sábado, 19 de abril de 2025
14/04/2025 14:05

Haddad aposta em “super Safra” para derrubar inflação apesar de alta recente


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (11) que o governo Lula tem adotado medidas fiscais para conter a inflação e que a expectativa é que a safra agrícola deste ano ajude a reduzir os preços nos supermercados. “A super safra da agricultura deve ‘aterrissar’ a inflação”, disse Haddad, em entrevista à Rádio BandNews FM.

Segundo o ministro, o aumento da oferta de alimentos deve colaborar para manter a inflação dentro de um “patamar adequado”, permitindo ao Banco Central (BC) voltar a mirar o centro da meta, que hoje é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%. Em março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação, acumulou alta de 5,48% em 12 meses — o maior nível em dois anos, conforme o IBGE.

Questionado sobre medidas que estimulam o consumo, como a liberação do saque-aniversário do FGTS e o programa Crédito do Trabalhador, Haddad negou que elas comprometam o combate à inflação. “No ano passado nós tomamos várias medidas fiscais e o Banco Central tomou várias medidas monetárias […] Tomaram-se medidas no sentido de conter a inflação já prevendo esse repique”, afirmou. “Preventivamente, antes de acontecer, nós já tomamos medidas para, se acontecesse, a inflação ser controlada num horizonte razoável”, completou.

Sobre o Crédito do Trabalhador, Haddad argumentou que é uma medida urgente, diante da alta dos juros: “Não é melhor prevenir o superendividamento do que ter que remediar? O que aconteceu no governo passado, não fizeram nada contra o superendividamento e eu tive que fazer o Desenrola no começo do governo porque as pessoas não conseguiam pagar suas dívidas”.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC elevou a taxa Selic para 14,25% ao ano e sinalizou uma nova alta em maio, possivelmente de 0,25 a 0,75 ponto percentual. Para Haddad, é fundamental oferecer crédito com juros mais baixos às famílias. “Há famílias que pegam empréstimos com taxas de juros de 5% ou 6% ao mês”, destacou.




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