13/08/2008
LÍDERES CENTRALIZADORES: OS AUTO-SUFICIENTES!
Preciso manifestar minha indignação e convidar meus leitores a ler nas entrelinhas tudo o que será relatado abaixo, pois se tratam de situações vivenciadas por milhares de pessoas todos os dias.
- Vamos por etapas!
Quando somos contratados por uma organização, seja ela do porte que for, estamos sendo admitidos pela competência que demonstramos na disputa por aquele cargo, ou seja, chegamos até lá porque superamos outros candidatos ocupando um lugar de destaque para a necessidade da organização.
- Parece isso, não parece?
Pois bem! Somos contratados, os dias se passam, nossas atribuições vão se tornando mais transparentes e o trabalho vêm sendo executado de acordo com o que estava previsto.
- Vamos usar esta frase no passado?
O trabalho vinha sendo executado, porque recebemos a visita ilustre do líder ditador, Senhor X! Aquele que em vez do espírito de equipe difunde o “Eu sou a equipe”. O típico sabe tudo!
Quando estávamos nos adequando ao trabalho, criando vínculos com o ambiente organizacional, ele aparece para dissociar vínculos. É incrível como ele tem a capacidade de destruição, quando deveria ser indulgente ao comprometimento e a influência de pessoas.
É necessário apresentar alguns exemplos do comportamento desse profissional, e para isso vamos utilizar os personagens: Joana e Paulo.
Chegando ao trabalho e antes que pudesse dar Bom dia, Joana ouve em alto e bom som:
- Ligue para nosso fornecedor e resolva o problema do boleto de cobrança emitido fora do prazo!
Em poucos segundos, Joana pega o telefone, liga para o fornecedor e enquanto interage com ele, questionando e investigando o que aconteceu, o Senhor X a interrompe e pede para que ela passe a ligação para ele, pois irá resolver aquela situação.
O Senhor X acabou de se designar o dirigente da situação e subsequentemente, de tirar total responsabilidade de Joana à situação que ela tinha sido chamada a resolver.
- Reparem bem! Em nenhum momento eu relatei no texto que Joana não estava sendo hábil na resolução do problema, mas o Senhor X optou por apenas se autoperceber.
Imagino quantas pessoas devem estar se identificando com este relato!
Em uma outra situação, o mesmo líder solicita ao colaborador Paulo que ele pleiteie melhores custos em relação a alguns orçamentos realizados sobre o material de escritório fornecido a empresa.
Imediatamente, Paulo começa a contatar as empresas em que haviam sido feitos os orçamentos e consegue apresentar uma negociação bem diferenciada, diminuindo significativamente os custos e mantendo a qualidade dos produtos oferecidos, sendo que entusiasmado com a resolução que havia dado ao problema, logo comunica seu líder, que mais uma vez surpreende!
Em vez de elogiá-lo, pergunta por que ele não pleiteou custos ainda menores, mesmo que para isso tivesse que reduzir “um pouco”, a qualidade dos produtos oferecidos.
- Como falar de um líder como esse!
Relatei estes exemplos, pois estamos diante de empresários, gestores e lideranças que no século XXI, ainda limitam-se a ser condescendentes com a falta de capacidade para liderar suas equipes, lembrando que equipes são constituídas por pessoas com diversos talentos, que só estão lá por possuírem um ou vários diferenciais.
Quando um colaborador é convidado a fazer parte de uma organização ele passa a ser parte daquele contexto. Assim sendo ele não é o registro número 112, o crachá número 150 e o uniforme número 200!
As pessoas inseridas no ambiente organizacional devem ter a oportunidade de multiplicar suas habilidades profissionais, mas para isso precisam de lideranças que atuem de forma coerente no desenvolvimento de habilidades e orientação de suas equipes, muito diferente de exercer coerção sobre seus colaboradores.
Delegar tarefas, orientar, colaborar, influenciar, prestar suporte, oferecer estímulo são algumas das atribuições que um líder deve ter. Inclusive, muitas pessoas falam sobre as competências necessárias para se tornar um grande líder, mas a minha pergunta é:
- Quais as características que um líder, em hipótese alguma, NÃO pode ter?
Nos casos relatados acima, por exemplo, quanto tempo este líder perdeu e deve perder diariamente, realizando atividades que ele mesmo delegou as pessoas de sua equipe, e no ímpeto de querer ser absoluto em todos os processos, inclusive na tomada de decisão, simplesmente transforma a rotina de seus colaboradores em vários pontos de interrogações sobre suas verdadeiras tarefas.
- O que eu devo realizar?
- Qual meu papel no contexto organizacional?
Preciso ainda falar sobre o último fato, o qual representa uma das piores características no quesito: lidar com pessoas.
Vamos generalizar uma situação! Este líder agora com outro colaborador, pede para que ele resolva problemas com empresas-clientes, sendo que reconhece nesta pessoa, habilidade no relacionamento interpessoal, além de compreender que é através do atendimento diferenciado prestado por este funcionário, que estes clientes se mantêm fidelizados à empresa.
- Vocês devem estar pensando! Desta vez ele acertou!
Podemos dizer que num ligeiro momento lógico e racional, sim! Mas evidentemente, sua superioridade faria com que suas características mais fortes voltassem à tona.
- O que aconteceu?
Logo após este colaborador ligar para as empresas e de fato resolver todos os conflitos através de uma forte potencialidade que é a comunicação e o trato com o cliente; este líder pergunta o que foi resolvido e em questão de alguns instantes, ele mesmo liga para todos os contatos novamente, e se sobrepõe às soluções apresentadas pelo seu funcionário, que neste caso só lhe serviu como muleta (up-grade).
Acredito que diante de fatos como estes todos já devem estar imaginando qual foi o desfecho desta empresa.
Três pedidos de demissão foram colocados sobre a mesa da gerência de RH, exatamente, daqueles colaboradores que representavam um grande diferencial para a organização. Mas isso foi só o começo, pois na seqüência, a empresa começou a perder grandes clientes por mau atendimento e perda da qualidade de seus produtos e serviços; os fornecedores sequer atendiam as ligações da área financeira, cansados das constantes promessas de quitação de dívidas. Não havia outra saída senão a de “fechar as portas”. Agora a pergunta:
- Como lideranças e gestores de algumas organizações podem achar que o ser humano pode ser levado em segundo plano se as grandes engrenagens dos novos tempos compõem-se de pessoas alinhadas e em busca de sucesso tanto em suas vidas pessoais quanto profissionais?
Fica o questionamento, mas a certeza de que estamos diante de gestores que se fazem de cegos, lideranças que fingem não escutar e empresários que se recolhem em suas grandes cadeiras achando que as soluções estão delimitadas ao espaço amplo de suas grandes salas e na ponta de suas canetas.
Não dá para parametrizar o andamento de todas as organizações, pois cada uma tem sua cultura, sua visão de mercado; mas é necessário compreender que a grande diferença está em dar o primeiro passo.
Levantem-se de suas cadeiras, acolham seus colaboradores com frases otimistas, participem do seu dia-a-dia, deixem suas portas abertas, se for preciso quebrem as paredes que só lhes fazem esconder; adequem os espaços de suas organizações, fazendo com que todos possam ver uns aos outros seja recebendo um cliente, entrando para uma sala de reunião, indo para um treinamento, trocando experiências ou ajudando-se mutuamente, pois de que adianta quantificar fechamentos de novos negócios se não houver pessoas competentes para conduzi-los. Compreenda que integrar todas as áreas de sua empresa será uma de suas mais concretas riquezas, pois se em todos os processos corporativos, seu colaborador for o grande referencial; estejam certos que o resultado com ele será bem melhor.
A escolha é de vocês, mas dependendo do caminho que seguirem; o sucesso ou o fracasso será de todos!
Simone do Nascimento da Costa
Graduada em Gestão de Recursos Humanos
pela Universidade Metodista de São Paulo.
Safra da esperança
Por José Zeferino Pedrozo
Além da importância para a segurança alimentar do País, o setor primário em geral e a agricultura em particular têm uma capacidade extraordinária de gerar respostas econômicas. Por isso, importantes lideranças nacionais vêm defendendo uma estratégia de Estado e não apenas de governo para o agronegócio brasileiro, como a saída mais rápida e mais viável da crise em que se meteu o Brasil.
Ex-tarifário e seus benefícios
Por Milton Lourenço
– Não há dúvida que a falta de confiança no governo Dilma Roussef, causada por incertezas relacionadas à área fiscal, foi o principal fator que levou a economia brasileira para baixo. Agora, com a retomada da confiança pelos investidores após o seu afastamento, já se desenha no horizonte um processo de recuperação pelo qual o País deverá passar nos próximos anos.
Sem pacificação não vamos a lugar nenhum
Por José Zeferino Pedrozo
O recém-encerrado processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff, agora em caráter permanente, exige uma avaliação isenta e escoimada de apegos ideológicos. De um lado, é necessário reconhecer que as instituições republicanas revelaram-se suficientemente fortes e maduras para cumprir rigorosamente os preceitos constitucionais e o rito definido pelo Superior Tribunal Federal.
O fim do TTIP e o Brasil
Por Milton Lourenço
Por enquanto, o Brasil pode respirar aliviado não só pelo fim definitivo do ciclo que marcou a permanência do lulopetismo no poder e as graves consequências que redundou na economia do País como também pelo fracasso das negociações entre Estados Unidos (EUA) e União Europeia (UE) para a formação do Transatlantic Trade and Investiment Partnership (TTIP), ou apenas Parceria Transatlântica, que, se formalizado, iria abarcar, mesmo sem a China, mais de 75% do comércio de bens do planeta.
Gestão e infraestrutura
Por Mário Lanznaster
Existem muitas coisas que os agentes econômicos em geral e os empresários em particular estão tendo cada dia mais dificuldade em tolerar. Uma delas é a crônica má gestão que impregna todo o setor público, incluindo a administração indireta e as empresas de economia mista, e que se revela pelo desperdício de dinheiro público, pela corrupção e pela ineficiência generalizada.
O que há por trás da crise no Mercosul
Por Milton Lourenço
Um balanço sobre os prejuízos causados à Nação pelo ciclo de 13 anos, três meses e 24 dias de lulopetismo ainda está para ser feito e só será completado, provavelmente, quando as suas principais figuras já estiverem apenas nos livros de História, mas, desde já, não custa assinalar algumas das decisões erráticas que marcaram seus três governos e meio. Uma delas foi o apoio à entrada da Venezuela no Mercosul em 2012, decisão eminentemente política, pois o Brasil à época já havia assinado um acordo com os venezuelanos que garantia as mesmas tarifas do bloco, o que pouco afetaria a relação comercial entre os dois países.
Crédito rural e sua importância como política pública para o Brasil
Por Mário Lanznaster
Nas Nações evoluídas, a agricultura e o agronegócio são considerados áreas essenciais que merecem apoio e proteção especial do Estado, tendo o crédito rural subsidiado como uma das mais eficientes políticas de apoio. Nos últimos tempos, esse tema tem sido objeto de grande preocupação para o agronegócio brasileiro. A crise econômica impactou fortemente na disponibilidade de recursos. De um lado, houve redução de disponibilidade de recursos pelas instituições financeiras, em razão da queda da poupança e dos depósitos à vista que, somado à elevação dos juros (necessário para melhor equação dos gastos públicos com os subsídios), encareceu o financiamento da produção.
Uma saída para o Brasil
Por Milton Lourenço
Entre os 15 maiores exportadores, 14 têm suas pautas de exportação concentradas em produtos manufaturados. O Brasil não está incluído nesse seleto grupo, ocupando apenas a 25ª colocação no ranking de 2015 elaborado pela Organização Mundial do Comércio (OMC), embora tenha o 9º Produto Interno Bruto (PIB) do planeta, o que mostra que teria tudo para estar entre os 15 maiores. O fato triste nessa constatação é que, até o final de 2016, de acordo com os resultados do primeiro semestre, o País deverá cair para a 29ª colocação.
Porto de Santos em crescimento
Por Milton Lourenço
O relatório anual que a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), criada em 1948 pelo Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU), mostra que o porto de Santos continuou a ocupar em 2015 o primeiro lugar na movimentação de contêineres no continente, com 3,6 milhões de TEUs, o que representou um crescimento de 2,1% em relação a 2014 (3,5 milhões de TEUs). Segundo a Cepal, nos 120 portos da região analisados, a atividade cresceu 1,7%, com um volume aproximado de 48 milhões de TEUs.
Choque de realidade e choque de gestão
Por Mário Lanznaster
Toda crise, por mais pavorosa que seja sua origem e por mais graves que sejam seus efeitos, tem um aspecto positivo. A presente crise política, ética e econômica que se abateu sobre a Nação brasileira pode ter um resultado positivo se revestirmos nossas avaliações com a visão independente, a sensatez do raciocínio lógico e a capacidade de interpretação dos fenômenos subjacentes.
Comércio exterior: nem tudo está perdido
Por Milton Lourenço
Em 2015, o valor total das exportações agrícolas no mundo alcançou um número sem precedentes: 81,3 bilhões de euros. Como mostram dados da Statistics Netherlands (CBS), o primeiro lugar de maior exportador de produtos agrícolas ficou com os Estados Unidos, o segundo lugar com a Holanda, seguida pela Alemanha, Brasil e França. Esses dados só reforçam as boas perspectivas que se avizinham para o setor.
A má gestão, a crise do milho e a vida dos brasileiros
Por Mário Lanznaster
Uma gestão eficiente ou, apenas, uma gestão racional, é pré-requisito para que tudo na vida privada, na vida empresarial, na vida pública funcione com razoável eficiência. Dizer isso parece uma verdade trivial, mas, indagam os contribuintes brasileiros, por que muitas estruturas estatais não agem guiadas por esse princípio básico?
OMC: mudança de orientação
Por Milton Lourenço
Embora um pouco desacreditada em razão da assinatura de vários acordos regionais nos últimos tempos, a Organização Mundial do Comércio (OMC), com sede em Genebra, ainda se mantém como um foro de excelência do multilateralismo comercial. Tanto que seus membros representam mais de 98% do comércio mundial e a entidade tem cumprido um papel importante pelo menos quando chamada a dirimir controvérsias no comércio entre países.
Comércio exterior: começar de novo
Por Milton Lourenço
Se o novo presidente quiser mostrar serviço, em vez de extinguir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), passando suas atribuições ao Ministério das Relações Exteriores, como já foi cogitado - a pretexto de eliminar órgãos e cargos desnecessários - deve começar por acabar com a função de assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais. É de se lembrar que foi exatamente a atuação desse tipo de assessor que, nos últimos treze anos, levou o nosso comércio exterior à situação crítica de hoje.
A "Hidra" dos bancos
Por Miguel Nozar
Bem, essa terrível imagem da Hidra (monstro mitológico assustador com várias cabeças de serpente e que nasciam duas no lugar quando uma era cortada) se aproxima muito de um fiel retrato do sistema financeiro global: apenas 28 bancos detém, juntos, 90% dos ativos disponíveis entre mais de 100.000 instituições existentes. Ou seja, abraçam uns 60 trilhões de dólares – trilhões mesmo -, o equivalente a 75% de toda a riqueza produzida no mundo, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) em 2014. Uma brutalidade!
A importância da CISG e da arbitragem para o transporte marítimo e a atividade portuária
Por Osvaldo Agripino de Castro Jr.
Em 2013, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), cerca de 90% das importações do Brasil em toneladas ocorreram por via marítima, enquanto na exportação foram 98% ¹. Esse modal, portanto, demanda intensa atividade portuária, com diversas possibilidades de avarias marítimas e portuárias, assim como intervenção estatal, em face do controle aduaneiro e da regulação dos diversos órgãos intervenientes.
A história do capitalismo brasileiro
Composto pelas histórias pessoais e empresarias de cinquenta e um empreendedores em atividade entre os anos de 1962 e 2013, o livro "Empresários Brasileiros" ajuda a compreender a construção do capitalismo no Brasil.
Comércio exterior em recuperação
Por Milton Lourenço
Independentemente de quem venha a assumir o governo, com o possível impedimento da atual mandatária, prevê-se desde logo uma reação da economia, já que ficará definitivamente banida a mentalidade tacanha que fez o País mergulhar nessa que já é considerada a pior recessão desde a crise de 1929.
Basta de cinismo e deboche!
Por Marcos Antonio Zordan
O maior e mais deletério efeito dessa conjugação de crises política, econômica e moral que assola o Brasil é o surgimento de um sentimento amargo que cala fundo no coração de todos os brasileiros: a descrença no regime democrático.
Mercosul: balanço de 25 anos
Por Milton Lourenço
O Mercosul, criado a 26 de março de 1991, chega à marca dos 25 anos, senão como uma iniciativa coroada de êxito, pelo menos como um empreendimento que alcançou mais pontos positivos que negativos. Reunindo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, países fundadores, e Venezuela, que completou seu processo de adesão em 2012, o bloco constitui, sem dúvida, a mais abrangente iniciativa de integração regional já implementada na América Latina.
Insensibilidade do poder público
Por Milton Lourenço
Causa estranheza a insensibilidade como o poder público vem tratando a questão dos terminais que operam granéis sólidos de origem vegetal no Corredor de Exportação do Porto de Santos. Como se sabe, a prefeitura santista alterou a Lei de Uso de Ocupação do Solo para impedir a atividade na área da Ponta da Praia, sugerindo que os terminais sejam transferidos para a área continental do município, pouco povoada, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liminar suspendendo a lei municipal que proíbe as operações.
Os caminhos da reindustrialização
Por Milton Lourenço
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a indústria de transformação só tem apresentado declínio nos últimos 35 anos, chegando hoje a um ponto crítico que, se não for revertido logo, poderá comprometer o futuro do País, devolvendo-o à condição de fornecedor de matérias-primas, como nos séculos XVIII e XIX.
Porto de Santos: 124 anos
Por Milton Lourenço
No dia 2 de fevereiro, completaram-se 124 anos da criação do porto de Santos, embora a primeira presença de navios na barra e no canal do estuário da antiga vila seja hoje informação perdida no tempo. Comemora-se essa data porque foi em 1892 que atracou o vapor Nasmyth, da armadora inglesa Lamport & Holt,no primeiro trecho de cais com 260 metros lineares construído no lugar dos velhos trapiches no local então conhecido como Porto do Bispo, na região onde hoje se localiza o Centro da cidade.
A quem interessa
Por Miguel Nozar
A queda aparentemente sem freio da economia brasileira é alegremente festejada nos subterrâneos de Wall Street, em Nova York, e da City, de Londres, antecipando uma festança animada pela queda de valor dos ativos brasileiros, propiciando sua compra a “preços de banana”, na expressão burlona de um executivo londrino do ICAP GROUP. líder mundial do setor de transações e investimentos internacionais.
Davos 2016
Por Miguel Nozar
Davos, a famosa estação de esqui da Suíça foi, uma vez mais, palco do Fórum Econômico Mundial, reunindo quase 3.000 figuras exponenciais dos negócios, das finanças, dos governos e de entidades chaves na condução das atividades que fazem a riqueza (e as tribulações) de nossa civilização nesse princípio de Século XXI.
Insegurança: até quando?
Por Milton Lourenço
O incêndio que atingiu, no dia 14 de janeiro, 20 contêineres refrigerados que armazenavam produtos químicos no pátio alfandegado da Localfrio, na margem esquerda do porto de Santos, em Guarujá, não alcançou as proporções daquele que ocorreu na margem direita, no Distrito Industrial da Alemoa, em abril de 2015, mas serviu para deixar mais uma vez à mostra a flagrante falta de infraestrutura do País em quase todos os segmentos. Se um incêndio de pequenas proporções provocou tantos transtornos, é de se imaginar o que ocorreria num acidente de grandes proporções.
Poucos com muito
Por Miguel Nozar
Em recente relatório divulgado previamente à reunião de Davos16, a Oxfam, organização líder mundial na sistematização e análise de informações sobre distribuição da riqueza globalizada e que assessora a ONU sobre o tema, publica dados que revelam claramente que vivemos num mundo profundamente desigual, donde apenas 1% da população mundial acumula 99% da riqueza planetária.
O porto de Santos e seus recordes
Por Milton Lourenço
Apesar da crise global e das consequências de uma orientação equivocada que, a partir de 2003, passou a misturar política com comércio exterior, prejudicando a colocação de produtos manufaturados nos EUA, o maior mercado do planeta, o porto de Santos continua a bater recordes: em 12 anos, praticamente, dobrou sua movimentação de cargas, em função da exportação de commodities, especialmente soja (grãos e farelo), açúcar, milho, álcool e café em grãos. Se não tivesse havido tamanha retração nas vendas de manufaturados e o parque industrial brasileiro continuasse a produzir em ritmo crescente ou ao menos nos níveis anteriores, o País hoje não estaria mergulhado em recessão. Pelo contrário. Seria um oásis que atrairia investimentos do mundo inteiro.
Comércio exterior: nova política
Por Milton Lourenço
Se o Brasil hoje detém menos de 1% de participação no comércio mundial, depois de ter alcançado 1,41% em 2011, culpa cabe à política equivocada que o seu governo adotou a partir de 2003, quando o Ministério das Relações Exteriores perdeu completamente sua autonomia, passando a responder à Assessoria Especial da Presidência da República. Segundo aquela orientação ideológica e partidária, os Estados Unidos seriam o grande satã do planeta e o País deveria lutar para deixar de ser dependente de sua economia, idéia que levou Brasil e Argentina a boicotarem deliberadamente as negociações para a formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).
O grande desafio: a dívida
Por Miguel Nozar
No andar desvairado desse tempo louco, pleno de incertezas, de presságios calamitosos e de visões apocalípticas, nada mais oportuno que lembrar alguns ensinamentos colhidos da experiência de lideres que souberam afrontar a borrasca e manter o rumo na direção de um desenvolvimento contínuo, sustentável e decisivo para manter viva a esperança de um futuro cada vez melhor.
O que esperar de 2016
Por Milton Lourenço
Segundo projeções da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), o País, que em 2011 detinha 1,41% das exportações mundiais, em 2016, deverá contentar-se com 0,98% de tudo o que se vende no planeta, seguindo a tendência negativa que tem marcado os últimos anos: em 2012, essa participação caiu para 1,33%; em 2013, para 1,32%; em 2014, para 1,19%; e em 2015, para 1%. Mais: depois de ocupar em 2013 a 22ª posição no ranking mundial de exportação, o Brasil deverá cair para a 29ª colocação em 2016, depois de ter ficado na 25ª em 2014 e 2015.
Faesc preocupada com importação de frutas da China
Por José Zeferino Pedrozo
A cadeia produtiva da fruticultura catarinense está preocupada com a possibilidade de ingresso da maçã chinesa no mercado brasileiro. A questão é fitossanitária e mercadológica: a China convive com pragas que já foram erradicadas no Brasil e pratica preços muito baixos porque mantém subsídios ao produtor o que é condenado pela Organização Mundial do Comércio.
Porto sem papel e comunicação
Por Milton Lourenço
Nos últimos dias de 2015 e início de 2016, o porto de Santos viveu o pior dos mundos, situação que só não foi mais grave porque o País estava entregue às comemorações da passagem do ano. E também porque não estavam programadas atracações de navios de cruzeiro. Durante aqueles dias, o porto passou pelo menos 48 horas sem comunicação com os programas Porto Sem Papel, Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e Datavisa, gerenciados respectivamente pela Secretaria de Portos (SEP), Receita Federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
LA PAUTA ESQUECIDA
Por Miguel Nozar
Em seminário prévio à Reunião de Cúpula do MERCOSUL, realizada no final de dezembro, o ex-presidente do Uruguai, José Mújica, fez referencia à lentidão do processo de integração e a falta e consenso entre os sócios, especialmente Argentina e Brasil, destacando de modo incisivo: “A tragédia é que sacrificamos o porvir de nossos povos no altar de egos e interesses menores. Os dirigentes e os políticos da região serão julgados pela Historia pelos danos que trouxeram à causa comum de um maior e mais justo progresso das nações do bloco”.
Faesc prevê dificuldades no abastecimento de milho no primeiro semestre
Por José Zeferino Pedrozo
Será complicado o abastecimento de milho para as cadeias produtivas da avicultura e da suinocultura industrial em Santa Catarina no primeiro semestre deste ano: o grão está caro e escasso, portanto, com preço em ascensão. A avaliação é do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo. A situação somente irá melhorar no segundo semestre, com a entrada da safrinha.
Entre o otimismo exagerado e o pessimismo exacerbado
Por Mário Lanznaster
Conquistar novos mercados para produtos brasileiros é essencial para fortalecer nossa presença no comércio internacional. Isso é positivo e deve ser comemorado na medida certa. Nos últimos anos, os anúncios de conquista de novos mercados para a carne brasileira vêm revestidos de um exagerado otimismo, cujo efeito é a geração de expectativas desconectadas da realidade econômica e mercadológica e, por via de consequência, a frustração de vários agentes da cadeia produtiva.
A eterna equação do milho
Por José Zeferino Pedrozo
Santa Catarina possui o mais avançado parque agroindustrial do Brasil, representado pelas avançadas cadeias produtivas da avicultura e da suinocultura. Essa fabulosa estrutura gera uma riqueza econômica de mais de 1 bilhão de aves e 12 milhões de suínos por ano, sustenta mais de 150 mil empregos diretos e indiretos e gera bilhões de reais em movimento econômico.
O GRANDE DESAFIO
Por Miguel Nozar
A Conferencia Mundial do Clima, COP 21, realizada em Paris sob os auspícios das Nações Unidas – que tem liderado a luta para incentivar os países a implementar medidas urgentes para combater o aquecimento global – finalizou com um acordo histórico que, para muitos cientistas pode significar um ponto de inflexão na desvairada corrida na “construção de um mundo sujo” alheio aos danos causados à Mãe Natureza e nos limites ecológicos do Planeta.
Mercosul e neocolonialismo
Por Milton Lourenço
Quem conhece minimamente História sabe das consequências do Tratado de Methuen para Portugal e Brasil. Também conhecido como Tratado dos Panos e Vinhos, esse acordo entre Inglaterra e Portugal, que vigorou de 1703 a 1836 e levou esse nome em homenagem ao negociador pelo lado inglês, o diplomata John Methuen (1650-1706), envolvia a troca entre produtos têxteis ingleses e vinhos portugueses.
O grande Desafio
Por Miguel Nozar
A Conferencia Mundial do Clima, COP 21, realizada em Paris sob os auspícios das Nações Unidas – que tem liderado a luta para incentivar os países a implementar medidas urgentes para combater o aquecimento global – finalizou com um acordo histórico que, para muitos cientistas pode significar um ponto de inflexão na desvairada corrida na “construção de um mundo sujo” alheio aos danos causados à Mãe Natureza e nos limites ecológicos do Planeta.
UMA LUTA DE TODOS
Por Miguel Nozar
A Conferencia Mundial do Clima, COP-21, realizada em Paris no início de Dezembro, com a presença de 195 países mais a EU, desde já considerada o mais importante encontro global na tentativa de encontrar um consenso para um compromisso entre todas as nações com o objetivo de manter o aumento da temperatura média da Terra, até o fim do Século, dentro de limites que permitam a continuidade de nossa civilização.
OS GEMIDOS DA TERRA
Por Miguel Nozar
Ainda que para muitos possa parecer exagerado – nesse grupo tem destaque muito especial aqueles aferrados ao sistema vigente de produção de riqueza, independente dos danos causados a Natureza – as evidencias científicas e as projeções realizadas pelos melhores especialistas do mundo, não deixam dúvidas de que a mudança climática é o suficiente real e perigosa como para sacudir, de modo catastrófico, as bases de nossa civilização.
O Brasil, a Argentina e o mundo
Por Milton Lourenço
A eleição de Maurício Macri para a presidência da Argentina tem tudo para reverter o rumo equivocado que o Mercosul tomou nos últimos doze anos, quando, em vez de funcionar como uma efetiva união aduaneira, transformou-se em fórum de debates políticos e inconsequentes. Desde logo, o presidente argentino anunciou que pretende, ao lado do Brasil, levar o Mercosul a procurar uma aproximação não só com a Aliança do Pacífico, mas com os EUA e a União Europeia (UE), “para tirar a Argentina da situação de isolamento em que se encontra”.
Para colocar o Brasil nos eixos
Por Milton Lourenço
Foi em 2011 que o Brasil conseguiu atingir a marca de 1,41% de participação nas exportações mundiais, o seu melhor resultado em 50 anos, mas, desde então, esse índice só tem caído, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). Em 2012, a marca foi para 1,33%, em 2013 para 1,32%, índice igual ao de 2008, em 2014 para 1,22% e em 2015 projeta-se que deve ficar em torno de 1,15%.
A crise e a falta de bom senso
Por Milton Lourenço
De 2000 para 2014 as exportações mundiais saltaram de US$ 6 trilhões para US$ 22 trilhões e o Brasil acompanhou essa tendência quadruplicando suas vendas para o mercado externo, que passaram de US$ 55 bilhões para US$ 225 bilhões. Pode parecer muito, mas esse crescimento poderia ter sido maior, tivesse tido o País administradores públicos mais responsáveis, que promovessem investimentos em infraestrutura superiores aos 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da última década.
CORAGEM PARA MUDAR
Por Miguel Nozar
Resulta por demais evidentes que nos encontramos numa época sem precedentes nos tempos modernos, demarcada por uma conjugação de tendências conflitantes que, tudo parece assim indicar, devem ser os primeiros sinais de uma mudança profunda no relacionamento entre as os povos, as pessoas e as nações e, destes, com o Planeta Terra.
Para onde vai a China?
Por Milton Lourenço
Quem vive o dia-a-dia do comércio exterior sabe que, depois de 35 anos de êxitos econômicos, a China deparou-se em 2009 com uma recessão mundial e teve de abandonar a antiga política de exportar maciçamente produtos de baixa qualidade, substituindo-a por outra de alto valor agregado com base em tecnologia de ponta. Como isso exige cérebros mais desenvolvidos, o governo chinês tem investido muito em educação para formar grandes contingentes de mão-de-obra especializada.