2024 e US$ 847 milhões neste primeiro semestre Produtos que vão de madeira, motores elétricos e auto-peças, compressores de ar, transformadores elétricos, revestimentos cerâmicos, iates, bombas de líquidos, carne suína, couro bovino, gelatina, suco de frutas, etc. Entidades representativas do setor produtivo local, como a Fiesc e Fecomércio, destacam que o momento exige maturidade política e necessidade de negociação via diplomática. O problema é que o viés ideológico impera e fica quase impossível imaginar recuos. Ao fim, enquanto apaixonados políticos medem forças, quem paga é o empresário e o trabalhador. Perdemos todos.
Presença chinesa
A propósito da possibilidade de uma montadora chinesa vir para SC, quem não lembra da Sinotruck, de caminhões, que estava quase certa para ser instalada em Lages? O então governador Raimundo Colombo se esforçou tanto que, sem esperar, o fim das negociações, se antecipou no entusiasmo e até comprou um belo terreno na entrada da cidade serrana, que ainda está lá, sob constante ameaça de invasão.
Logística
O mercado de galpões logísticos está aquecido em todo o Brasil, mas em SC bem mais apurou a Colliers, multinacional de serviços corporativos imobiliários. No primeiro trimestre deste ano as novas locações passaram de 1 milhão de m2 e a valorização da área construída chega a 34% nos últimos três anos. Apesar da maior concentração de espaços estão Rio-SP, quem desponta como uma região promissora para o setor é SC, com 53 mil m2 disponíveis para locação. Vive o melhor momento dos últimos cinco anos e tem se consolidado como um dos destinos mais estratégicos do Brasil para operações de importados, armazenagem e distribuição.
Contra o crime
Está causando imensa repercussão, e totalmente positiva, na grande mídia impressa, a iniciativa inédita do Tribunal de Justiça de SC em criar uma vara especializada para julgar casos envolvendo organizações criminosas nos quais os juízes se manterão anônimos ao longo de toda o processo, e até nas decisões publicadas. O anonimato total de juízes está sendo experimentado pela primeira vez no país. Os que atuarem na vara terão seguranças e carros blindados.
Colômbia
A Fiesc realizou o SC Day Colômbia, em Bogotá. Entre as empresas participantes: Potenza, Provolt, AGPRS, Aeroville, Portilhiotti, Ampco Metal Brasil, Triunfo Indústria Metalúrgica, Selgron, Hércules Motores, Ciser e Farbem; A comitiva visitou a AgroExpo, feira do setor agropecuário com 600 expositores e cerca de 200 mil visitantes.
Turismo itinerante
A Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 1036/25 que estabelece um marco legal para o turismo itinerante. Essa modalidade de turismo é caracterizada pelo movimento frequente de viajantes entre diferentes locais, utilizando veículos de recreação (motorhomes, trailers, campevans) para a finalidade de lazer, negócios, turismo ecológico cultural ou esportivo. A proposta garante a liberdade desses veículos e facilita a criação de “pontos de apoio” com serviços essenciais.
Saber vender
Entre as estratégias da FG Empreendimentos para atrair gente endinheirada e potencialmente interessada na compra de seus apartamentos, alguns de até R$ 300 milhões, em Balneário Camboriú estão dois jatos, dois helicópteros, carros de luxo e um iate de 60 pés. A tentação começa com uma viagem de jato para aeroportos de SC, onde o pouso, o potencial comprador embarca num helicóptero para sobrevoar a região. Também é possível um passeio pelo mar da cidade. Depois é levado para conhecer o estande exclusivo de vendas, onde está a maquete de 16 metros do Senna Tower., futuro prédio residencial mais alto do mundo e fruto de um investimento de R$ 3 bilhões. Depois vem jantares com chefs renomados, festas e hospedagens em hotéis estrelados, entre outros mimos. Esse atendimento premium impulsionou um crescimento de 30% em 2024. A construtora tem atualmente R$ 8 bilhões em ativos sob sua gestão.
Desafios no setor têxtil
Concorrência internacional, carga tributária elevada, dificuldades na infraestrutura frente a este cenário e falta de mão de obra estão entre os principais desafios que o setor têxtil enfrenta atualmente. Frente a esse cenário, o Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem, Malharia e Tinturaria de Brusque, Guabiruba e Botuverá tem promovido ações para reforçar a união das indústrias locais para gerar condições mais equilibradas.
Brasil instável
Só quem não acompanha o noticiário deve estar tranquilo ao futuro do país. Além da disputa entre poderes, agora temos a pregação da luta de classes. E na divisão do mundo, o presidente do Brasil apoiando o Irã e o Hamas, ao lado da China; e Trump se manifestando expressamente solidário a Bolsonaro perseguido pelo Supremo. Para um país que ainda tem um certo equilíbrio nas contas graças as exportações do agro, a questão externa afeta. Junte-se a política e a economia, o interno e o externo, e o resultado é instabilidade, insegurança. E o crime cada vez mais poderoso.
Referência do têxtil
A Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) lançou o projeto Embaixador ABIT, com o objetivo de fortalecer sua visibilidade e atuação no Brasil. Neste primeiro momento, dez empresários do país foram nomeados embaixadores, sendo Brusque, Guabiruba e Botuverá estão sendo representados pelo industrial Edson Ruben Mueller. Há muitos anos envolvido com o associativismo, ocupando cargos de destaque no Núcleo de Fabricantes de Toalhas junto à Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá. Dirige a Porto Franco empresa ligada à família Ogliari, que detém outras marcas, como a Toalhas Atlântica, Fratelli , Ogliari Tinturaria e Casa Porto Franco.
Vagas disponíveis
O Sine de Brusque está divulgando 335 vagas disponíveis para admissão imediata. Há vagas para todos os níveis de escolaridade, com pré-requisito desde o nível fundamental ao superior. E pessoas com deficiência. Para concorrer os candidatos devem procurar o Sine de Brusque, localizado na Praça da Cidadania, no Centro. Para realizar o cadastro é necessário apresentar documentos pessoais como RG, CPF e carteira de trabalho.
Destaque
De janeiro a maior de 2025, o movimento dos aeroportos da Região Sul do país registrou crescimento de 10,8% em comparação no mesmo período de 2024, que foi de 5%, segundo o Relatório de Demanda e Oferta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O Aeroporto Internacional de Florianópolis (Hercílio Luz), lidera a expansão da aviação sulista com alta 20,29%, totalizando 2,1 milhões de passageiros. O resultado é puxado pelo turismo local, além do aumento de voos regionais e nacionais, que também contribuem para o crescimento. Em SC outro destaque foi para o aeroporto regional de Joinville, com alta de 13,15%.
Destinos de férias
A agência de viagens on-line Decolar listou 20 locais mais buscados pelos brasileiros nas férias deste mês. E SC tem que fazer muito para ser verdadeiramente um atrativo nos tempos frios. Em ordem crescente vem Gramado em primeiro lugar. Rio de Janeiro, Maceió, Porto Seguro, Porto de Galinhas, Natal, Fortaleza, João Pessoa, Salvador, São Paulo, Foz do Iguaçu, Maragogi, Recife, Campos do Jordão, Caldas Novas e Aracaju para finalmente, chegar a Florianópolis em 17º lugar, Balneário Camboriú em 19º e Penha, onde fica o parque Beto Carrero em 20º.
Reconhecimento
A Havan foi reconhecida como a empresa que oferece a melhor experiência ao cliente no varejo de eletro, segundo a 10ª edição do ranking “Estadão Melhores Serviços”. A pesquisa foi realizada em parceria entre o jornal O Estado de S.Paulo e a consultoria Blend New Integrante da holding HSB. O estudo avaliou a performance de empresas em 35 categorias distintas, para isso, ouviu mais de 64 mil consumidores e avaliou mais de 1 milhão de avaliações ao longo de 2024. O resultado é construído a partir de um questionário on-line que considera tanto critérios objetivos como cumprimento de prazos de atendimentos, quanto percepções subjetivas dos consumidores, como confiança e empata no relacionamento.
Responsabilidade Parental
Dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), referentes a 2024, apontam que aproximadamente 172,2 mil crianças foram registradas no Brasil sem o nome do pai na certidão de nascimento. E dados de SC referentes a 2022 apontam que 4.695 não contam com um dos pais no registro.
Novas empresas
Dados da Junta Comercial do Estado de SC (Jucesc) mostram que 75,5 mil novas empresas foram abertas em 2025, crescimento de 21,4% em relação ao mesmo período de 2024. O setor de transporte e armazenamento lideram com acréscimo de 11 mil CNPJs, 36% a mais que em 2024. O comércio e reparos de veículos, com 9,6 mil novos CNPJs, vem atrás.
Linguiça celebrada
Um dos 136 produtos brasileiros que tem indicação Geográfica (IG) atestada pelo INPI o que significa, na prática, que apenas produtores localizados em municípios catarinenses podem assim chamá-la, de linguiça Blumenau a seus embutidos de carne suína, que existe há 90 anos, pela primeira vez serão celebrados na Oktoberfest deste ano. A Olho Embutidos e Defumados, de Pomerode, é quem vai fornecer o produto em pratos inovadores, conectados à cultura germânica e em receitas do experiente consultor gastronômico Richard Ricelle.
Desconto na luz
Entrou em vigor recentemente uma mudança significativa na conta de luz de moradores de Brusque e milhares de catarinenses. A Celesc informa que, conforme nova informação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os consumidores atendidos pela Tarifa Social de Energia Elétrica poderão ter desconto de até 100% na fatura mensal, conforme o volume de consumo. A principal novidade é que, nos primeiros 80 KWh de consumo, as famílias inscritas no Cadastro Único e que se enquadrarem nos termos da TSEE ou as que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) passarão a ter isenção total (100%) nesta faixa de consumo. O excedente será cobrado normalmente, com base na tarifa vigente. Não entram na isenção a cobrança da taxa de iluminação pública e convênio ou doação cuja cobrança o consumidor tenha inserido na fatura.
Novo perfil do trabalhador
Estamos vivendo um momento decisivo para o futuro das relações de trabalho. No coração industrial e comercial do Vale do Itajaí Mirim, os empresários já sentem a transformação silenciosa e ao mesmo tempo, acelerada, que está ocorrendo nas empresas, escritórios e lojas. A digitalização, a automação e, mais recentemente, inteligência artificial estão redefinindo o modo como produzimos, consumimos nos relacionamentos no ambiente corporativo. Neste novo cenário é inevitável a pergunta: os empregos estão ameaçados? A resposta não é simples, mas é possível afirmar com segurança que estamos, sim, diante de uma mudança profunda e de uma grande oportunidade. Mais do que perder postos de trabalho, estamos vivenciando uma configuração de funções, exigindo uma nova postura tanto nas empresas quanto nos funcionários. O perfil do administrador mudou. Hoje ele valoriza não somente a estabilidade financeira, mas também o ambiente de trabalho, a possibilidade de crescimento, o propósito da organização e a flexibilidade.
Fim
Com sede em Abelardo Luz e em processo de falência, a Kade Engenharia e Construções terá seus imóveis leiloados. A empresa, que por décadas teve presença forte em obras públicas e em logística agroindustrial, tem uma dívida superior a R$ 90 milhões e imóveis avaliados em R$ 120 milhões, distribuídos em vários Estados.
Parcerias
Brusque avança em parcerias internacionais com Polônia e Itália, fortalecendo a educação bilingue, o intercâmbio cultural e projetos para o desenvolvimento local. Com a Polônia, está em articulação um acordo para 2026 que prevê ensino do idioma, intercâmbio de estudantes e investimentos na Praça Imigrantes da Polônia. Já com a Itália, as iniciativas incluem um projeto-piloto de língua italiana em escola municipal, cursos para a comunidade. Cooperação na área de Defesa Civil e a participação italiana na futura Semana da Moda de Brusque, buscando consolidar o município como referência no setor têxtil.
Escolas cívicas
Apesar da total contrariedade do atual governo federal, o governador de SC está dando total apoio ao Programa Estadual das Escolas Cívico-Militares. Criado em 2022, tem no momento 10,2 mil estudantes matriculados nas 15 unidades escolares que atuam no modelo. A meta é chegar a 21 até o final de 2025. Ao falar sobre o assunto, há dias, o governador disse que no Japão, que acabou de visitar recentemente, as crianças aprendem até a lavar louça, cozinhar e limpar a própria escola.
Mais uma
Conforme os arquivos, a montadora chinesa GWM é a sétima nos últimos anos, a buscar autoridades catarinenses visando possíveis parcerias. Nenhuma levou as propostas adiante. A GWM é a quarta maior fabricante mundial de picapes médias, segmento que ela lidera na China há 24 anos, onde tem uma participação acima de 50% do mercado. Está presente em mais de 60 países, tem 70 mil funcionários.


Edital vai fomentar projetos nas linhas de pesquisa das cadeias produtivas da uva Piwi, da maçã, do setor agropecuário e de estratégias para competividade do setor – Foto: André Kulkamp de Souza/Arquivo Epagri
O desenvolvimento do agro catarinense receberá um incentivo de mais de R$ 7 milhões do Governo do Estado. O edital 44/2025, lançado na última sexta-feira, 11, pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), vai apoiar financeiramente projetos de pesquisa para o desenvolvimento de cadeias produtivas do setor agropecuário, visando à sustentabilidade, inovação tecnológica e agregação de valor.
O edital está aberto para o envio de propostas até o dia 25 de agosto. Podem participar pesquisadores vinculados à Epagri que tiverem as propostas aprovadas em uma pré-seleção interna que será realizada pela Epagri. A chamada pública tem um valor global de R$ 7,08 milhões, sendo R$ 3,5 milhões do orçamento da Fapesc, R$ 2,4 milhões do orçamento da Epagri e R$ 1,1 milhão do orçamento da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR).
Nesta edição, o edital do Programa de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica para a Epagri, irá selecionar propostas em quatro linhas de fomento:
Linha 1 – Cadeia produtiva da uva Piwi: desenvolver a cadeia produtiva da uva Piwi, visando otimizar a produção, a qualidade e a sustentabilidade dessa variedade por meio do melhoramento genético, adaptação, práticas de cultivo sustentáveis, aspectos enológicos e de mercado;
Nesta linha, o projeto selecionado receberá até R$ 1 milhão.
Linha 2 – Cadeia produtiva da maçã: aprimorar o manejo fitossanitário, garantir a qualidade da produção e promover a sustentabilidade no cultivo das variedades de maçãs produzidas em Santa Catarina;
Nesta linha, o projeto selecionado receberá até R$ 1,08 milhão
Linha 3 – Desenvolvimento de cadeias produtivas do setor agropecuário: visando sustentabilidade, inovação tecnológica e agregação de valores para aumentar a resiliência de arranjos produtivos;
O valor global desta linha é de R$ 3 milhões, sendo que cada projeto selecionado receberá até R$ 100 mil.
Linha 4 – Desenvolvimento de projetos estratégicos para competitividade das cadeias produtivas do setor agropecuário catarinense.
Para esta linha de pesquisa o edital destinará R$ 2 milhões, e os projetos deverão ser de até R$ 1,4 milhão.
O edital 44/2025 permite também a contratação de bolsistas. Há a possibilidade da contratação de doutor, mestre, profissional de nível superior, profissional de nível médio e/ou estudante de nível superior, e o valor das bolsas variam de R$ 6,5 mil a R$ 1,04 mil, de acordo com o perfil do bolsista.
O Portal de Inclusão, criado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), está com 303 vagas de trabalho em Santa Catarina para pessoas com deficiência ou reabilitadas.
A plataforma é gratuita, reúne oportunidades em diferentes regiões do estado e conta com sistema de busca por cidade, área de interesse e setor da economia, como indústria, comércio e serviços.
Para facilitar a leitura, o site tem navegação acessível, com recursos como ampliação de fontes, inversão de cores, lupa, cursor ampliado e leitura em foco, que cria uma área visível a partir do cursor.
EMPRESAS
A plataforma também está à disposição das empresas: aquelas com vagas para pessoas com deficiência podem anunciá-las gratuitamente no portal. Basta se cadastrar e fornecer informações da oportunidade, como atividades e horário de trabalho.
As empresas também podem encontrar profissionais, com diferentes habilidades e trajetórias profissionais, no banco de currículos. O serviço é gratuito.
SOBRE
O Portal de Inclusão é mantido pela FIESC no âmbito das ações de responsabilidade social, com o objetivo de criar oportunidades de desenvolvimento em Santa Catarina.
Além de vagas, a plataforma disponibiliza documento com orientações práticas de convivência com pessoas com deficiência e conteúdo legal, como a Lei Brasileira de Inclusão.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas


NEIVOR CANTON
Presidente da AURORA COOP
Só um alienado não percebe o risco que paira sobre o grande oeste catarinense. A cada ano, as agroindústrias locais – verdadeiros motores do desenvolvimento regional – são obrigadas a buscar 6 milhões de toneladas de milho no Brasil central para manter suas gigantescas cadeias produtivas de aves e suínos. Essa operação logística, quase toda rodoviária, representa mais de 150 mil viagens de caminhões em um percurso de 2.200 quilômetros, com custos que superam bilhões de reais anuais. Um fardo que ameaça a competitividade, a sustentabilidade e até a permanência dessas indústrias em solo barriga-verde.
Enquanto o Brasil insiste em ser refém do rodoviarismo, o mundo desenvolvido mostra o caminho: a multimodalidade. Lá, o transporte rodoviário é utilizado para trajetos de até 500 quilômetros; para distâncias maiores, prevalece o ferroviário. A diferença de custos entre os dois modais chega a 50%. Em Santa Catarina, o quadro atual é ainda mais dramático. Rodovias sobrecarregadas agravam o custo logístico e, na ponta, reduzem margens, desestimulam investimentos e ameaçam empregos.
É preciso coragem para romper esse ciclo vicioso. Por isso, a decisão do governador Jorginho Mello de articular lideranças dos quatro Estados – Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – em favor da Ferrovia Norte-Sul (Ferrosul) merece aplausos. A iniciativa é estratégica e visionária. Trata-se de um projeto capaz de ligar polos de produção e consumo, assegurando o abastecimento do imenso parque agroindustrial do oeste catarinense com milho e soja, ao mesmo tempo em que escoa alimentos industrializados para grandes centros urbanos e portos.
Não se trata de um capricho regional, mas de uma necessidade nacional. O agronegócio brasileiro, responsável por cerca de 25% do PIB, não pode ficar à mercê de uma matriz logística arcaica. A ausência de ferrovias não só eleva os custos em 40% como também retira a competitividade das empresas do oeste catarinense, forçando algumas a migrarem para o centro-oeste.
A Ferrovia Norte-Sul é a resposta. Com ela, o transporte de milho, soja, farelo, fertilizantes e calcário será mais barato, mais ágil e mais sustentável. A agroindústria catarinense deixará de temer o avanço da fronteira agrícola para o centro-oeste, preservando a pujança de suas cooperativas e empresas. Além disso, a ferrovia representará uma revolução ambiental, com redução significativa de emissões de CO₂ e menor desgaste das rodovias.
O Brasil precisa, urgentemente, repensar sua matriz de transporte. Países com grandes extensões territoriais, como Estados Unidos e China, já fizeram isso há décadas, priorizando as ferrovias e hidrovias. Aqui, seguimos presos a um modelo rodoviário que, além de caro, é insustentável a longo prazo.
Por outro lado, a “Ferrovia do Frango”, como foi apelidada a ligação do oeste catarinense aos portos, é outra frente essencial. Aqui também tem a mão do Governo do Estado que contratou o projeto do trecho Lages-Chapecó. Custos elevados de transporte até o litoral significam redução de ganhos ou até perda de mercados no exterior. Com a ferrovia, os alimentos produzidos no oeste chegariam aos portos a custos até 5% menores, aumentando a competitividade e abrindo novas oportunidades de negócios.
Transporte ágil e barato é fator de atração de investimentos. É fator de desenvolvimento regional. É garantia de que o oeste catarinense continuará a ser referência em produção de alimentos para o Brasil e o mundo.
O governador Jorginho Mello acerta ao levantar essa bandeira. Cabe agora às lideranças políticas, empresariais e cooperativistas dos quatro Estados transformar essa visão em realidade. A Ferrovia Norte-Sul não é apenas possível. É necessária. É estratégica. É uma questão de sobrevivência para a agroindústria catarinense e para a segurança alimentar do País.
O futuro nos cobra ação. E ele começa com trilhos.


A lista ainda traz inovação e tecnologia, 14%; reputação e imagem do Brasil, 13%; custos de energia, 13%; exigências da legislação ambiental internacional, 11%; falta de crédito para a exportação, 10%; e cumprimento de exigências ambientais de clientes, 8%.
O impacto do Custo Brasil
“O Custo Brasil é esse conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que prejudica o ambiente de negócios do país, pois encarece os custos das empresas, atrapalha investimentos e compromete a competitividade. Todos os fatores apresentados na pesquisa estão ligados ao valor do Custo Brasil, estimado em R$ 1,7 trilhão por ano, o que equivale a 20% do PIB brasileiro”, pontua o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Visão regional
Quando comparado regionalmente, 55% dos empresários do Nordeste afirmam que a bitributação e a complexidade tributária são os fatores que mais influenciam a competitividade industrial, seguidos dos industriais do Sudeste, com 45%; do Sul, 43%; e do Norte/Centro-Oeste, com 33%.
Quando o assunto é o cumprimento de exigências ambientais de clientes, apenas 7% dos empresários da região Sul acreditam que esse fator pode impactar a competitividade industrial; enquanto 8% dos industriais do Sudeste acham o mesmo; 9% do Norte/Centro-Oeste; e 11% do Nordeste.
Fortalecimento da imagem da indústria e aumento da exportação
Outra pergunta destaque da pesquisa é se o fortalecimento da imagem da indústria brasileira pode contribuir para o aumento da exportação do setor. Os empresários são otimistas e 77% acreditam que sim. 29% informaram que o fortalecimento pode “aumentar muito” a exportação, enquanto 48% disseram “aumentar um pouco”. Já 19% responderam que o fato não interfere.
A pesquisa Sustentabilidade e Indústria foi realizada pelo Instituto de Pesquisa Nexus e ouviu representantes de mil empresas industriais de pequeno, médio e grande portes, em todo o país. As entrevistas foram realizadas entre 15 de maio a 17 de junho de 2025.


Fotos: Divulgação /Epagri
O Governo de Santa Catarina encaminhou à Assembleia Legislativa (Alesc) uma proposta que concede isenção do ICMS nas operações com a macroalga Kappaphycus alvarezii, conhecida por seu uso na indústria de alimentos, cosméticos e bioinsumos. A medida, que também inclui a alga na lista de produtos primários em estado natural, tem como objetivo fomentar a cadeia produtiva da bioeconomia marinha no estado, gerando emprego e renda no Litoral catarinense.
Segundo o anteprojeto de lei, a isenção valerá para operações internas e interestaduais com a alga nas formas in natura, seca, em gel, extrato ou em pó. A proposta também adapta a legislação estadual ao Convênio ICMS nº 58, de 11 de abril de 2025, celebrado entre os estados para uniformizar o tratamento tributário sobre produtos de origem marinha.
A Secretaria de Estado da Fazenda estima que a renúncia fiscal será de R$ 100 mil em 2025, R$ 216,3 mil em 2026 e R$ 232,8 mil em 2027. Os valores, segundo o governo, foram projetados conforme as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal e não comprometem as metas fiscais estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
A alga Kappaphycus alvarezii tem se destacado como uma alternativa sustentável de cultivo em áreas costeiras e representa uma nova fronteira para o desenvolvimento da economia do mar no estado, com forte potencial de inserção em mercados nacionais e internacionais. Hoje, Santa Catarina é o maior produtor desta alga no Brasil.
“Santa Catarina está liderando uma nova etapa na aquicultura e na pesca brasileira, com foco em inovação, sustentabilidade e agregação de valor. A isenção do ICMS para a macroalga Kappaphycus alvarezii é mais uma ação estratégica do governador Jorginho Mello para consolidar a bioeconomia marinha como vetor de desenvolvimento regional e posicionar o estado como referência nacional nesse segmento”, destacou o secretário de Estado da Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo.
A proposta de isenção do ICMS para a macroalga está dentro do Programa Pescados SC, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Aquicultura e Pesca, e que reúne projetos estruturantes voltados à modernização da produção, qualificação dos profissionais, segurança no mar, incentivo ao consumo de pescado e valorização da cadeia produtiva. Com R$ 100 milhões em investimentos e financiamentos, a iniciativa pretende beneficiar mais de um milhão de pessoas, entre pescadores, aquicultores, familiares e consumidores.
Em Santa Catarina, mais da metade dos municípios atualmente está comprometida com um processo de transformação voltado ao desenvolvimento econômico, à inovação e à melhoria do ambiente de negócios. Os resultados do Cidade Empreendedora, programa desenvolvido pelo Sebrae/SC em parceria com as prefeituras, já aparecem em todas as regiões do estado e neste ciclo, 2025/2026, impactam diretamente 174 municípios.
A iniciativa fortalece o ambiente de negócios, estimula o empreendedorismo e contribui para a geração de emprego e renda, com soluções adaptadas a diferentes contextos, desde pequenas cidades com menos de 15 mil habitantes a grandes centros urbanos com mais de 100 mil. A abrangência regional e a diversidade dos municípios atendidos revelam a capacidade do Sebrae/SC de adaptar suas entregas às diversas realidades, sem perder o foco no objetivo comum de transformar os territórios e as comunidades por meio do empreendedorismo.
Promovendo ações que passam pela qualificação da gestão pública, incentivo à educação empreendedora, valorização das vocações locais, apoio direto a micro e pequenos empreendedores e estímulo à inovação, o Cidade Empreendedora consolida sua relevância e potencial estratégico de impacto. Muito além de oferecer soluções prontas, o programa constrói caminhos junto com os municípios e contribui para ampliar perspectivas, conectar oportunidades e promover desenvolvimento com objetivos bem definidos.
Os reflexos dessa atuação já podem ser vistos na prática com municípios mais preparados para atrair investimentos, empreendedores atendidos por suporte qualificado, comunidades com novas perspectivas e economias locais que se desenvolvem de forma consistente.
No ciclo anterior, 2023/2024, 90% dos municípios participantes que aplicaram o eixo de simplificação, reduziram o tempo para abertura de novas empresas. Outros 80% ampliaram o número de negócios formalizados, e 90% aderiram à Lei da Liberdade Econômica, que simplifica etapas e agiliza processos para fomentar a geração de emprego e renda. Além disso, mais de 50% tiveram seus prefeitos reeleitos ou sucessores eleitos.
O Cidade Empreendedora é um exemplo de como investir em gestão pública, inovação e fortalecimento dos pequenos negócios gera impacto real na vida das pessoas e comunidades.
Fabio Búrigo Zanuzzi é Diretor Técnico do Sebrae/SC


Santa Catarina recebe em julho três eventos da Jornada Nacional de Inovação da Indústria, iniciativa que está percorrendo o país para mapear desafios, revelar soluções e impulsionar conexões em torno da transição ecológica e digital. Chapecó, Joinville e Criciúma sediarão encontros locais de 14 a 31 de julho, promovendo a articulação do ecossistema de inovação catarinense com foco em temas estratégicos como inteligência artificial, economia circular, transição energética e deeptechs.
Os encontros fazem parte de uma agenda liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com apoio das Federações de indústrias e parceiros como o Sebrae. Em Santa Catarina, a FIESC coordena a mobilização regional, promovendo painéis, oficinas e visitas técnicas em ambientes de inovação, como os Institutos SENAI, laboratórios de pesquisa e desenvolvimento e centros de manufatura avançada.
>> Os eventos são gratuitos. Veja quando e onde:
14/07 - Chapecó - Hotel Mogano Premium, Av. Fernando Machado, 574 E, Centro. Inscreva-se.
29/07 - Joinville - Instituto SENAI-SC de Inovação em Sistemas de Manufatura, Rua Arno Waldemar Döhler, 308 - Santo Antônio. Inscrições em breve.
31/07 - Criciúma - Centro de Inovação de Criciúma (CRIO), Rua Henrique Lage, 666, Centro. Inscrições em breve.
Além dos encontros locais, o estado também sediará o Encontro Regional Sul, nos dias 11 e 12 de setembro, em Florianópolis. A capital catarinense será ponto de convergência das iniciativas do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, com programação imersiva, debates estratégicos e apresentação de soluções tecnológicas para os desafios da indústria.
Após a passagem pelo Sul, a Jornada seguirá para o Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste, respectivamente. São esperados mais de 400 participantes por região, incluindo líderes empresariais, gestores de ICTs e Parques Tecnológicos, empresas de matriz tecnológica, investidores e fundos de inovação, representantes de organizações internacionais e nacionais de inovação e autoridades governamentais.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
O mercado financeiro diminuiu a estimativa de inflação para 2025, enquanto manteve as projeções para o crescimento da economia brasileira nos próximos anos. Os dados constam no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central, com base em levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
De acordo com o relatório, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 recuou de 5,20% para 5,18%. Apesar da queda, a expectativa continua acima do teto da meta de inflação para o ano, que é de 3%, com margem de tolerância de até 4,5%. Para os anos seguintes, as estimativas permaneceram estáveis em 4,50% (2026) e 4% (2027), enquanto a projeção para 2028 caiu de 3,83% para 3,80%.
No que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa de crescimento em 2025 subiu levemente, passando de 2,21% para 2,23%. Para 2026, houve um pequeno recuo, de 1,87% para 1,86%, e as projeções para 2027 e 2028 seguem em 2%.
A taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está no maior patamar em quase duas décadas, deve permanecer inalterada até o fim de 2025, com previsão de encerramento do ano em 15% ao ano. A expectativa do mercado é que os cortes comecem apenas em 2026, com a taxa caindo para 12,5%, seguida de 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
Já no câmbio, a projeção para o dólar ao final de 2025 segue em R$ 5,70. Para 2026, houve uma leve melhora na expectativa, com a cotação passando de R$ 5,79 para R$ 5,75. Para os dois anos seguintes, o mercado manteve as projeções em R$ 5,75 (2027) e R$ 5,80 (2028).


A Caderneta de Poupança registrou saída líquida de R$ 49,6 bilhões no primeiro semestre de 2025, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central. Esse é o maior volume de retirada líquida para o período desde 2023, quando os saques superaram os depósitos em R$ 66,6 bilhões.
De janeiro a junho deste ano, os brasileiros depositaram R$ 2,078 trilhões na poupança, mas retiraram R$ 2,129 trilhões, o que revela um comportamento de maior necessidade por recursos no orçamento familiar. Esse movimento reforça a tendência de enfraquecimento da renda e do consumo observada nos últimos anos.
Em junho, no entanto, houve uma reversão pontual: o saldo líquido da poupança foi positivo em R$ 2,1 bilhões, com um aumento no estoque total da caderneta — que passou de R$ 1,011 trilhão em maio para R$ 1,019 trilhão no mês seguinte. O crescimento foi impulsionado pelos depósitos líquidos e pelos rendimentos de R$ 6,37 bilhões no período.
Apesar do dado positivo em junho, o cenário do semestre permanece negativo. O estoque total da poupança caiu R$ 12,4 bilhões nos seis primeiros meses de 2025, considerando os rendimentos acumulados de R$ 37,2 bilhões no período.
A caderneta não apresenta saldo positivo em um primeiro semestre desde 2020, quando o pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia de covid-19 impulsionou os depósitos.
Considerada um termômetro da situação financeira das famílias, a poupança reflete o comportamento de consumo, emprego e renda. Quando há mais saques do que depósitos, como agora, o sinal é de que muitos brasileiros estão recorrendo às reservas para cobrir despesas.
Desde dezembro de 2021, a taxa básica de juros (Selic) está acima de 8,5% ao ano. Nesse cenário, a poupança rende 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR), o equivalente a 6,17% ao ano mais a TR. Se a Selic estivesse abaixo de 8,5%, a rentabilidade seria de 70% da taxa básica mais a TR.
A China avança com força rumo a um modelo de “aduanas inteligentes” para agilizar o comércio exterior e reforçar o controle de fronteiras. A iniciativa combina inteligência artificial, big data, automação e cooperação internacional.
O projeto vai além da simples digitalização de trâmites, propondo uma transformação profunda baseada em vigilância não intrusiva, gestão automatizada de riscos e processos coordenados.
O sistema também utiliza inteligência artificial para analisar imagens de scanners, detectar produtos ilegais e prever riscos fiscais. Nos primeiros onze meses de 2024, as ferramentas automatizadas alcançaram uma taxa de apreensão 7% superior à da seleção manual.
Centenas de scanners inteligentes foram instalados, e modelos foram desenvolvidos para selecionar operações com maior risco fiscal. Isso aumentou a arrecadação e reduziu a evasão.
Em aeroportos como o de Xangai, foi implementada inspeção inteligente com raios X e robôs. O despacho de um voo com 300 passageiros foi reduzido para 30 minutos.
Também foram testados veículos autônomos na fronteira com a Mongólia e sistemas automatizados para cargas aéreas que realizam o despacho em menos de 20 minutos.
Em nível nacional, a China integra ferramentas locais e centrais. Foram desenvolvidas 132 soluções regionais, 12 projetos transversais e 22 em nível departamental.
No plano internacional, o país promove a Parceria para Aduanas Inteligentes e colabora com a OMA (Organização Mundial das Aduanas). Também foi criado um Centro de Excelência Aduaneira para os países BRICS.
O modelo se baseia em planejamento por fases, integração sistêmica e medição constante em relação a padrões globais. A meta: aduanas mais ágeis, seguras e conectadas.
Essa abordagem transforma as aduanas em nós inteligentes de análise preditiva. A China, assim, oferece um modelo piloto que pode ser replicado em outras regiões do mundo.
Fonte: Todo Logística News


O custo com energia para a indústria subiu o equivalente a quatro vezes a inflação desde o ano 2000, aponta um estudo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (Abrace) e da consultoria Ex Ante, divulgado nesta quinta-feira (3/7).
A associação teme que dispositivos da medida provisória 1300/2025, que trata da reforma do setor elétrico, encareçam ainda mais os custos para grandes consumidores de energia elétrica, especialmente os industriais do mercado livre, que poderão ter um acréscimo entre 80% e 200% no valor pago de Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) até 2038
Atualmente, a CDE é estimada em R$ 49,2 bilhões em 2025 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Energia cara impulsiona inflação
A pesquisa aponta que, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado no período foi de 375%, o custo com energia subiu 1.299%.
As estimativas incluem tanto os gastos com eletricidade e gás natural, que é utilizado por setores da indústria.
No caso do gás, o crescimento do preço do insumo no Brasil foi de 231%, enquanto os Estados Unidos tiveram um aumento de 127,5% e na Europa a alta foi de 100,2%.
Essa métrica é importante para ilustrar que a indústria brasileira perdeu competitividade frente a dois grandes mercados, explica a Abrace. E aponta que o consumo de energia industrial é o mesmo há 12 anos, indicando estagnação do segmento no Brasil.
O peso da energia trouxe impactos no poder de compra dos brasileiros. Entre todos os tipos de produtos e serviços na cesta de consumo das famílias, o levantamento mostra que a eletricidade influenciou em 233% de um total de 347% de inflação.
As passagens aéreas subiram 1.366% desde 2000, sendo 210% por conta dos combustíveis. O preço do pão francês aumentou 509,5%, com 435% diretamente puxados por conta da energia.
Entre as carnes, a disparada dos preços ficou acima de 700%, sendo que gastos extras com energia corresponderam a 399%.
Para o presidente da Abrace, Paulo Pedrosa, a inserção de subsídios na tarifa de energia fez com que os custos se tornassem um impeditivo para o crescimento econômico e impactassem diretamente os preços.
“O Brasil vem, nesses últimos 25 anos, consistentemente quebrando as metas de inflação. Essa quebra das metas da inflação está muito explicada pelo aumento do custo da energia, não o aumento para as famílias, mas aquele que vem através de tudo que é produzido no Brasil”, disse.
Alerta para novos custos com MP
A entidade se posiciona contra dispositivos da MP 1300/2025, a exemplo da realocação de encargos setoriais das usinas nucleares de Angra 1 e 2, que passarão a ser pagos pelos consumidores que migraram ao mercado livre de energia.
Embora elogie a intenção do governo em expandir a tarifa social de energia elétrica, o presidente da Abrace defende que as indústrias terão aumentos de custos e, portanto, haverá repercussões aos consumidores.
A associação entende que o Luz Para Todos e a Tarifa Social, programas sociais relacionados à energia elétrica, devem ser custeados pelo Tesouro Nacional.
A inserção de dispositivos que possam provocar aumentos ainda mais significativos na conta de luz é um temor para a entidade, já que ocorreram movimentos parecidos durante a análise de outros projetos.
Segundo Victor iOcca, diretor de energia elétrica da Abrace, o Congresso Nacional costuma “migrar jabutis” entre os projetos de lei, muitas vezes inserindo obrigatoriedade de contratação de energia mais cara.
“A MP 1300, do ponto de vista do setor produtivo, traz um impacto negativo expressivo, de até 20% no aumento do custo de energia no longo prazo. Infelizmente tem ali algumas propostas [emendas] que podem piorar esse cenário”, criticou.
As medidas para impulsionar o setor produtivo de Santa Catarina que integram o pacote de projetos anunciado pelo governo do estado são positivas para o desenvolvimento do estado e contribuem para a competitividade de SC, na avaliação da Federação das Indústrias de SC. Entre os 27 projetos que o governo já enviou à Alesc, dez trazem reflexos diretos na indústria. Nos próximos dias, o executivo estadual deve encaminhar as demais propostas anunciadas para impulsionar setores estratégicos da economia.
O presidente da Federação, Mario Cezar de Aguiar, destacou que entre os projetos enviados estão demandas históricas da FIESC. “O governo do estado tem se mostrado sensível aos pleitos do setor produtivo de forma a equiparar discrepâncias fiscais com outros estados e permitir que os produtos catarinenses sejam competitivos. A renovação de incentivos para setores relevantes para a economia catarinense na geração de empregos e riqueza demonstra que o executivo estadual tem visão sistêmica e de longo prazo. São medidas essenciais para o desenvolvimento econômico e social”, salientou Aguiar.
O secretário da Fazenda estadual, Cleverson Siewert, avaliou que o conjunto de projetos mantém uma relação de equilíbrio bem estabelecida entre estímulo e responsabilidade fiscal. “Ampliamos incentivos para setores que geram emprego, agregam valor à produção e ajudam Santa Catarina a crescer, mas também enfrentamos o desafio de revisar benefícios que já alcançaram seus objetivos”, afirmou.
Entre os projetos que impactam a indústria, a FIESC destaca o crédito presumido concedido à agroindústria em duas situações: aos estabelecimentos credenciados no Programa de Apoio à Criação de Gado para o Abate Precoce e também na saída de carnes e miudezas comestíveis frescas, resfriadas ou congeladas de bovino ou bubalino, desde que adquiridos de produtores, equivalente a 10,5% do valor da operação. A agroindústria é o setor que mais exporta em SC.
A FIESC também aponta como positiva a renovação, até dezembro de 2028, do crédito presumido já concedido anteriormente para equiparar Santa Catarina à legislação do Paraná. Entre os setores impactados estão os estabelecimentos fabricantes de farinha de trigo e mistura para a preparação de pães, os estabelecimentos fabricantes de mandioca e produtos derivados, a indústria moveleira, os fabricantes de mercadorias relacionadas à indústria gráfica. Além de fabricantes de torres para linhas de transmissão de energia e estruturas metálicas para subestações.
A proposta do governo enviada à Assembleia traz ainda a inclusão dos veículos elétricos e híbridos na lista dos veículos automotores para transporte de mercadorias sujeitos à alíquota do ICMS de 12%, e a concessão de incentivos fiscais relacionados ao Regime Aduaneiro Especial de Depósito Afiançado (DAF) para o setor de aviação. A indústria de eletrodomésticos também foi incluída entre as que receberão incentivos fiscais.
Outras medidas são ajustes na operação do PRODEC e a isenção nas saídas internas destinadas a consumidores finais com as seguintes mercadorias, para equiparação com a tributação praticada no Paraná: farinha de trigo e de milho; farinha de mandioca; feijão preto e carioquinha e ainda arroz semibranqueado ou branqueado, polido ou brunido - exceto os do tipo arbóreo, cateto, carnaroli, moti, vermelho, preto, basmati e jasmim.
A expectativa da FIESC é que nos próximos dias os demais projetos sejam encaminhados, como o que trata dos incentivos ao cobre, entre outros. O insumo é essencial para a fabricação de fios, cabos, componentes eletrônicos e equipamentos elétricos. Também tem usos na indústria automobilística, na construção civil e na produção de máquinas e equipamentos.
Com informações da assessoria de imprensa do Governo do Estado
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas


A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera o Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) como um passo estratégico na agenda de integração do Brasil ao comércio internacional. A conclusão do acordo comercial foi anunciada na abertura da Cúpula do Mercosul, nesta quarta-feira (2), em Buenos Aires, na Argentina.
A EFTA é composta por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. O bloco econômico reúne PIB de US$ 1,4 trilhão e população de 15 milhões de pessoas, configurando um importante mercado consumidor devido ao elevado PIB per capita, de US$ 119 mil. O grupo é a quarta maior origem mundial de investimentos estrangeiros.
“A negociação desse acordo abre oportunidades muito grandes para o setor produtivo brasileiro e amplia a presença da nossa indústria no comércio internacional porque oferece condições melhores de acesso a mercados relevantes e com alto poder de consumo”, avalia o presidente da CNI, Ricardo Alban.
A exportação para a EFTA traz retorno econômico vantajoso ao Brasil. Em 2024, a cada R$ 1 bilhão exportado do Brasil para o bloco europeu resultou em 19,8 mil empregos, R$ 448,7 milhões em massa salarial e R$ 3,4 bilhões em produção.
Acordo prevê redução de tarifas e remoção de barreiras
Um dos maiores benefícios do acordo é a eliminação imediatamente de tarifas de importação de bens industriais pela EFTA e ampliação de cotas para a compra dos principais produtos da agroindústria, o que amplia o acesso do Brasil a mercados desenvolvidos e com alto poder de consumo.
A CNI promoveu diálogos e colaboração entre o governo brasileiro e a indústria durante a negociação do Acordo Mercosul–EFTA. A entidade ressalta que o acordo prevê períodos de redução de tarifas de até 15 anos para produtos de setores mais sensíveis à competitividade com a indústria europeia.
Nos temas de compras públicas e propriedade intelectual, destaca a importância da preservação da regulação prevista na legislação doméstica, cruciais na promoção de políticas públicas de interesse econômico e social.
“A conclusão de acordos comerciais modernos com parceiros estratégicos, como a União Europeia, concluído em 2024, e agora com a EFTA, representa um marco na agenda de inserção internacional da indústria brasileira, afirma a gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI, Constanza Negri.
Confira a sonora de Constanza Negri comentando o tema.
Os compromissos negociados também visam facilitar o acesso brasileiro através da simplificação de procedimentos aduaneiros e da redução de barreiras técnicas. Em 2024, as exportações brasileiras para a EFTA somaram US$ 3,1 bilhões, um aumento significativo na última década. Atualmente, o Brasil tem cerca de 500 produtos com oportunidade de exportação para o bloco europeu, sendo mais de 80% bens da indústria de transformação.
Quando estiver em vigor, o acordo vai promover maior transparência e segurança jurídica para prestadores de serviços e poderá atrair mais investimentos estrangeiros. A EFTA é o terceiro principal parceiro do Brasil no comércio de serviços, atrás apenas dos Estados Unidos e da União Europeia. Com relação aos investimentos, o estoque da EFTA na economia brasileira alcançou recorde de US$ 46,2 bilhões em 2023.
Destaques das relações econômicas entre Brasil e EFTA
O comércio de bens do Brasil com a EFTA teve desempenho positivo na última década. Entre 2015 e 2024, a corrente de comércio cresceu 36,7%, impulsionada por um crescimento de 49,9% nas exportações e de 28,2% nas importações. A indústria de transformação representou 89,1% das exportações e 97,6% das importações.
O Brasil tem 724 oportunidades comerciais para exportar 495 produtos para a EFTA. Para a indústria de transformação, os principais setores com oportunidades são Alimentos (19,4%), Químicos (17,9%), Máquinas e equipamentos (9,6%), Metalurgia (9,5%) e Produtos de metal (6,7%). Com exceção de Móveis, todos os setores têm oportunidades comerciais na EFTA.
Investimentos bilaterais atingiram recorde de US$ 57,9 bilhões em 2023. No último ano, o estoque de investimentos da EFTA no Brasil totalizou US$ 46,2 bilhões, um crescimento de 135,3% em relação a 2014. Já o estoque de investimentos brasileiros no bloco europeu somou US$ 11,7 bilhões, um aumento de 47,0% no mesmo período.
A EFTA é o terceiro principal parceiro do Brasil no comércio de serviços, atrás somente dos Estados Unidos e da União Europeia. A EFTA responde por 5,5% das vendas e 3,5% das aquisições brasileiras de serviços na última década. Em 2024, o comércio de serviços do Brasil com o bloco europeu totalizou US$ 1,6 bilhão em vendas e US$ 1,5 bilhão em aquisições.
Editoria:
Foto: Aires Mariga/Epagri
Os municípios do Litoral Norte de Santa Catarina colheram mais de 291 mil toneladas de arroz, o que representa um aumento de 4,23% em relação ao ano anterior e configura um recorde para a região. Os números demonstram a vitalidade da rizicultura catarinense e o bom desempenho dos cultivares desenvolvidos pela Epagri, mas também impõem uma série de desafios ao setor produtivo, como dar escoamento ao excesso de produção. Este e outros temas foram tratados no último dia 27 de junho, durante o 25º Seminário de Avaliação da Safra de Arroz no Litoral Norte, realizado na Estação Experimental da Epagri em Itajaí.
Municípios do Litoral Norte de Santa Catarina colheram mais de 291 mil toneladas de arroz na safra 2024/25 (Foto: Jonatan Jumes / Epagri)
Estavam presentes no evento representantes de toda a cadeia produtiva. Foram apresentados os resultados de 25 Unidades de Referência Técnica (URTs), que são propriedades rurais selecionadas pela Epagri para demonstrar, validar e difundir tecnologias agrícolas. Nessas propriedades foram plantados sete cultivares de arroz desenvolvidos pela Epagri, para avaliar a produtividade. O SCBRS126 Dueto alcançou o maior rendimento (12.035 sacas), seguido do SCS122 Miura (10.631) e SCS127 CL (10.551).
A analista de socioeconomia da Epagri/Cepa, Glaucia Padrão, fez um amplo panorama da rizicultura catarinense, revelando o desempenho da produção por município, os cultivares plantados, a incidência de pragas e doenças, o custo de produção e a relação entre este custo e arrendamento de áreas para plantio. O Litoral Norte é a região com maior índice de áreas arrendadas (55,9%), em relação ao Sul (53,1%) e Alto Vale do Itajaí (48,3%). E isto pode ser um problema num ano de excesso de produção e queda de preço.
“A produtividade dos municípios do Litoral Norte variou entre 160 e 180 sacas, e a decisão de arrendar deve levar em consideração não só essa informação, como também os preços de mercado. Quanto maior a produtividade e/ou os preços praticados, maior a capacidade de arrendar. Mas no cenário atual, com preços próximos à R$60,00 a saca de 50 kg, já fica inviável arcar com os custos do arrendamento”, alerta. A boa notícia é que, por causa da queda do dólar no período, o custo de produção caiu 7,56%, permitindo que parte dos agricultores não ficassem no vermelho.
“Uma forma de minimizar os efeitos do excedente de arroz é escalonar a venda ao longo do ano e não vender tudo na hora da colheita, quando o preço está mais baixo”, recomenda. Mas a pesquisadora sabe que muitos agricultores vendem toda a produção para ter capital e poder acessar crédito para a próxima safra. “O arrendamento é justificável quando o agricultor tem muito maquinário e precisa de mais terra para produzir, mas é sempre preciso levar em conta o custo de produção para fechar a conta”, reitera.
Uso intensivo de herbicida torna as ervas daninhas mais resistentes
A segunda pesquisadora a apresentar seus estudos foi Cristiane Mara Fiedler, tendo por base um experimento realizado na Fazenda Limoeiro, em São João do Itaperiú, juntamente com o pesquisador da Epagri recém-aposentado, José Alberto Noldin. A pesquisa analisou o desempenho de herbicidas para o controle Scirpus Mucronatus, uma espécie de erva daninha. A equipe testou sete herbicidas e oito combinações de produtos.
Cristiane elencou os problemas mais comuns da atividade, como a falta de rotação de culturas, a repetição de sistemas de cultivo e a ‘soca’, que é uso da semente rebrotada. Eles acarretam prejuízo no solo e na qualidade do grão, além de favorecerem as ervas daninhas. Ela também deu exemplos de outros países, onde o uso abusivo de herbicidas deixou as plantas invasoras mais resistentes. “O uso intensivo seleciona planta, que ganha tolerância ao produto”, complementa.
O fitopatologista da Epagri Klaus Konrad Scheuermann apresentou pesquisa sobre o controle químico das doenças do arroz e a época adequada de aplicação para não deixar resíduo no grão (período de carência antes da colheita), o que inviabiliza exportar para países com legislação mais rígida, como os da União Europeia. Ele avaliou 10 tipos de fungicidas para o controle da mancha no cultivo do arroz SCBRS126 Dueto e comparou o custo de aplicação do fungicida entre tratores e drones, que demonstraram melhor relação custo x benefício.
Klaus chamou a atenção dos agricultores que se interessaram em adquirir um drone com fins agrícolas para se adequarem à Portaria Mapa nº298/2021, que estabelece regras para aeronaves remotamente pilotadas. O drone precisa ser registrado na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). Além disso, o operador precisa fazer um curso para aplicação aeroagrícola remota e apresentar relatórios mensais ao Sipeagro, sistema vinculado ao MAPA.
Por Renata Rosa, jornalista bolsista da Epagri/Fapesc


Evento em Joaçaba contou com a presença de mais de 200 prefeitos catarinenses. Fotos: Léo Munhoz/Secom GOVSC
O governador Jorginho Mello lançou, nesta quinta-feira, 3 de julho, o programa Estrada Boa Rural. O ato, em Joaçaba, no Meio-Oeste catarinense, contou com a presença de 202 prefeitos de todas as regiões do estado. A iniciativa histórica visa pavimentar 2.500 quilômetros de vias rurais em todos os 295 municípios do estado. Com um investimento total de R$ 2,5 bilhões, esta nova fase do bem-sucedido plano de infraestrutura “Estrada Boa” do estado é dedicada a melhorar a qualidade de vida e impulsionar a espinha dorsal econômica dos setores agrícola e agroindustrial de Santa Catarina.
“Eu fiz questão de vir lançar aqui em Joaçaba, porque é o interior de Santa Catarina e hoje o interior tem empresas, granjas, que faturam mais do que uma pequena empresa da cidade. Então, o prefeito vai escolher, junto com a secretaria de Infraestrutura, quais os trechos que ele quer asfaltar primeiro, onde tem mais demanda, onde tem mais crescimento, onde tem escola, enfim, tem critérios. E não é para fazer um asfalto qualquer, porque é asfalto de qualidade, sinalizado, bem pintado e com uma resistência muito boa no padrão daqueles que nós estamos fazendo por aí”, afirmou o governador Jorginho Mello. “O Estrada Boa Rural é um compromisso com o povo trabalhador de Santa Catarina, fortalecendo nossa posição como líder nacional no agronegócio”, acrescentou.
Os 2.500 km de estradas rurais pavimentadas vão mais do que dobrar o número de rodovias municipais com asfalto existentes. Hoje são cerca de 2.000 km pavimentados nas cidades catarinenses, sem levar em conta rodovias estaduais e federais. Esse número será ampliado para 4.500 km de estradas municipais pavimentadas, um aumento de 126%.
Para efeito de comparação, 5.158,60 km de rodovias estaduais são asfaltadas. Além disso, existem cerca de 2.300 km de rodovias federais e são 1.980 km de rodovias municipais pavimentadas. Mesmo levando em conta toda essa malha rodoviária catarinense, o aumento continua sendo expressivo. O Estrada Boa Rural aumentará em 26% o número total de km em rodovias catarinenses com asfalto.
O programa foi concebido como uma parceria robusta entre o estado e os municípios. O investimento de R$ 2,5 bilhões está dividido estrategicamente: R$ 1,25 bilhão será transferido diretamente aos municípios por meio de Convênios Simplificados, e outro R$ 1,25 bilhão será aportado nas agências financeiras do estado, BRDE e BADESC. Essa estrutura permite que os municípios obtenham financiamento para sua contrapartida, com um benefício significativo: o Estado de Santa Catarina cobrirá todos os juros e correções desses empréstimos, com um ano de carência e quatros anos para pagar.
O padrão adotado para as pistas prevê até sete metros de largura com duas pistas de rolamento de três metros, além de dois acostamentos de meio metro, ao custo médio de R$ 1 milhão por quilômetro. “Estruturamos um programa que é ao mesmo tempo ambicioso e acessível para todos os nossos municípios. Ao fornecer um plano técnico claro, orçamentos padronizados e um apoio financeiro abrangente, estamos capacitando os governos locais a realizar melhorias históricas em sua infraestrutura. Este programa conectará comunidades, apoiará empresas e construirá uma Santa Catarina mais integrada e próspera”, disse o secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Jerry Comper.
“O Programa Estrada Boa Rural é um marco para o desenvolvimento do campo catarinense. Com este investimento histórico, estamos garantindo mais do que estradas: estamos promovendo qualidade de vida e oportunidades para quem vive e trabalha no meio rural. Estrada boa significa escoamento mais eficiente da produção, redução de custos logísticos e acesso ampliado aos mercados. Isso fortalece toda a cadeia agrícola e agroindustrial do nosso estado, tornando o agro catarinense ainda mais competitivo”, destacou o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini.
Os municípios podem participar submetendo projetos para dois trechos, um em 2025 e outro em 2026. A elegibilidade baseia-se no cumprimento de critérios econômico-sociais e técnico-financeiros, como conectar uma comunidade rural a uma via pavimentada, atender empresas ou cooperativas locais e garantir o acesso de pelo menos duas propriedades rurais por quilômetro de nova pavimentação.
O programa exige uma contrapartida mínima dos municípios, de valor igual ao montante a ser repassado pelo estado. Essa contrapartida pode ser cumprida através do financiamento subsidiado pelo estado, com recursos próprios do município, ou por uma combinação que inclua bens e serviços mensuráveis.
“Os prefeitos estão recebendo um manual, nesse manual tem o site da Secretaria, além disso tem o número do WhatsApp, para que eles possam fazer o contato. Esse é um programa inovador, e como não poderia deixar de ser, eles têm uma outra dinâmica, eles vão poder fazer a solicitação através do nosso site, fazendo por e-mail, para que a gente possa dar mais celeridade”, explicou o secretário de Estado adjunto da Infraestrutura e Mobilidade, Ricardo Grando.
Prefeitos celebram o Estrada Boa Rural
A plateia de 202 prefeitos e 114 vice-prefeitos comemorou a parceria proposta pelo Governo do Estado, como uma oportunidade de desenvolver ainda mais cada município: “Primeiramente quero agradecer ao governador por ter escolhido Joaçaba pra lançar o programa Estrada Boa Rural. A gente sabe da importância que isso tem e vem trazer pra nós do município e pra todas as pessoas, pros municípios do estado inteiro. A gente sabe que a nossa região, principalmente, Oeste catarinense, é baseada na agroindústria. E toda essa matéria-prima que as agroindústrias trabalham é produzida no campo. Então, esse programa vem ajudar, o governo pagando esses juros, isso facilita muito para o município, demonstra que o governo é um governo municipalista que vem pra trabalhar, pra ajudar a comunidade”, agradeceu o prefeito de Joaçaba, Vilson Sartori.
A prefeita de Lages, Carmen Zanotto, disse que o impacto positivo é para todo o estado de Santa Catarina, mas ainda mais especial para o município da região Serrana. “Nós temos mais de 2.620 km de ruas não pavimentadas de interior, por onde precisamos escoar a produção agrícola e dar acesso aos alunos à educação. Garantir a mobilidade é fundamental. A gente só tem que agradecer ao governador por mais essa iniciativa. Vamos fazer todo o esforço para inicialmente ser uma contrapartida do município, se nós não conseguirmos, nós vamos buscar o financiamento, porque para nós, do município de Lages, é fundamental a gente conseguir melhorar as estradas do interior e poder pavimentar os trechos mais complexos, com certeza vai gerar melhor mobilidade e mais desenvolvimento”, afirmou Carmen Zanotto.
“Levar o Estrada Boa Rural aos nossos agricultores significa entender a importância do agronegócio em todos os municípios de Santa Catarina. A contrapartida dos municípios é importante para que a gente possa ter o maior número de quilômetros contemplados”, avaliou a prefeita de Palmitos Giovana Giacomolli.
A prefeita de Modelo, Barbara Milena Geler Baron, também comemorou a chegada do Estrada Boa Rural. “Esse projeto é de grande valia para os municípios, especialmente na nossa realidade do Extremo Oeste. Somos municípios com uma arrecadação em grande parte que provêm da agricultura, então os compromissos de todos os prefeitos da nossa região é realmente a gente melhorar a infraestrutura que dá acesso às comunidades”, explicou .
“A gente já tem conhecimento de como o governo vai proceder com relação à liberação desses recursos para os municípios, essa parceria vai beneficiar muito, principalmente os municípios com a economia voltada para o meio rural, na agricultura, isso é muito importante”, disse o prefeito de Monte Castelo, Sirineu Ratochinski.
Benefícios sociais do programa
Os benefícios sociais do programa Estrada Boa Rural devem ser amplos e transformadores. Os principais impactos que o governo pretende medir incluem:
Crescimento econômico: aumento na produção agrícola e na renda média das famílias rurais. Ao melhorar as condições das estradas, o programa reduzirá diretamente os custos de transporte para os produtores, facilitando o escoamento da produção e fortalecendo toda a cadeia de suprimentos agroindustrial.
Melhora no acesso e na segurança: redução no tempo de deslocamento e nos acidentes de trânsito. O programa garante que as comunidades rurais tenham conexões confiáveis a serviços públicos essenciais, como unidades de saúde e educação.
Melhora na qualidade de vida: a iniciativa projeta melhorar as condições e o bem-estar de moradores e produtores. As novas estradas contarão com pavimentação asfáltica e acostamento, projetadas para durabilidade e segurança. Os projetos também utilizarão emulsão asfáltica ambientalmente sustentável, ressaltando o compromisso do Estado com o desenvolvimento responsável
Leia mais: (Mercosul e bloco de Suíça e Noruega chegam a acordo de livre comércio) https://www.bloomberglinea.com.br/internacional/mercosul-e-bloco-de-suica-e-noruega-chegam-a-acordo-de-livre-comercio/
Indústrias catarinenses importadoras de insumos derivados de aço incluídos em dois processos de investigação de dumping pelo governo brasileiro a pedido de siderúrgicas e fabricantes nacionais participaram nesta terça-feira (2), de reunião da Câmara de Comércio Exterior da Federação das Indústrias de SC (FIESC). Durante o encontro, a presidente da Câmara, Maria Teresa Bustamante, apresentou o estágio atual dos processos e detalhou os próximos passos, de forma a alinhar a atuação estratégica dos importadores nos dois casos.
Os importadores de bobinas ou chapas de aços inoxidáveis laminados a quente que compram insumos da China, Indonésia e Índia estão atentos ao processo iniciado pela Aperam Inox. A empresa, responsável por 100% da produção nacional, pediu investigação de presunção de dumping, o que pode afetar os custos das importações.
O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Chapecó - SIMEC, Carlos José Martinelli, destacou a necessidade de os importadores se organizarem para demonstrar com evidências a capacidade de atendimento da demanda do mercado brasileiro pela empresa peticionária e o impacto de custo no produto acabado com a possível elevação do preço do importado. Na visão dele, as vendas no mercado nacional serão seriamente impactadas pelo alto custo de fabricação e preço a ser praticado, o que demonstra um contrassenso ao se adotar este tipo de medidas apenas na base da cadeia de produção.
No caso da investigação sobre fio-máquina de aço carbono, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) reconheceu que existem elementos suficientes que indicam a prática de dumping nas exportações e da relação causal com dano aos fabricantes domésticos, como a Gerdau e a ArcelorMittal, que motivaram a ação. Os fornecedores investigados por práticas desleais de comércio estão localizados na China e na Rússia.
O vice-presidente de administração de finanças da Fey, Fernando Fey, destacou que os importadores precisam se organizar para contrapor os argumentos das fabricantes nacionais, já que o governo brasileiro tende fazer análises sem considerar o impacto nos demais elos da cadeia produtiva. Ele destacou a ineficácia da ação antidumping sem avaliar o efeito danoso na cadeia de produção.
O fio-máquina é insumo na produção de arames em geral, fixadores, suspensão, cabos, eletrodomésticos da linha branca, além de usos na agropecuária, indústria moveleira, construção civil e indústria de embalagens.
A Câmara de Comércio Exterior da FIESC apresentou ainda aos participantes uma atualização sobre os recentes acordos comerciais firmados entre os Estados Unidos e o Reino Unido e entre os EUA e a China, além do detalhamento do Acordo Mercosul x EFTA ( Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein) assinado ontem.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas


Comprometidos com a transformação social e o desenvolvimento sustentável, o Terminal Portuário e o Instituto Portonave – entidade sem fins lucrativos que tem a empresa como mantenedora – foram homenageados no Prêmio Empresa Cidadã, realizado pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil em Santa Catarina (ADVB/SC). A cerimônia ocorreu nesta terça-feira (1° de julho), na Sociedade Cultura Artística (SCAR), em Jaraguá do Sul. O Instituto Portonave foi premiado na categoria ONGs e Associações com o programa “Embarca Aí”, voltado à qualificação profissional de jovens de Navegantes. A iniciativa, desenvolvida em parceria com o Instituto Crescer, oferece uma visão ampla do mercado de trabalho, das atividades portuárias e do setor logístico.
Lançado no ano passado, o programa formou 66 estudantes do 2° ano do ensino médio de escolas estaduais, dos quais 31 foram selecionados para o Programa Jovem Aprendiz da Portonave. A segunda edição está em andamento, com a formação de 50 alunos prevista para ocorrer até novembro deste ano. As aulas são realizadas no contraturno escolar, de segunda a quinta-feira e, ao final de cada mês, os estudantes têm a oportunidade de aprender diretamente com profissionais do Terminal Portuário.
Para Paulo Leonardo Horocoski dos Santos, Coordenador do programa pelo Instituto Crescer, a parceria reafirma o compromisso com uma educação transformadora e com a construção de oportunidades mais justas para as novas gerações. “O projeto oferece aos participantes a chance de acessar novas realidades e ampliar suas perspectivas de futuro — algo que, para muitos, antes parecia distante”, destaca.
Durante o evento, alunos do programa também marcaram presença. Antonela dos Santos, da Escola Estadual Prof.ª Júlia Miranda de Souza, comenta que foi um privilégio ter participado: “Acredito ser de suma importância essas oportunidades. Foi muito gratificante representar o Embarca Aí e compartilhar essa experiência com meus colegas. Também fomos muito bem recebidos pelos conselheiros da SCAR em nossa visita no local”, afirmou Antonela.
Já o estudante Leonardo Maciel ressaltou os aprendizados do programa: “Melhorei minha comunicação, postura e forma de pensar. O Embarca Aí tem um impacto enorme para quem busca um futuro promissor. Em nome dos alunos da Escola Estadual Prof.ª Daniela Pereira, agradecemos ao Instituto Portonave e ao Instituto Crescer. Não nos arrependemos de ter embarcado nesse navio.”
Investimentos em operações mais limpas
A Portonave também foi finalista na categoria Ambiental, pelos investimentos realizados para a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Entre as ações reconhecidas estão a operação de equipamentos eletrificados e elétricos, o uso de placas fotovoltaicas e a aquisição de energia certificada para neutralização de emissões. De 2015 a 2024, o terminal reduziu em 63% as emissões de GEE, o equivalente a cerca de 79 mil toneladas de dióxido de carbono equivalente.
Atualmente, a Companhia investe R$ 439 milhões na aquisição de equipamentos 100% elétricos para movimentação de contêineres, como dois guindastes Ship-to-Shore (STS), 14 Rubber Tyred Gantry (RTG), um Reach Stacker e dois modernos scanners para vistorias. Juliano Adão, Gerente de Manutenção, comenta sobre os novos investimentos e o reconhecimento: “Na Portonave, buscamos constantemente inovar e contribuir para um setor portuário mais sustentável. Realizamos investimentos em infraestrutura para garantir operações eficientes e com menor impacto ambiental. Ser um dos finalistas da premiação nos demonstra que estamos no caminho certo.”
Sobre a ADVB/SC
A Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil em Santa Catarina (ADVB/SC) é uma entidade civil sem fins lucrativos que completa 41 anos neste ano. Promove cursos, conferências e seminários e, há 26 anos, realiza o Prêmio Empresa Cidadã, que reconhece iniciativas de responsabilidade empresarial. Neste ano, 57 cases foram inscritos, dos quais 21 foram selecionados por um comitê independente de jurados, nas categorias Ambiental, Social e Cultural, entre empresas de diversos portes, ONGs e associações.
Sobre a Portonave
A empresa está localizada em Navegantes, litoral Norte de Santa Catarina, e iniciou suas atividades em 2007 como primeiro terminal portuário privado do Brasil. Faz parte do grupo suíço Terminal Investment Limited (TiL) – que administra cerca de 70 terminais em cinco continentes. São 1,3 mil profissionais diretos e 5,5 mil indiretos. Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), foi o mais eficiente em produtividade de navio no ano de 2024. Além do destaque pela excelência operacional, a Companhia está comprometida com as práticas ESG (Meio Ambiente, Social e Governança) e desenvolve diversas ações e iniciativas voltadas aos aspectos ambientais e sociais.
O Porto de Itajaí já ultrapassou, ainda no primeiro semestre de 2025, toda a arrecadação registrada ao longo de 2024. Em apenas seis meses, o terminal alcançou R$ 89.824.000 em receitas, superando os R$ 86 milhões arrecadados durante todo o ano passado.
“Com ganhos consistentes em eficiência operacional e produtividade logística, o Porto de Itajaí reforça sua competitividade e transmite ao mercado a confiança de um terminal público em plena retomada e pronto para atender às demandas do comércio exterior”, destacou o superintendente do Porto de Itajaí, João Paulo Tavares Bastos.
O desempenho expressivo é reflexo da consolidação de Itajaí como um dos principais players logísticos do país, com destaque para a eficiência e a capacidade operacional em diferentes tipos de carga.
Entre as operações que contribuíram para esse marco estão as movimentações Roll-on/Roll-off (Ro-Ro), que possibilitam o transporte de veículos em navios especializados. A maior operação desse tipo já realizada no Brasil ocorreu no Porto de Itajaí, com a chegada do navio BYD Shenzhen, responsável pela descarga de mais de 7 mil veículos da montadora chinesa.
Além da BYD, o terminal também movimentou veículos da BMW, reforçando sua atuação estratégica na cadeia automotiva nacional e internacional.
Essas operações colocam Itajaí, mais uma vez, na rota prioritária da logística nacional, evidenciando o impacto direto do setor portuário na economia de Santa Catarina e do Brasil como um todo.
“O Porto de Itajaí também tem se destacado em navios de carga geral, gerando mais renda para o trabalhador portuário”, destacou o superintendente.


A relação entre os portos e as cidades onde estão inseridos é cada vez mais estratégica para o desenvolvimento regional. Essa convivência envolve a integração entre a infraestrutura portuária — essencial para o comércio internacional — e o tecido urbano, impactando diretamente a economia, o meio ambiente e a qualidade de vida da população.
Os portos contam com infraestrutura aquaviária (como canais de acesso, cais e berços de atracação) e terrestre (pátios, armazéns, vias e equipamentos como guindastes e sistemas de movimentação de contêineres). Toda essa engrenagem movimenta cargas, gera empregos e estimula cadeias produtivas locais.
No entanto, os impactos dessa presença são complexos. Além dos benefícios econômicos, as atividades portuárias podem gerar poluição, pressionar sistemas de moradia e mobilidade urbana, além de representar desafios à preservação ambiental. Por isso, a boa integração entre porto e cidade é fundamental.
A diretora de Sustentabilidade do Ministério de Portos e Aeroportos, Larissa Carolina Amorim dos Santos, explica que a relação porto-cidade no Brasil ainda enfrenta desafios históricos de integração, resultado de um longo processo de afastamento físico, social e institucional entre os portos e os centros urbanos que os abrigam. “No entanto, temos observado avanços importantes, especialmente no reconhecimento da importância dessa integração para a sustentabilidade das operações portuárias e para o desenvolvimento regional”, pontua.
Engenheira florestal e mestre em Ciências Florestais, Larissa destaca que, dentro da pasta, a temática é considerada extremamente relevante e, por isso, passará a integrar a Política de Sustentabilidade no próximo ciclo de gestão, com foco em aspectos sociais, ambientais e de desenvolvimento territorial. “Além disso, estamos trabalhando na estruturação de um Observatório Nacional da Relação Porto-Cidade, que nos permitirá mapear, monitorar e dar visibilidade às iniciativas existentes em todo o país, criando uma base sólida para políticas públicas mais estruturadas no futuro.”
Outro ponto importante levantado por Larissa é que, nas duas últimas décadas, um dos principais avanços foi a mudança na percepção de empresas públicas e privadas sobre a importância da relação porto-cidade. “Se antes o foco estava restrito ao atendimento de condicionantes ambientais ou à redução de custos, hoje há uma compreensão crescente de que o relacionamento com o entorno urbano também é um ativo estratégico de imagem institucional, reputação e responsabilidade social”, salienta.
Segundo a especialista, os Planos Mestres Portuários, que passaram a abordar o tema há cerca de uma década, reforçaram a necessidade de planejar e mitigar os impactos urbanos das operações portuárias. “Além disso, vemos uma diversidade de ações lideradas por arrendatários, TUPs e autoridades portuárias, envolvendo desde projetos de melhoria da infraestrutura urbana e mobilidade até iniciativas sociais e ambientais que buscam promover uma convivência mais harmoniosa entre porto e cidade. E, embora o cenário ainda seja bastante diverso, existem portos e operadores que têm ido além das obrigações regulatórias, adotando práticas voluntárias de gestão ambiental, como monitoramento contínuo da qualidade ambiental, programas de eficiência energética, gestão de resíduos e ações para redução de emissões.”
No entanto, Larissa acrescenta que a maior parte do setor ainda está fortemente orientada pelo cumprimento de exigências legais e condicionantes ambientais. “Um dos grandes desafios é fazer com que a sustentabilidade seja vista não apenas como um custo ou obrigação, mas como um fator de competitividade, inovação e geração de valor para o negócio portuário. Estamos avançando, mas ainda há um caminho importante a percorrer para alcançarmos os padrões de sustentabilidade e inovação ambiental dos principais portos de referência internacional.”
Meio ambiente e desenvolvimento sustentável
Larissa Amorim será uma das painelistas do segundo dia do evento Portos & Costas Brasil 2025, ao lado de outros nomes importantes do setor portuário brasileiro, que discutirão a temática “Meio ambiente e desenvolvimento sustentável”. A moderação será do oceanólogo e consultor ambiental Marcelo Travassos.
“Discussões acerca das relações porto-cidade são de extrema importância nos dias atuais e ganham ainda mais relevância no Sul e Sudeste do Brasil, onde os principais portos estão incrustados nos núcleos urbanos. Um exemplo claro dessa realidade é o caso do complexo portuário de Itajaí e Navegantes, região sede da edição 2025 do evento, onde os terminais portuários estão cravados em áreas centrais nos dois municípios”, destaca Mauricio Torronteguy, idealizador do evento.
A edição 2025 do Portos & Costas Brasil será realizada nos dias 22 e 23 de setembro, no Riviera Convention Center, na Praia Brava, em Itajaí (SC). As inscrições já estão abertas e são limitadas a 280 participantes. Até o dia 15 de julho, os interessados podem garantir sua vaga com preços promocionais, por meio do site oficial: www.portosecostas.com.br/inscricoes
Mais informações sobre a programação completa, painéis temáticos, palestrantes, apoiadores e patrocinadores estão disponíveis no portal do congresso: www.portosecostas.com.br
A cidade de Itajaí será palco de um marco importante para o setor empresarial da região com a realização da 1ª Feira de Negócios da ACII — Associação Empresarial de Itajaí. O evento acontece de 5 a 7 de setembro, no Centreventos Itajaí, e deve receber cerca de 15 mil visitantes ao longo dos três dias. A feira foi oficialmente lançada na noite de ontem (30) durante um evento promovido para empresários e associados da entidade.
Com entrada gratuita, a feira foi planejada com um conceito inovador e formato aberto — sem divisórias entre os estandes —, proporcionando maior visibilidade às marcas expositoras e facilitando a interação entre visitantes, empreendedores e empresas. Mas a inovação vai além da estrutura: está no modelo de estímulo ao empreendedorismo setorial e na forma como o evento conecta diferentes perfis de negócios e públicos.
Um espaço para empreender
Um dos grandes destaques será a Casa do Empreendedor, promovida pela própria ACII. O espaço será dedicado ao fomento de ideias, ao apoio técnico e à promoção de oportunidades para quem deseja empreender ou expandir sua atuação. Mais do que uma vitrine de tecnologia, a Casa do Empreendedor será um ponto de convergência para o desenvolvimento de negócios locais, oferecendo suporte prático e estratégico a micro, pequenos e médios empreendedores.
A proposta da feira é justamente essa: ampliar a visão do empreendedorismo, reunindo empresas e iniciativas de múltiplos setores como varejo, tecnologia, imóveis, serviços e indústria. Todos esses segmentos terão espaço e voz em um evento que valoriza tanto a inovação tecnológica quanto o empreendedorismo na sua forma mais plural e regional.
Muito mais que uma feira
Além de ser uma plataforma para a exposição de produtos e serviços, a feira nasce com um propósito estratégico: fomentar o networking entre empresas e profissionais, estimular o surgimento de novos negócios, promover a capacitação empreendedora e aproximar a comunidade do setor produtivo. Haverá também ações voltadas à inovação, educação empresarial e apresentação de tendências de mercado.
A força da ACII
Fundada há 96 anos com o propósito de fortalecer o ambiente empresarial da cidade, a ACII — Associação Empresarial de Itajaí consolidou-se como uma das entidades mais atuantes do litoral catarinense. Com iniciativas como a feira e a Casa do Empreendedor, a associação reafirma seu compromisso com o desenvolvimento econômico e a valorização do empreendedor local.
Para a presidente da ACII, Thaisa Nascimento Corrêa, a feira representa um passo importante na construção de uma cidade mais conectada com o futuro. Já o vice-presidente de Marketing, Wagner Souza Rodrigues, destaca: “Esta feira é mais do que um evento, é um movimento para consolidar Itajaí como um polo de inovação e negócios. Queremos criar conexões duradouras entre empresas, aproximar a comunidade do setor produtivo e mostrar o potencial que nossa cidade tem. É um convite aberto à população para conhecer, participar e crescer junto conosco.”
Programação e expectativas
Durante os três dias, o público poderá participar de palestras, workshops, rodadas de negócios e atrações especiais. A programação atende diferentes perfis — de empreendedores iniciantes a empresários consolidados, estudantes, profissionais e consumidores interessados em novidades e aprendizado.
A expectativa é que a Feira de Negócios da ACII entre para o calendário oficial de eventos de Itajaí, se tornando uma vitrine anual do dinamismo, da inovação e da força empreendedora e multissetorial da região.


O primeiro BYD Dolphin Mini 100% brasileiro foi apresentado ao público pela BYD em um momento histórico para a indústria nacional. O modelo elétrico mais vendido do país simboliza uma virada tecnológica. Acessível, inovador e irresistivelmente moderno, ele simboliza o início de uma nova era na mobilidade.
O palco dessa estreia é a novíssima fábrica da BYD em Camaçari, na Bahia — um complexo industrial de última geração, onde cada metro quadrado respira tecnologia do futuro. Pela
primeira vez, os portões se abriram para mostrar como o mais novo carro elétrico do Brasil está ganhando vida.
Desde sua estreia global, o BYD Dolphin Mini já ultrapassou a marca de 1 milhão de unidades produzidas e foi eleito o Carro Urbano do Ano de 2025 pelo World Car Awards. No Brasil, ele
também é um fenômeno, com mais de 34 mil unidades vendidas. “A BYD é uma empresa feita por engenheiros e uma das que mais investem em pesquisa e
desenvolvimento no mundo. Toda essa tecnologia agora está presente na nossa fábrica brasileira. Levamos apenas 15 meses entre iniciar as obras e entregar o primeiro veículo em caráter
experimental da nossa linha de produção. Esse é um momento histórico não apenas para a BYD, as para o futuro da mobilidade sustentável em toda a América Latina. Escolhemos a Bahia pela
força de seu povo, pela mão de obra capacitada e por acreditarmos no potencial transformador dessa região”, afirma Stella Li, Vice-Presidente Executiva Global e CEO da BYD Américas e Europa.
E o BYD Dolphin Mini não veio sozinho. A BYD também apresentou seu primeiro super híbrido brasileiro: o Song Pro — outro best-seller. A produção dos primeiros três modelos nacionais
começa nas próximas semanas: BYD Dolphin Mini, Song Pro (GL/GS) e King (GL/GS).
“Estamos transformando Camaçari em uma potência para o futuro. Esse complexo fabril representa uma vitória da inovação, da sustentabilidade e da confiança no Brasil. A BYD chega
com tecnologia, investimentos e propósito: fazer parte do próximo capítulo do setor automotivo nacional. O que estamos vendo hoje na Bahia é um marco na reindustrialização do país e um
grande salto tecnológico. A BYD agora é uma empresa feita por brasileiros para brasileiros”, destaca Alexandre Baldy, Vice-Presidente sênior e Head Comercial e de Marketing da BYD Auto
Brasil.
Tecnologia de ponta
Tecnologia de última geração, automação inteligente e controle total de todas as fases da produção. A linha de montagem da BYD na Bahia é uma das mais modernas do mundo. Um
sistema de sequenciamento inteligente prioriza a produção dos modelos com maior demanda. Cada carro pode ser rastreado em tempo real enquanto avança pela linha. Robôs
cuidam de tarefas como instalação de vidros e fixação de baterias. O uso do espaço é tridimensional, aproveitando cada centímetro de maneira eficiente.
Um sistema exclusivo de fricção silenciosa mantém os níveis de ruído abaixo de 70 decibéis, criando um ambiente de trabalho agradável e confortável. O prédio principal é um dos
maiores da América Latina dedicado à produção de veículos elétricos, com uma área impressionante de 156.800 metros quadrados.
“O Brasil está hoje no centro das atenções globais na revolução automotiva, e a BYD é peça-chave nessa transformação. Desde 2014 estamos investindo continuamente e já construímos uma base
sólida para acelerar a transição energética no país. Ver a marca como líder de mercado de veículos elétricos e a expansão de nossa rede de concessionárias é a prova de que estamos no
caminho certo e com estratégias sólidas no longo prazo”, destaca Tyler Li, Presidente da BYD no Brasil.
Primeiro fornecedor homologado
A BYD também anunciou a qualificação de 106 empresas instaladas no Brasil para fornecer peças para a fábrica na Bahia. A Continental Pneus de Camaçari, vizinha da fábrica, é a primeira
companhia oficialmente homologada. A Continental tem uma história de sucesso de mais de 150 anos e é uma das maiores fabricantes de pneus do mundo.
Investimento no complexo
A BYD está investindo R$ 5,5 bilhões no complexo de Camaçari — uma megaestrutura que ocupa 4,6 milhões de metros quadrados, o equivalente a 645 campos de futebol. Quando todas as
fases estiverem concluídas, o projeto deve gerar até 20 mil empregos diretos e indiretos. A fábrica começa com capacidade anual de 150 mil veículos, com expansão planejada para
300 mil na segunda fase. Inicialmente operando no sistema SKD (Semi Knocked-Down), a planta evoluirá gradualmente para produção nacional completa — incluindo estampagem, soldagem,
pintura e aumento do conteúdo local.
Essa jornada ambiciosa inclui também o desenvolvimento de um motor híbrido flex, o 1.5 DM-i, projetado e construído numa cooperação entre cientistas chineses e brasileiros.
Desenvolvido para rodar com gasolina e etanol, o combustível verde mais emblemático do Brasil, esse motor combina a tecnologia elétrica da BYD com um desempenho e eficiência de última
geração.
“Estamos fazendo história e colocando a Bahia, mais uma vez, no centro das atenções de todo o mundo quando o assunto é desenvolvimento e transição energética. Esta nova etapa que
estamos presenciando na fábrica da BYD, em Camaçari, mostra a força e o potencial do nosso estado, e tenho certeza de que nos renderá frutos e resultados de altíssima qualidade. O Governo
do Estado, juntamente com o Governo Federal, também segue firme para continuar garantindo geração de emprego e renda para o povo baiano, mantendo os índices favoráveis que a Bahia
registra atualmente, com oferta de mão de obra qualificada e mais oportunidades, não somente em Camaçari, mas em toda a região metropolitana”, comemorou o Governador da Bahia,
Jerônimo Rodrigues.
Histórico da obra
A decisão de construir a fábrica na Bahia foi anunciada em julho de 2023 em um evento realizado no Farol da Barra, em Salvador. O lançamento da pedra fundamental, em outubro do
mesmo ano, aconteceu para oficializar a posse do terreno, que foi usado por uma antiga montadora que deixou de produzir veículos em Camaçari. As obras começaram em março de
2024 e, passados apenas 15 meses, a BYD do Brasil já começou os testes que antecedem o começo da linha de produção. Esse passo marca uma das fases mais emblemáticas do projeto,
que está transformando o terreno em um parque industrial de última geração.
Abertura de novas vagas
Nas últimas semanas, mais de 400 colaboradores brasileiros foram contratados para a fábrica. No total, mais de 1.000 pessoas já trabalham na planta de Camaçari apenas para a BYD, sem contar
os prestadores de serviços que somam mais algumas centenas de postos de trabalho. Durante o evento, a BYD anunciou a abertura de mais 3.000 vagas, que serão preenchidas até o fim do ano.
Entre as posições oferecidas, haverá oportunidades para engenheiros, técnicos, operadores, seguranças, eletricistas, profissionais de logística, TI e setor administrativo.
Nos próximos dias, serão anunciados os detalhes das inscrições, assim como parcerias com o Governo do Estado e a Prefeitura de Camaçari para incentivar a contratação de mão de obra local.
A iniciativa representa um avanço significativo na geração de oportunidades e consolida a mobilidade elétrica como um vetor estratégico de desenvolvimento local e estadual.
“A fábrica da BYD em Camaçari é uma realidade. Ela vai contribuir para o desenvolvimento econômico e social do município ao ativar toda a cadeia produtiva de automóveis elétricos e
híbridos, estimular o surgimento de novos serviços em Camaçari e gerar milhares de empregos diretos e indiretos no complexo industrial. Estamos felizes por Camaçari ter sido escolhida para
receber este investimento, que abre um novo capítulo na industrialização da região e de toda a Bahia", analisa Luiz Carlos Caetano, Prefeito de Camaçari.
Liderança em veículos eletrificados
A BYD é líder mundial em veículos eletrificados e ocupa o primeiro lugar no mercado chinês, incluindo as montadoras tradicionais. A empresa domina todas as etapas do processo produtivo
e detém tecnologias-chave no desenvolvimento de baterias, motores elétricos e sistemas de controle. No Brasil desde 2014, lidera a transição energética e no último mês de maio respondeu
por 9 em cada 10 carros elétricos vendidos no país, além de 1 em cada 3 híbridos. A BYD ficou na quarta posição no ranking de vendas do varejo, superando montadores que já estão há décadas
no Brasil.
Outro destaque é o crescimento da rede de concessionários que já chegou a 180 lojas, com meta de atingir 240 até o fim de 2025. Hoje a empresa já possui unidades em todos estados, capitais e
nas principais cidades do país.
SOBRE A BYD
A BYD é líder global em carros movidos a nova energia - elétricos e híbridos plug-in. Há mais de 10 anos no Brasil, também se destaca pela produção de componentes eletrônicos, painéis solares e soluções de armazenamento de energia. A empresa opera fábricas em Campinas (SP) e Manaus (AM) e, em 2024, deu início à construção do Complexo de Camaçari, na Bahia, que irá abrigar o maior complexo fabril da companhia fora da Ásia. A BYD ainda é responsável pelo projeto do monotrilho da Linha 17 – Ouro do Metrô de São Paulo (Skyrail). Ainda em 2024, a greentech vendeu 7 em cada 10 veículos elétricos e 1 em cada 4 híbridos no Brasil, conquistando a 10ª posição no ranking geral de vendas de carros de passeio no País. Com a missão de diminuir a temperatura da Terra em 1ºC, a BYD é pioneira na transição para uma economia de baixo carbono, alinhando suas operações ao Pacto Global da ONU e liderando a revolução sustentável no setor automotivo.
Em maio, o índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção registrou 47 pontos, indicando recuo no desempenho do setor em relação a abril. É o que revela a Sondagem Indústria da Construção que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), nesta sexta-feira (27).
“Nos últimos meses, a indústria da construção vem desacelerando, principalmente por conta da taxa de juros elevada. Muitas vezes, os consumidores desse setor precisam financiar suas compras. Com o crédito mais caro, a demanda cai, influenciando a atividade do setor”, avalia o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
O índice de evolução do número de empregados do setor fechou o mês em 48,5 pontos, após avançar frente a abril.
Já a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) chegou ao sétimo mês consecutivo em 67%. Esse patamar é inferior ao observado em maio de 2024, quando foi de 69%, e idêntico ao de 2023.
Falta de confiança se agrava
Após recuar um ponto em relação a maio, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção chegou a 47,5 pontos em junho. É o sexto mês consecutivo de falta de confiança no setor, que se agravou, principalmente, pela pior avaliação dos industriais sobre o presente e o futuro.
O Índice de Condições Atuais encolheu 0,4 ponto, para 43,6 pontos. O movimento se deve à percepção ainda mais negativa dos empresários sobre o momento da economia em relação ao último semestre, uma vez que a satisfação com a situação das empresas melhorou.
Em junho, o Índice de Expectativas caiu 1,2 ponto, levando o indicador de um estado de otimismo para um estado de pessimismo. Agora em 49,5 pontos, o índice reflete a piora das expectativas dos industriais para a economia e os próprios negócios nos próximos seis meses.
Expectativas estão mais moderadas
Segundo o levantamento, os índices de expectativa de número de empregados, de compra de insumos e matérias-primas, de nível de atividade e de novos empreendimentos e serviços recuaram de forma significativa. Os indicadores se aproximaram da linha divisória de 50 pontos, o que sugere que as perspectivas de crescimento para os próximos seis meses estão mais moderadas.
O índice de expectativas de novos empreendimentos e serviços caiu 1,5 ponto, para 51,3 pontos;
O índice de expectativa de compras de insumos e matérias-primas encolheu 1,5 ponto, para 51,1 pontos;
O índice de expectativa de número de empregados recuou 1,8 ponto, para 51 pontos;
O índice de expectativa de nível de atividade caiu 0,7 ponto, para 53,1 pontos.
Intenção de investimento recua
O índice de intenção de investimento caiu 0,7 ponto. Agora em 42,8 pontos, o indicador está 4,8 pontos percentuais acima da média histórica, de 38 pontos.
Amostra
Para esta edição da Sondagem Indústria da Construção, a CNI consultou 297 empresas: 108 de pequeno porte; 128 de médio porte; e 61 de grande porte, entre 2 e 11 de junho de 2025.


O industrial Gilberto Seleme será o próximo presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). Na eleição, realizada nesta sexta-feira, dia 27, a chapa única, liderada pelo empresário, foi eleita com aprovação de 100% dos sindicatos de indústria que votaram. O 1º vice-presidente será o industrial André Odebrecht. A mesa diretora da entidade será composta ainda pelos empresários: Edvaldo Ângelo (diretor 1° secretário), Nivaldo Pinheiro (diretor 2° secretário), Marco Aurélio Alberton (diretor 1° tesoureiro) e Evair Oenning (diretor 2° tesoureiro). A posse da nova diretoria será no dia 22 de agosto, em Florianópolis.
Clique aqui e confira a diretoria completa.
"Tivemos chapa única, construída por consenso de todos os sindicatos filiados à FIESC. Isso mostra uma entidade unida e focada num só objetivo, que é o desenvolvimento de Santa Catarina, porque onde tem indústria tem desenvolvimento", afirmou Seleme, após a divulgação do resultado.
Aguiar também celebrou a coesão do setor. “O resultado da eleição mostra a nossa indústria unida e reconhece o trabalho da gestão que se encerra em agosto, da qual Gilberto fez parte como 1° vice-presidente”, disse. “Ficamos muito satisfeitos com o apoio dos sindicatos. Com uma indústria unida, Santa Catarina vai avançar cada vez mais”, afirmou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
Durante o dia, os representantes dos sindicatos industriais também elegeram a nova diretoria do Centro das Indústrias de SC (CIESC).
Confira a diretoria do CIESC eleita.
https://fiesc.com.br/sites/default/files/inline-files/2.%20Nominata%20CIESC%20Gest%C3%A3o%202025-2028.pdf
Perfil: engenheiro civil, formado na PUC do Paraná e bacharel em Administração pela UnC-Caçador, Gilberto Seleme é empresário dos setores de madeira, couro, construção civil e do agronegócio. É o atual 1º vice-presidente da FIESC e tem destacada atuação na área social, empresarial e educacional. Também é diretor e delegado da Confederação Nacional da Indústria (CNI), membro do Conselho Estratégico da FIESC; integrante da diretoria da Associação Empresarial de Caçador (ACIC); membro do Sindicato da Indústria da Madeira de Caçador, do qual foi fundador e primeiro presidente; além de integrar o Conselho Consultivo do Hospital Maicé, de Caçador.
Ao longo de sua trajetória, também foi membro da diretoria da Associação de Serviços Sociais Voluntários de Caçador (Bombeiros Voluntários); vice-presidente para a região Centro-Norte da FIESC; integrante da diretoria da UnC-Caçador; e presidente da Fundação Universidade Alto Vale do Rio do Peixe – FUNIARP, além de presidir seu conselho consultivo e ser membro do conselho curador da instituição.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
O Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SC), ligado à Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), está com 416 vagas abertas para estágio, bolsas em projetos de inovação tecnológica, aprendizes e vagas efetivas para profissionais graduados.
Os postos são para estudantes do ensino médio, técnico e superior, além de profissionais com graduação, mestrado ou doutorado. Também há oportunidade internacional para atuação remota em empresa de Portugal.
Todas as posições oferecem remuneração, com valores que variam conforme a região, o nível de ensino e a carga horária.
As inscrições são contínuas e podem ser feitas no site do IEL, sem prazo porque as vagas são atualizadas regularmente.
As áreas com maior número de oportunidades são Administração, Tecnologia, Direito, Engenharias e Pedagogia. Florianópolis, Joinville, Criciúma, Jaraguá do Sul e Blumenau concentram a maior parte das ofertas.
SOBRE
O IEL/SC atua como parceiro estratégico no desenvolvimento das empresas catarinenses, promovendo a inserção de talentos no mercado e incentivando a troca de boas práticas em inovação.
Em 2024, a instituição atendeu 7,4 mil estudantes do ensino médio, técnico, superior e pós-graduação em todas as regiões do estado.
As áreas com maior número de oportunidades no período foram Administração, Direito, Comércio Exterior, Ciências Contábeis, Recursos Humanos, Tecnologia, Comunicação, Marketing, Jornalismo, Design, Biomedicina, Farmácia e Engenharias Civil, Mecânica, Elétrica e de Automação.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
