Cerca de 3.500 pessoas acompanharam, nessa quarta-feira (10), o Encontro Nacional do Agro, promovido pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA), no Centro de Convenções de Brasília. O evento contou com a participação de representantes de sindicatos rurais de todo o país, das Federações estaduais de agricultura e pecuária e de associações do setor, além do presidente Jair Bolsonaro, parlamentares e ministros de Estado.
O encontro teve início com apresentação do diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, com o tema “O que esperamos dos próximos governantes”, em que foram tratadas questões relacionadas à segurança alimentar e aos desenvolvimentos econômico, social e sustentável. “Nesse documento, listamos ações que vão além do agro, como reformas, ações de educação, saúde e segurança. Diferente dos outros, visa o Brasil. As Federações vão receber o documento completo para debate”, explicou o diretor. A apresentação foi seguida por falas da ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, e do presidente Jair Bolsonaro.
Um dos painéis do evento da CNA teve como tema a segurança alimentar e o meio ambiente. O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, foram convidados a participar. O tema central do debate girou em torno dos desafios para o desenvolvimento agropecuário, em consonância com a preservação do meio ambiente.
Leite chamou atenção para a participação do setor privado na resolução de conflitos ambientais. “É o setor privado que vai achar uma solução para os desafios ambientais. A solução está na escala, no volume de produção e, nesse caso, já existem estudos que indicam a produção de cultivares, principalmente tropicais, que vão absorver carbono da atmosfera enquanto produzem, com isso retirar da atmosfera 40% dos gases de efeito estufa”, disse.
Marcos Montes destacou que ainda há desafios a serem superados nas questões agropecuária e ambiental. “Ainda temos dever de casa a fazer. Não pense que estamos na plenitude da sustentabilidade. Nós temos a questão da regularização fundiária, que é fundamental para a questão ambiental. Se não aprovarmos a regularização, não vamos ter a quem buscar para saber o que está acontecendo em derrubadas, desmatamentos ilegais”, disse o ministro.
O evento teve ainda a assinatura de convênios da CNA com outras instituições. Um dos acordos é com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), para o diálogo permanente entre produtores e gestores. O objetivo é disseminar boas práticas de gestão, além da elaboração de estudos, pesquisas e novos indicadores.
Outro convênio assinado foi com o IBGE, que, segundo a CNA, vai permitir o desenvolvimento de pesquisas, inclusive no setor agropecuário, o que tende a ajudar em políticas públicas. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) também firmou parceria para fortalecer produtos brasileiros no mercado exterior.
A Comissão das Mulheres, iniciativa que pretende ampliar a participação feminina no agro, em sindicatos patronais rurais, também foi lançada durante o evento. Comissões estaduais vão estimular o desenvolvimento de lideranças femininas.
A CNA divulgou ainda o Empregos Agro, plataforma gratuita específica do agronegócio que conecta empresas, candidatos e instituições de ensino para capacitação especializada.
Fonte: Brasil 61