segunda, 09 de dezembro de 2024
19/07/2024

Custo Brasil: país perde o equivalente a 20% do PIB com ineficiência


Se você vive, trabalha, consome ou produz no Brasil, você é uma das milhares de pessoas que pagam, juntas, R$ 1,7 trilhão por ano pela ineficiência da economia brasileira. Esse é o tamanho do Custo Brasil, o valor que o setor produtivo gasta a mais do que a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para produzir no Brasil. O Custo Brasil é como aquela gordura totalmente dispensável, não a da picanha, mas a do fígado.

O desperdício equivale a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e é maior do que o PIB de vários vizinhos na América do Sul, como Paraguai, Bolívia, Uruguai, Venezuela e Peru. E, juntamente com a carga tributária brasileira, também é a resposta para indignações coletivas como, por exemplo, por que um celular é mais barato no Estados Unidos do que no Brasil.

Quando uma empresa leva entre 1.483 horas e 1.501 horas no processo de apuração, preparação da documentação, declaração e pagamento de tributo, um tempo muito superior ao de qualquer lugar do mundo, é a mercadoria e o serviço nacional que ficam mais caros. A má qualidade da infraestrutura, como a falta de ferrovias, explica o elevado custo do frete.

Por que temos poucas ferrovias?
O fato de o Brasil ter o terceiro maior spread bancário do mundo, atrás apenas do Zimbábue e de Madagascar, de acordo com o Banco Mundial, também eleva o preço final de uma mercadoria produzida no país, pois ele impacta diretamente o custo do crédito, do financiamento para o capital de giro e investimentos das empresas. O spread é a diferença entre a taxa que banco paga para captar o recurso e os juros que ele cobra para emprestar. Dados do Banco Central mostram que, em maio de 2024, a taxa de juros média para empresas era de 18,2% ao ano.

“O Custo Brasil é o chamado custo inútil. É inútil porque não agrega nada para ninguém. É uma desvantagem relativa quando o empresário brasileiro vai competir com o produto estrangeiro tanto no mercado interno quanto no mercado exterior”, explica o vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Leo de Castro.

A redução do Custo Brasil é a condição para recuperar a competitividade da indústria brasileira
A CNI, em conjunto com as 27 federações estaduais de indústria e com 74 associações industriais, divulgaram a Declaração pelo Desenvolvimento da Indústria e do Brasil. No documento, o setor industrial apresenta os 10 princípios orientadores para impulsionar a agenda de desenvolvimento do país. Cinco deles têm relação direta com o Custo Brasil: sistema tributário moderno e eficiente; custo de capital; recursos humanos capacitados para a nova economia; qualidade regulatória; e energia e transportes mais baratos e eficientes.

Aprovação de projetos pode reduzir em R$ 500 bilhões o Custo Brasil
O conselheiro executivo do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Rogério Caiuby, conta que, há cerca de cinco anos, o MBC desenhou o Custo Brasil, em uma forma de mandala com 12 grandes seguimentos, para torná-lo visível. O desenho faz o caminho da vida de uma empresa e os obstáculos vivenciados da porta da fábrica para fora: abertura, financiar capital, contar com pessoas, infraestrutura, acessar insumos básicos como energia, segurança jurídica, questão tributária, participação em cadeias globais de valor, burocracia, inovação, competir e ser desafiado de forma justa e encerrar o negócio.

“A baixa qualificação dos recursos humanos é a parte que mais pesa no Custo Brasil, quando entram no mercado de trabalho. O segundo ponto que mais impacta é o fato de honrar tributos, seguido da falta de infraestrutura e logística. E vivemos uma dicotomia no caso da energia. Temos a matriz energética mais limpa do mundo, no custo mais baixo, que se torna cara devido aos encargos e perdas do sistema. É um custo muito real que drena a capacidade de competir do setor produtivo”, explica Caiuby.

“A ideia é manter atualizado o valor do Custo Brasil a cada dois anos e acompanhar projetos mais maduros para entender até que pontos eles têm a capacidade de entregar o que era esperado deles. Um exemplo é o acesso à banda larga. Temos um projeto que foi aprovado que é o 5G, mas ele depende de outro, bastante polêmico, que é a questão das antenas. Então estamos acompanhando para saber se, na próxima medicação, ele terá um impacto nesse ponto da comunicação”, explica Caiuby.

Reforma tributária vai eliminar distorções que reduzem a competitividade da indústria
O novo sistema de tributos sobre o consumo vai eliminar distorções que reduzem a competitividade da indústria, como a cumulatividade, o acúmulo de créditos tributários, a oneração dos investimentos e das exportações e os custos para calcular e pagar os tributos.

Aprovação da reforma tributária é uma grande conquista para o Brasil, avalia CNI
Na avaliação da CNI, será uma excelente mudança, principalmente neste momento em que o país discute como promover a neoindustrialização da economia brasileira.

Recursos humanos capacitados para a nova economia
Até 2025, o Brasil precisará qualificar 9,6 milhões de pessoas em ocupações industriais, sendo 2 milhões em formação inicial – para repor inativos e preencher novas vagas – e 7,6 milhões em formação continuada, para trabalhadores que precisam se atualizar. Isso significa que 79% da necessidade de formação nos próximos quatro anos será em aperfeiçoamento.

O mercado de trabalho passa por uma transformação, ocasionada principalmente pelo uso de novas tecnologias e mudanças na cadeia produtiva. Por isso, cada vez mais, o Brasil precisará investir em aperfeiçoamento e requalificação para que os profissionais estejam atualizados.

Em quatro anos, devem ser criadas 497 mil novas vagas formais em ocupações industriais, saltando de 12,3 milhões para 12,8 milhões de empregos formais. Essas ocupações requerem conhecimentos tipicamente relacionados à produção industrial, mas estão presentes em outros setores da economia.

Brasil precisa qualificar 9,6 milhóes de trabalhadores em ocupações industriais até 2025
Qualidade regulatória: economia brasileira precisa de sistema transparente, previsível e baseado em evidências
Regulamentos dispersos em mais de 30 órgãos do governo federal, sobreposição de regulamentos técnicos e regulamentação excessiva de itens são as principais dificuldades encontradas pelas indústrias no sistema de garantias da qualidade de produtos e serviços brasileiro. Os dados são da Sondagem Especial: Infraestrutura da Qualidade Industrial da CNI.

De acordo com a pesquisa, as principais dificuldades para as empresas se manterem atualizadas em relação às normas técnicas e requisitos técnicos são:

• grande quantidade de normas e regulamentos técnicos existentes (50% das respostas);

• grande quantidade de órgãos que produzem normas e regulamentos técnicos (29% das respostas);

• velocidade de mudança nas normas e regulamentos técnicos (25% das respostas).

A CNI ouviu 1,7 mil empresas das indústrias extrativa e de transformação. Destas, 704 são pequenas, 589 são médias e 407 são grandes.

“A reclamação do setor industrial não é sobre manter os produtos em conformidade com os padrões de qualidade, o que é visto como investimento e parte da atividade empresarial, mas sobre os pontos críticos elencados. É comum, por exemplo, a regulamentação de um produto sem que seja feita uma análise prévia, para identificar se ele representa riscos para o consumidor e para o meio ambiente”, explica a gerente de Estatística e Competitividade, Maria Carolina Marques.

A CNI avalia que essa análise é fundamental para reduzir os excessos. Ainda de acordo com a sondagem, para 65% das empresas entrevistadas, o sistema é considerado oneroso.

Energia e transportes mais baratos e eficientes
Os diversos subsídios e encargos embutidos na conta de luz do consumidor são um dos principais fatores para que o Brasil tenha uma das tarifas de energia elétrica mais altas do mundo. Pesquisa da CNI mostra que para 55% dos empresários industriais brasileiros, o excesso de subsídios do setor elétrico afeta diretamente a competitividade da indústria.

Outros 47% apontam que tais benefícios concedidos a determinados setores da economia – como a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), as Fontes Incentivadas e o subsídio para geração distribuída, são os responsáveis pelo elevado custo da conta de luz no país. Levantamento da CNI com base em dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostra que encargos somados aos impostos representam 44,1% do valor da conta de luz. Segundo os dados, os custos conjunturais (compostos pela Conta Covid e pela Escassez Hídrica) e estruturais somaram em 2023 um total de R$ 102,35 bilhões.

Dentro dos custos estruturais destaca-se a Conta de Desenvolvimento Energético. Criada em 2002, a chamada CDE impactou a conta de luz no ano passado em R$ 40,1 bilhões - em 10 anos a conta saltou de R$ 14,1 bilhões para a cifra atual. A CDE é um fundo setorial que tem como objetivo custear diversas políticas públicas do setor elétrico brasileiro, entre as quais subsídios para fontes incentivadas de energia, para o carvão mineral e para a geração distribuída.

A conta chega: quase metade da fatura de luz é composta por impostos e encargos
Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo tem como bandeira a redução do Custo Brasil
A Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo foi montada em agosto de 2021 com o objetivo de discutir e propor medidas de enfrentamento ao Custo Brasil. Dos projetos que compõem a Agenda Legislativa da Frente, 70% estão alinhados com a pauta mínima da indústria, nas áreas prioritárias para a redução do Custo Brasil.



Blog

Murilo Michelon, jovem empreendedor de 15 anos, realiza palestra em instituição de ensino técnico

No dia 06 de novembro de 2024, Murilo Michelon, um talentoso jovem de 15 anos natural de Santa Catarina, compartilhou seus conhecimentos em uma palestra intitulada "Internet além do Entretenimento". O evento foi realizado em uma renomada instituição de ensino técnico com presença em todo o Brasil e teve como objetivo alertar os estudantes sobre o uso excessivo da internet e apresentar novas perspectivas de aproveitamento da tecnologia.

Murilo enfatizou o potencial estratégico da internet para além do lazer, destacando sua experiência como empreendedor no segmento de Marketing Digital. Entre os temas abordados, estavam a relevância da presença digital, as oportunidades profissionais no ambiente online e como transformar boas ideias em negócios de sucesso.

Fundador de uma agência de Marketing Digital, Murilo já liderou projetos de destaque, incluindo o desenvolvimento de um site e uma intranet personalizada para um escritório de advocacia. Sua aptidão para tecnologia e design começou a se manifestar cedo, levando-o a iniciar sua trajetória empresarial aos 12 anos.

Seus feitos já foram reconhecidos publicamente. Em 25 de abril de 2024, ele recebeu uma Moção de Congratulações da Câmara Municipal de Brusque, em reconhecimento ao impacto positivo que tem gerado no mercado digital e na comunidade.

https://www.camarabrusque.sc.gov.br/proposicoes/Mocoes/2024/1/0/57755

A história de Murilo Michelon mostra que a inovação e o sucesso não têm idade, inspirando pessoas de todas as gerações a explorarem as oportunidades infinitas que o universo digital oferece.

A importância do timing estratégico no cenário de juros altos

Fabiano Cordaro, especialista em negócios imobiliários, analisa como a Selic e os juros futuros influenciam decisões financeiras e empresariais.
O atual cenário econômico brasileiro exige atenção redobrada de empresas e investidores. Para *Fabiano Cordaro, que é especialista em negócios e sócio da Scudieri Consultoria, compreender os movimentos da curva de juros futuros é essencial para decisões estratégicas bem-sucedidas. Ele destacou como esses indicadores, frequentemente subestimados, podem antecipar tendências antes mesmo de mudanças na taxa Selic.


Enquanto o mercado espera uma redução da Selic apenas no segundo semestre de 2025, Cordaro aponta que os verdadeiros pontos de inflexão podem ser identificados com antecedência por meio dos juros futuros, que hoje se encontram em patamares historicamente altos, semelhantes aos registrados no período pré-impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
“Os juros futuros não são apenas um reflexo do mercado, mas uma bússola para decisões estratégicas. Saber interpretar esses movimentos permite agir no momento certo, seja para investir, renegociar dívidas ou planejar reestruturações financeiras”, explica o sócio da Scudieri Consultoria.


Timing como diferencial competitivo
Fabiano Cordaro ressalta também que a curva de juros futuros costuma antecipar os movimentos da Selic em 6 a 9 meses, criando uma janela estratégica para empresas e investidores se posicionarem de maneira mais vantajosa.


Exemplos históricos reforçam essa dinâmica:
* Ciclo 2016-2017: Inversão da curva 6 a 8 meses antes do primeiro corte da Selic.
* Ciclo 2011-2012: Sinalização de mudança 8 meses antes.
* Ciclo 2003-2004: Antecipação de quase um ano.
Segundo ele, esse padrão histórico reforça a importância de ações proativas. “Este é o momento para estruturar investimentos, aproveitar condições favoráveis de crédito e planejar reestruturações financeiras que preparem as empresas para um futuro mais promissor”, afirma.


O impacto do custo do dinheiro
O atual patamar elevado dos juros futuros não reflete apenas a demanda por recursos do governo, mas também a percepção de risco e credibilidade do mercado. “Estamos no ponto mais alto do custo do dinheiro. As melhores decisões não são tomadas quando a curva já virou, mas antes disso, quando o mercado ainda subestima o potencial de transformação”, analisa Cordaro.
Empresas que ajustam suas estratégias antes do ponto de inflexão ganham uma vantagem competitiva significativa. “A virada de um ciclo econômico traz tanto oportunidades quanto riscos. Estar preparado para capturar valor nesse momento de transição pode ser o diferencial entre liderar ou apenas acompanhar as mudanças”, conclui.

*Fabiano Cordaro é Especialista do Mercado Imobiliário, foi Conselheiro, CEO e CFO de Construtoras e Incorporadoras: Tiner, Vitacon, Inloop, RSF, Dampris, Hacasa. Atualmenteé Socio e conselheiroda Smart Sharing e da Ousy.Inc, e da Scudieri& Associados


Sobre a Scudieri Consultoria 
A Scudieri Consultoria é referência em gestão estratégica, fusões e aquisições (M&A) e planejamento financeiro. Com uma abordagem inovadora, a empresa se destaca por transformar desafios econômicos em oportunidades concretas de crescimento, ajudando empresas a alcançar seus objetivos em cenários complexos.

CDL de Itajaí e Procon realizam Mutirão Limpa Nome com descontos de até 70%

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Itajaí, em parceria com o Procon do município, promove o Mutirão Limpa Nome, uma oportunidade para consumidores regularizarem suas pendências financeiras e começarem o ano com o orçamento equilibrado. O Mutirão acontece a partir do dia 5 de dezembro, na sede do Procon de Itajaí.

Durante o mutirão, a comunidade terá a chance de renegociar dívidas com empresas locais, em condições especiais que podem incluir descontos de até 70%. A iniciativa visa auxiliar consumidores endividados a reorganizarem suas finanças e, ao mesmo tempo, contribuir para a movimentação econômica no comércio da cidade.

Para participar, os interessados devem comparecer munidos de documentos pessoais, como RG, CPF e comprovantes relacionados às dívidas.O agendamento para atendimento deve ser feito por meio do formulário disponível no site do Procon Itajaí ou pelos telefones (47) 3349-4247 ou 151.

Construção civil: Sinduscon da Foz do Rio Itajaí empossa nova diretoria

O empresário itajaiense Eduardo Luís Agostini da Silva, sócio-proprietário da CEG Empreendimentos, foi empossado nesta quinta-feira (28) na presidência do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon) da Foz do Rio Itajaí para o biênio 2025/2026. Eduardo sucede o empresário Fábio Inthurn, CEO da Lotisa Empreendimentos, e assume a entidade em um novo momento para o setor, juntamente com a nova diretoria da entidade.
 
O setor vem registrando um crescimento acima das médias estadual e nacional na região, o que gera desafios. No entanto, as atualizações dos planos diretores e códigos de obras em municípios devem destravar e proporcionar um avanço ainda maior para o setor. O Sinduscon da Foz do Rio Itajaí engloba os municípios de Balneário Piçarras, Itajaí, Navegantes e Penha. 
 
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostram que a população do Brasil cresceu 6,5% entre 2010 e 2022. Neste mesmo período, este índice foi 18,8% no Estado e 6 vezes mais nos quatro municípios da região de atuação da entidade. “Itajaí, por exemplo, deve receber mais de 10 mil novos habitantes anualmente, o que implica uma demanda por mais de 3 mil novas moradias a cada ano. Precisamos estar preparados para essa demanda, que traz consigo desafios e oportunidades para o setor da construção civil”, pontua o presidente empossado. Eduardo garante que sua gestão será de continuidade. 
 
Fábio Inthurn, por sua vez, diz que deixa a presidência do Sinduscon com a sensação de dever cumprido. “Foi um período desafiador, trouxemos inovações para o sindicato, agendas de capacitação, e junto com a sociedade civil avançamos na aprovação de importantes leis, entre outras ações que contribuíram para a atual realidade do setor. Somos um grupo no qual todos trabalham para o coletivo”, destaca.  
 
Crescimento fora da curva e grandes expectativas
 
Fábio acrescenta que o mercado da construção civil vem crescendo bastante da área de atuação do Sinduscon e exemplifica com o case de Itajaí, que apresenta índices superlativos. “Chegamos a agosto com o terceiro metro quadrados mais valorizado do Brasil, o que vejo como um motivo de orgulho e que, ao mesmo tempo, mostra quanto nossa cidade é desejada”, arremata. Fábio Inthurn assume agora uma cadeira no Conselho Consultivo, formado pelos ex-presidentes ativos. 
 
Os prefeitos eleitos para o mandato 2025/2028 comemoram os números da construção civil na região e destacam o papel crucial do Sinduscon nesse contexto. “A construção civil tem um papel fundamental no desenvolvimento da economia com a geração de empregos e oportunidades, temos um desafio muito grande com relação à questão habitacional e o Sinduscon tem um papel determinante nesse contexto”, destaca Robison Coelho, de Itajaí. 
 
Liba Fronza, prefeito reeleito em Navegantes, diz que o sindicato tem um papel “importantíssimo” no desenvolvimento das cidades da foz do Rio Itajaí-Açu. “A força do Sinduscon tem alavancado o crescimento destas cidades, uma vez que o sindicato vem trabalhando junto com as prefeituras em prol do desenvolvimento”, afirma. Já Luizinho Américo, prefeito eleito de Penha, destaca o comprometimento do sindicato com a geração de trabalho e renda e o protagonismo da entidade no desenvolvimento regional.
 
Os quatro municípios que integram o Sinduscon da Foz do Rio Itajaí somam 9.932 empresas ligadas diretamente à indústria da construção, que respondem por 7,12% do total de carteiras assinadas. “Esses números ilustram a importância do setor para a economia regional, ao mesmo tempo que alertam para a responsabilidade que temos em garantir um desenvolvimento sustentável”, completa Eduardo Agostini.
 
Conheça a diretoria eleita
 
O presidente eleito Eduardo Luís Agostini da Silva terá nas vice-presidências os empresários Gustavo Felipe Bernardi, Wadis Dall Oglio Neto e Walney Agilio Raimondi. Para as presidências de núcleos das cidades de Navegantes e Penha e Balneário Piçarras, foram eleitos Cássio Tondin de Campos e Paulo Rubens Obenaus, respectivamente. Para a 1º Secretária foi eleita Ariana Cipriani de Sá e Everton Ricardo de Almeida, como 2º secretário. Como 1º tesoureiro assume Marcos Antonio Gerhardt e Ronaldo Vieira Sedrez assume como 2º Tesoureiro.
 
Os membros efetivos do Conselho Fiscal são Edmir de Sales Pinto Junior, Valter Néis e Carlos Henrique de Carvalho; os suplentes são Ronir Schlosser, Marlon Edenir Moser e Fellipe Argenta Sponchiado. O Conselho Deliberativo será formado por Fábio Luis Inthurn, Bruno de Andrade Pereira, Kan Han Yong Charles, José Carlos Santos Leal e Flávio Macedo Mussi.

 

Novo Presidente do CAP toma posse e é apresentado na última reunião do ano aos membros da comunidade portuária

Assuntos como renovação do Convênio de Delegação, aprovação do projeto que transforma a Superintendência do Porto de Itajaí em empresa pública, Arrendamento Transitório e Definitivo, foram debatidos.


Nesta manhã de sexta-feira, 29, os membros que compõem o Conselho da Autoridade Portuária (CAP), reuniram-se na sede da Superintendência do Porto de Itajaí para realizarem o 10º e último encontro de 2024.


De acordo com o cronograma de datas, em 2024, foram realizadas quatro edições das reuniões da entidade (CAP), sendo 10 no total desta gestão. Durante o encontro, assuntos de extrema relevância para o Porto de Itajaí e Complexo Portuário do Rio Itajaí Açu foram debatidos entre os participantes que atuam no trade portuário.


Inicialmente, o Superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga, deu boas vindas ao novo presidente do CAP, e, na oportunidade, abriu a pauta do dia, destacando os seguintes temas que foram abordados.


Na sequência, o Diretor Geral de Administração e Finanças, Ronaldo Camargo Souza, apresentou aos participantes, números de movimentação de operações de atracação, tonelagem, contêineres e TEUs (contêineres de 20 pés), inseridos no complexo portuário, porto público e área arrendada, e relatório de movimentação financeira.


“Fizemos um comparativo entre 2023 e 2024, no mesmo período, de janeiro a outubro, e, vemos que mensalmente o porto de Itajaí, e o complexo num todo vem apresentando registros positivos, de aumento dos números. No complexo, atracaram 864 navios em 2023, e, até outubro deste ano, já somamos 1005.  No porto de Itajaí, pelo mesmo período, de 76 passou para 114 embarcações. Na movimentação de cargas, no complexo, foram movimentadas 12.567.715 toneladas em 2023, e, em 2024, até outubro, o registro foi de 11.535.599 toneladas, onde projeta-se até o final de dezembro um número maior que no ano passado. No porto de Itajaí, também na movimentação de cargas, em 2023, foram registradas 305.647 toneladas, contra 493.331 toneladas em 2024 até outubro. Na movimentação de TEUs (contêineres de 20 pés), no complexo foram registrados em 2023, 1.086.457 unidades, contra 943.390 unidades até 31 de outubro deste ano. Por fim, no porto de Itajaí, em TEUs, foram registradas 334 unidades em 2023, contra 13.427 também até outubro deste ano. Já, em relação a movimentação financeira, o porto de Itajaí vem crescendo mensalmente sua renda, e, para 2025, de janeiro até dezembro do ano que vem, estudamos uma projeção financeira bem moderada podendo chegar em até R$ 121 milhões. Podemos citar positivamente, também, nossa próxima temporada de cruzeiros marítimos, iniciando no dia 18 de dezembro, e, encerrando em abril de 2025, onde são esperadas 39 escalas de transatlânticos, o que incrementa a receita do porto de Itajaí”, destacou Ronaldo.


Destaque ainda na pauta, para a posse dos Conselheiros, Presidente do CAP - Sérgio Vianna Teixeira Júnior (Secretaria de Portos), Nikolas Reis Moraes dos Santos (Governo do Estado de Santa Catarina), Raimundo Nonato da Silva Menezes e a Suplente Patrícia Souza Xavier (ANVISA), João Ricardo de Andrade Chaves (SC Portos Operações Portuárias), e o suplente Jorge Luiz de Carvalho Dantas Júnior (ABTP), Ronaldo Camargo Souza (Prefeitura de Itajaí). Também em ata, ocorreu a recondução dos membros Fábio da Veiga e do suplente Jucelino dos Santos Sora (Porto de Itajaí), e, a recondução de Ademar Tomaz da Silva Filho e o Suplente Oberdan Alex da Silva Cardoso (FNE).


Outros assuntos como gestão do Porto, retorno dos trabalhos de manutenção de dragagem (após ser concretizado quitação de valores e reprogramação financeira por meio de Aditivo Contratual assinado no início de novembro), Convênio de Delegação, Contratos de Arrendamento Transitório. Na Ordem do Dia, destaque quanto a aprovação do projeto que transforma a Superintendência do Porto de Itajaí em empresa pública, cuja administração do Porto será realizada pela Diretoria Executiva e Conselho de Administração. O projeto foi aprovado por unanimidade durante a 78ª Sessão Ordinária na Câmara de Vereadores, e, atualmente, o projeto já se encontra no Executivo Municipal para sanção do prefeito. Este assunto está sendo muito comentado entre as autoridades, na busca melhor para os servidores que atuam na sede da Superintendência do porto de Itajaí.


A Superintendência do Porto de Itajaí é uma autarquia instituída em 1995. Com a mudança, terá forma de sociedade de propósito específico, personalidade jurídica de direito privado, patrimônio próprio e autonomia administrativa, técnica, financeira e patrimonial. A empresa pública tem função social de realização do interesse coletivo. O objetivo é administrar e explorar o Porto Organizado de Itajaí, das retroáreas do Porto, hidrovias, vias lacustres e navegáveis do Município. O projeto estabelece ainda que a administração da empresa pública será feita por uma Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração. Além disso, contará com um Conselho Fiscal permanente.


Natural do Rio de Janeiro, o novo presidente do CAP, Sérgio Vianna Teixeira Júnior, é engenheiro civil, onde trabalhou como engenheiro concursado na Prefeitura do Rio de Janeiro por muitos anos. Em 2010, passou num concurso para Analista de Infraestrutura do Governo Federal, onde atua nesse cargo efetivamente. Sua carreira começou no Ministério do Planejamento, mas seguiu de forma transversal, posição que foi criada na época do PAC, para apoiar como engenheiro nas obras. Com o fim do PAC, assumiu outras funções, e, desde 2010, atua na Secretaria Nacional de Portos, agora vinculada ao Ministério de Gestão e Inovação.


Sérgio já esteve em Itajaí em outras oportunidades, e, conhece bem a realidade do cenário portuário local. Nos últimos anos tem acompanhado as diversas situações que envolveram o porto de Itajaí, no que tange aos contratos de arrendamento transitório e definitivo, vinda da nova operadora, a JBS Terminais, e, atualmente, está acompanhando o processo em Brasília, onde será decidido pelo Governo Federal se a delegação portuária de Itajaí, será renovada, garantindo assim sua municipalidade, ou se será federalizada pelo Ministério de Portos, pois o convênio de delegação vence em 31 de dezembro.


“A pauta foi muito séria. Itajaí vive um momento preocupante, não só para a vida dos servidores, mas para o futuro da cidade. Itajaí voltou a se destacar no ranking nacional, mas é essencial que exista uma interligação entre os governos federal e municipal. O Porto tem capacidade plena de continuar com a eficiência que já demonstra e, quem sabe, até melhorar. O problema é que estamos em uma indefinição que não depende só de nós. O que posso adiantar é que já existe uma minuta de convênio de delegação em andamento, e, tão logo, certamente todos terão informações mais precisas. Minha expectativa é que tudo ocorra bem. Gostaria de parabenizar ainda o superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga, pelos resultados alcançados e pela capacidade de enfrentar e resolver os problemas. Tenho certeza de que, com a competência que temos aqui, conseguiremos alcançar grandes avanços”, analisa Sérgio.


Compondo a mesa de autoridades durante a realização da 10ª reunião do CAP, estiveram participando representantes da Superintendência do Porto de Itajaí, Delegacia da Capitania de Portos de Itajaí (Marinha), SC Portos Operações Portuárias, SINTAC, Governo do Estado de Santa Catarina, e Prefeitura Municipal de Navegantes.


Participaram ainda do encontro, representantes da Praticagem, ANTAQ, Receita Federal (RFB), Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA/Vigiagro - Unidade de Itajaí), Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Santa Catarina, SINDASC, representantes de Sindicatos de Classe (Estiva e Vigia), representantes de TUPs/Terminais de Uso Privado (TEPORTI, Portonave e Barra do Rio), Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Santa Catarina (SINDAESC), Sindicatos de Classe dos Trabalhadores Portuários Avulsos (TPAs), Guarda Portuária de Itajaí, e demais representantes de entidades de Classe e membros da Sociedade Civil Organizada.


O novo presidente da Entidade, deixou agendado o primeiro encontro de 2025 para o dia 31 de janeiro.
“A reunião de hoje contou com a posse do novo presidente e de outros membros. Tivemos ainda a participação de vários representantes dos Terminais de Uso Privado (TUPs), e, de membros da comunidade portuária. Os assuntos abordados foram todos atuais, sobre a situação que o Porto está vivenciando hoje. Me sinto gratificada de participar de uma reunião tão importante onde são debatidos os assuntos do interesse da comunidade portuária que implica diretamente na nossa cidade, e, é por isso que sempre estamos avançando em grandes temas, sendo relevantes para todos que atuam na atividade portuária, destacou a Secretária Executiva do CAP, Cristina Costa Biu.


O CAP (Conselho de Autoridade Portuária), é um órgão “consultivo” e tem a participação direta nas decisões administrativas, técnicas, operacionais e comerciais dos portos e entidades ligadas a eles. É composto por representantes dos poderes Federal, Estadual e Municipal, contando ainda com representantes dos operadores portuários, trabalhadores e usuários dos serviços do porto.
Ao final da reunião, o Superintendente Fábio da Veiga, fez uma breve avaliação de sua gestão, pontuando de forma otimista, clara e objetiva, os desafios que enfrentou. Acima de tudo, fez questão de destacar que, mesmo se retirando em breve do cargo de Superintendente, deseja o melhor para o futuro da cidade e de todos que atuam na atividade portuária:


“Eu sou um ser democrático, pedindo desculpas quando necessário, e me esforço para atender bem a todos. Fiz uma promessa de não deixar ninguém sem atendimento, independentemente das circunstâncias. É importante buscar esforço nos debates e garantir que ninguém fique de fora. Vocês me ajudaram a superar momentos difíceis, e, embora isso me tenha exigido muito, sigo sem medo de enfrentar desafios. Agradeço aos amigos, aos colegas e à oportunidade de estar aqui. Agradeço a todos que contribuíram para este trabalho. As dificuldades enfrentadas foram grandes, mas com dedicação conseguimos superar. Espero que, no futuro, possamos continuar nos empenhando pelo melhor, gerando resultados que reflitam nosso esforço coletivo. Muito obrigado por tudo. Desejo a continuidade de boas ações em nossas cidades, para que possamos crescer juntos e criar um ambiente cada vez mais colaborativo. Sei que muitos desafios permanecem, mas acredito na importância de termos uma gestão eficiente e solidária. Precisamos sempre avançar e criar oportunidades para o desenvolvimento. Assim, seguimos trabalhando com dedicação e esperança, mesmo quando as circunstâncias são desafiadoras. Estamos comprometidos com a construção de um futuro melhor, sabendo que cada pequena ação conta. Isso é o que traz sentido ao que fazemos. Vamos continuar aprendendo e evoluindo para alcançar novos patamares. Mais uma vez, obrigado a todos que estiveram ao meu lado nessa jornada”, concluiu o Superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga.


*Fábio da Veiga – Superintendente do Porto de Itajaí
* Sérgio Vianna Teixeira Júnior – Presidente do CAP
*Cristina Costa Biu – Sec. Executiva do CAP de Itajaí
*Texto e Fotos: Luciano Sens – Sec. Geral de Comunicação Social

 

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