O Brasil registrou em junho o sexto mês consecutivo com saldo positivo na criação de vagas de empregos formais. Foram gerados 277,9 mil empregos com carteira assinada, segundo dados do Ministério do Trabalho e Previdência. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (28) e fazem parte do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).
Todos os estados e o Distrito Federal registraram saldo positivo na geração de empregos em junho, tendência também observada nos meses anteriores. Desde 2019, mais de 4,5 milhões de pessoas foram contratadas em vagas formais.
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Houve registro de novos postos de trabalho com carteira assinada em todos os cinco grupos de atividade econômica: Serviços, Comércio, Indústria, Agropecuária e Construção.
O grande destaque foi o setor de Serviços, representando 44,8% do saldo total, com 124,5 mil novas vagas, principalmente em atividades de informação, comunicação, financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Também com desempenho positivo foi o Comércio, com saldo de 47,1 mil postos de trabalho abertos em junho.
O terceiro maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor da Indústria, que registrou mais 41,5 mil postos. O destaque vai para a fabricação de álcool, de calçados de couro e confecção de peças de vestuário. Na Agropecuária foram mais de 34,4 mil novas vagas e na Construção, 30,2 mil contratações.
A Região Sudeste foi a que mais gerou vagas de trabalho em junho, ficando o estado de São Paulo na liderança. Foram cerca de 80,2 mil novos postos. Na sequência, estão Minas Gerais com mais 31 mil novos empregos formais e Rio de Janeiro com mais 22,9 mil vagas.
Acumulado do ano
No acumulado de janeiro a junho de 2022, o Brasil registrou um saldo de 1.334.791 de novos empregos formais, decorrente de 11.633.347 admissões e 10.298.556 desligamentos. Os dados indicam um aquecimento da economia, visto que o total de admissões no período foi 14,2% superior ao mesmo período de 2021.
Ainda, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há indícios da recuperação continuada do mercado de trabalho. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pela instituição , a taxa de desemprego no Brasil ficou em 9,8% entre os meses de março e maio. É a menor taxa do período desde 2015.