A localização estratégica, a vocação logística, o arrojo dos empresários locais e pequenas vantagens fiscais levaram Itajaí, no litoral norte catarinense, a desbancar os grandes centros e se tornar o principal importador do país em 2023. Empresas sediadas em Itajaí importaram no ano passado US$ 13.150.114.858,00, o que representa 5,47% de todas as importações do Brasil. As mercadorias vieram principalmente da Ásia (50,48%), Europa (19,80%) e América do Sul (17,29%). Entre os produtos, destaque para os químicos (19,21%), máquinas e aparelhos eletrônicos (17,71%), plásticos e derivados (16,33%)
“Itajaí atrai um grande número de empresas de comércio exterior em função das excelentes condições logísticas do estado, que conta com cinco portos marítimos, está localizado praticamente no centro do Mercosul, conta com mão de obra qualificada e desfruta de uma parceria entre governo e empresas privadas sem paralelo no Brasil. Há mais de 20 anos o Governo Catarinense fornece as condições fiscais para que empresas locais busquem novos negócios para o estado em todo o país. Após a importação marítima, as mercadorias são distribuídas pelo país por via rodoviária, visto que a BR 101 praticamente margeia todos os portos catarinenses. Em relação a Itajaí, especificamente, o curioso é que o porto da cidade passou todo ano de 2023 parado em função da incompetência do governo federal em realizar uma nova licitação do porto. Caso o porto tivesse operado normalmente, a tendência é de que Itajaí teria atingido percentual ainda mais expressivo no ranking de cidades importadoras do país”, afirma o CEO da Tek Trade, Rogério Marin, que também é presidente do Sindicato das Empresas de Comércio Exterior do Estado de Santa Catarina (Sinditrade).
Na lista das cidades com empresas que mais importaram, Manaus/AM ficou em segundo lugar no ranking, com mais de US$ 12,5 bilhões em importações. Já São Paulo ficou em terceiro com valores que ultrapassam US$ 8,4 bilhões. No mesmo período, o Brasil importou US$ 240,8 bilhões, 11,66% menos que em 2022, o que gerou um superávit comercial recorde de quase US$ 100 bilhões.