A Escola de Aviação Civil do SENAI da Palhoça recebeu nesta sexta-feira, 9, a confirmação de que foi classificada como Empresa Estratégica de Defesa (EED) pelo Ministério da Defesa (MD) após criteriosa visita de avaliação técnica feita por uma equipe compostas de representantes do MD. Com isso, seus treinamentos passarão a ser tratados como Produtos Estratégicos de Defesa (PED) de acordo com as portarias GM-MD Nº 2.823 e GM-MD Nº 2.821, ambas de 5 de julho.
As Empresas Estratégicas de Defesa são aquelas que dispõem de conhecimento e de tecnologias essenciais para a manutenção da soberania nacional. De acordo com o coordenador do curso de manutenção de aeronaves do SENAI de Palhoça, Thiago Carvalho, agora a Escola de Aviação do SENAI passa a integrar um grupo seleto de 13 empresas catarinenses que compõem a Base Industrial de Defesa (BID), sendo a única EED brasileira a ter serviços educacionais.
“Agora podemos oferecer com mais benefícios os cursos de curta duração, seja de qualificação ou aperfeiçoamento, para os militares – em especial os mecânicos de aeronaves - das Forças Armadas, além de ter acesso aos incentivos tributários previstos em lei e da preferência na contratação pelas Forças Armadas não só no Brasil, mas com alcance mundial” diz Thiago.
Entre os cursos que serão oferecidos às Forças Armadas estão o treinamento teórico e prático para pilotos, engenheiros, mantenedores de aeronaves e outras capacitações do SENAI/SC, incluindo curso de inglês para pilotos, controladores de tráfego aéreo e mecânicos de aeronaves; curso técnico em manutenção de aeronaves em célula SENAI, e o curso técnico de manutenção de aeronaves em grupos motopropulsor. A unidade do SENAI em Palhoça, criada em 2009, já formou mais de 500 profissionais e é referência nacional na área.
Com informações da All Press
A qualificação de profissionais para ocupações cada vez mais tecnológicas é foco dos trabalhos de um grupo de especialistas do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o chamado BRICS. A participação brasileira é liderada pela Confederação Nacional da Indústria, por meio do SENAI, a partir de indicação dos ministérios da Casa Civil e da Educação. O objetivo é criar estratégias para promover a capacitação padronizada entre os países.
“Somos reconhecidos por aliar a teoria e a prática. As discussões que estão em curso no grupo formado pelos países do BRICS vêm sendo amplamente abordadas em nossas formações. Não é uma agenda apenas de entidades privadas, ela exige políticas públicas mais robustas, com respaldo técnico e competência para guiar os debates”, destaca o diretor-regional do SENAI, Fabrizio Machado Pereira.
São oito grupos de trabalho, sendo um deles voltado para as áreas de inteligência artificial, machine learning e big data, coordenado pelo professor Valério Junior Piana, do Centro Universitário do SENAI em Chapecó. “Os grupos debatem temas como a falta de profissionais qualificados para atuar com as tecnologias da indústria 4.0 e as habilidades fundamentais para o futuro do trabalho, não apenas na indústria, mas também em outras áreas”, afirma Piana. “Estamos focando nas ocupações mais tecnológicas e o que fazer diante da falta de profissionais”, acrescenta.
Piana, que no SENAI coordena os cursos de graduação e pós-graduação em TI, cita, principalmente, a falta de profissionais qualificados na área de tecnologia para atuar com programação, automação e outros setores. O grupo de trabalho do BRICS atua com base no relatório do Fórum Econômico Mundial, que elenca habilidades que as pessoas precisam ter ou desenvolver, como criatividade, solução de problemas complexos, trabalho em equipe, entre outras, incluindo as habilidades e conhecimentos técnicos.
O grupo está elaborando uma proposta de esforço conjunto dos países para capacitar a força de trabalho. “Algumas alternativas que estamos sugerindo são a implementação de laboratórios-modelo, equipados para desenvolver as capacidades necessárias para o mundo do trabalho, e cursos de graduação e pós-graduação com currículos padronizados entre os países”, relata Piana.
O SENAI é referência mundial em qualidade de ensino. Capacita os trabalhadores da indústria por meio de educação profissional e superior, consultorias especializadas e serviços de inovação voltados ao desenvolvimento e à competitividade industrial. A instituição está presente em todos os estados brasileiros.