sábado, 19 de abril de 2025
12/04/2025 17:30

Estudo aponta que tarifas podem reduzir em até 1% o PIB de longo prazo dos EUA


O presidente Donald Trump (Foto: REUTERS/Nathan Howard)

Um levantamento da Tax Foundation, entidade de pesquisa em políticas fiscais sediada em Washington, indica que a implementação de todas as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos, juntamente com as retaliações já definidas ou suspensas por negociações, pode resultar em uma redução de até 1% no Produto Interno Bruto (PIB) de longo prazo do país.​

Mesmo desconsiderando possíveis retaliações de parceiros comerciais, a estimativa é de uma queda de 0,8% na atividade econômica.​

Em termos convencionais, antes de considerar os efeitos adversos das tarifas sobre a economia, projeta-se que a arrecadação federal aumentaria em US$ 2,2 trilhões na próxima década. Contudo, ao se levar em conta os impactos negativos das tarifas, essa receita cairia para US$ 1,5 trilhão.​

A inclusão dos efeitos das tarifas retaliatórias dos parceiros comerciais reduziria ainda mais a arrecadação em US$ 132 bilhões ao longo de dez anos.​

A Tax Foundation ressalta que há consenso entre economistas de que o livre comércio eleva a produção e a renda econômica, enquanto barreiras comerciais tendem a reduzi-las. Historicamente, tarifas elevam os preços e diminuem a disponibilidade de bens e serviços para empresas e consumidores nos EUA, resultando em menor renda, redução de empregos e queda na produção econômica.​

O estudo destaca que as tarifas podem aumentar os custos de peças e materiais, elevando os preços dos produtos finais e reduzindo a produção no setor privado. Isso levaria a rendas mais baixas tanto para proprietários de capital quanto para trabalhadores.​

Além disso, o aumento dos preços ao consumidor devido às tarifas diminuiria o valor real da renda do trabalho e do capital após impostos. Com retornos menores, os americanos teriam menos incentivos para trabalhar e investir, o que poderia resultar em uma produção econômica reduzida.​

Alternativamente, o dólar americano poderia se valorizar em resposta às tarifas, compensando parcialmente o aumento de preços para os consumidores. No entanto, um dólar mais forte dificultaria as exportações, reduzindo as receitas dos exportadores e, consequentemente, a produção e a renda nos EUA, afetando negativamente os incentivos ao trabalho e ao investimento.

 




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