O Porto Itapoá finalizou a primeira fase de sua expansão de tomadas para contêineres refrigerados (reefers), com a instalação de 540 novas unidades. Com essa ampliação, o Terminal agora conta com 3.432 tomadas em operação, consolidando-se como o maior em capacidade de Santa Catarina e avançando para se tornar o segundo maior do Brasil. Em dezembro, mais 540 tomadas serão adicionadas, totalizando 3.972 unidades.
Nova expansão
O Porto Itapoá está dando início à sua Fase IV de expansão, com previsão de investimentos que somam R$ 500 milhões nos próximos 12 meses. Esse projeto é mais um passo no crescimento contínuo do Terminal – consolidado entre os quatro maiores do Brasil – que planeja ser o maior e mais eficiente da América do Sul até 2033.
Localizado na Baía da Babitonga, em Santa Catarina, o Porto Itapoá tem um pátio de 455 mil metros quadrados, com capacidade estática de 31 mil TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) e sua capacidade de movimentar até 1,8 milhão de TEUs por ano.
Novos equipamentos
Entre os novos investimentos, destaca-se a aquisição de mais um portêiner - equipamento essencial para a movimentação de contêineres em navios de grande porte -, o oitavo da frota de Itapoá.
O cais, estrutura onde atracam os navios, também deve ser ampliado em breve, ganhando mais 400m de comprimento, somando-se aos atuais 800m, o que permitirá a atracação de três navios de porte maior. Felipe Kaufmann revela que que a ampliação já está licenciada pelo Ibama e que a obra deve seguir um cronograma estratégico.
Ainda no pacote de modernizações, serão adquiridos 12 RTGs (guindastes sobre pneus) operados por controle remoto. Atualmente, o Porto Itapoá já conta com 10 RTGs controlados remotamente, sendo o primeiro terminal portuário da América do Sul a contar com essa tecnologia.
Também serão adquiridos nove terminal tractors (TTs), caminh
al conta 49 TTs, sendo 20 deles elétricos, a maior frota do Brasil de TTs elétricos. “Esses TTs são carregados com energia 100% renovável, alinhando-se à política de sustentabilidade do Porto Itapoá”, reforça o diretor.
Outra importante aquisição anunciada é um novo scanner de última geração. O Porto Itapoá já conta com dois scanners, equipamentos fundamentais para garantir a segurança da circulação de cargas.
NEIVOR CANTON
Presidente da AURORA COOP
Só um alienado não percebe o risco que paira sobre o grande oeste catarinense. A cada ano, as agroindústrias locais – verdadeiros motores do desenvolvimento regional – são obrigadas a buscar 6 milhões de toneladas de milho no Brasil central para manter suas gigantescas cadeias produtivas de aves e suínos. Essa operação logística, quase toda rodoviária, representa mais de 150 mil viagens de caminhões em um percurso de 2.200 quilômetros, com custos que superam bilhões de reais anuais. Um fardo que ameaça a competitividade, a sustentabilidade e até a permanência dessas indústrias em solo barriga-verde.
Enquanto o Brasil insiste em ser refém do rodoviarismo, o mundo desenvolvido mostra o caminho: a multimodalidade. Lá, o transporte rodoviário é utilizado para trajetos de até 500 quilômetros; para distâncias maiores, prevalece o ferroviário. A diferença de custos entre os dois modais chega a 50%. Em Santa Catarina, o quadro atual é ainda mais dramático. Rodovias sobrecarregadas agravam o custo logístico e, na ponta, reduzem margens, desestimulam investimentos e ameaçam empregos.
É preciso coragem para romper esse ciclo vicioso. Por isso, a decisão do governador Jorginho Mello de articular lideranças dos quatro Estados – Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – em favor da Ferrovia Norte-Sul (Ferrosul) merece aplausos. A iniciativa é estratégica e visionária. Trata-se de um projeto capaz de ligar polos de produção e consumo, assegurando o abastecimento do imenso parque agroindustrial do oeste catarinense com milho e soja, ao mesmo tempo em que escoa alimentos industrializados para grandes centros urbanos e portos.
Não se trata de um capricho regional, mas de uma necessidade nacional. O agronegócio brasileiro, responsável por cerca de 25% do PIB, não pode ficar à mercê de uma matriz logística arcaica. A ausência de ferrovias não só eleva os custos em 40% como também retira a competitividade das empresas do oeste catarinense, forçando algumas a migrarem para o centro-oeste.
A Ferrovia Norte-Sul é a resposta. Com ela, o transporte de milho, soja, farelo, fertilizantes e calcário será mais barato, mais ágil e mais sustentável. A agroindústria catarinense deixará de temer o avanço da fronteira agrícola para o centro-oeste, preservando a pujança de suas cooperativas e empresas. Além disso, a ferrovia representará uma revolução ambiental, com redução significativa de emissões de CO₂ e menor desgaste das rodovias.
O Brasil precisa, urgentemente, repensar sua matriz de transporte. Países com grandes extensões territoriais, como Estados Unidos e China, já fizeram isso há décadas, priorizando as ferrovias e hidrovias. Aqui, seguimos presos a um modelo rodoviário que, além de caro, é insustentável a longo prazo.
Por outro lado, a “Ferrovia do Frango”, como foi apelidada a ligação do oeste catarinense aos portos, é outra frente essencial. Aqui também tem a mão do Governo do Estado que contratou o projeto do trecho Lages-Chapecó. Custos elevados de transporte até o litoral significam redução de ganhos ou até perda de mercados no exterior. Com a ferrovia, os alimentos produzidos no oeste chegariam aos portos a custos até 5% menores, aumentando a competitividade e abrindo novas oportunidades de negócios.
Transporte ágil e barato é fator de atração de investimentos. É fator de desenvolvimento regional. É garantia de que o oeste catarinense continuará a ser referência em produção de alimentos para o Brasil e o mundo.
O governador Jorginho Mello acerta ao levantar essa bandeira. Cabe agora às lideranças políticas, empresariais e cooperativistas dos quatro Estados transformar essa visão em realidade. A Ferrovia Norte-Sul não é apenas possível. É necessária. É estratégica. É uma questão de sobrevivência para a agroindústria catarinense e para a segurança alimentar do País.
O futuro nos cobra ação. E ele começa com trilhos.
A lista ainda traz inovação e tecnologia, 14%; reputação e imagem do Brasil, 13%; custos de energia, 13%; exigências da legislação ambiental internacional, 11%; falta de crédito para a exportação, 10%; e cumprimento de exigências ambientais de clientes, 8%.
O impacto do Custo Brasil
“O Custo Brasil é esse conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que prejudica o ambiente de negócios do país, pois encarece os custos das empresas, atrapalha investimentos e compromete a competitividade. Todos os fatores apresentados na pesquisa estão ligados ao valor do Custo Brasil, estimado em R$ 1,7 trilhão por ano, o que equivale a 20% do PIB brasileiro”, pontua o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Visão regional
Quando comparado regionalmente, 55% dos empresários do Nordeste afirmam que a bitributação e a complexidade tributária são os fatores que mais influenciam a competitividade industrial, seguidos dos industriais do Sudeste, com 45%; do Sul, 43%; e do Norte/Centro-Oeste, com 33%.
Quando o assunto é o cumprimento de exigências ambientais de clientes, apenas 7% dos empresários da região Sul acreditam que esse fator pode impactar a competitividade industrial; enquanto 8% dos industriais do Sudeste acham o mesmo; 9% do Norte/Centro-Oeste; e 11% do Nordeste.
Fortalecimento da imagem da indústria e aumento da exportação
Outra pergunta destaque da pesquisa é se o fortalecimento da imagem da indústria brasileira pode contribuir para o aumento da exportação do setor. Os empresários são otimistas e 77% acreditam que sim. 29% informaram que o fortalecimento pode “aumentar muito” a exportação, enquanto 48% disseram “aumentar um pouco”. Já 19% responderam que o fato não interfere.
A pesquisa Sustentabilidade e Indústria foi realizada pelo Instituto de Pesquisa Nexus e ouviu representantes de mil empresas industriais de pequeno, médio e grande portes, em todo o país. As entrevistas foram realizadas entre 15 de maio a 17 de junho de 2025.
Fotos: Divulgação /Epagri
O Governo de Santa Catarina encaminhou à Assembleia Legislativa (Alesc) uma proposta que concede isenção do ICMS nas operações com a macroalga Kappaphycus alvarezii, conhecida por seu uso na indústria de alimentos, cosméticos e bioinsumos. A medida, que também inclui a alga na lista de produtos primários em estado natural, tem como objetivo fomentar a cadeia produtiva da bioeconomia marinha no estado, gerando emprego e renda no Litoral catarinense.
Segundo o anteprojeto de lei, a isenção valerá para operações internas e interestaduais com a alga nas formas in natura, seca, em gel, extrato ou em pó. A proposta também adapta a legislação estadual ao Convênio ICMS nº 58, de 11 de abril de 2025, celebrado entre os estados para uniformizar o tratamento tributário sobre produtos de origem marinha.
A Secretaria de Estado da Fazenda estima que a renúncia fiscal será de R$ 100 mil em 2025, R$ 216,3 mil em 2026 e R$ 232,8 mil em 2027. Os valores, segundo o governo, foram projetados conforme as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal e não comprometem as metas fiscais estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
A alga Kappaphycus alvarezii tem se destacado como uma alternativa sustentável de cultivo em áreas costeiras e representa uma nova fronteira para o desenvolvimento da economia do mar no estado, com forte potencial de inserção em mercados nacionais e internacionais. Hoje, Santa Catarina é o maior produtor desta alga no Brasil.
“Santa Catarina está liderando uma nova etapa na aquicultura e na pesca brasileira, com foco em inovação, sustentabilidade e agregação de valor. A isenção do ICMS para a macroalga Kappaphycus alvarezii é mais uma ação estratégica do governador Jorginho Mello para consolidar a bioeconomia marinha como vetor de desenvolvimento regional e posicionar o estado como referência nacional nesse segmento”, destacou o secretário de Estado da Aquicultura e Pesca, Tiago Bolan Frigo.
A proposta de isenção do ICMS para a macroalga está dentro do Programa Pescados SC, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Aquicultura e Pesca, e que reúne projetos estruturantes voltados à modernização da produção, qualificação dos profissionais, segurança no mar, incentivo ao consumo de pescado e valorização da cadeia produtiva. Com R$ 100 milhões em investimentos e financiamentos, a iniciativa pretende beneficiar mais de um milhão de pessoas, entre pescadores, aquicultores, familiares e consumidores.
Em Santa Catarina, mais da metade dos municípios atualmente está comprometida com um processo de transformação voltado ao desenvolvimento econômico, à inovação e à melhoria do ambiente de negócios. Os resultados do Cidade Empreendedora, programa desenvolvido pelo Sebrae/SC em parceria com as prefeituras, já aparecem em todas as regiões do estado e neste ciclo, 2025/2026, impactam diretamente 174 municípios.
A iniciativa fortalece o ambiente de negócios, estimula o empreendedorismo e contribui para a geração de emprego e renda, com soluções adaptadas a diferentes contextos, desde pequenas cidades com menos de 15 mil habitantes a grandes centros urbanos com mais de 100 mil. A abrangência regional e a diversidade dos municípios atendidos revelam a capacidade do Sebrae/SC de adaptar suas entregas às diversas realidades, sem perder o foco no objetivo comum de transformar os territórios e as comunidades por meio do empreendedorismo.
Promovendo ações que passam pela qualificação da gestão pública, incentivo à educação empreendedora, valorização das vocações locais, apoio direto a micro e pequenos empreendedores e estímulo à inovação, o Cidade Empreendedora consolida sua relevância e potencial estratégico de impacto. Muito além de oferecer soluções prontas, o programa constrói caminhos junto com os municípios e contribui para ampliar perspectivas, conectar oportunidades e promover desenvolvimento com objetivos bem definidos.
Os reflexos dessa atuação já podem ser vistos na prática com municípios mais preparados para atrair investimentos, empreendedores atendidos por suporte qualificado, comunidades com novas perspectivas e economias locais que se desenvolvem de forma consistente.
No ciclo anterior, 2023/2024, 90% dos municípios participantes que aplicaram o eixo de simplificação, reduziram o tempo para abertura de novas empresas. Outros 80% ampliaram o número de negócios formalizados, e 90% aderiram à Lei da Liberdade Econômica, que simplifica etapas e agiliza processos para fomentar a geração de emprego e renda. Além disso, mais de 50% tiveram seus prefeitos reeleitos ou sucessores eleitos.
O Cidade Empreendedora é um exemplo de como investir em gestão pública, inovação e fortalecimento dos pequenos negócios gera impacto real na vida das pessoas e comunidades.
Fabio Búrigo Zanuzzi é Diretor Técnico do Sebrae/SC
Santa Catarina recebe em julho três eventos da Jornada Nacional de Inovação da Indústria, iniciativa que está percorrendo o país para mapear desafios, revelar soluções e impulsionar conexões em torno da transição ecológica e digital. Chapecó, Joinville e Criciúma sediarão encontros locais de 14 a 31 de julho, promovendo a articulação do ecossistema de inovação catarinense com foco em temas estratégicos como inteligência artificial, economia circular, transição energética e deeptechs.
Os encontros fazem parte de uma agenda liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com apoio das Federações de indústrias e parceiros como o Sebrae. Em Santa Catarina, a FIESC coordena a mobilização regional, promovendo painéis, oficinas e visitas técnicas em ambientes de inovação, como os Institutos SENAI, laboratórios de pesquisa e desenvolvimento e centros de manufatura avançada.
>> Os eventos são gratuitos. Veja quando e onde:
14/07 - Chapecó - Hotel Mogano Premium, Av. Fernando Machado, 574 E, Centro. Inscreva-se.
29/07 - Joinville - Instituto SENAI-SC de Inovação em Sistemas de Manufatura, Rua Arno Waldemar Döhler, 308 - Santo Antônio. Inscrições em breve.
31/07 - Criciúma - Centro de Inovação de Criciúma (CRIO), Rua Henrique Lage, 666, Centro. Inscrições em breve.
Além dos encontros locais, o estado também sediará o Encontro Regional Sul, nos dias 11 e 12 de setembro, em Florianópolis. A capital catarinense será ponto de convergência das iniciativas do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, com programação imersiva, debates estratégicos e apresentação de soluções tecnológicas para os desafios da indústria.
Após a passagem pelo Sul, a Jornada seguirá para o Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste, respectivamente. São esperados mais de 400 participantes por região, incluindo líderes empresariais, gestores de ICTs e Parques Tecnológicos, empresas de matriz tecnológica, investidores e fundos de inovação, representantes de organizações internacionais e nacionais de inovação e autoridades governamentais.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
O mercado financeiro diminuiu a estimativa de inflação para 2025, enquanto manteve as projeções para o crescimento da economia brasileira nos próximos anos. Os dados constam no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central, com base em levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
De acordo com o relatório, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 recuou de 5,20% para 5,18%. Apesar da queda, a expectativa continua acima do teto da meta de inflação para o ano, que é de 3%, com margem de tolerância de até 4,5%. Para os anos seguintes, as estimativas permaneceram estáveis em 4,50% (2026) e 4% (2027), enquanto a projeção para 2028 caiu de 3,83% para 3,80%.
No que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa de crescimento em 2025 subiu levemente, passando de 2,21% para 2,23%. Para 2026, houve um pequeno recuo, de 1,87% para 1,86%, e as projeções para 2027 e 2028 seguem em 2%.
A taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está no maior patamar em quase duas décadas, deve permanecer inalterada até o fim de 2025, com previsão de encerramento do ano em 15% ao ano. A expectativa do mercado é que os cortes comecem apenas em 2026, com a taxa caindo para 12,5%, seguida de 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
Já no câmbio, a projeção para o dólar ao final de 2025 segue em R$ 5,70. Para 2026, houve uma leve melhora na expectativa, com a cotação passando de R$ 5,79 para R$ 5,75. Para os dois anos seguintes, o mercado manteve as projeções em R$ 5,75 (2027) e R$ 5,80 (2028).
A Caderneta de Poupança registrou saída líquida de R$ 49,6 bilhões no primeiro semestre de 2025, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central. Esse é o maior volume de retirada líquida para o período desde 2023, quando os saques superaram os depósitos em R$ 66,6 bilhões.
De janeiro a junho deste ano, os brasileiros depositaram R$ 2,078 trilhões na poupança, mas retiraram R$ 2,129 trilhões, o que revela um comportamento de maior necessidade por recursos no orçamento familiar. Esse movimento reforça a tendência de enfraquecimento da renda e do consumo observada nos últimos anos.
Em junho, no entanto, houve uma reversão pontual: o saldo líquido da poupança foi positivo em R$ 2,1 bilhões, com um aumento no estoque total da caderneta — que passou de R$ 1,011 trilhão em maio para R$ 1,019 trilhão no mês seguinte. O crescimento foi impulsionado pelos depósitos líquidos e pelos rendimentos de R$ 6,37 bilhões no período.
Apesar do dado positivo em junho, o cenário do semestre permanece negativo. O estoque total da poupança caiu R$ 12,4 bilhões nos seis primeiros meses de 2025, considerando os rendimentos acumulados de R$ 37,2 bilhões no período.
A caderneta não apresenta saldo positivo em um primeiro semestre desde 2020, quando o pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia de covid-19 impulsionou os depósitos.
Considerada um termômetro da situação financeira das famílias, a poupança reflete o comportamento de consumo, emprego e renda. Quando há mais saques do que depósitos, como agora, o sinal é de que muitos brasileiros estão recorrendo às reservas para cobrir despesas.
Desde dezembro de 2021, a taxa básica de juros (Selic) está acima de 8,5% ao ano. Nesse cenário, a poupança rende 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR), o equivalente a 6,17% ao ano mais a TR. Se a Selic estivesse abaixo de 8,5%, a rentabilidade seria de 70% da taxa básica mais a TR.
A China avança com força rumo a um modelo de “aduanas inteligentes” para agilizar o comércio exterior e reforçar o controle de fronteiras. A iniciativa combina inteligência artificial, big data, automação e cooperação internacional.
O projeto vai além da simples digitalização de trâmites, propondo uma transformação profunda baseada em vigilância não intrusiva, gestão automatizada de riscos e processos coordenados.
O sistema também utiliza inteligência artificial para analisar imagens de scanners, detectar produtos ilegais e prever riscos fiscais. Nos primeiros onze meses de 2024, as ferramentas automatizadas alcançaram uma taxa de apreensão 7% superior à da seleção manual.
Centenas de scanners inteligentes foram instalados, e modelos foram desenvolvidos para selecionar operações com maior risco fiscal. Isso aumentou a arrecadação e reduziu a evasão.
Em aeroportos como o de Xangai, foi implementada inspeção inteligente com raios X e robôs. O despacho de um voo com 300 passageiros foi reduzido para 30 minutos.
Também foram testados veículos autônomos na fronteira com a Mongólia e sistemas automatizados para cargas aéreas que realizam o despacho em menos de 20 minutos.
Em nível nacional, a China integra ferramentas locais e centrais. Foram desenvolvidas 132 soluções regionais, 12 projetos transversais e 22 em nível departamental.
No plano internacional, o país promove a Parceria para Aduanas Inteligentes e colabora com a OMA (Organização Mundial das Aduanas). Também foi criado um Centro de Excelência Aduaneira para os países BRICS.
O modelo se baseia em planejamento por fases, integração sistêmica e medição constante em relação a padrões globais. A meta: aduanas mais ágeis, seguras e conectadas.
Essa abordagem transforma as aduanas em nós inteligentes de análise preditiva. A China, assim, oferece um modelo piloto que pode ser replicado em outras regiões do mundo.
Fonte: Todo Logística News
O custo com energia para a indústria subiu o equivalente a quatro vezes a inflação desde o ano 2000, aponta um estudo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (Abrace) e da consultoria Ex Ante, divulgado nesta quinta-feira (3/7).
A associação teme que dispositivos da medida provisória 1300/2025, que trata da reforma do setor elétrico, encareçam ainda mais os custos para grandes consumidores de energia elétrica, especialmente os industriais do mercado livre, que poderão ter um acréscimo entre 80% e 200% no valor pago de Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) até 2038
Atualmente, a CDE é estimada em R$ 49,2 bilhões em 2025 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Energia cara impulsiona inflação
A pesquisa aponta que, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado no período foi de 375%, o custo com energia subiu 1.299%.
As estimativas incluem tanto os gastos com eletricidade e gás natural, que é utilizado por setores da indústria.
No caso do gás, o crescimento do preço do insumo no Brasil foi de 231%, enquanto os Estados Unidos tiveram um aumento de 127,5% e na Europa a alta foi de 100,2%.
Essa métrica é importante para ilustrar que a indústria brasileira perdeu competitividade frente a dois grandes mercados, explica a Abrace. E aponta que o consumo de energia industrial é o mesmo há 12 anos, indicando estagnação do segmento no Brasil.
O peso da energia trouxe impactos no poder de compra dos brasileiros. Entre todos os tipos de produtos e serviços na cesta de consumo das famílias, o levantamento mostra que a eletricidade influenciou em 233% de um total de 347% de inflação.
As passagens aéreas subiram 1.366% desde 2000, sendo 210% por conta dos combustíveis. O preço do pão francês aumentou 509,5%, com 435% diretamente puxados por conta da energia.
Entre as carnes, a disparada dos preços ficou acima de 700%, sendo que gastos extras com energia corresponderam a 399%.
Para o presidente da Abrace, Paulo Pedrosa, a inserção de subsídios na tarifa de energia fez com que os custos se tornassem um impeditivo para o crescimento econômico e impactassem diretamente os preços.
“O Brasil vem, nesses últimos 25 anos, consistentemente quebrando as metas de inflação. Essa quebra das metas da inflação está muito explicada pelo aumento do custo da energia, não o aumento para as famílias, mas aquele que vem através de tudo que é produzido no Brasil”, disse.
Alerta para novos custos com MP
A entidade se posiciona contra dispositivos da MP 1300/2025, a exemplo da realocação de encargos setoriais das usinas nucleares de Angra 1 e 2, que passarão a ser pagos pelos consumidores que migraram ao mercado livre de energia.
Embora elogie a intenção do governo em expandir a tarifa social de energia elétrica, o presidente da Abrace defende que as indústrias terão aumentos de custos e, portanto, haverá repercussões aos consumidores.
A associação entende que o Luz Para Todos e a Tarifa Social, programas sociais relacionados à energia elétrica, devem ser custeados pelo Tesouro Nacional.
A inserção de dispositivos que possam provocar aumentos ainda mais significativos na conta de luz é um temor para a entidade, já que ocorreram movimentos parecidos durante a análise de outros projetos.
Segundo Victor iOcca, diretor de energia elétrica da Abrace, o Congresso Nacional costuma “migrar jabutis” entre os projetos de lei, muitas vezes inserindo obrigatoriedade de contratação de energia mais cara.
“A MP 1300, do ponto de vista do setor produtivo, traz um impacto negativo expressivo, de até 20% no aumento do custo de energia no longo prazo. Infelizmente tem ali algumas propostas [emendas] que podem piorar esse cenário”, criticou.
As medidas para impulsionar o setor produtivo de Santa Catarina que integram o pacote de projetos anunciado pelo governo do estado são positivas para o desenvolvimento do estado e contribuem para a competitividade de SC, na avaliação da Federação das Indústrias de SC. Entre os 27 projetos que o governo já enviou à Alesc, dez trazem reflexos diretos na indústria. Nos próximos dias, o executivo estadual deve encaminhar as demais propostas anunciadas para impulsionar setores estratégicos da economia.
O presidente da Federação, Mario Cezar de Aguiar, destacou que entre os projetos enviados estão demandas históricas da FIESC. “O governo do estado tem se mostrado sensível aos pleitos do setor produtivo de forma a equiparar discrepâncias fiscais com outros estados e permitir que os produtos catarinenses sejam competitivos. A renovação de incentivos para setores relevantes para a economia catarinense na geração de empregos e riqueza demonstra que o executivo estadual tem visão sistêmica e de longo prazo. São medidas essenciais para o desenvolvimento econômico e social”, salientou Aguiar.
O secretário da Fazenda estadual, Cleverson Siewert, avaliou que o conjunto de projetos mantém uma relação de equilíbrio bem estabelecida entre estímulo e responsabilidade fiscal. “Ampliamos incentivos para setores que geram emprego, agregam valor à produção e ajudam Santa Catarina a crescer, mas também enfrentamos o desafio de revisar benefícios que já alcançaram seus objetivos”, afirmou.
Entre os projetos que impactam a indústria, a FIESC destaca o crédito presumido concedido à agroindústria em duas situações: aos estabelecimentos credenciados no Programa de Apoio à Criação de Gado para o Abate Precoce e também na saída de carnes e miudezas comestíveis frescas, resfriadas ou congeladas de bovino ou bubalino, desde que adquiridos de produtores, equivalente a 10,5% do valor da operação. A agroindústria é o setor que mais exporta em SC.
A FIESC também aponta como positiva a renovação, até dezembro de 2028, do crédito presumido já concedido anteriormente para equiparar Santa Catarina à legislação do Paraná. Entre os setores impactados estão os estabelecimentos fabricantes de farinha de trigo e mistura para a preparação de pães, os estabelecimentos fabricantes de mandioca e produtos derivados, a indústria moveleira, os fabricantes de mercadorias relacionadas à indústria gráfica. Além de fabricantes de torres para linhas de transmissão de energia e estruturas metálicas para subestações.
A proposta do governo enviada à Assembleia traz ainda a inclusão dos veículos elétricos e híbridos na lista dos veículos automotores para transporte de mercadorias sujeitos à alíquota do ICMS de 12%, e a concessão de incentivos fiscais relacionados ao Regime Aduaneiro Especial de Depósito Afiançado (DAF) para o setor de aviação. A indústria de eletrodomésticos também foi incluída entre as que receberão incentivos fiscais.
Outras medidas são ajustes na operação do PRODEC e a isenção nas saídas internas destinadas a consumidores finais com as seguintes mercadorias, para equiparação com a tributação praticada no Paraná: farinha de trigo e de milho; farinha de mandioca; feijão preto e carioquinha e ainda arroz semibranqueado ou branqueado, polido ou brunido - exceto os do tipo arbóreo, cateto, carnaroli, moti, vermelho, preto, basmati e jasmim.
A expectativa da FIESC é que nos próximos dias os demais projetos sejam encaminhados, como o que trata dos incentivos ao cobre, entre outros. O insumo é essencial para a fabricação de fios, cabos, componentes eletrônicos e equipamentos elétricos. Também tem usos na indústria automobilística, na construção civil e na produção de máquinas e equipamentos.
Com informações da assessoria de imprensa do Governo do Estado
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera o Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) como um passo estratégico na agenda de integração do Brasil ao comércio internacional. A conclusão do acordo comercial foi anunciada na abertura da Cúpula do Mercosul, nesta quarta-feira (2), em Buenos Aires, na Argentina.
A EFTA é composta por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. O bloco econômico reúne PIB de US$ 1,4 trilhão e população de 15 milhões de pessoas, configurando um importante mercado consumidor devido ao elevado PIB per capita, de US$ 119 mil. O grupo é a quarta maior origem mundial de investimentos estrangeiros.
“A negociação desse acordo abre oportunidades muito grandes para o setor produtivo brasileiro e amplia a presença da nossa indústria no comércio internacional porque oferece condições melhores de acesso a mercados relevantes e com alto poder de consumo”, avalia o presidente da CNI, Ricardo Alban.
A exportação para a EFTA traz retorno econômico vantajoso ao Brasil. Em 2024, a cada R$ 1 bilhão exportado do Brasil para o bloco europeu resultou em 19,8 mil empregos, R$ 448,7 milhões em massa salarial e R$ 3,4 bilhões em produção.
Acordo prevê redução de tarifas e remoção de barreiras
Um dos maiores benefícios do acordo é a eliminação imediatamente de tarifas de importação de bens industriais pela EFTA e ampliação de cotas para a compra dos principais produtos da agroindústria, o que amplia o acesso do Brasil a mercados desenvolvidos e com alto poder de consumo.
A CNI promoveu diálogos e colaboração entre o governo brasileiro e a indústria durante a negociação do Acordo Mercosul–EFTA. A entidade ressalta que o acordo prevê períodos de redução de tarifas de até 15 anos para produtos de setores mais sensíveis à competitividade com a indústria europeia.
Nos temas de compras públicas e propriedade intelectual, destaca a importância da preservação da regulação prevista na legislação doméstica, cruciais na promoção de políticas públicas de interesse econômico e social.
“A conclusão de acordos comerciais modernos com parceiros estratégicos, como a União Europeia, concluído em 2024, e agora com a EFTA, representa um marco na agenda de inserção internacional da indústria brasileira, afirma a gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI, Constanza Negri.
Confira a sonora de Constanza Negri comentando o tema.
Os compromissos negociados também visam facilitar o acesso brasileiro através da simplificação de procedimentos aduaneiros e da redução de barreiras técnicas. Em 2024, as exportações brasileiras para a EFTA somaram US$ 3,1 bilhões, um aumento significativo na última década. Atualmente, o Brasil tem cerca de 500 produtos com oportunidade de exportação para o bloco europeu, sendo mais de 80% bens da indústria de transformação.
Quando estiver em vigor, o acordo vai promover maior transparência e segurança jurídica para prestadores de serviços e poderá atrair mais investimentos estrangeiros. A EFTA é o terceiro principal parceiro do Brasil no comércio de serviços, atrás apenas dos Estados Unidos e da União Europeia. Com relação aos investimentos, o estoque da EFTA na economia brasileira alcançou recorde de US$ 46,2 bilhões em 2023.
Destaques das relações econômicas entre Brasil e EFTA
O comércio de bens do Brasil com a EFTA teve desempenho positivo na última década. Entre 2015 e 2024, a corrente de comércio cresceu 36,7%, impulsionada por um crescimento de 49,9% nas exportações e de 28,2% nas importações. A indústria de transformação representou 89,1% das exportações e 97,6% das importações.
O Brasil tem 724 oportunidades comerciais para exportar 495 produtos para a EFTA. Para a indústria de transformação, os principais setores com oportunidades são Alimentos (19,4%), Químicos (17,9%), Máquinas e equipamentos (9,6%), Metalurgia (9,5%) e Produtos de metal (6,7%). Com exceção de Móveis, todos os setores têm oportunidades comerciais na EFTA.
Investimentos bilaterais atingiram recorde de US$ 57,9 bilhões em 2023. No último ano, o estoque de investimentos da EFTA no Brasil totalizou US$ 46,2 bilhões, um crescimento de 135,3% em relação a 2014. Já o estoque de investimentos brasileiros no bloco europeu somou US$ 11,7 bilhões, um aumento de 47,0% no mesmo período.
A EFTA é o terceiro principal parceiro do Brasil no comércio de serviços, atrás somente dos Estados Unidos e da União Europeia. A EFTA responde por 5,5% das vendas e 3,5% das aquisições brasileiras de serviços na última década. Em 2024, o comércio de serviços do Brasil com o bloco europeu totalizou US$ 1,6 bilhão em vendas e US$ 1,5 bilhão em aquisições.
Editoria:
Foto: Aires Mariga/Epagri
Os municípios do Litoral Norte de Santa Catarina colheram mais de 291 mil toneladas de arroz, o que representa um aumento de 4,23% em relação ao ano anterior e configura um recorde para a região. Os números demonstram a vitalidade da rizicultura catarinense e o bom desempenho dos cultivares desenvolvidos pela Epagri, mas também impõem uma série de desafios ao setor produtivo, como dar escoamento ao excesso de produção. Este e outros temas foram tratados no último dia 27 de junho, durante o 25º Seminário de Avaliação da Safra de Arroz no Litoral Norte, realizado na Estação Experimental da Epagri em Itajaí.
Municípios do Litoral Norte de Santa Catarina colheram mais de 291 mil toneladas de arroz na safra 2024/25 (Foto: Jonatan Jumes / Epagri)
Estavam presentes no evento representantes de toda a cadeia produtiva. Foram apresentados os resultados de 25 Unidades de Referência Técnica (URTs), que são propriedades rurais selecionadas pela Epagri para demonstrar, validar e difundir tecnologias agrícolas. Nessas propriedades foram plantados sete cultivares de arroz desenvolvidos pela Epagri, para avaliar a produtividade. O SCBRS126 Dueto alcançou o maior rendimento (12.035 sacas), seguido do SCS122 Miura (10.631) e SCS127 CL (10.551).
A analista de socioeconomia da Epagri/Cepa, Glaucia Padrão, fez um amplo panorama da rizicultura catarinense, revelando o desempenho da produção por município, os cultivares plantados, a incidência de pragas e doenças, o custo de produção e a relação entre este custo e arrendamento de áreas para plantio. O Litoral Norte é a região com maior índice de áreas arrendadas (55,9%), em relação ao Sul (53,1%) e Alto Vale do Itajaí (48,3%). E isto pode ser um problema num ano de excesso de produção e queda de preço.
“A produtividade dos municípios do Litoral Norte variou entre 160 e 180 sacas, e a decisão de arrendar deve levar em consideração não só essa informação, como também os preços de mercado. Quanto maior a produtividade e/ou os preços praticados, maior a capacidade de arrendar. Mas no cenário atual, com preços próximos à R$60,00 a saca de 50 kg, já fica inviável arcar com os custos do arrendamento”, alerta. A boa notícia é que, por causa da queda do dólar no período, o custo de produção caiu 7,56%, permitindo que parte dos agricultores não ficassem no vermelho.
“Uma forma de minimizar os efeitos do excedente de arroz é escalonar a venda ao longo do ano e não vender tudo na hora da colheita, quando o preço está mais baixo”, recomenda. Mas a pesquisadora sabe que muitos agricultores vendem toda a produção para ter capital e poder acessar crédito para a próxima safra. “O arrendamento é justificável quando o agricultor tem muito maquinário e precisa de mais terra para produzir, mas é sempre preciso levar em conta o custo de produção para fechar a conta”, reitera.
Uso intensivo de herbicida torna as ervas daninhas mais resistentes
A segunda pesquisadora a apresentar seus estudos foi Cristiane Mara Fiedler, tendo por base um experimento realizado na Fazenda Limoeiro, em São João do Itaperiú, juntamente com o pesquisador da Epagri recém-aposentado, José Alberto Noldin. A pesquisa analisou o desempenho de herbicidas para o controle Scirpus Mucronatus, uma espécie de erva daninha. A equipe testou sete herbicidas e oito combinações de produtos.
Cristiane elencou os problemas mais comuns da atividade, como a falta de rotação de culturas, a repetição de sistemas de cultivo e a ‘soca’, que é uso da semente rebrotada. Eles acarretam prejuízo no solo e na qualidade do grão, além de favorecerem as ervas daninhas. Ela também deu exemplos de outros países, onde o uso abusivo de herbicidas deixou as plantas invasoras mais resistentes. “O uso intensivo seleciona planta, que ganha tolerância ao produto”, complementa.
O fitopatologista da Epagri Klaus Konrad Scheuermann apresentou pesquisa sobre o controle químico das doenças do arroz e a época adequada de aplicação para não deixar resíduo no grão (período de carência antes da colheita), o que inviabiliza exportar para países com legislação mais rígida, como os da União Europeia. Ele avaliou 10 tipos de fungicidas para o controle da mancha no cultivo do arroz SCBRS126 Dueto e comparou o custo de aplicação do fungicida entre tratores e drones, que demonstraram melhor relação custo x benefício.
Klaus chamou a atenção dos agricultores que se interessaram em adquirir um drone com fins agrícolas para se adequarem à Portaria Mapa nº298/2021, que estabelece regras para aeronaves remotamente pilotadas. O drone precisa ser registrado na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). Além disso, o operador precisa fazer um curso para aplicação aeroagrícola remota e apresentar relatórios mensais ao Sipeagro, sistema vinculado ao MAPA.
Por Renata Rosa, jornalista bolsista da Epagri/Fapesc
Evento em Joaçaba contou com a presença de mais de 200 prefeitos catarinenses. Fotos: Léo Munhoz/Secom GOVSC
O governador Jorginho Mello lançou, nesta quinta-feira, 3 de julho, o programa Estrada Boa Rural. O ato, em Joaçaba, no Meio-Oeste catarinense, contou com a presença de 202 prefeitos de todas as regiões do estado. A iniciativa histórica visa pavimentar 2.500 quilômetros de vias rurais em todos os 295 municípios do estado. Com um investimento total de R$ 2,5 bilhões, esta nova fase do bem-sucedido plano de infraestrutura “Estrada Boa” do estado é dedicada a melhorar a qualidade de vida e impulsionar a espinha dorsal econômica dos setores agrícola e agroindustrial de Santa Catarina.
“Eu fiz questão de vir lançar aqui em Joaçaba, porque é o interior de Santa Catarina e hoje o interior tem empresas, granjas, que faturam mais do que uma pequena empresa da cidade. Então, o prefeito vai escolher, junto com a secretaria de Infraestrutura, quais os trechos que ele quer asfaltar primeiro, onde tem mais demanda, onde tem mais crescimento, onde tem escola, enfim, tem critérios. E não é para fazer um asfalto qualquer, porque é asfalto de qualidade, sinalizado, bem pintado e com uma resistência muito boa no padrão daqueles que nós estamos fazendo por aí”, afirmou o governador Jorginho Mello. “O Estrada Boa Rural é um compromisso com o povo trabalhador de Santa Catarina, fortalecendo nossa posição como líder nacional no agronegócio”, acrescentou.
Os 2.500 km de estradas rurais pavimentadas vão mais do que dobrar o número de rodovias municipais com asfalto existentes. Hoje são cerca de 2.000 km pavimentados nas cidades catarinenses, sem levar em conta rodovias estaduais e federais. Esse número será ampliado para 4.500 km de estradas municipais pavimentadas, um aumento de 126%.
Para efeito de comparação, 5.158,60 km de rodovias estaduais são asfaltadas. Além disso, existem cerca de 2.300 km de rodovias federais e são 1.980 km de rodovias municipais pavimentadas. Mesmo levando em conta toda essa malha rodoviária catarinense, o aumento continua sendo expressivo. O Estrada Boa Rural aumentará em 26% o número total de km em rodovias catarinenses com asfalto.
O programa foi concebido como uma parceria robusta entre o estado e os municípios. O investimento de R$ 2,5 bilhões está dividido estrategicamente: R$ 1,25 bilhão será transferido diretamente aos municípios por meio de Convênios Simplificados, e outro R$ 1,25 bilhão será aportado nas agências financeiras do estado, BRDE e BADESC. Essa estrutura permite que os municípios obtenham financiamento para sua contrapartida, com um benefício significativo: o Estado de Santa Catarina cobrirá todos os juros e correções desses empréstimos, com um ano de carência e quatros anos para pagar.
O padrão adotado para as pistas prevê até sete metros de largura com duas pistas de rolamento de três metros, além de dois acostamentos de meio metro, ao custo médio de R$ 1 milhão por quilômetro. “Estruturamos um programa que é ao mesmo tempo ambicioso e acessível para todos os nossos municípios. Ao fornecer um plano técnico claro, orçamentos padronizados e um apoio financeiro abrangente, estamos capacitando os governos locais a realizar melhorias históricas em sua infraestrutura. Este programa conectará comunidades, apoiará empresas e construirá uma Santa Catarina mais integrada e próspera”, disse o secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Jerry Comper.
“O Programa Estrada Boa Rural é um marco para o desenvolvimento do campo catarinense. Com este investimento histórico, estamos garantindo mais do que estradas: estamos promovendo qualidade de vida e oportunidades para quem vive e trabalha no meio rural. Estrada boa significa escoamento mais eficiente da produção, redução de custos logísticos e acesso ampliado aos mercados. Isso fortalece toda a cadeia agrícola e agroindustrial do nosso estado, tornando o agro catarinense ainda mais competitivo”, destacou o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini.
Os municípios podem participar submetendo projetos para dois trechos, um em 2025 e outro em 2026. A elegibilidade baseia-se no cumprimento de critérios econômico-sociais e técnico-financeiros, como conectar uma comunidade rural a uma via pavimentada, atender empresas ou cooperativas locais e garantir o acesso de pelo menos duas propriedades rurais por quilômetro de nova pavimentação.
O programa exige uma contrapartida mínima dos municípios, de valor igual ao montante a ser repassado pelo estado. Essa contrapartida pode ser cumprida através do financiamento subsidiado pelo estado, com recursos próprios do município, ou por uma combinação que inclua bens e serviços mensuráveis.
“Os prefeitos estão recebendo um manual, nesse manual tem o site da Secretaria, além disso tem o número do WhatsApp, para que eles possam fazer o contato. Esse é um programa inovador, e como não poderia deixar de ser, eles têm uma outra dinâmica, eles vão poder fazer a solicitação através do nosso site, fazendo por e-mail, para que a gente possa dar mais celeridade”, explicou o secretário de Estado adjunto da Infraestrutura e Mobilidade, Ricardo Grando.
Prefeitos celebram o Estrada Boa Rural
A plateia de 202 prefeitos e 114 vice-prefeitos comemorou a parceria proposta pelo Governo do Estado, como uma oportunidade de desenvolver ainda mais cada município: “Primeiramente quero agradecer ao governador por ter escolhido Joaçaba pra lançar o programa Estrada Boa Rural. A gente sabe da importância que isso tem e vem trazer pra nós do município e pra todas as pessoas, pros municípios do estado inteiro. A gente sabe que a nossa região, principalmente, Oeste catarinense, é baseada na agroindústria. E toda essa matéria-prima que as agroindústrias trabalham é produzida no campo. Então, esse programa vem ajudar, o governo pagando esses juros, isso facilita muito para o município, demonstra que o governo é um governo municipalista que vem pra trabalhar, pra ajudar a comunidade”, agradeceu o prefeito de Joaçaba, Vilson Sartori.
A prefeita de Lages, Carmen Zanotto, disse que o impacto positivo é para todo o estado de Santa Catarina, mas ainda mais especial para o município da região Serrana. “Nós temos mais de 2.620 km de ruas não pavimentadas de interior, por onde precisamos escoar a produção agrícola e dar acesso aos alunos à educação. Garantir a mobilidade é fundamental. A gente só tem que agradecer ao governador por mais essa iniciativa. Vamos fazer todo o esforço para inicialmente ser uma contrapartida do município, se nós não conseguirmos, nós vamos buscar o financiamento, porque para nós, do município de Lages, é fundamental a gente conseguir melhorar as estradas do interior e poder pavimentar os trechos mais complexos, com certeza vai gerar melhor mobilidade e mais desenvolvimento”, afirmou Carmen Zanotto.
“Levar o Estrada Boa Rural aos nossos agricultores significa entender a importância do agronegócio em todos os municípios de Santa Catarina. A contrapartida dos municípios é importante para que a gente possa ter o maior número de quilômetros contemplados”, avaliou a prefeita de Palmitos Giovana Giacomolli.
A prefeita de Modelo, Barbara Milena Geler Baron, também comemorou a chegada do Estrada Boa Rural. “Esse projeto é de grande valia para os municípios, especialmente na nossa realidade do Extremo Oeste. Somos municípios com uma arrecadação em grande parte que provêm da agricultura, então os compromissos de todos os prefeitos da nossa região é realmente a gente melhorar a infraestrutura que dá acesso às comunidades”, explicou .
“A gente já tem conhecimento de como o governo vai proceder com relação à liberação desses recursos para os municípios, essa parceria vai beneficiar muito, principalmente os municípios com a economia voltada para o meio rural, na agricultura, isso é muito importante”, disse o prefeito de Monte Castelo, Sirineu Ratochinski.
Benefícios sociais do programa
Os benefícios sociais do programa Estrada Boa Rural devem ser amplos e transformadores. Os principais impactos que o governo pretende medir incluem:
Crescimento econômico: aumento na produção agrícola e na renda média das famílias rurais. Ao melhorar as condições das estradas, o programa reduzirá diretamente os custos de transporte para os produtores, facilitando o escoamento da produção e fortalecendo toda a cadeia de suprimentos agroindustrial.
Melhora no acesso e na segurança: redução no tempo de deslocamento e nos acidentes de trânsito. O programa garante que as comunidades rurais tenham conexões confiáveis a serviços públicos essenciais, como unidades de saúde e educação.
Melhora na qualidade de vida: a iniciativa projeta melhorar as condições e o bem-estar de moradores e produtores. As novas estradas contarão com pavimentação asfáltica e acostamento, projetadas para durabilidade e segurança. Os projetos também utilizarão emulsão asfáltica ambientalmente sustentável, ressaltando o compromisso do Estado com o desenvolvimento responsável
Leia mais: (Mercosul e bloco de Suíça e Noruega chegam a acordo de livre comércio) https://www.bloomberglinea.com.br/internacional/mercosul-e-bloco-de-suica-e-noruega-chegam-a-acordo-de-livre-comercio/
Indústrias catarinenses importadoras de insumos derivados de aço incluídos em dois processos de investigação de dumping pelo governo brasileiro a pedido de siderúrgicas e fabricantes nacionais participaram nesta terça-feira (2), de reunião da Câmara de Comércio Exterior da Federação das Indústrias de SC (FIESC). Durante o encontro, a presidente da Câmara, Maria Teresa Bustamante, apresentou o estágio atual dos processos e detalhou os próximos passos, de forma a alinhar a atuação estratégica dos importadores nos dois casos.
Os importadores de bobinas ou chapas de aços inoxidáveis laminados a quente que compram insumos da China, Indonésia e Índia estão atentos ao processo iniciado pela Aperam Inox. A empresa, responsável por 100% da produção nacional, pediu investigação de presunção de dumping, o que pode afetar os custos das importações.
O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Chapecó - SIMEC, Carlos José Martinelli, destacou a necessidade de os importadores se organizarem para demonstrar com evidências a capacidade de atendimento da demanda do mercado brasileiro pela empresa peticionária e o impacto de custo no produto acabado com a possível elevação do preço do importado. Na visão dele, as vendas no mercado nacional serão seriamente impactadas pelo alto custo de fabricação e preço a ser praticado, o que demonstra um contrassenso ao se adotar este tipo de medidas apenas na base da cadeia de produção.
No caso da investigação sobre fio-máquina de aço carbono, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) reconheceu que existem elementos suficientes que indicam a prática de dumping nas exportações e da relação causal com dano aos fabricantes domésticos, como a Gerdau e a ArcelorMittal, que motivaram a ação. Os fornecedores investigados por práticas desleais de comércio estão localizados na China e na Rússia.
O vice-presidente de administração de finanças da Fey, Fernando Fey, destacou que os importadores precisam se organizar para contrapor os argumentos das fabricantes nacionais, já que o governo brasileiro tende fazer análises sem considerar o impacto nos demais elos da cadeia produtiva. Ele destacou a ineficácia da ação antidumping sem avaliar o efeito danoso na cadeia de produção.
O fio-máquina é insumo na produção de arames em geral, fixadores, suspensão, cabos, eletrodomésticos da linha branca, além de usos na agropecuária, indústria moveleira, construção civil e indústria de embalagens.
A Câmara de Comércio Exterior da FIESC apresentou ainda aos participantes uma atualização sobre os recentes acordos comerciais firmados entre os Estados Unidos e o Reino Unido e entre os EUA e a China, além do detalhamento do Acordo Mercosul x EFTA ( Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein) assinado ontem.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
Comprometidos com a transformação social e o desenvolvimento sustentável, o Terminal Portuário e o Instituto Portonave – entidade sem fins lucrativos que tem a empresa como mantenedora – foram homenageados no Prêmio Empresa Cidadã, realizado pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil em Santa Catarina (ADVB/SC). A cerimônia ocorreu nesta terça-feira (1° de julho), na Sociedade Cultura Artística (SCAR), em Jaraguá do Sul. O Instituto Portonave foi premiado na categoria ONGs e Associações com o programa “Embarca Aí”, voltado à qualificação profissional de jovens de Navegantes. A iniciativa, desenvolvida em parceria com o Instituto Crescer, oferece uma visão ampla do mercado de trabalho, das atividades portuárias e do setor logístico.
Lançado no ano passado, o programa formou 66 estudantes do 2° ano do ensino médio de escolas estaduais, dos quais 31 foram selecionados para o Programa Jovem Aprendiz da Portonave. A segunda edição está em andamento, com a formação de 50 alunos prevista para ocorrer até novembro deste ano. As aulas são realizadas no contraturno escolar, de segunda a quinta-feira e, ao final de cada mês, os estudantes têm a oportunidade de aprender diretamente com profissionais do Terminal Portuário.
Para Paulo Leonardo Horocoski dos Santos, Coordenador do programa pelo Instituto Crescer, a parceria reafirma o compromisso com uma educação transformadora e com a construção de oportunidades mais justas para as novas gerações. “O projeto oferece aos participantes a chance de acessar novas realidades e ampliar suas perspectivas de futuro — algo que, para muitos, antes parecia distante”, destaca.
Durante o evento, alunos do programa também marcaram presença. Antonela dos Santos, da Escola Estadual Prof.ª Júlia Miranda de Souza, comenta que foi um privilégio ter participado: “Acredito ser de suma importância essas oportunidades. Foi muito gratificante representar o Embarca Aí e compartilhar essa experiência com meus colegas. Também fomos muito bem recebidos pelos conselheiros da SCAR em nossa visita no local”, afirmou Antonela.
Já o estudante Leonardo Maciel ressaltou os aprendizados do programa: “Melhorei minha comunicação, postura e forma de pensar. O Embarca Aí tem um impacto enorme para quem busca um futuro promissor. Em nome dos alunos da Escola Estadual Prof.ª Daniela Pereira, agradecemos ao Instituto Portonave e ao Instituto Crescer. Não nos arrependemos de ter embarcado nesse navio.”
Investimentos em operações mais limpas
A Portonave também foi finalista na categoria Ambiental, pelos investimentos realizados para a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Entre as ações reconhecidas estão a operação de equipamentos eletrificados e elétricos, o uso de placas fotovoltaicas e a aquisição de energia certificada para neutralização de emissões. De 2015 a 2024, o terminal reduziu em 63% as emissões de GEE, o equivalente a cerca de 79 mil toneladas de dióxido de carbono equivalente.
Atualmente, a Companhia investe R$ 439 milhões na aquisição de equipamentos 100% elétricos para movimentação de contêineres, como dois guindastes Ship-to-Shore (STS), 14 Rubber Tyred Gantry (RTG), um Reach Stacker e dois modernos scanners para vistorias. Juliano Adão, Gerente de Manutenção, comenta sobre os novos investimentos e o reconhecimento: “Na Portonave, buscamos constantemente inovar e contribuir para um setor portuário mais sustentável. Realizamos investimentos em infraestrutura para garantir operações eficientes e com menor impacto ambiental. Ser um dos finalistas da premiação nos demonstra que estamos no caminho certo.”
Sobre a ADVB/SC
A Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil em Santa Catarina (ADVB/SC) é uma entidade civil sem fins lucrativos que completa 41 anos neste ano. Promove cursos, conferências e seminários e, há 26 anos, realiza o Prêmio Empresa Cidadã, que reconhece iniciativas de responsabilidade empresarial. Neste ano, 57 cases foram inscritos, dos quais 21 foram selecionados por um comitê independente de jurados, nas categorias Ambiental, Social e Cultural, entre empresas de diversos portes, ONGs e associações.
Sobre a Portonave
A empresa está localizada em Navegantes, litoral Norte de Santa Catarina, e iniciou suas atividades em 2007 como primeiro terminal portuário privado do Brasil. Faz parte do grupo suíço Terminal Investment Limited (TiL) – que administra cerca de 70 terminais em cinco continentes. São 1,3 mil profissionais diretos e 5,5 mil indiretos. Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), foi o mais eficiente em produtividade de navio no ano de 2024. Além do destaque pela excelência operacional, a Companhia está comprometida com as práticas ESG (Meio Ambiente, Social e Governança) e desenvolve diversas ações e iniciativas voltadas aos aspectos ambientais e sociais.
O Porto de Itajaí já ultrapassou, ainda no primeiro semestre de 2025, toda a arrecadação registrada ao longo de 2024. Em apenas seis meses, o terminal alcançou R$ 89.824.000 em receitas, superando os R$ 86 milhões arrecadados durante todo o ano passado.
“Com ganhos consistentes em eficiência operacional e produtividade logística, o Porto de Itajaí reforça sua competitividade e transmite ao mercado a confiança de um terminal público em plena retomada e pronto para atender às demandas do comércio exterior”, destacou o superintendente do Porto de Itajaí, João Paulo Tavares Bastos.
O desempenho expressivo é reflexo da consolidação de Itajaí como um dos principais players logísticos do país, com destaque para a eficiência e a capacidade operacional em diferentes tipos de carga.
Entre as operações que contribuíram para esse marco estão as movimentações Roll-on/Roll-off (Ro-Ro), que possibilitam o transporte de veículos em navios especializados. A maior operação desse tipo já realizada no Brasil ocorreu no Porto de Itajaí, com a chegada do navio BYD Shenzhen, responsável pela descarga de mais de 7 mil veículos da montadora chinesa.
Além da BYD, o terminal também movimentou veículos da BMW, reforçando sua atuação estratégica na cadeia automotiva nacional e internacional.
Essas operações colocam Itajaí, mais uma vez, na rota prioritária da logística nacional, evidenciando o impacto direto do setor portuário na economia de Santa Catarina e do Brasil como um todo.
“O Porto de Itajaí também tem se destacado em navios de carga geral, gerando mais renda para o trabalhador portuário”, destacou o superintendente.
A relação entre os portos e as cidades onde estão inseridos é cada vez mais estratégica para o desenvolvimento regional. Essa convivência envolve a integração entre a infraestrutura portuária — essencial para o comércio internacional — e o tecido urbano, impactando diretamente a economia, o meio ambiente e a qualidade de vida da população.
Os portos contam com infraestrutura aquaviária (como canais de acesso, cais e berços de atracação) e terrestre (pátios, armazéns, vias e equipamentos como guindastes e sistemas de movimentação de contêineres). Toda essa engrenagem movimenta cargas, gera empregos e estimula cadeias produtivas locais.
No entanto, os impactos dessa presença são complexos. Além dos benefícios econômicos, as atividades portuárias podem gerar poluição, pressionar sistemas de moradia e mobilidade urbana, além de representar desafios à preservação ambiental. Por isso, a boa integração entre porto e cidade é fundamental.
A diretora de Sustentabilidade do Ministério de Portos e Aeroportos, Larissa Carolina Amorim dos Santos, explica que a relação porto-cidade no Brasil ainda enfrenta desafios históricos de integração, resultado de um longo processo de afastamento físico, social e institucional entre os portos e os centros urbanos que os abrigam. “No entanto, temos observado avanços importantes, especialmente no reconhecimento da importância dessa integração para a sustentabilidade das operações portuárias e para o desenvolvimento regional”, pontua.
Engenheira florestal e mestre em Ciências Florestais, Larissa destaca que, dentro da pasta, a temática é considerada extremamente relevante e, por isso, passará a integrar a Política de Sustentabilidade no próximo ciclo de gestão, com foco em aspectos sociais, ambientais e de desenvolvimento territorial. “Além disso, estamos trabalhando na estruturação de um Observatório Nacional da Relação Porto-Cidade, que nos permitirá mapear, monitorar e dar visibilidade às iniciativas existentes em todo o país, criando uma base sólida para políticas públicas mais estruturadas no futuro.”
Outro ponto importante levantado por Larissa é que, nas duas últimas décadas, um dos principais avanços foi a mudança na percepção de empresas públicas e privadas sobre a importância da relação porto-cidade. “Se antes o foco estava restrito ao atendimento de condicionantes ambientais ou à redução de custos, hoje há uma compreensão crescente de que o relacionamento com o entorno urbano também é um ativo estratégico de imagem institucional, reputação e responsabilidade social”, salienta.
Segundo a especialista, os Planos Mestres Portuários, que passaram a abordar o tema há cerca de uma década, reforçaram a necessidade de planejar e mitigar os impactos urbanos das operações portuárias. “Além disso, vemos uma diversidade de ações lideradas por arrendatários, TUPs e autoridades portuárias, envolvendo desde projetos de melhoria da infraestrutura urbana e mobilidade até iniciativas sociais e ambientais que buscam promover uma convivência mais harmoniosa entre porto e cidade. E, embora o cenário ainda seja bastante diverso, existem portos e operadores que têm ido além das obrigações regulatórias, adotando práticas voluntárias de gestão ambiental, como monitoramento contínuo da qualidade ambiental, programas de eficiência energética, gestão de resíduos e ações para redução de emissões.”
No entanto, Larissa acrescenta que a maior parte do setor ainda está fortemente orientada pelo cumprimento de exigências legais e condicionantes ambientais. “Um dos grandes desafios é fazer com que a sustentabilidade seja vista não apenas como um custo ou obrigação, mas como um fator de competitividade, inovação e geração de valor para o negócio portuário. Estamos avançando, mas ainda há um caminho importante a percorrer para alcançarmos os padrões de sustentabilidade e inovação ambiental dos principais portos de referência internacional.”
Meio ambiente e desenvolvimento sustentável
Larissa Amorim será uma das painelistas do segundo dia do evento Portos & Costas Brasil 2025, ao lado de outros nomes importantes do setor portuário brasileiro, que discutirão a temática “Meio ambiente e desenvolvimento sustentável”. A moderação será do oceanólogo e consultor ambiental Marcelo Travassos.
“Discussões acerca das relações porto-cidade são de extrema importância nos dias atuais e ganham ainda mais relevância no Sul e Sudeste do Brasil, onde os principais portos estão incrustados nos núcleos urbanos. Um exemplo claro dessa realidade é o caso do complexo portuário de Itajaí e Navegantes, região sede da edição 2025 do evento, onde os terminais portuários estão cravados em áreas centrais nos dois municípios”, destaca Mauricio Torronteguy, idealizador do evento.
A edição 2025 do Portos & Costas Brasil será realizada nos dias 22 e 23 de setembro, no Riviera Convention Center, na Praia Brava, em Itajaí (SC). As inscrições já estão abertas e são limitadas a 280 participantes. Até o dia 15 de julho, os interessados podem garantir sua vaga com preços promocionais, por meio do site oficial: www.portosecostas.com.br/inscricoes
Mais informações sobre a programação completa, painéis temáticos, palestrantes, apoiadores e patrocinadores estão disponíveis no portal do congresso: www.portosecostas.com.br
A cidade de Itajaí será palco de um marco importante para o setor empresarial da região com a realização da 1ª Feira de Negócios da ACII — Associação Empresarial de Itajaí. O evento acontece de 5 a 7 de setembro, no Centreventos Itajaí, e deve receber cerca de 15 mil visitantes ao longo dos três dias. A feira foi oficialmente lançada na noite de ontem (30) durante um evento promovido para empresários e associados da entidade.
Com entrada gratuita, a feira foi planejada com um conceito inovador e formato aberto — sem divisórias entre os estandes —, proporcionando maior visibilidade às marcas expositoras e facilitando a interação entre visitantes, empreendedores e empresas. Mas a inovação vai além da estrutura: está no modelo de estímulo ao empreendedorismo setorial e na forma como o evento conecta diferentes perfis de negócios e públicos.
Um espaço para empreender
Um dos grandes destaques será a Casa do Empreendedor, promovida pela própria ACII. O espaço será dedicado ao fomento de ideias, ao apoio técnico e à promoção de oportunidades para quem deseja empreender ou expandir sua atuação. Mais do que uma vitrine de tecnologia, a Casa do Empreendedor será um ponto de convergência para o desenvolvimento de negócios locais, oferecendo suporte prático e estratégico a micro, pequenos e médios empreendedores.
A proposta da feira é justamente essa: ampliar a visão do empreendedorismo, reunindo empresas e iniciativas de múltiplos setores como varejo, tecnologia, imóveis, serviços e indústria. Todos esses segmentos terão espaço e voz em um evento que valoriza tanto a inovação tecnológica quanto o empreendedorismo na sua forma mais plural e regional.
Muito mais que uma feira
Além de ser uma plataforma para a exposição de produtos e serviços, a feira nasce com um propósito estratégico: fomentar o networking entre empresas e profissionais, estimular o surgimento de novos negócios, promover a capacitação empreendedora e aproximar a comunidade do setor produtivo. Haverá também ações voltadas à inovação, educação empresarial e apresentação de tendências de mercado.
A força da ACII
Fundada há 96 anos com o propósito de fortalecer o ambiente empresarial da cidade, a ACII — Associação Empresarial de Itajaí consolidou-se como uma das entidades mais atuantes do litoral catarinense. Com iniciativas como a feira e a Casa do Empreendedor, a associação reafirma seu compromisso com o desenvolvimento econômico e a valorização do empreendedor local.
Para a presidente da ACII, Thaisa Nascimento Corrêa, a feira representa um passo importante na construção de uma cidade mais conectada com o futuro. Já o vice-presidente de Marketing, Wagner Souza Rodrigues, destaca: “Esta feira é mais do que um evento, é um movimento para consolidar Itajaí como um polo de inovação e negócios. Queremos criar conexões duradouras entre empresas, aproximar a comunidade do setor produtivo e mostrar o potencial que nossa cidade tem. É um convite aberto à população para conhecer, participar e crescer junto conosco.”
Programação e expectativas
Durante os três dias, o público poderá participar de palestras, workshops, rodadas de negócios e atrações especiais. A programação atende diferentes perfis — de empreendedores iniciantes a empresários consolidados, estudantes, profissionais e consumidores interessados em novidades e aprendizado.
A expectativa é que a Feira de Negócios da ACII entre para o calendário oficial de eventos de Itajaí, se tornando uma vitrine anual do dinamismo, da inovação e da força empreendedora e multissetorial da região.
O primeiro BYD Dolphin Mini 100% brasileiro foi apresentado ao público pela BYD em um momento histórico para a indústria nacional. O modelo elétrico mais vendido do país simboliza uma virada tecnológica. Acessível, inovador e irresistivelmente moderno, ele simboliza o início de uma nova era na mobilidade.
O palco dessa estreia é a novíssima fábrica da BYD em Camaçari, na Bahia — um complexo industrial de última geração, onde cada metro quadrado respira tecnologia do futuro. Pela
primeira vez, os portões se abriram para mostrar como o mais novo carro elétrico do Brasil está ganhando vida.
Desde sua estreia global, o BYD Dolphin Mini já ultrapassou a marca de 1 milhão de unidades produzidas e foi eleito o Carro Urbano do Ano de 2025 pelo World Car Awards. No Brasil, ele
também é um fenômeno, com mais de 34 mil unidades vendidas. “A BYD é uma empresa feita por engenheiros e uma das que mais investem em pesquisa e
desenvolvimento no mundo. Toda essa tecnologia agora está presente na nossa fábrica brasileira. Levamos apenas 15 meses entre iniciar as obras e entregar o primeiro veículo em caráter
experimental da nossa linha de produção. Esse é um momento histórico não apenas para a BYD, as para o futuro da mobilidade sustentável em toda a América Latina. Escolhemos a Bahia pela
força de seu povo, pela mão de obra capacitada e por acreditarmos no potencial transformador dessa região”, afirma Stella Li, Vice-Presidente Executiva Global e CEO da BYD Américas e Europa.
E o BYD Dolphin Mini não veio sozinho. A BYD também apresentou seu primeiro super híbrido brasileiro: o Song Pro — outro best-seller. A produção dos primeiros três modelos nacionais
começa nas próximas semanas: BYD Dolphin Mini, Song Pro (GL/GS) e King (GL/GS).
“Estamos transformando Camaçari em uma potência para o futuro. Esse complexo fabril representa uma vitória da inovação, da sustentabilidade e da confiança no Brasil. A BYD chega
com tecnologia, investimentos e propósito: fazer parte do próximo capítulo do setor automotivo nacional. O que estamos vendo hoje na Bahia é um marco na reindustrialização do país e um
grande salto tecnológico. A BYD agora é uma empresa feita por brasileiros para brasileiros”, destaca Alexandre Baldy, Vice-Presidente sênior e Head Comercial e de Marketing da BYD Auto
Brasil.
Tecnologia de ponta
Tecnologia de última geração, automação inteligente e controle total de todas as fases da produção. A linha de montagem da BYD na Bahia é uma das mais modernas do mundo. Um
sistema de sequenciamento inteligente prioriza a produção dos modelos com maior demanda. Cada carro pode ser rastreado em tempo real enquanto avança pela linha. Robôs
cuidam de tarefas como instalação de vidros e fixação de baterias. O uso do espaço é tridimensional, aproveitando cada centímetro de maneira eficiente.
Um sistema exclusivo de fricção silenciosa mantém os níveis de ruído abaixo de 70 decibéis, criando um ambiente de trabalho agradável e confortável. O prédio principal é um dos
maiores da América Latina dedicado à produção de veículos elétricos, com uma área impressionante de 156.800 metros quadrados.
“O Brasil está hoje no centro das atenções globais na revolução automotiva, e a BYD é peça-chave nessa transformação. Desde 2014 estamos investindo continuamente e já construímos uma base
sólida para acelerar a transição energética no país. Ver a marca como líder de mercado de veículos elétricos e a expansão de nossa rede de concessionárias é a prova de que estamos no
caminho certo e com estratégias sólidas no longo prazo”, destaca Tyler Li, Presidente da BYD no Brasil.
Primeiro fornecedor homologado
A BYD também anunciou a qualificação de 106 empresas instaladas no Brasil para fornecer peças para a fábrica na Bahia. A Continental Pneus de Camaçari, vizinha da fábrica, é a primeira
companhia oficialmente homologada. A Continental tem uma história de sucesso de mais de 150 anos e é uma das maiores fabricantes de pneus do mundo.
Investimento no complexo
A BYD está investindo R$ 5,5 bilhões no complexo de Camaçari — uma megaestrutura que ocupa 4,6 milhões de metros quadrados, o equivalente a 645 campos de futebol. Quando todas as
fases estiverem concluídas, o projeto deve gerar até 20 mil empregos diretos e indiretos. A fábrica começa com capacidade anual de 150 mil veículos, com expansão planejada para
300 mil na segunda fase. Inicialmente operando no sistema SKD (Semi Knocked-Down), a planta evoluirá gradualmente para produção nacional completa — incluindo estampagem, soldagem,
pintura e aumento do conteúdo local.
Essa jornada ambiciosa inclui também o desenvolvimento de um motor híbrido flex, o 1.5 DM-i, projetado e construído numa cooperação entre cientistas chineses e brasileiros.
Desenvolvido para rodar com gasolina e etanol, o combustível verde mais emblemático do Brasil, esse motor combina a tecnologia elétrica da BYD com um desempenho e eficiência de última
geração.
“Estamos fazendo história e colocando a Bahia, mais uma vez, no centro das atenções de todo o mundo quando o assunto é desenvolvimento e transição energética. Esta nova etapa que
estamos presenciando na fábrica da BYD, em Camaçari, mostra a força e o potencial do nosso estado, e tenho certeza de que nos renderá frutos e resultados de altíssima qualidade. O Governo
do Estado, juntamente com o Governo Federal, também segue firme para continuar garantindo geração de emprego e renda para o povo baiano, mantendo os índices favoráveis que a Bahia
registra atualmente, com oferta de mão de obra qualificada e mais oportunidades, não somente em Camaçari, mas em toda a região metropolitana”, comemorou o Governador da Bahia,
Jerônimo Rodrigues.
Histórico da obra
A decisão de construir a fábrica na Bahia foi anunciada em julho de 2023 em um evento realizado no Farol da Barra, em Salvador. O lançamento da pedra fundamental, em outubro do
mesmo ano, aconteceu para oficializar a posse do terreno, que foi usado por uma antiga montadora que deixou de produzir veículos em Camaçari. As obras começaram em março de
2024 e, passados apenas 15 meses, a BYD do Brasil já começou os testes que antecedem o começo da linha de produção. Esse passo marca uma das fases mais emblemáticas do projeto,
que está transformando o terreno em um parque industrial de última geração.
Abertura de novas vagas
Nas últimas semanas, mais de 400 colaboradores brasileiros foram contratados para a fábrica. No total, mais de 1.000 pessoas já trabalham na planta de Camaçari apenas para a BYD, sem contar
os prestadores de serviços que somam mais algumas centenas de postos de trabalho. Durante o evento, a BYD anunciou a abertura de mais 3.000 vagas, que serão preenchidas até o fim do ano.
Entre as posições oferecidas, haverá oportunidades para engenheiros, técnicos, operadores, seguranças, eletricistas, profissionais de logística, TI e setor administrativo.
Nos próximos dias, serão anunciados os detalhes das inscrições, assim como parcerias com o Governo do Estado e a Prefeitura de Camaçari para incentivar a contratação de mão de obra local.
A iniciativa representa um avanço significativo na geração de oportunidades e consolida a mobilidade elétrica como um vetor estratégico de desenvolvimento local e estadual.
“A fábrica da BYD em Camaçari é uma realidade. Ela vai contribuir para o desenvolvimento econômico e social do município ao ativar toda a cadeia produtiva de automóveis elétricos e
híbridos, estimular o surgimento de novos serviços em Camaçari e gerar milhares de empregos diretos e indiretos no complexo industrial. Estamos felizes por Camaçari ter sido escolhida para
receber este investimento, que abre um novo capítulo na industrialização da região e de toda a Bahia", analisa Luiz Carlos Caetano, Prefeito de Camaçari.
Liderança em veículos eletrificados
A BYD é líder mundial em veículos eletrificados e ocupa o primeiro lugar no mercado chinês, incluindo as montadoras tradicionais. A empresa domina todas as etapas do processo produtivo
e detém tecnologias-chave no desenvolvimento de baterias, motores elétricos e sistemas de controle. No Brasil desde 2014, lidera a transição energética e no último mês de maio respondeu
por 9 em cada 10 carros elétricos vendidos no país, além de 1 em cada 3 híbridos. A BYD ficou na quarta posição no ranking de vendas do varejo, superando montadores que já estão há décadas
no Brasil.
Outro destaque é o crescimento da rede de concessionários que já chegou a 180 lojas, com meta de atingir 240 até o fim de 2025. Hoje a empresa já possui unidades em todos estados, capitais e
nas principais cidades do país.
SOBRE A BYD
A BYD é líder global em carros movidos a nova energia - elétricos e híbridos plug-in. Há mais de 10 anos no Brasil, também se destaca pela produção de componentes eletrônicos, painéis solares e soluções de armazenamento de energia. A empresa opera fábricas em Campinas (SP) e Manaus (AM) e, em 2024, deu início à construção do Complexo de Camaçari, na Bahia, que irá abrigar o maior complexo fabril da companhia fora da Ásia. A BYD ainda é responsável pelo projeto do monotrilho da Linha 17 – Ouro do Metrô de São Paulo (Skyrail). Ainda em 2024, a greentech vendeu 7 em cada 10 veículos elétricos e 1 em cada 4 híbridos no Brasil, conquistando a 10ª posição no ranking geral de vendas de carros de passeio no País. Com a missão de diminuir a temperatura da Terra em 1ºC, a BYD é pioneira na transição para uma economia de baixo carbono, alinhando suas operações ao Pacto Global da ONU e liderando a revolução sustentável no setor automotivo.
Em maio, o índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção registrou 47 pontos, indicando recuo no desempenho do setor em relação a abril. É o que revela a Sondagem Indústria da Construção que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), nesta sexta-feira (27).
“Nos últimos meses, a indústria da construção vem desacelerando, principalmente por conta da taxa de juros elevada. Muitas vezes, os consumidores desse setor precisam financiar suas compras. Com o crédito mais caro, a demanda cai, influenciando a atividade do setor”, avalia o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
O índice de evolução do número de empregados do setor fechou o mês em 48,5 pontos, após avançar frente a abril.
Já a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) chegou ao sétimo mês consecutivo em 67%. Esse patamar é inferior ao observado em maio de 2024, quando foi de 69%, e idêntico ao de 2023.
Falta de confiança se agrava
Após recuar um ponto em relação a maio, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção chegou a 47,5 pontos em junho. É o sexto mês consecutivo de falta de confiança no setor, que se agravou, principalmente, pela pior avaliação dos industriais sobre o presente e o futuro.
O Índice de Condições Atuais encolheu 0,4 ponto, para 43,6 pontos. O movimento se deve à percepção ainda mais negativa dos empresários sobre o momento da economia em relação ao último semestre, uma vez que a satisfação com a situação das empresas melhorou.
Em junho, o Índice de Expectativas caiu 1,2 ponto, levando o indicador de um estado de otimismo para um estado de pessimismo. Agora em 49,5 pontos, o índice reflete a piora das expectativas dos industriais para a economia e os próprios negócios nos próximos seis meses.
Expectativas estão mais moderadas
Segundo o levantamento, os índices de expectativa de número de empregados, de compra de insumos e matérias-primas, de nível de atividade e de novos empreendimentos e serviços recuaram de forma significativa. Os indicadores se aproximaram da linha divisória de 50 pontos, o que sugere que as perspectivas de crescimento para os próximos seis meses estão mais moderadas.
O índice de expectativas de novos empreendimentos e serviços caiu 1,5 ponto, para 51,3 pontos;
O índice de expectativa de compras de insumos e matérias-primas encolheu 1,5 ponto, para 51,1 pontos;
O índice de expectativa de número de empregados recuou 1,8 ponto, para 51 pontos;
O índice de expectativa de nível de atividade caiu 0,7 ponto, para 53,1 pontos.
Intenção de investimento recua
O índice de intenção de investimento caiu 0,7 ponto. Agora em 42,8 pontos, o indicador está 4,8 pontos percentuais acima da média histórica, de 38 pontos.
Amostra
Para esta edição da Sondagem Indústria da Construção, a CNI consultou 297 empresas: 108 de pequeno porte; 128 de médio porte; e 61 de grande porte, entre 2 e 11 de junho de 2025.
O industrial Gilberto Seleme será o próximo presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). Na eleição, realizada nesta sexta-feira, dia 27, a chapa única, liderada pelo empresário, foi eleita com aprovação de 100% dos sindicatos de indústria que votaram. O 1º vice-presidente será o industrial André Odebrecht. A mesa diretora da entidade será composta ainda pelos empresários: Edvaldo Ângelo (diretor 1° secretário), Nivaldo Pinheiro (diretor 2° secretário), Marco Aurélio Alberton (diretor 1° tesoureiro) e Evair Oenning (diretor 2° tesoureiro). A posse da nova diretoria será no dia 22 de agosto, em Florianópolis.
Clique aqui e confira a diretoria completa.
"Tivemos chapa única, construída por consenso de todos os sindicatos filiados à FIESC. Isso mostra uma entidade unida e focada num só objetivo, que é o desenvolvimento de Santa Catarina, porque onde tem indústria tem desenvolvimento", afirmou Seleme, após a divulgação do resultado.
Aguiar também celebrou a coesão do setor. “O resultado da eleição mostra a nossa indústria unida e reconhece o trabalho da gestão que se encerra em agosto, da qual Gilberto fez parte como 1° vice-presidente”, disse. “Ficamos muito satisfeitos com o apoio dos sindicatos. Com uma indústria unida, Santa Catarina vai avançar cada vez mais”, afirmou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
Durante o dia, os representantes dos sindicatos industriais também elegeram a nova diretoria do Centro das Indústrias de SC (CIESC).
Confira a diretoria do CIESC eleita.
https://fiesc.com.br/sites/default/files/inline-files/2.%20Nominata%20CIESC%20Gest%C3%A3o%202025-2028.pdf
Perfil: engenheiro civil, formado na PUC do Paraná e bacharel em Administração pela UnC-Caçador, Gilberto Seleme é empresário dos setores de madeira, couro, construção civil e do agronegócio. É o atual 1º vice-presidente da FIESC e tem destacada atuação na área social, empresarial e educacional. Também é diretor e delegado da Confederação Nacional da Indústria (CNI), membro do Conselho Estratégico da FIESC; integrante da diretoria da Associação Empresarial de Caçador (ACIC); membro do Sindicato da Indústria da Madeira de Caçador, do qual foi fundador e primeiro presidente; além de integrar o Conselho Consultivo do Hospital Maicé, de Caçador.
Ao longo de sua trajetória, também foi membro da diretoria da Associação de Serviços Sociais Voluntários de Caçador (Bombeiros Voluntários); vice-presidente para a região Centro-Norte da FIESC; integrante da diretoria da UnC-Caçador; e presidente da Fundação Universidade Alto Vale do Rio do Peixe – FUNIARP, além de presidir seu conselho consultivo e ser membro do conselho curador da instituição.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
O Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SC), ligado à Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), está com 416 vagas abertas para estágio, bolsas em projetos de inovação tecnológica, aprendizes e vagas efetivas para profissionais graduados.
Os postos são para estudantes do ensino médio, técnico e superior, além de profissionais com graduação, mestrado ou doutorado. Também há oportunidade internacional para atuação remota em empresa de Portugal.
Todas as posições oferecem remuneração, com valores que variam conforme a região, o nível de ensino e a carga horária.
As inscrições são contínuas e podem ser feitas no site do IEL, sem prazo porque as vagas são atualizadas regularmente.
As áreas com maior número de oportunidades são Administração, Tecnologia, Direito, Engenharias e Pedagogia. Florianópolis, Joinville, Criciúma, Jaraguá do Sul e Blumenau concentram a maior parte das ofertas.
SOBRE
O IEL/SC atua como parceiro estratégico no desenvolvimento das empresas catarinenses, promovendo a inserção de talentos no mercado e incentivando a troca de boas práticas em inovação.
Em 2024, a instituição atendeu 7,4 mil estudantes do ensino médio, técnico, superior e pós-graduação em todas as regiões do estado.
As áreas com maior número de oportunidades no período foram Administração, Direito, Comércio Exterior, Ciências Contábeis, Recursos Humanos, Tecnologia, Comunicação, Marketing, Jornalismo, Design, Biomedicina, Farmácia e Engenharias Civil, Mecânica, Elétrica e de Automação.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas