A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, recebeu na tarde desta quinta-feira, 13 de junho, uma comitiva da INFRA S.A. e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O objetivo da visita foi conhecer a estrutura do Terminal e levantar dados para que a INFRA S.A. proponha a revisão do Plano Mestre do Complexo Portuário de Paranaguá e Antonina, que deve direcionar ações e investimentos a curto, médio e longo prazos envolvendo aspectos de gestão portuária, meio ambiente, melhorias operacionais e interação porto-cidade.
Responsável por prestar serviços de planejamento, estruturação de projetos, engenharia e inovação para o setor de transportes, INFRA S.A. é uma empresa pública federal vinculada ao Ministério dos Transportes. Já a UFMA atua como braço técnico da INFRA S.A. na elaboração do Plano Mestre do Complexo Portuário de Paranaguá e Antonina no âmbito do 5º Ciclo de Planejamento Portuário da Secretaria Nacional de Portos do Ministério de Portos e Aeroportos.
As equipes da empresa pública e da universidade foram acompanhadas por lideranças do Terminal em uma visita-técnica pelo pátio de operações e, posteriormente, participaram de uma apresentação que abordava perspectivas de mercado, bem como dados sobre infraestrutura, capacidade operacional e logística da TCP.
Segundo Rafael Stein, gerente institucional e jurídico da TCP, “o Plano Mestre tem um papel importante tanto para o complexo portuário quanto para toda a comunidade, pois ele abrange o estudo de melhorias e soluções na relação porto-cidade, além de possuir um escopo dedicado exclusivamente a iniciativas voltadas a sustentabilidade”.
A coordenadora de planejamento portuário da INFRA S.A., Samantha Albuquerque, destaca que “a TCP tem uma importância muito grande não só para o Porto de Paranaguá, mas também para o Brasil, por conta do volume movimentado, principalmente de contêineres reefer. Por isso, o Plano Mestre é crucial para empresa e para o complexo portuário como um todo, porque é um instrumento de planejamento balizador para a Secretaria Nacional de Portos direcionar os investimentos em melhorias de forma estratégica”.
Importante corredor de exportação para produtos do agronegócio em sua região de influência, que compreende os estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul, a TCP acumulou um crescimento de 38% no volume de contêineres movimentados apenas nos quatro primeiros meses de 2024, número que chegou a 509.203 TEUs em comparação aos 368.720 registrados no mesmo período no ano anterior.
Para atender o aumento na demanda do mercado, a TCP investiu R$ 370 milhões entre 2022 e 2024 na aquisição de novos equipamentos, implementação de novas tecnologias e em melhorias estruturais.
A reforma dos Gates, portões por onde os caminhões passam e que dá acesso ao pátio de operações, foram um dos projetos que já trazem resultado para o Terminal e para Paranaguá. “Com a ampliação do número de vias de acesso, e com a tecnologia embarcada e processos de automação que implementamos, conseguimos melhorar o fluxo de agendamento de caminhões em 200%, passando de 50 para 150 agendamentos por hora, o que reduz o tempo de espera e congestionamentos na região portuária”, explica Stein.
Como resultado da conclusão da obra, a TCP registrou um novo recorde de transações de contêineres pelo Gate neste mês de abril, número que chegou a 49.417 contêineres.
TCP participa de discussões sobre o estudo para ampliação da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A.
Em abril, a TCP recebeu a visita do Secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, e do Coordenador do Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, para conhecerem as operações do Terminal e discutirem o papel do projeto de ampliação e renovação da malha ferroviária nacional, o qual incluí a Nova Ferroeste, dentro do contexto da logística portuária.
Com o objetivo de ampliar a Estrada de Ferro ParanáOeste S.A., que hoje conta com pouco mais de 200 quilômetros de extensão, a Nova Ferroeste prevê um traçado de 1.567 quilômetros, conectando os municípios de Maracaju (MS) e Paranaguá, além de criar um ramal entre Foz do Iguaçu e Cascavel e entre Chapecó (SC) e Cascavel, tornando-se, assim, o segundo maior corredor de grãos e contêineres do país.
“O modal ferroviário representa um diferencial para a TCP, pois somos o único terminal do sul do Brasil que possui uma ferrovia com acesso direto à zona primária, dentro de nosso pátio de operações. Este tipo de transporte é uma alternativa mais sustentável, que reduz a emissão de gases de efeito estufa, além de reduzir a pressão sobre fluxo de caminhões nas rodovias do país”, destaca Stein.
Aproximadamente um a cada seis contêineres que chega ao Terminal são transportados por meio da ferrovia.