Além de oportunizar acesso ao mercado de trabalho para pessoas com deficiência, o setor produtivo tem o desafio de oferecer um plano de carreira. Quem afirma isto é a jornalista Flavia Cintra, a primeira repórter de televisão cadeirante no Brasil. Ela participou nesta quinta-feira (18) do IncluTech, evento realizado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) que reuniu especialistas e lideranças para debater inclusão no mercado de trabalho.
▶️ Assista o evento no YouTube da FIESC.
A jornalista destacou que o trabalho é um meio de realizar sonhos e pessoas com deficiência estão cada vez mais qualificadas. “Temos universidades entregando para o mercado centenas de profissionais todos os anos. Mas cadê o protagonismo destas pessoas? Está na hora de fazer parte da mesa de decisão, é aí que vira a chave”, salientou Flavia, afirmando ainda que, sem as pessoas com deficiência na tomada de decisão, pessoas sem deficiência continuarão decidindo o que consideram ser melhor para as pessoas com deficiência.
“Quando a gente está fazendo junto, a gente acelera esse movimento e ele se reverte em lucro financeiro, institucional, em felicidade, que é o ativo mais buscado pelas empresas hoje. Equipes mas felizes, com qualidade de vida, entregam mais, são mais criativas e resolutivas e essa diversidade de pensamento é fundamental neste processo”, assegurou a jornalista.
Incluir as pessoas com deficiência é uma questão legal, humana e ética, frisou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. “Mas é também uma oportunidade para as organizações pois, cada vez mais, a diversidade é percebida como um diferencial na solução de temas críticos que as empresas e a sociedade enfrentam”, disse.
Por isso, o acesso ao mercado de trabalho é uma agenda central para a indústria. “O trabalho gera dignidade. Assim, além de criar as condições para que as pessoas com deficiência possam trabalhar, é necessário garantir que possam desenvolver suas competências e seu potencial”, lembrou Aguiar.
O evento promovido pela FIESC ofereceu uma experiência imersiva no metaverso. Trata-se de uma reprodução virtual de ambiente real no qual é possível acessar conteúdos sobre o tema inclusão, interagir com outros participantes e “circular” por três pavilhões. Conheça a plataforma.
No Pavilhão da Inclusão, o visitante tem experiências imersivas que procuram mostrar os desafios de pessoas com deficiências física, visual e auditiva e com Transtorno do Espectro Autista. No Pavilhão FIESC, estão expostas iniciativas inclusivas da FIESC e de empresas com produtos inovadores para a inclusão de pessoas com deficiência na sociedade, na escola e no trabalho.
O metaverso também tem uma área de convivência virtual, na qual os participantes podem falar por chat e emojis; ali também há carros elétricos e uma quadra esportiva com jogo de basquete.
Para acessar, basta criar um personagem (avatar) e entrar virtualmente no ambiente. É um acesso parecido com um jogo de videogame. No computador e no celular, usa-se o teclado para conduzir o próprio personagem pelo espaço. Quem participou do IncluTech presencialmente na FIESC também teve a oportunidade de navegar pelo ambiente imersivo com óculos especiais.
O evento contou ainda com a participação da presidente do Instituto Guga Kuerten, Alice Kuerten, e do CEO da ICOM Libras, Cid Torquato. General Motors, Grupo Empresarial Jorge Zanatta (Canguru e Imbralit), Intelbras e Aurora Coop apresentaram seus programas de inclusão.
O encontro também reuniu representantes da Justiça e órgãos de controle, como o desembargador Francisco José Rodrigues de Oliveira Neto, presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), e o desembargador Amarildo Carlos de Lima, presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 12ª Região.
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