O tempo médio para a abertura de uma empresa em Santa Catarina caiu para um dia e 12 horas ao final do segundo quadrimestre de 2022, ou seja, o período de maio a agosto. No mesmo período do ano passado, esse prazo estava em três dias e 18 horas, o que correspondeu a uma redução de 54 horas. Já em relação ao primeiro quadrimestre deste ano, a queda foi de nove horas.
O empresário Edilson Paiva é fundador de uma startup em Santa Catarina, para investidores. Para ele, essa diminuição do tempo para abertura de uma empresa representa um avanço e incentiva a abertura de novos negócios.
“É um incentivo muito grande a todo o cenário econômico do país. Aqui em Santa Catarina, principalmente, tem uma cultura empreendedora muito forte. E a redução do tempo para abrir um CNPJ facilita ainda mais e estimula essa cultura que já é forte no estado. Eu acho que é uma medida altamente benéfica para a economia como um todo”, destaca.
No Brasil, o tempo médio foi reduzido para 23 horas ao final do segundo quadrimestre de 2022. Trata-se do menor prazo médio já registrado. O atual patamar corresponde a uma redução de 17 horas em relação ao final do primeiro quadrimestre deste ano.
A redução no tempo médio necessário para se abrir uma empresa no Brasil é ainda maior quando notada a evolução da série histórica. Quando a comparação é feita com o início de 2019, a diminuição foi de quatro dias e 10 horas.
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O especialista em contabilidade Neomar Camelo destaca que a redução do prazo para se abrir uma empresa é essencial para a movimentação econômica. Para ele, é um sinal de que o país está avançando.
“O que tem feito acelerar o tempo de abertura de uma empresa são novas tecnologias, com utilização de ferramentas e softwares mais avançados. Isso acelera a operacionalização da atividade do empresário. Quanto mais rápido estiver tudo registrado, o empresário terá a oportunidade de girar o seu negócio e, consequentemente, a economia do país”, pontua.
O deputado federal Gilson Marques (Novo-SC) entende que a redução também é uma boa oportunidade para a criação de novos empregos, além de aumentar a arrecadação por parte do estado.
“A redução de burocracias torna o processo de empreender, ou seja, de criar riqueza, mais ágil e eficiente. Isso não beneficia somente os empresários, pois, quanto mais rápido uma empresa é criada, mais rápido ela gera emprego, cria opções e soluções para os consumidores e também gera receita para o estado”, considera.
Os dados constam no Painel Mapa de Empresas, divulgado pela Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia.
O Brasil registrou mais de 1,3 milhão de empresas abertas no segundo quadrimestre de 2022, o que corresponde a uma elevação de 2% na comparação com o primeiro quadrimestre do ano.
Fonte: Brasil 61