Pesquisa inédita no Sul do país, conduzida pelo pós-doutor em Geografia Física e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Cássio Arthur Wollmann, aponta inicialmente que a verticalização da construção civil em Balneário Camboriú tem impacto no clima.
O levantamento inicial indicou que os prédios tornam Balneário Camboriú mais abafada. Logo no início da manhã, às 6h, a diferença entre a temperatura na Avenida Atlântica e na Avenida Brasil, com poucos metros de diferença, chega a 1ºC. Pode parecer pouco, mas os pesquisadores do clima consideram essa uma diferença significativa.
Às 9h, quando o sol começa a incidir com mais força na beira da praia, a temperatura inverte – a Avenida Atlântica passa a ficar mais quente do que a Avenida Brasil. Mas o vento, na beira da praia, torna a sensação térmica mais confortável. A Avenida Brasil está sombreada, mas a falta de circulação do vento faz com que a sensação de abafamento permaneça.
Nos últimos meses, Wollmann levantou informações iniciais que vão embasar um ano de coleta de dados em 21 pontos. O objetivo é mostrar como a verticalização, em um espaço tão pequeno, interfere no clima da cidade. A escolha de Balneário Camboriú para a pesquisa levou em conta as características da cidade.
Continuidade
A pesquisa agora terá continuidade. A coleta de dados começará, oficialmente, no mês de junho e estudos vão analisar o clima na cidade durante as quatro estações e traçar um panorama completo: temperatura, umidade, poluição e distribuição de chuvas.