Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial (WEF), anunciou nesta segunda-feira (21) sua renúncia imediata ao cargo de presidente do Conselho de Administração da organização. Aos 87 anos, Schwab deixa o posto após mais de 50 anos liderando a instituição que criou em 1971 e que se tornou conhecida por sediar o encontro anual de líderes globais em Davos, na Suíça .
Em comunicado oficial, Schwab afirmou: "À medida que entro no meu 88º ano de vida, decidi deixar o cargo de presidente e membro do Conselho de Administração, com efeitos imediatos". A decisão foi aprovada pelo conselho durante uma reunião extraordinária realizada no domingo (20) .
Para ocupar o cargo interinamente, o conselho nomeou Peter Brabeck-Letmathe, ex-presidente e CEO da Nestlé, que já atuava como vice-presidente do WEF . Um comitê de busca foi formado para selecionar um sucessor permanente.
Sob a liderança de Schwab, o Fórum Econômico Mundial transformou-se em uma plataforma influente de diálogo entre líderes políticos, empresariais e acadêmicos, abordando questões globais como mudanças climáticas, desigualdade e inovação tecnológica . O evento anual em Davos tornou-se um símbolo da globalização e da cooperação público-privada.
Apesar de seu prestígio, o WEF enfrentou críticas nos últimos anos por ser considerado elitista e desconectado das preocupações da população em geral. Além disso, a organização foi alvo de alegações sobre sua cultura interna, incluindo denúncias de assédio e discriminação, as quais foram negadas pelo Fórum.
A saída de Schwab marca uma transição significativa para o WEF, que busca manter sua relevância em um cenário global em constante transformação. A organização reafirmou seu compromisso com o diálogo inclusivo e a cooperação internacional para enfrentar os desafios contemporâneos