A expectativa de que o novo governo Trump intensifique a estratégia de competição tarifária, como forma de enfraquecer o regime econômico chinês, pode abrir oportunidades às exportações brasileiras e catarinenses para os Estados Unidos, principal destino das exportações do estado, na avaliação do presidente em exercício da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Gilberto Seleme. “Além disso, uma resposta chinesa, fechando o mercado para produtos norte-americanos, abriria espaço às vendas de commodities e de produtos da nossa agroindústria à China, já que os Estados Unidos são um grande exportador destes itens”, afirma.
“A volta à Casa Branca de um empresário e, por consequência, de um presidente que acredita na livre iniciativa, está alinhada com a visão dos industriais de Santa Catarina”, afirma Seleme.
Outra tendência é que empresas americanas que produzem na China busquem novos locais para suas fábricas e que o mesmo possa ocorrer com plantas fabris chinesas nos Estados Unidos. “Abre-se, assim, uma oportunidade para buscar atrair esses projetos”, acredita o presidente em exercício da FIESC.
No caso dos produtos de madeira, por exemplo, em 2021, o governo Trump elevou as tarifas de importação sobre produtos chineses em cerca de 25%, permitindo que países como Brasil e Vietnã superassem a China no ranking de exportadores para os EUA. Em 2024, o governo Biden, seguindo uma estratégia de competição comercial, aumentou as tarifas para máquinas de processamento de madeira com a mesma intensidade, abrindo oportunidades, inclusive para produtores catarinenses de equipamentos. Esse tipo de iniciativa tende a ganhar mais espaço na nova gestão de Trump.
Outro exemplo é o segmento de motores elétricos. No aumento tarifário do primeiro governo Trump, as tarifas sobre motores, geradores, transformadores elétricos e componentes chineses subiram 25%. Com isso, a dependência da China nas importações para os EUA caiu, beneficiando países como México, Alemanha e Brasil. Santa Catarina, em particular, foi beneficiada por sua já reconhecida competência exportadora nesses produtos. Como retaliação, a China também aumentou as tarifas a importações dos EUA.
Essa intensificação da guerra comercial pode ser positiva para a agroindústria catarinense, à medida que as tarifas de importação chinesas se elevem, em especial para carnes suínas. Em 2017 os Estados Unidos eram o 2º maior exportador de carne suína para a China. Atualmente, o Brasil ocupa essa posição, atrás apenas da União Europeia. Como essas tarifas foram aliviadas no acordo tarifário de 2020, é possível que uma nova rodada de elevação das tarifas aumente a propensão a investir na agroindústria em Santa Catarina.
Exportações de SC para os EUA
Em 2024, os Estados Unidos ganharam espaço em relação à China e assumiram a liderança isolada como destino das exportações catarinenses. De janeiro a setembro deste ano, os 20 principais produtos de Santa Catarina exportados para os EUA somaram US$ 1,314 bilhão. O ranking é liderado por obras de carpintaria para construções, com US$ 207 mihões em vendas, seguida por motores elétricos, com US$ 155 milhões, e partes de motor (US$ 144 milhões).
Cenário provável para exportações:
- Indústrias de SC que concorrem com indústrias chinesas podem ganhar mercado, já que é esperado um aumento maior nas tarifas para os produtos da China;
- Indústrias de SC que competem com players mundiais no mercado dos EUA devem sentir pouco impacto em um primeiro momento, pois todos terão seus preços elevados;
- Indústrias de SC que competem com produtores locais nos EUA devem ter perda de competitividade devido à elevação de seus preços locais.
Dólar e inflação: no campo financeiro, é esperado que a maior restrição à migração leve a um aumento nas pressões salariais, o que, em conjunto com o aumento tarifário, pode gerar um repique na inflação dos EUA. Como consequência, a taxa de juros deve limitar a redução nas taxas de juros locais. Este cenário poderia tornar mais difícil uma queda acentuada na taxa Selic no Brasil.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
A MSC Cruzeiros anunciou a adição do MSC Splendida à sua programação de navios que navegarão pela América do Sul durante a temporada 2024/2025, tornando-se o sexto navio confirmado que realizará cruzeiros regulares pela região.
O MSC Splendida oferecerá embarques em Santos, no litoral paulista, para cruzeiros de sete noites com escalas em destinos encantadores, incluindo a capital argentina, Buenos Aires, Punta Del Este, no Uruguai, e Balneário Camboriú e Itajaí, em Santa Catarina. Também será possível embarcar em Itajaí.
Com a confirmação de um sexto navio para a temporada, os hóspedes agora têm mais de 120 opções de viagens para escolher na América do Sul com a MSC Cruzeiros, partindo de vários portos brasileiros como Santos, Rio de Janeiro, Salvador, Maceió, Itajaí e Paranaguá, fortalecendo ainda mais a posição da marca como líder de mercado. A Companhia continua trabalhando com governos locais, portos, parceiros e fornecedores para investir nesta importante região, que é muito relevante para a estratégia global da empresa.
O MSC Splendida partirá de Santos, todas às sextas-feiras, entre 13 de dezembro de 2024 e 21 de março de 2025.
Adrian Ursilli, Diretor Geral da MSC Cruzeiros no Brasil, comentou “Estamos empenhados em proporcionar aos nossos hóspedes ainda mais oportunidades de férias inesquecíveis e a chegada do MSC Splendida, o nosso sexto navio para a temporada 2024/2025, em dezembro, representa exatamente isso. Estamos oferecendo aos viajantes brasileiros o melhor em gastronomia, entretenimento, diversas opções de lazer e relaxamento, além de acomodações extremamente confortáveis, tudo em uma única viagem em diferentes itinerários, partindo do Brasil."
O moderno MSC Splendida é o navio perfeito para um itinerário pela América do Sul, oferecendo generosos espaços ao ar livre e instalações de última geração, incluindo entretenimento excepcional para toda a família com um amplo teatro, uma variedade de restaurantes que servem refeições sofisticadas de culinária internacional, piscina ao ar livre e piscina com teto retrátil, ideal para todas as condições climáticas, e um autêntico spa balinês.
A bordo, 75% das cabines possuem varandas com vistas panorâmicas do horizonte e dos destinos da região e, para aqueles que procuram um toque de luxo adicional, o navio conta com o exclusivo MSC Yacht Club – conceito de "iate dentro de um navio", que oferece um refúgio privativo de férias exclusivo com serviço de mordomo 24 horas, piscina, deck, restaurante e lounge exclusivo, além de instalações elegantes e acomodações luxuosas, com uma série de comodidades.
Sobre a MSC Cruzeiros
Com sede em Genebra, na Suíça, a MSC Cruzeiros é a terceira maior marca de cruzeiros no mundo e líder de mercado na Europa, América do Sul, na região do Golfo e no sul da África, e com uma forte e crescente presença na América do Norte e no Extremo Oriente.
A frota da MSC Cruzeiros é composta por 22 modernos navios, além de outros três novos que estão previstos para serem lançados em 2025, 2026 e 2027.
A Companhia opera em mais de 100 países ao redor do mundo, oferecendo cruzeiros pelos cinco continentes, escalas em mais de 300 destinos e recebendo a bordo de seus navios mais de 180 nacionalidades diferentes.
A MSC Cruzeiros está firmemente comprometida em alcançar zero emissões líquidas de gases de efeito de estufa em suas operações marítimas até 2050.
Aguardando sua votação final, a Reforma do Código Civil pode transformar muitos dos aspectos das rotinas empresariais e, ao contrário do seu objetivo inicial, gerar ainda mais insegurança jurídica. As mudanças previstas para as sociedades limitadas, por exemplo, podem impactar quase um terço das organizações do país. Conforme o Mapa das Empresas, do Governo Federal, cerca de 7 das 22 milhões de práticas empresariais são sociedades limitadas, representando três a cada 10 empresas do país.
“Estamos falando de um universo do segundo maior perfil de estruturação empresarial do país, atrás apenas dos Empresários Individuais, que somam 14,7 milhões”, ressalta o advogado especialista em Direito Tributário, Jorge Coutinho. “Entre elas, encontra-se a Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), que se caracteriza pela existência de um sócio único no quadro social. Nessa modalidade, ao contrário dos empresários individuais, há a separação do patrimônio do sócio único daquele da sociedade limitada unipessoal, oferecendo maior proteção ao empresário frente aos riscos das atividades negociais”, explica.
O texto da Reforma do Código Civil prevê que a SLU só possa ser composta por pessoas físicas, retirando esse direito de pessoas jurídicas. “Não me parece adequado estabelecer um instrumento multifuncional e destinado para fomento econômico, tão típico do direito privado, apenas às pessoas físicas. Até mesmo porque a SLU foi adotada por diversas pessoas jurídicas desde a Lei da Liberdade Econômica, de 2019, e o texto não prevê quais as consequências práticas da modificação, apenas prazo de dois anos para a adequação à nova legislação”, afirma Coutinho.
As Sociedades Limitadas Unipessoais foram adotadas por muitas pessoas jurídicas para diversos fins, como planejamento sucessório, constituição de holdings, entre outros propósitos. “Existiam diversas hipóteses para a adoção deste instrumento, que permitiu a estruturação de atividades por meio de uma sociedade regularmente constituída”, esclarece o especialista em Direito Tributário.
“Embora as SLUs tenham surgido, principalmente, para otimizar a operação dos pequenos e médios empreendedores, possibilitando que esses criassem uma sociedade sem que houvesse a necessidade de sócios, essa também se mostrou um instrumento relevante para criação de estruturas empresariais para pessoas jurídicas. A possível mudança com a reforma do Código Civil coloca em risco jurídico diversas dessas complexas organizações desenhadas nos últimos 5 anos”, diz o especialista.
Ressalta-se que, em dezembro de 2022, houve a extinção do tipo societário Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), sendo que as existentes foram reenquadradas automaticamente pela Receita Federal como Sociedade Limitada Unipessoal (SLU). “Se não revista, a reforma poderá gerar uma grande insegurança jurídica no país”, complementa Jorge Coutinho.
Mais um recorde histórico é registrado pelo Porto de Suape. O gigante do mar MSC Orion, porta-contêiner de classe mundial New Panamax, com 366 metros de comprimento, 51 metros de largura e 16 metros de calado, é o maior navio já recebido pelo atracadouro pernambucano, o sexto porto público mais movimentado do Brasil. A manobra de atracação ocorreu no Terminal de Contêineres (Tecon Suape), no final da manhã de sábado (27).
“A chegada do MSC Orion a Suape reforça a importância estratégica do Suape para o nosso país, contribuindo para a viabilização de rotas diretas entre o Nordeste e os países asiáticos via Canal do Panamá. São linhas que vão nos conectar a importantes complexos portuários, a exemplo dos portos chineses e de Singapura, possibilitando maior competitividade aos exportadores e importadores que atuam entre os dois continentes”, comemora o diretor-presidente do Porto de Suape, Marcio Guiot.
“Hoje, alcançamos mais um recorde em 45 anos de história, ganhando destaque no país e no exterior”, pontua o diretor de Desenvolvimento e Gestão Portuária, Rinaldo Lira, acrescentando que a dragagem do canal externo (já concluída), do canal interno e da bacia de evolução (obras começam nas próximas semanas, com prazo de sete meses para conclusão) vão atrair ainda mais navios de grande porte com capacidade máxima de carga.
As últimas escalas do MSC Orion ocorreram no Porto de Caucedo, na República Dominicana (Caribe), e no Porto de Salvador (BA), respectivamente. A embarcação, de bandeira portuguesa, começou a transportar carga conteinerizada em 2020.
RECORDE ANTERIOR
Antes da atracação do MSC Orion, o maior navio aportado em Suape foi o APL Dublin, de bandeira de Singapura. A atracação ocorreu em 11 de março de 2023 e a embarcação permaneceu no porto até o dia 13. Pertencente à empresa CMA CGM, o porta-contêiner de classe mundial tem 347,29 metros e largura de 45,28 metros, com calado máximo de 15,5 metros e capacidade para transportar 10.700 TEUs (unidade de contêiner de 20 pés). Na operação, foram movimentados mais de 1.500 contêineres. Na época, o navio partiu de Suape com destino ao Porto de Santos, no litoral paulista.
Em julho de 2022, o atracadouro pernambucano, caracterizado por ser um porto abrigado de águas profundas, recebeu o navio MSC New Haven, com 333,9 metros e capacidade para 8.084 TEUs. A chegada dos gigantes do mar a Suape foi autorizada pela Portaria 037/2021, publicada no Diário Oficial de Pernambuco em 13 de abril de 2021, com aval da Marinha do Brasil.
Para quem busca oportunidade no mercado de trabalho, a Nauterra, detentora da marca Gomes da Costa no Brasil, e maior empregadora privada de Itajaí (SC), está contratando. São mais de 100 vagas para auxiliar de produção, operações e serviços gerais. O feirão, que acontecerá nessa quarta-feira, dia 31 de julho, das 8h às 17h, na própria fábrica localizada na rua Eugênio Pezzini, 500, em Cordeiros, é destinado a adultos acima de 18 anos de idade, a partir do ensino fundamental, as vagas não exigem experiências profissionais anteriores e, também, são oferecidas para pessoas com deficiência (PcD).
A remuneração total pode variar de R$ 2.207,26* a R$ 2.459,66/mês (*para cargos iniciais**, de acordo com prêmios e/ou méritos internos aplicáveis), além dos benefícios de plano de saúde, participação de resultados no final do ano, licença maternidade e paternidade estendida, refeições na empresa, vale transporte, desconto na compra dos produtos da marca, auxílio creche e possibilidade de empréstimo consignado.
*Salário base de acordo com a função. Mérito e Prêmio de Excelência de acordo com tempo de casa e área de atuação. Vale Alimentação de acordo com regras internas, podendo chegar até R$ 552,00**
Sobre a Nauterra
Nauterra é uma empresa global de alimentação formada por mais de 5 mil colaboradores, fábricas e escritórios em sete países (Brasil, Espanha, Itália, El Salvador, Costa Rica, Guatemala e Argentina) e produtos distribuídos em mais de 65. A empresa, que atua de forma inovadora e sustentável, tem o propósito de aproximar as pessoas de uma alimentação saudável, conservando o melhor da natureza. Signatária do Pacto Global da ONU, a companhia assumiu um compromisso de gestão responsável com 21 objetivos, com meta de cumprimento até 2025, em três áreas chave: oceanos, meio ambiente e pessoas. No Brasil, Nauterra opera com a marca Gomes da Costa, líder no setor de pescados enlatados. Confira mais informações no site e redes sociais, LinkedIn, Instagram e Facebook.
Esta quarta-feira é de muita expectativa em torno das reuniões dos comitês de política monetária no Brasil (Copom) e nos Estados Unidos. O economista-chefe da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Pablo Bittencourt, analisa que, no mercado externo, a atenção está centrada na percepção do Federal Reserve (FED) sobre o ritmo da economia norte-americana, especialmente depois da divulgação do PIB ter ficado bem acima do esperado.
No Brasil, a expectativa é de que haverá manutenção da Selic. O foco dos analistas está numa eventual votação sem unanimidade. O ambiente interno mostrou deterioração após dúvidas sobre a capacidade de o governo federal cumprir a meta fiscal, o que levou a uma forte desvalorização do Real.
Ouça a análise completa.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
Nos próximos dias 1 e 2 de agosto, a Federação das Indústrias de SC (FIESC) promove o curso Importação na Prática. O treinamento, voltado a profissionais de comércio exterior, traz os conceitos fundamentais das compras de insumos e materiais no exterior até a aplicação prática das etapas envolvidas, visando facilitar e garantir a eficiência das operações de importação.
Na programação do curso estão módulos sobre a importância do comércio internacional, os benefícios da importação, como planejar uma importação considerando todas as suas etapas, além de aspectos comerciais e a prospecção de fornecedores. A capacitação traz ainda aspectos práticos do processo, como o tratamento administrativo, o despacho aduaneiro, aspectos de logística e transporte e ainda os custos de importação.
O curso é oferecido pelo Centro Internacional de Negócios da FIESC, em parceria com outras 17 federações. A capacitação acontece de forma online, com transmissão ao vivo. É voltada para profissionais de indústrias que desejam desenvolver relações comerciais com outros países ou que pretendem atuar na área de comércio exterior.
As inscrições podem ser feitas no link.
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) aprovou, na quinta-feira (25), o estudo "Diagnóstico de Descarbonização, Infraestrutura e aplicações do Hidrogênio nos Portos". O levantamento foi feito em parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), organização que desde 1962 desenvolve, junto ao Brasil, projetos conjuntos na área de desenvolvimento sustentável.
O objetivo do estudo é apurar como as estruturas portuárias brasileiras estão se preparando para receber embarcações com combustível verde, eletrificação de equipamentos portuários, sistemas Onshore Power Supply (OPS) e produção de energia eólica.
Para a advogada marítima Cristina Wadner, do escritório Cristina Wadner Advogados Associados, a proposta é semelhante à ferramenta criada por meio do Acordo de Paris, o Accountability - uma ferramenta de autorresponsabilidade na qual os países terão que informar, até 31 de dezembro deste ano, o que estão fazendo e qual o planejamento do futuro para atingir a meta do acordo.
“Será feito um levantamento e os portos vão informar sobre sua estrutura, como estão preparados para receber estas embarcações e equipamentos. Com este tipo de ferramenta, não há sanções punitivas por não cumprimento dessas medidas, mas uma cobrança interna entre os portos. Desta forma, é possível ver o que cada um já fez e qual está fazendo mais avanços. Isto deve fazer parte do relatório que o Brasil terá que apresentar ao fim do ano para o Acordo de Paris”, explica.
A especialista lembra que outros portos pelo mundo já se adequam à realidade das embarcações verdes e do desenvolvimento sustentável. Por exemplo, o relatório anual Green Maritime Cities deste ano destaca Singapura como cidade modelo na indústria marítima. A cidade se destacou nos pilares “Atratividade e Competitividade”.
“Em 2022, o porto de Rotterdam já recebia navios com combustível de gás natural liquefeito (GNL). O porto de Xangai também é referência em tecnologia verde, e o Porto de Barcelona está comprometido a reduzir a emissão de gases estufa e se tornar um hub de energia limpa. São portos que podem servir de modelo e lição para o Brasil”, afirma Cristina Wadner.
De acordo com a ANTAQ, por meio do diagnóstico será possível estabelecer orientações e diretrizes para reduzir a emissão de gases de efeito estufa por navios em portos, além de possibilitar a descarbonização da infraestrutura portuária e dos serviços portuários.
A entrega do estudo faz parte de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) assinado com a GIZ em setembro de 2023 para promover a descarbonização no setor portuário.
Sobre Cristina Wadner
Cristina Wadner é especialista em Direito Marítimo, Regulatório e Empresarial com 25 anos de experiência na área. É professora de pós-graduação EAD em Direito Marítimo pela Universidade Santa Cecília (Unisanta) e professora convidada na Maritime Law Academy.
Foi uma das autoras convidadas do livro 'Porto, Mar e Comércio Internacional Por Elas' (editora Milfontes, 2022), um projeto da WISTA Brazil, que faz parte da Women's International Shipping and Trading Association - WISTA International, associação internacional formada por mulheres dos setores de Shipping e Trade.
O desenquadramento de cooperativas da agricultura familiar para acesso ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) no Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/25, determinado por resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), provocou manifestação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) com apoio da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC).
A situação foi originada pela Resolução do CMN n° 5.080, de 29 de junho de 2023, a qual elevou o percentual mínimo de associados portadores de DAP/CAF vinculados ao quadro social das cooperativas da agricultura familiar, singulares ou centrais, de 60% para 75% para acesso às linhas de crédito inseridas no Pronaf. Essa medida criou sérios embaraços para as cooperativas, relata o presidente da OCESC, Vanir Zanatta.
Os problemas para a acessibilidade das cooperativas em relação à política de financiamento rural no âmbito do Pronaf foram identificados no ano passado, no início da vigência do Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/24. Após discussões para que essas cooperativas pudessem novamente acessar as linhas do Pronaf, com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, foi publicada a Resolução CMN nº 5.104, de 28 de setembro de 2023, que possibilitou a retomada da participação das cooperativas que possuíam acima de 60% de agricultores familiares em sua composição social no Pronaf, com ajustes nos limites de contratação em algumas das linhas.
Com o término da validade da medida estipulada na Resolução CMN nº 5.104, no dia 30 de junho de 2024, volta a persistir a condição em que somente as cooperativas da agricultura familiar com no mínimo 75% de agricultores vinculados ao quadro de sócios possam acessar o financiamento via Pronaf. Tal condição volta a desenquadrar mais de 45% das cooperativas da agricultura familiar, impactando os projetos destinados ao atendimento dos agricultores cooperados.
Para impedir a perda do acesso a importantes linhas de financiamento que possibilitam a continuidade e sustentabilidade dos pequenos agricultores, a OCB – com apoio da OCESC – propôs a criação de dispositivo que permita, a partir da data de sua publicação, a concessão de financiamentos às cooperativas da agricultura familiar no âmbito do Pronaf Agroindústria (MCR 10-6), Pronaf Industrialização de Agroindústria Familiar (MCR 10-11) e Pronaf Cotas-Partes (MCR 10-12), com o percentual mínimo de 60% dos associados portadores de DAP/CAF na composição do quadro social.
TETO BAIXO
Outro aspecto levantado pelo presidente Zanatta é o teto para obtenção da DAP (declaração de aptidão ao Pronaf) que há três anos está fixado em R$ 500 mil. O produtor que faturar acima desse limite não poderá acessar os recursos do Pronaf. “Isso dificulta porque os preços crescem pela dinâmica do mercado e muitos propriedades ficam de fora porque ultrapassam esse limite”. O DAP está sendo substituído pelo CAF (cadastro nacional da agricultura familiar).
A medida proposta garante a sustentabilidade, a capilaridade e o sucesso das políticas públicas voltadas à produção da agricultura familiar e suas cooperativas. O dirigente elogia o novo Plano Safra à disposição da agricultura familiar brasileira com um volume recorde de recursos, dentre outras importantes conquistas apresentadas. “Essas medidas são essenciais para o planejamento das atividades de cooperativas da agricultura familiar e financeiras”, encerra.
Foto 02 – Vanir Zanatta, presidente da OCESC (Foto: Comunicação Interna OCESC).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta sexta-feira (26) a lei que cria a Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD). O título de renda fixa, sujeito a isenção tributária para pessoa física, tem o objetivo de financiar investimentos em infraestrutura na indústria brasileira.
A LCD poderá ser emitida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelos bancos de desenvolvimento autorizados pelo Banco Central, que poderão emitir até um limite de R$ 10 bilhões anuais com o papel. O projeto apresentado pelo governo federal que institui a LCD foi aprovado neste ano pelo Congresso Nacional.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, explicou que a LCD vem complementar dois outros títulos de crédito já existentes: a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), que também são emitidas pelo setor privado para financiar atividades nesses setores.
“Passamos a ter então a LCD, que é para o desenvolvimento. Ela contempla a indústria, comércio e serviços e será emitida pelos bancos de desenvolvimento. O principal é BNDES”, disse.
Segundo Alckmin, a LCD vai estimular a venda dos títulos, porque, para pessoa física, o Imposto de Renda será zero em para pessoa jurídica, o imposto será reduzido de 25% para 15%.
“Esse benefício é diretamente para o tomador, nada para o banco. Então, o tomador do empréstimo, a indústria principalmente, mas também o comércio serviços, ele terá um crédito mais barato, provavelmente ficará entre 1% e 1,2% a 1,3% mais barato”, disse Alckmin.
A carga de energia registrada em junho último no Sistema Interligado Nacional (SIN) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) totalizou 75.697 megawatts médios (Mwmed), sinalizando aumento de 6,1% em comparação com junho de 2023.
No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento foi de 7,4% em relação aos 12 meses anteriores. Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira (25), no Rio de Janeiro, e constam do Boletim Mensal de Carga, elaborado pelo ONS.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico é responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no SIN, além do planejamento da operação dos sistemas isolados do país.
Sob o comando do ONS há 161 hidrelétricas em 22 bacias hidrográficas, de múltiplos proprietários, que deverão totalizar quase 110 gigawatts (GW) no SIN até 2027.
Subsistemas
Segundo o ONS, a expansão da carga foi observada também em todos os subsistemas no comparativo de junho de 2024 com junho 2023. O subsistema com a aceleração mais expressiva foi o Norte, com 8,9% (7.732 MWmed), seguido pelo Sudeste/Centro-Oeste, com 6,4% (42.709 Mwmed); Sul, com 5,9% (12.900 Mwmed); e Nordeste, cujo avanço foi de 3,5% (12.355 MWmed).
Entre as causas que explicam esse aumento da carga estão as condições meteorológicas observadas no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o principal centro consumidor de carga no país, que apresentou temperaturas máximas acima da média histórica e níveis de precipitação inferiores à média.
No período dos últimos 12 meses, as elevações nos acumulados foram de 10,2% (Região Norte), 7,7% (Sudeste/Centro-Oeste); 7,4% (Nordeste); e 4,6% (Sul).
A taxa média de juros do cartão de crédito rotativo teve alta de 7,1 pontos percentuais para as famílias, passando de 422,4% ao ano, em maio, para 429,5% ao ano em junho deste ano. Em 12 meses, entretanto, os juros da modalidade caíram 6,3 pontos percentuais. Os dados estão nas Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas nesta sexta-feira (26) pelo Banco Central (BC).
O crédito rotativo dura 30 dias e é aquele tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Ou seja, contrai um empréstimo e começa a pagar juros sobre o valor que não conseguiu quitar.
A modalidade tem as taxas mais altas do mercado. Em janeiro deste ano, entrou em vigor a lei que limita os juros do rotativo a 100% do valor da dívida, mas a medida não afeta a taxa de juros pactuada no momento da concessão do crédito. Como ela só se aplica a novos financiamentos, não houve impacto na apuração estatística de junho.
Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida do cartão de crédito. No caso do cartão parcelado, os juros caíram 5,4 pontos percentuais no mês e 15,6 pontos percentuais em 12 meses para 180,5% ao ano.
Além da queda, o resultado do crédito livre às famílias em junho foi impactado pelo recuo de 6 pontos percentuais nas operações de crédito pessoal não consignado, para 87,8% o ano, e pelo aumento de 3,1 pontos percentuais no cheque especial, para 135% ao ano.
Com isso, a taxa média de juros no crédito com recursos livres às pessoas físicas ficou em 51,7% ao ano, um recuo de 0,7 ponto percentual no mês e de 7,4 pontos percentuais em 12 meses.
Nas operações com empresas, a taxa média alcançou 20,9% ao ano, aumento mensal de 0,3 ponto percentual e queda de 1,9 ponto percentual em 12 meses. Basicamente, contribuíram para este resultado as altas mensais nas taxas médias das modalidades de cheque especial (14,1 pontos percentuais), capital de giro com prazo superior a 365 dias (1,7 ponto percentual) e cartão de crédito parcelado (13,2 pontos percentuais). Em sentido contrário, houve queda de 18,6 pontos percentuais no cartão de crédito rotativo e de 0,6 ponto percentual em desconto de duplicatas e recebíveis.
Taxas médias
No total do crédito com recursos livres, considerando pessoas físicas e jurídicas, a taxa média de juros atingiu 39,6% ao ano em junho, com decréscimos de 0,3 ponto percentual (p.p) no mês e de 4,6 pontos percentuais em 12 meses.
No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já no crédito direcionado, as regras são definidas pelo governo, e se destinam, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
No caso do crédito direcionado, a taxa média para pessoas físicas ficou em 10,1% ao ano em junho, aumento de 0,2 ponto percentual no mês e recuo de 1,6 ponto percentual em 12 meses. Para as empresas, a taxa subiu 0,6 ponto percentual no mês e 0,5 ponto percentual em 12 meses, para 12,4% ao ano. No total, a taxa média do crédito direcionado ficou em 10,6% ao ano no mês passado, acréscimo de 0,2 ponto percentual no mês e queda de 1,1 ponto percentual em 12 meses.
Com isso, a taxa média de juros das concessões de crédito, considerando todos os segmentos, segue desacelerando e alcançou 27,86% ao ano em junho, redução de 0,42 ponto percentual no mês e de 3,8 pontos percentuais em 12 meses. O pico dos juros aconteceu em maio do ano passado, quando chegou a 32,2% ao ano.
O comportamento dos juros bancários médios ocorre em um momento em que a taxa básica de juros da economia, a Selic, vinha sendo reduzida. A Selic é o principal instrumento do BC para controlar a inflação e, com o controle dos preços, desde agosto do ano passado, o BC cortou a Selic por sete vezes consecutivas.
Na última reunião, entretanto, com a alta recente do dólar e o aumento das incertezas econômicas, o Comitê de Política Monetária (Copom) interrompeu o corte de juros iniciado há quase um ano e manteve a taxa básica em 10,5% ao ano.
De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic.
Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
Salto da carteira
O volume das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) alcançou R$ 585,9 bilhões em junho, acréscimo de 2,4% no mês e aumento de 9,3% em 12 meses.
O estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos ficou em R$ 6,018 trilhões, um crescimento de 1,2% em relação maio e de 9,9% em 12 meses. O desempenho resultou da alta de 2,2% no estoque de crédito às empresas, que totalizou R$ 2,327 trilhões, e do aumento de 0,6% no crédito destinado às famílias, R$ 3,691 trilhões.
Já o saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro, que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos, independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa), alcançou R$ 17,410 trilhões, com alta de 2,2% no mês.
Os principais fatores do aumento mensal foram a elevação de 5% do saldo de empréstimos externos, de 1,7% em títulos públicos de dívida e de 1,1% nos empréstimos do SFN. Na comparação interanual, o crédito ampliado cresceu 13,6%, destacando-se elevações dos mesmos componentes de 16,6%, 12,8% e 9,5%, respectivamente.
O Terminal de contêineres (Tecon Salvador) do Porto de Salvador recebeu nesta quarta-feira (24), o navio MSC Orion, com 366 metros de comprimento e calado (profundidade) de 16 metros, com capacidade para transportar 15 mil contêineres. É o primeiro navio desta classe a navegar as águas da Baía de Todos-os-Santos.
O supernavio chegou ao terminal baiano, unidade de negócio da maior operadora de logística portuária e marítima do mercado brasileiro, a Wilson Sons, inaugurando a rota regular da Bahia para a Ásia, e demandou a movimentação de 800 contêineres.
A operação realizada faz parte da rota direta com a Ásia, serviço iniciado este mês e que terá saídas semanais, fortalecendo a relação não apenas com a China, mas também com os mercados de todo o Extremo Oriente.
“A primeira escala de um navio de 366 metros na Bahia é motivo de celebração para a MSC. A operação do MSC Orion demonstra e reitera o nosso compromisso em ofertar capacidade de transporte para impulsionar o crescimento do comércio exterior brasileiro", afirma a MSC.
A nova rota marítima permitirá que o Norte e o Nordeste do País se conectem de forma mais eficiente com estas regiões e permitirá que o Centro-Oeste e Sudeste encontrem alternativas aos gargalos logísticos inerentes à cadeia de suprimentos atual. Entre os principais segmentos da exportação que poderão se beneficiar desta linha direta, estão o algodão baiano, carne, frutas, celulose, químicos e petroquímicos. Nas importações, os segmentos de energia renovável, químicos e petroquímicos, automotivo, fertilizantes, eletroeletrônicos também serão mais competitivos.
“Estamos muito orgulhosos em oferecer ao mercado nacional um serviço que fornece escalas diretas entre a Ásia e o Nordeste brasileiro. Este lançamento reitera nosso compromisso em oferecer capacidade de transporte que irá impulsionar o crescimento do comércio exterior brasileiro e fortalece a nossa convicção no grande potencial que a Região Nordeste já possui”, destaca a MSC Mediterranean Shipping do Brasil.
"O evento de hoje é emblemático no restabelecimento de uma rota regular entre a Bahia e a Ásia. É simbólico no sentido de recebermos o maior navio porta-contêineres em operação no Brasil e marca o início de um evento cotidiano, que se tornou possível graças à competência técnica e comercial do Tecon e à ação coordenada entre a Autoridade Marítima e a Autoridade Portuária”, pontua o presidente da Autoridade Portuária Federal na Bahia - Codeba, Antonio Gobbo.
“O reestabelecimento dessa rota, em condições competitivas, consolida a posição da Bahia, do TECON e do Porto de Salvador como o hub logístico internacional. A atracação de embarcações dessa classe é resultado também do total apoio do Ministério dos Portos e Aeroportos (MPor), com investimentos em infraestrutura, dragagens e requalificação física e tecnológica”, completa Gobbo.
O Porto de Salvador foi o segundo do Brasil a receber a autorização da Capitania dos Portos da Bahia para operar navios de até 366m, ainda em 2018, se antecipando às mudanças que as principais rotas mundiais já apresentavam e que logo chegariam ao País, demandando maior eficiência operacional dos terminais brasileiros. “Este ano, o Banco Mundial e a S&P Global Market Intelligence mostraram o Tecon Salvador como o 6º melhor terminal de contêineres do mundo, na categoria até 500 mil TEUs, como resultado de uma pesquisa feita com os donos dos navios sobre eficiência no atendimento. Somado a este importante reconhecimento, entramos na rota dos maiores navios do mundo, o que evidencia a posição de destaque que Salvador vem conquistando e que favorece uma extensa cadeia de produtores, indústrias de variados segmentos, dentro e fora da Bahia”, analisa Demir Lourenço, diretor-executivo do Tecon Salvador.
Os investimentos empregados pela Wilson Sons no terminal, iniciados no ano 2000, já ultrapassam R$ 1 bilhão, culminando na recente duplicação de cais, aumento da profundidade do calado para 16 metros, ampliação de retroárea para armazenamento das cargas, adoção de novas tecnologias, aquisição de maquinários elétricos equivalentes aos utilizados nos portos mais modernos no mundo e em treinamento de equipes operacionais. “Diante das mudanças do mercado, com o trânsito de uma classe de navios cada vez maiores, tínhamos que estar preparados para garantir a manutenção das rotas e atrair novas, como o que está sendo feito agora com o continente asiático”, reforça Lourenço.
O estado de Santa Catarina vai superar a capacidade de movimentação de contêineres de Santos em cerca de 3 anos, graças ao investimento que Portonave e Porto Itapoá estão fazendo para ampliar suas instalações. O complexo portuário paulista tem capacidade de movimentação de 5,3 milhões de TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano. A estimativa foi apresentada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em reunião na Federação das Indústrias de SC (FIESC) no dia 22. Na avaliação do gerente regional substituto da Antaq, Lucas Sampaio Ataliba, com a maturação da operação do Porto de Itajaí após a nova concessão, em cerca de 5 anos, a expectativa é que a capacidade de movimentação de contêineres por portos catarinenses chegue a 6,5 milhões de TEUs por ano.
A perspectiva, embora positiva, traz importantes alertas para os empresários brasileiros que fazem comércio com o exterior e desafios relevantes para o setor público. Isso porque esse aumento de capacidade, para ser efetivamente convertido em movimentação de cargas, vai representar também a necessidade de ampliação e capacidade de transporte rodoviário. “A infraestrutura rodoviária em SC já é um gargalo e o aumento no volume de cargas vai piorar a situação que já é crítica nos acessos aos portos. A iniciativa privada foi forçada pelo mercado a fazer investimentos para atender a demanda, mas o setor público precisa acompanhar”, afirmou Ataliba.
O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, corrobora essa avaliação. “Santa Catarina precisa pensar em alternativas para a BR 101. A rodovia está chegando ao seu limite e em alguns trechos já funciona como uma via urbana. Além da expectativa de aumento do tráfego de caminhões para atender a demanda do comércio exterior, temos de levar em conta o crescimento populacional e do turismo no nosso litoral, que pressionam o principal corredor logístico catarinense”, destacou.
Durante os quatro primeiros meses de 2024, foram 221.525 acessos de caminhões na Portonave, um aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. Por dia, cerca de 2,1 mil caminhões acessam a estrutura, porém, já houve picos de mais de 3 mil caminhões. A entrada de acesso de caminhões no Porto Itapoá registrou 47.073 movimentos em maio, superando o recorde anterior de abril de 2024, com 45.827 caminhões.
Outros desafios
A infraestrutura rodoviária não é o único desafio para o crescimento das operações nos portos. A oferta de serviços retroportuários também preocupa e limita a competitividade dos portos catarinenses. De acordo com a Antaq, a capacidade estática estimada dos depósitos em SC (para armazenagem de contêineres vazios, por exemplo) não supera 100 mil TEUs/mês, num mercado de mais de 200 mil TEUs/mês e aproximadamente 2,5 milhões TEUs/ano.
“A FIESC é testemunha das dificuldades que os exportadores e importadores enfrentam, tendo recebido inúmeras reclamações das indústrias, prejudicadas pelas despesas de demurrage (tempo de estadia do contêiner por prazo maior do que o acordado) ou da falta de janelas de atracação nos portos. O prejuízo é imenso, não só pelo aumento dessas despesas, mas também com a perda de confiabilidade e da reputação das empresas, que não conseguem cumprir seus prazos e contratos”, explica o presidente da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Martorano.
Ao final de 2023, houve sério problema no acúmulo de contêineres vazios nos nos terminais de armazenagem (depots) com a entrada de devolução de importações e a falta de saída para a exportação, devido a paralisação do terminal de Navegantes pelo fechamento do canal de acesso. Durante os últimos 3 meses do ano, a abertura de janelas superaram, muitas vezes, os 20/30 dias, acarretando demurrage aos importadores, pela impossibilidade de devolver os contêineres aos armadores.
Investimentos
Reconhecendo o potencial de Santa Catarina e a demanda reprimida para a movimentação de contêineres, os terminais portuários catarinenses estão investindo. Na Portonave, são R$ 1 bilhão em recursos para adequar o cais para receber navios maiores, de até 400m. Contudo, para a realização da obra, um dos berços de atracação está fechado desde janeiro, e a previsão é de que a adequação - a ser realizada em duas etapas - esteja finalizada no primeiro semestre de 2026.
Mesmo com o fechamento de um dos berços, a movimentação de cargas (TEUs) recuou apenas 9,43% no acumulado do ano até maio no terminal de Navegantes. O desempenho ainda foi prejudicado pelo fechamento do canal de acesso por alguns dias durante o período. “Mesmo com a paralisação parcial, é uma capacidade de operação que impressiona, é o estado da arte em movimentação de contêineres, entre as melhores do mundo”, destaca Ataliba.
No Porto Itapoá, a expectativa é investir R$ 2 bilhões para ampliar a capacidade nos próximos anos. Recentemente o terminal inaugurou a fase III de expansão, com mais 200 mil m² de pátio e um armazém de 8 mil m². Com essa ampliação, o Porto Itapoá passou a operar um dos maiores pátios de contêineres do Brasil, com capacidade de movimentar até 2 milhões de TEUs. A empresa e o governo do estado também propuseram uma parceria para viabilizar o projeto de dragagem do canal de acesso à Baía da Babitonga – que movimenta mais de 60% das cargas portuárias do Estado de Santa Catarina.
Já a autoridade portuária de Imbituba tem R$ 95 milhões previstos em investimentos na infraestrutura do porto para a recuperação, reforço e ampliação do Cais 3, que permitirá o recebimento de navios maiores, passando de 200 metros, para cerca de 270 metros, além da instalação de equipamentos mais modernos de movimentação de cargas. A movimentação de contêineres em Imbituba está em ascensão e no acumulado dos cinco primeiros meses de 2024 somou 40.412 mil TEUs, um aumento de 59,33% frente a igual período do ano anterior. As restrições operacionais dos demais terminais catarinenses têm colocado Imbituba no radar dos armadores e empresários, na avaliação da Antaq.
A movimentação de cargas nas ferrovias de Santa Catarina cresceu 8,9% no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Segundo dados apurados pela Gerência de Ferrovias, da Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), as duas concessionárias que atuam no estado transportaram 3,5 milhões de toneladas. O desempenho das concessionárias que atuam em Santa Catarina ficou acima da média nacional, que foi 5,03% maior em comparação com o primeiro semestre de 2023.
“O setor segue mantendo um crescimento consistente ao longo de 2024 e acima do que já foi registrado em 2023. Fica a expectativa de como será o segundo semestre, principalmente no agronegócio que é o setor que mais movimenta cargas pelo modal ferroviário em Santa Catarina”, avalia o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins.
Até agora o mês de maior desempenho do setor foi abril, com a movimentação de 628,9 mil toneladas. O segundo trimestre, com 1,8 milhões de toneladas, foi 3,5% maior que o primeiro trimestre, que movimentou 1,7 milhões de toneladas.
Pela Rumo Logística, concessionária da Malha Sul, foram movimentadas 2 milhões de toneladas de cargas. Pela Ferrovia Tereza Cristina, foram movimentadas 1,5 milhões de toneladas.
Os maiores volumes registrados foram o transporte de 1,6 milhões de toneladas de soja e 1,2 milhões de toneladas de carvão. Também passaram pelas ferrovias catarinenses 321 mil toneladas de milho, 300 mil toneladas de cargas conteinerizadas, 36 mil toneladas de óleo diesel, 24,4 mil toneladas de gasolina, 10,2 mil toneladas de cloreto de potássio, 4,2 mil toneladas de adubo orgânico a granel. 417 toneladas de fosfato e 275 toneladas de álcool.
A movimentação nos 763 quilômetros de malha ferroviária em operação corresponde a 1,4% da movimentação nacional, que foi de 253,9 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2024.
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), por meio de sua Câmara de Comércio Exterior organiza, no dia 31 de julho, um evento online com foco na internacionalização de empresas catarinenses para a União Europeia.
Durante o evento, os participantes vão conhecer as diretrizes de promoção ao comportamento corporativo sustentável e responsável aplicáveis a empresas estrangeiras atuantes no bloco, dentro do Corporate Sustainability Due Diligence Directive, que passou a vigorar em 24 de maio. O webinar vai debater os impactos dessa nova diretiva para as empresas brasileiras que fazem negócios com países da União Europeia e tratar das adaptações necessárias para o cumprimento das normas.
Além disso, o evento apresenta o Rota 2030 de Portugal, conjunto de programas estruturados em torno de quatro agendas temáticas para o desenvolvimento da economia, da sociedade e do território de Portugal, com a aplicação de 23 bilhões de euros até 2027. A iniciativa representa uma oportunidade para internacionalização no país europeu e o webinar vai detalhar os financiamentos possíveis e as formas de acessar os recursos.
Após a confirmação da inscrição no evento, o participante receberá um link para participação.
Diligência europeia - Maria Tereza Bustamante, Presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC
Rota 2030 - Alexandre Jaleco, CEO da TBMB Consulting, e Maysa Fischer, CEO da Fischer Advocacia
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Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
Grandes empresas do estado aceitaram nesta terça (23) convite da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) para criar um comitê de responsabilidade social, tema em voga no mundo corporativo.
O convite foi feito durante o evento A Força do Pilar S – Social da Indústria, realizado na sede da FIESC, em Florianópolis. Foi aceito por WEG, Duas Rodas, Portobello, ArcellorMittal, Krona, Diamante Energia e Celesc. Outras podem participar.
Pelo comitê, as empresas poderão trabalhar em ações sociais de forma conjunta, para potencializá-las. Também poderão trocar informações e experiências sobre projetos, indicar contatos, fontes de recursos e afins.
A proposta de formar o grupo não foi planejada. Surgiu em meio às discussões do encontro. “A atuação em rede é muito importante para as nossas ações chegarem a mais pessoas. O comitê ajudará nisto”, disse o gerente de Responsabilidade Social da FIESC, Sandro Volpato.
ARTICULAÇÃO
Para Ellen Garcia Dagostini, da Portonave, a união de forças tende a impulsionar ações sociais isoladas. “Devemos unir esforços. Precisamos de alguém que articule [as ações]. E a FIESC pode fazer este papel.”
Josiane Gonzaga dos Santos, da Duas Rodas, disse que a formação do grupo ajudará nas parcerias em torno das ações sociais. “A FIESC é um grande articulador para as empresas se unirem em torno das causas sociais”, destacou.
Palestrante do evento, a consultora em ESG Simone Faustine elogiou a criação do comitê por entender que ele integra esforços. “As ações sociais precisam ser duradouras e integradas (...). Quando a gente atua de forma fragmentada, os resultados podem não ser os mesmos.”
DEFINIÇÕES
Detalhes sobre agenda, pauta, forma de encontro do grupo e participação de outros integrantes ainda não foram definidos. Mas um dos assuntos já aventados para apreciação é o direcionamento de recursos do Imposto de Renda a projetos sociais relacionados à reciclagem, recém-aprovado no país.
O decreto que autoriza o aporte foi publicado no dia 10 deste mês. Ele estabelece que empresas que tributam por lucro real poderão aportar em projetos da área até 1% do imposto devido em cada período de apuração (trimestral ou anual).
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
Uma malha rodoviária que não atende a demanda dos usuários e não condiz com o desenvolvimento socioeconômico do estado. Esse é o diagnóstico do setor produtivo em relação aos principais corredores logísticos de Santa Catarina, em painel realizado na Logistique 2024, evento que ocorre em Balneário Camboriú entre 23 e 25 de julho.
Durante o painel “Inovação e Infraestrutura: Pilares para o Crescimento Sustentável em Santa Catarina”, o presidente da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, afirmou que a modernização da infraestrutura é crucial para a competitividade da indústria catarinense. “Santa Catarina tem condições de ser a indústria mais competitiva do país, mas a falta de investimentos, especialmente nas rodovias, impede que alcancemos todo o nosso potencial”, afirma.
Um dos principais pontos de debate foi a capacidade rodoviária do estado, considerada insuficiente em comparação com outros. “Santa Catarina é a 6ª economia do Brasil, e o índice de competitividade da indústria catarinense só perde para São Paulo, por um décimo. Se tivéssemos uma condição de infraestrutura mais adequada, Santa Catarina seria a indústria mais competitiva do país”, completa. A malha rodoviária paulista é a melhor do país, de acordo com o Índice de Condição da Manutenção (ICM) medido pelo Ministério dos Transportes, com indicador “bom” de 93%, um aumento de 50% desde 2016.
Em discussão com a sociedade catarinense, a prorrogação da concessão da BR 101 e a implementação do sistema de pedágio free flow na foram alguns dos temas abordados. A necessidade de duplicação da BR 282 e a aceleração das obras na BR 470, consideradas essenciais para o escoamento da produção catarinense, também foram debatidas.
Mediado por Beto Martins, secretário de Estado dos Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina, o painel teve ainda a participação de Carlos Chiodini, vice-presidente da Câmara Temática Portuária e Hidroviária da FRENLOGI; Elson Otto, presidente da Facisc, e Dagnor Schneider, presidente da Fetrancesc.
Setor Portuário
Outro destaque do primeiro dia da Logistique 2024 foi o painel “Comércio Global - Projeções dos portos nacionais para atender as demandas e os desafios de crescimento”, mediado por Egídio Martorano, presidente da Câmara de Transporte e Logística da FIESC.
Os portos catarinenses também são afetados pelas condições das rodovias que dão acesso aos terminais. Segundo ele, a competitividade dos portos de Santa Catarina é prejudicada pela falta de investimentos na malha rodoviária, pela paralisação e falta de contingente em órgãos como IBAMA, Vigiagro e Ministério da Agricultura, além de situações climáticas.
Com informações da assessoria de imprensa regional
O Ibovespa recuava nesta terça-feira, enfraquecido pela queda de commodities como minério de ferro e petróleo, que minava o desempenho das ações de Vale e Petrobras, enquanto o noticiário corporativo doméstico destacava o resultado trimestral e previsões do Carrefour Brasil.
Por volta de 14h40, o Ibovespa cedia 0,85%, a 126.778,12 pontos. O volume financeiro somava R$ 921 milhões.
No mesmo horário, o dólar à vista subia 0,17%, a R$ 5,5872 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,2%, a R$ 5,587.
No exterior, Wall Street não mostrava uma direção clara, com agentes financeiros analisando os potenciais desdobramentos dos últimos eventos políticos nos Estados Unidos, bem como balanços corporativos, entre eles os da GM e da Coca-Cola, enquanto aguardam os números da Alphabet e da Tesla no final do dia.
Para a equipe da Ágora Investimento, os sinais divergentes entre as bolsas e as principais commodities no exterior indicam instabilidade para os ativos locais nesta sessão.
“Alternativamente, enquanto não há maior definição do ponto de vista fiscal aqui no Brasil, o início da temporada de resultados referentes ao segundo trimestre deverá contribuir para a formação de preços”, observou em nota a clientes, destacando que o Carrefour abriu a fila da safra de balanços.
Contexto Internacional
Nesta manhã, o dólar avançava sobre moedas emergentes, recuperando-se das perdas da sessão anterior, quando a desistência do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, da disputa presidencial ajudou no apetite por risco no exterior devido à queda nas apostas de vitória do candidato republicano, Donald Trump.
Biden anunciou sua decisão no domingo e declarou apoio a sua vice-presidente, Kamala Harris, como candidata do Partido Democrata.
No entanto, a divisa norte-americana se aproveitava nesta terça-feira de um cenário ruim para países exportadores de commodities. Os contratos futuros de minério de ferro caíram para o nível mais baixo em mais de três meses, à medida que aumentam as perspectivas de demanda fraca na China.
O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 3,43%, a 774,5 iuanes (US$ 106,47) a tonelada, seu valor mais baixo desde 8 de abril.
A queda nos preços do petróleo também gerava impacto, com o petróleo tipo Brent em Londres recuando 0,7%, a US$ 81,81 por barril, e o petróleo em Nova York caindo 0,77%, a US$ 77,79 por barril.
Com isso, o dólar avançava sobre moedas como o peso mexicano, em alta de 0,6%, o peso chileno, com ganho de 0,6%, e o rand sul-africano, com avanço de 0,9%.
O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,12%, a 104,420.
Agentes financeiros também ajustam suas posições na espera da divulgação de dados dos Estados Unidos nesta semana, incluindo o PIB para o segundo trimestre na quinta-feira e o índice PCE — indicador preferido de inflação do Federal Reserve — na sexta.
Os mercados globais seguem com a expectativa de que o banco central dos EUA comece um ciclo de afrouxamento monetário em setembro.
No cenário nacional
O mercado ainda reage ao anúncio do governo de um congelamento de R$ 15 bilhões do Orçamento deste ano a fim de cumprir as exigências do arcabouço fiscal.
Na segunda-feira, o Executivo elevou sua projeção para o déficit primário do governo central em 2024 a R$ 28,8 bilhões, exatamente o limite inferior da margem de tolerância da meta de déficit zero.
Também repercutia entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para agências internacionais na véspera, onde disse que o governo fará congelamento de despesas orçamentárias sempre que necessário.
“(O presidente Luiz Inácio Lula da Silva) deu uma acalmada no mercado dizendo que quando fosse necessário haveria corte na maquina pública, o que é um bom indício”, disse Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.
No entanto, Lula afirmou que ainda não tem um nome para suceder o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no próximo ano, o que, segundo Avallone, gera uma “apreensão” no mercado.
Na segunda-feira, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,5687 na venda, em baixa de 0,64%.
CNN BRASIL
A proposta de reforma tributária no Brasil traz mudanças importantes que afetam diretamente a compra e venda de imóveis. Com a introdução dos novos tributos CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), o setor imobiliário se depara com um cenário de possíveis aumentos de impostos para pessoas físicas e jurídicas. Segundo Eduardo Natal, advogado especializado em Direito Tributário e sócio do escritório Natal & Manssur Advogados, essas mudanças terão implicações significativas no custo final das transações imobiliárias.
Eduardo Natal explica que os novos tributos serão cobrados apenas dos fornecedores que realizem operações de forma habitual e profissional, caracterizando-os como contribuintes. "O puro adquirente de bens imóveis não é obrigado pela lei a prestar contas da CBS e do IBS. No entanto, como o regime de tributação tem como princípio levar a carga tributária para o consumidor final, na prática, ele acabará pagando os tributos, não como responsável legal, mas sim como destinatário do custo dessa incidência", afirma o advogado.
Para quem já possui um imóvel e decide vendê-lo, os tributos CBS e IBS incidirão apenas sobre a diferença entre o preço de aquisição registrado e o valor de venda. “Quando você detém um imóvel no seu ativo e faz a venda por um valor superior ao registrado, os tributos incidem apenas sobre essa diferença”, destaca Natal. Esta regra visa evitar a dupla tributação e aliviar um pouco o impacto sobre os vendedores.
No caso de aquisição de terrenos por incorporadoras e construtoras de pessoas físicas, inicialmente não haverá incidência de CBS e IBS, uma vez que uma pessoa física não é considerada contribuinte habitual. “O custo de aquisição desses terrenos não incluirá os tributos, já que uma pessoa física em particular não é obrigada a pagar CBS e IBS”, explica o advogado. Isso pode representar uma vantagem competitiva para as empresas que adquirem terrenos de pessoas físicas.
Atualmente, o setor de construção e incorporação imobiliária é tributado pelo Regime Especial de Tributação (RET), com uma alíquota de 4% que engloba PIS/Cofins, Imposto de Renda e Contribuição Social. No entanto, com a reforma tributária, essa alíquota pode sofrer um aumento significativo. “Com a redução de 40% da alíquota base, que passaria de 27% para 15,9%, mais o ITBI de 3%, teríamos uma alíquota efetiva de 18,9%”, alerta Natal. Ele ressalta que o aumento da carga tributária é significativo, especialmente considerando que a mão de obra, um dos principais insumos do setor, não gera direito a crédito tributário.
Para o setor imobiliário, essas mudanças podem resultar em um aumento de custos que será repassado ao consumidor final. Natal enfatiza que, mesmo com os possíveis créditos gerados pela aquisição de materiais e contratação de subempreiteiros, uma nova alíquota efetiva será significativamente maior do que as praticadas atualmente. “A nova alíquota efetiva será certamente acima da casa dos dois dígitos, superando as alíquotas atuais de 4% do RET e 6,73% do lucro presumido”, conclui o advogado.
Em resumo, a reforma tributária traz uma série de mudanças que, embora visem simplificar e unificar o sistema tributário, podem resultar em um aumento da carga tributária para o setor imobiliário. As incorporadoras, construtoras e consumidores finais devem estar atentos a essas novas regras e preparar-se para os impactos econômicos que elas trarão.
Fonte: Eduardo Natal, sócio do escritório Natal & Manssur Advogados, mestre em Direito Tributário pela PUC/SP e presidente do Comitê de Transação Tributária da Associação Brasileira da Advocacia Tributária (ABAT).
Superando as expectativas do início de 2024, a indústria catarinense deve crescer 4,65%, contra os 4,51% previstos anteriormente. A estimativa é do economista-chefe da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Pablo Bittencourt.
Em reunião da diretoria da entidade nesta sexta-feira (19), o economista destacou que o Brasil vem mostrando uma transformação na sua dinâmica de crescimento, que favorece a indústria catarinense, dada a diversidade de setores e a característica do parque industrial do estado. “A indústria de SC tem cadeias bem estruturadas na produção de bens duráveis e bens de consumo, que neste momento estão puxando o crescimento do país”, explica.
De acordo com ele, esse cenário é um reflexo de dois principais fatores: a redução da taxa de juros - com efeitos positivos sobre o crédito - e também a elevada taxa de ocupação na economia brasileira, com impacto sobre o aumento da renda do trabalhador. “A tendência é um aumento na contratação de crédito para financiar o consumo. O endividamento das famílias parou de cair, e a renda das famílias está sendo compatível com redução da dívida e crescimento do consumo, especialmente se a taxa básica de juros voltar a cair no início de 2025, como esperado”, explicou Bittencourt.
Brasil e exterior
A inflação brasileira, um dos pilares para a definição da taxa básica de juros, tem se mostrado sob controle. Os recentes resultados do IPCA vieram abaixo da expectativa, a despeito do impacto de preços previstos pela desvalorização do real e dos efeitos da tragédia climática no Rio Grande do Sul na economia. “Tivemos impacto, mas não o descontrole de preços, mesmo com o reajuste dos combustíveis pela Petrobras, a situação no RS e desvalorização do real”, afirmou.
Aliados a esses fatores, os dados de inflação nos Estados Unidos e a sinalização de redução na taxa de juros por lá este ano, provavelmente em setembro, também contribuem para a percepção de que há espaço para uma redução de juros no Brasil no início de 2025.
Desafios
O equilíbrio fiscal é um dos grandes entraves para uma melhora significativa na economia, segundo Bittencourt. Ele salientou que a necessidade de corte de gastos públicos para atingir a meta é premente e, apesar do anúncio do governo federal do corte de R$ 15 bilhões, ainda seria necessário uma nova redução, de pelo menos R$ 11 bilhões para que fosse possível encerrar o ano dentro da banda da meta fiscal. A meta para o exercício é de déficit zero, com uma banda de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo.
A reforma tributária é outro fator de atenção, apesar de a FIESC ter considerado o texto aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados como adequado. “O processo de aprovação conseguiu guardar o que mais importante na reforma: a não-cumulatividade, a equalização da carga tributária, a cobrança no destino e a simplificação”, afirmou.
Bittencourt destacou, no entanto, que o aumento de exceções deve ser monitorado na sequência da tramitação no Senado. Segundo o economista, a futura revisão da reforma, prevista para 2031, poderá equilibrar eventuais distorções e fazer ajustes. Apesar de positiva, essa previsão cria incerteza sobre como será no futuro dos setores que receberam incentivos.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas
A EC (Emenda Constitucional) 132/2023 previu a substituição do ICMS, ISS, PIS e COFINS por um novo sistema de tributação do consumo, mais simples, racional e alinhado à prática internacional.
Nesse sistema, a tributação geral do consumo será dual, com um Imposto (subnacional) e da Contribuição (federal) sobre Bens e Serviços, IBS e CBS, instituídos por lei complementar e praticamente idênticos entre si. Eles serão administrados pelo Comitê Gestor do IBS (CG) e pelo fisco federal, cabendo aos entes federados definir suas alíquotas padrão. Haverá, ainda, um Imposto Seletivo para desestimular consumos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, que coexistirá com o IPI, mantido apenas para produtos da ZFM.
A dualidade substitui a ideia original de um único IBS compartilhado entre os entes, que, como alertamos desde os primórdios da PEC 45/2019[1], seria inconstitucional, pois suprimir o ICMS (88% da arrecadação estadual) e o ISS (43% da municipal)[2], deixando o novo imposto a critério do Congresso Nacional, afetaria a autonomia financeira dos entes[3].
Contudo, após a alteração, apontamos para o risco de essa dualidade ser apenas formal, sem garantir um nível satisfatório de autonomia aos entes[4], o que, agora, é confirmado pelos recentes PLPs 68 e 108/2024. Afinal, segundo os PLPs, os entes serão subalternos ao CG, que, por sua vez, ficará na dependência da União quanto à estrutura comum do IBS/CBS. E isso os enfraqueceri a, amesquinhando a Federaç&a tilde;o, o que é vedado.
De fato, a EC teve o propósito de recuperar a racionalidade do sistema tributário. Assim, a dualidade do IBS/CBS precisa ser estruturada de modo a atender à simplicidade, transparência, justiça e cooperação (CF, art. 145, §3º). E isso implica que, além de duais, os tributos têm de ser uniformes, tanto em seus aspectos legais (mesmas regras de incidência) quanto administrativos, com regulamentos, interpretações, obrigações e procedimentos harmônicos (CF, arts. 149-B, art. 156-B e 195, §16).
Consequentemente, a lei complementar deve dispor sobre a matéria de modo a garantir suficiente autonomia dos Estados e Municípios (dualidade), mas, ao mesmo tempo, criar um sistema simples, racional e praticável o bastante (uniformidade) para justificar o abandono do sistema atual, que existe há anos e que, bem ou mal, funciona.
De fato, “a repartição de competências e de receitas tributárias configura um dos pilares da autonomia dos entes” (STF, RE 591033, DJ 24/02/11), pois consagra a descentralização e“divisão de centros de poder”no País (ADI 4228, DJ 10/08/18). Por isso, nem mesmo via emenda pode o Congresso Nacional relativiza-la s“ ou afastá-las”, o que ofenderia “o pacto federativo” e seria “tendente a aboli-lo”, o que é vedado (ADI 926, DJ 06/05/94).
Em nosso sistema, competência tributária é o poder do ente para instituir seu tributo por lei própria. Ela não se confunde com a capacidade administrativa de arrecadá-lo ou alterar-lhe a alíquota, que é delegável, sem que isso o tornede competência de quem a exerce, ao invés do órgão legislativo que o cria. Só há competência tributária se o ente pode criar / modificar o tributo quando conveniente[5]. < br />
No caso, há indicativos de que Estados e Municípios podem perder poder em matéria de consumo, pelo prisma tanto da competencia quanto da capacidade tributária.
O teor da EC, a instituição e a estrutura do IBS serão definidas junto com as da CBS, por lei complementar de iniciativa federal, editada pelo Congresso Nacional, ou seja, por veículo e órgão legislativos da União. Assim, ela passará a de ter competência para dispor sobre estrutura do tributo, o que, hoje, os entes fazem por leis próprias. Segundo os idealizadores da EC, isso seria possível por tratar-se de competência compartilhada, a permitir que tributos “distintos” sejam criados por uma lei complementar comum, de caráter “nacional”. Todavia, nacionais são leis complementares de normas gerais para regular a compet encia dos entes, que a exercem por leis próprias, enquanto as que criam tributos são leis instituidoras, mas sujeitas a rito mais rigoroso, pela excepcionalidade do gravame (CF, art. 148 e 154, I).
Além disso, inúmeras prerrogativas inerentes à capacidade administrativa, hoje exercidas pelos entes sozinhos, serão centralizadas no CG. Este, por sua vez, ficará sujeito à União, ao ter de entrar em acordo com ela, nos temas submetidos a harmonização. Estados e Municípios, sozinhos, poderão apenas determinar suas alíquotas-padrão e fiscalizar e lançar o IBS, mas, neste caso, sempre dentro das diretrizes do CG.
Em âmbito infraconstitucional, os PLPsacentuam o risco de centralização, pois, ao preverem estrutura idêntica, evidenciaram a unicidade de fato do IBS/CBS. É dizer: não serão dois, mas um único tributo, cuja dualidade operará não na competência (legislativa), mas na destinação dos recursos e em frações da capacidade de administrar o tributo.
Além disso, apesar de a representação paritária dos Estados e Municípiossugerir certa independênciado CG, o âmbito para atuação autônoma do órgão será estreito, pois todos os temas comuns ao IBS e CBS dependerão de atos conjuntos com a União. Assim, ele só agirá sozinho em relação a temas procedimentais secundários.
Essa harmonização ocorrerá, conforme a matéria (infralegal/administrativa e/ou jurídica), nos chamados Comitê das Administrações Tributárias e Fórum das Procuradorias. Ainda que a União e o CG tenham 50% dos votos cada, não haverá verdadeiro equilíbrio de forças. Afinal, o interesse da União tende a ser linear, enquanto os dos representantes do CG não o serão, pois terá de haver representação satisfatória dos Estados do Centro-Sul e do Norte/Nordeste, bem como dos grandes e pequenos Municípios. Assim, a União será um bloco monolítico (50%), enquanto o CG se apresentará como um conjunto de até quatro sub-blocos (12,5%) com interesses conflitantes. Logo, bastará à União cooptar um desses blocos para exercer liderança e fazer-se prevalecer nas discussões, como ela já faz outras esferas. Para piorar, os PLPs sequer preveem o tipo de maioria a ser observada nessas votações, o que ficou para um futuro regimento, apesar do seu impacto sobre a Federação.
Portanto, a prevalecerem os PLPs, a estruturação do sistema previsto na EC pode reduzir perigosamente a autonomia dos Estados e Municípios, a ponto de redefinir, para pior, a qualidade da Federação brasileira (retrocesso), seja porque eles perderiam o poder que hoje possuem, seja, ainda, porque serão duplamente inferiorizados, ao ficar abaixo de um CG central, que, por sua vez, pouco decidirá sem o amém da União.
Nesse cenário, embora ainda não se possa afirmar que a seja inconstitucional, pode ocorrer um processo de inconstitucionalização da reforma tributária, caso ela reduza (ao invés de manter ou aumentar) a capacidade dos Estados e Municípios de custear suas atividades e serviços sem dependerem da União, o que exigiria a rediscussão do modelo, com os custos daí decorrentes para o País.
Hamilton Dias de Souza é sócio fundador dos escritórios Dias de Souza Advogados Associados e Advocacia Dias de Souza, mestre e especialista em Direito Tributário pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).
Humberto Ávila é fundador do escritório Humberto Ávila Advocacia e professor-titular de Direito Tributário na Faculdade de Direito da USP.
Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho (Portugal), presidente do Conselho Superior de Direito da Fecom ercio-SP, ex-presidente da Academia Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).
Roque Antônio Carrazza é fundador do escritório Roque Carrazza Advogados Associados e professor-titular de Direito Tributário da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
1] SOUZA, Hamilton D.; ÁVILA, Humberto B.; e CARRAZZA, Roque A. A reforma tributária que o Basil precisa, parte 1. CONJUR, 08/11/2019.
[2] Vide dados do Tesouro Nacional citados no parecer de admissibilidade da PEC 45/2019 apresentado pelo Dep. Fed. João Roma à CCJ/CD.
[3] Vide, p. ex., Substitutivo do Deputado Aguinaldo Ribeiro à PEC 45/2019, na Câmara dos Deputados (fase I).
[4] SILVA MARTINS, Ives G.; SOUZA, Hamilton D.; ÁVILA, Humberto; e CARRAZZA, Roque. Considerações necessárias sobre a reforma tributária. Portal Tributário, 03/07/2023.
[5] CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de direito constitucional tributário. São Paulo: Malheiros, 1997.
O mundo inteiro tem acompanhado a notícia de um apagão global de TI que afetou milhares de empresas em todo o mundo, incluindo aeroportos e bancos. Já se sabe que a causa do problema é uma atualização de software lançado pelo fornecedor de cibersegurança Crowdstrike.
Com base em relatos da mídia, o número de empresas e dispositivos afetados podem exceder a casa das centenas ou milhares. Nesta fase, é difícil estimar quanto tempo levará para resolver o problema, pois a dificuldade reside no fato de que quando esse tipo de problema ocorre, cada dispositivo (computador, laptop ou servidor) deve ser reinicializado manualmente em modo de segurança; e isso não pode ser automatizado usando ferramentas de gerenciamento. Este é, de fato, um problema muito sério que tem afetado numerosos sistemas, incluindo ambientes de infraestruturas críticas.
Para evitar tais situações, os fornecedores de segurança da informação precisam ser altamente responsáveis pela qualidade das atualizações que lançam. Na Kaspersky, todas as atualizações são acompanhadas por um número significativo de testes e verificações internas. Até que sejam aprovados, a versão não será lançada para os clientes. Desde 2009, administramos uma estrutura interna para evitar falhas em massa entre nossos clientes. Dentro dessa estrutura, cada atualização passa por uma verificação de qualidade com vários níveis. Isto nos permite corrigir todos os problemas identificados antes de um lançamento, analisar as razões por detrás de cada problema e desenvolver medidas preventivas adequadas.
Também é importante aderir ao princípio de lançamento granular de atualizações. Isto significa que não são distribuídos globalmente a todos os clientes simultaneamente, mas sim em etapas, para que em caso de alguma falha imprevista seja possível localizá-la e corrigi-la rapidamente.
Além disso, é necessário monitorar e responder imediatamente a qualquer situação, interrompendo as atualizações com urgência.
Caso surja algum problema inesperado que afete os nossos clientes, sempre realizamos seu registro, com a devida prioridade, e analisamos quais as medidas que necessitam ser tomadas e implementadas. Resolver o problema passa a ser uma prioridade em todos os níveis da empresa. Tal como acontece com todos os ciberincidentes, é crucial não só eliminar os danos visíveis, mas também encontrar e corrigir a causa raiz, a fim de evitar incidentes semelhantes no futuro.
Sobre possíveis repercussões, acreditamos que cibercriminosos possam explorar a situação a seu favor, lançando campanhas maliciosas. Outra consequência é a exposição indesejada. Uma das estratégias de defesa em segurança corporativa é esconder qual solução de segurança é usada. Quando essa informação se torna pública, mesma que indiretamente e involuntariamente, isso dá ao criminoso uma vantagem, pois poderão se preparar melhor caso tenham intensão de atacar.
O Sul do Brasil foi palco para o lançamento mundial da nova versão do iate OKEAN 80, produzido pelo Grupo OKEAN em Santa Catarina. O modelo com mais de 24 metros de comprimento estreou no Marina Itajaí Boat Show, maior evento náutico do Sul do país, e surpreendeu o público pela amplitude e projeto arquitetônico trazendo um conceito inovador ao mercado náutico. Além deste modelo, uma Ferretti Yachts 720, da renomada marca italiana, com mais de 22 metros, também esteve em exposição no estande da YACHTMAX, dealer exclusivo das marcas no Brasil e que integra o Grupo OKEAN.
O estande trouxe elementos que representam a essência Grupo OKEAN, com mobiliários, itens de decoração e gastronomia que reforçaram a brasilidade, acolhimento e cuidado aos detalhes.
O ambiente e as embarcações foram decorados com mobiliários da Artefacto, como sofás, mesas e poltronas. Os tapetes da Oriente-se agregaram ao design do estande e sensação de maior acolhimento aos clientes, bem como vasos vietnamitas da Organne e itens da Marche Objetos, que deram um toque especial à decoração e transformaram tanto o estante como as embarcações em casas. Além das peças únicas da ceramista Adriana Trovati, com conchas exclusivas.
O Atelier Carine Sartore, especializado na criação e produção de enxovais exclusivos para iates, com um portfólio de produtos que contempla desde a rouparia de cama e banho das cabines até as áreas de convivência, cuidou de todo o enxoval e almofadas das embarcações. As embarcações também foram decoradas com peças da marca Atelieria, conhecida pelas criações marcadas pela autenticidade e romantismo, além da combinação de desenhos, cores, texturas, tecidos e bordados de alto padrão. Para a OKEAN 80, a marca desenvolveu uma linha exclusiva “Al Mare”, com kimonos, pijamas em seda pura, toalhas estampadas, mantas para as cabines e linha kids, com ursos, colchas, tênis e vestidos.
No domingo, a OPTIK Lunettes realizou uma ativação especial aos clientes e visitantes com provador ‘al mare’ de 50 óculos das marcas Moscot, Montblanc, Persol, Miu Miu, D&G, Ferragamo e Tiffany´s. Já a Lexus Barigui foi a responsável pelo shuttle dos convidados da YACHTMAX com dois carros, o modelo RX-500H, um SUV híbrido e esportivo, com mais de 370 cavalos de potência dividido em três motores (1 à combustão e 2 elétricos), teto solar panorâmico, estofamento em couro ecológico e multimídia com conectividade CarPlay. E também o modelo ES-300H, que une luxo, segurança e performance com mais de 210 cavalos de potência em dois motores (1 à combustão e 1 elétrico), bancos de couro premium, central multimídia de 12,3 polegadas e único da sua categoria com 10 airbags.
Sobre a YACHTMAX
Fundada em 2016, a YACHTMAX é dealer exclusivo da Ferretti Yachts, OKEAN Yachts, Riva e Pershing no Brasil. Atua também no setor de seguros náuticos, charter e revenda de barcos seminovos de multimarcas. Com sede em São Paulo/SP, possui escritórios em Angra dos Reis/RJ e Itajaí/SC, além de representantes em diversos estados.
Mais informações: https://yachtmax.com.br/
Sobre o Grupo OKEAN
Desde 2021, o Grupo OKEAN concentra fábrica própria em Itajaí (SC), atualmente com 11 mil m², e detém a licença de produção, única no mundo, dos iates da consagrada marca italiana Ferretti Yachts no Brasil, um dos principais fabricantes de iates de luxo do mundo com mais de 50 anos de história na náutica. O Grupo OKEAN nasceu por meio da marca de iates OKEAN Yachts, fundada em 2015. É responsável também pela gestão da YACHTMAX Brasil, revendedor exclusivo da OKEAN Yachts e da Ferretti Yachts no Brasil. Em dezembro de 2022, trouxe ao estaleiro brasileiro a Marina YACHTMAX com 5 mil m² e que possui o maior travel lift da América Latina, com capacidade de erguer barcos de até 220 toneladas, equivalente a 170 pés ou 50 metros de comprimento. Inaugurou, na segunda quinzena de julho de 2023, a YACHTMAX Service, na Marina Verolme (RJ) dedicada a serviços de reparo e manutenção, com travel lift capaz de erguer barcos de até 110 toneladas. No segundo semestre de 2023, anunciou a revenda exclusiva de modelos Riva e Pershing, da Ferretti Group, no Brasil.
Empresários industriais estão descontentes com as condições atuais da economia brasileira e apontaram menos confiança em julho. O resultado aparece no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que recuou de 51,4 pontos para 50,1 pontos. A queda do índice para um patamar praticamente sobre a linha divisória de 50 pontos indica a transição de um estado de confiança para um estado neutro. A pesquisa ouviu 1.271 indústrias por todo país, entre os dias 1º e 5 de julho.
“A descontinuação de cortes na taxa Selic e as mudanças no câmbio são pontos que, certamente, abalaram a confiança dos empresários industriais. Ao analisar os componentes do ICEI, vemos com clareza que a queda foi causada pela avaliação dos empresários sobre a economia brasileira, tanto atualmente quanto para os próximos meses”, contextualiza o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
O resultado de julho (50,1 pontos) é o menor índice de confiança registrado pela indústria desde maio de 2023, quando foi registrado um ICEI de 49,2 pontos.
Dados por componentes do ICEI
O Índice de Condições Atuais recuou 1,8 ponto para 44,4 pontos. Nesse índice, o componente que retrata a avaliação das condições atuais relativa à empresa recuou 0,7 ponto, enquanto o índice relativo à economia brasileira recuou quatro pontos, de 41,6 pontos para 37,6 pontos.
Dessa forma, a percepção dos empresários é que as condições atuais estão piores em comparação com os seis meses anteriores, especialmente para a economia brasileira, e, em menor grau, para as próprias empresas.
O Índice de Expectativas também recuou, com queda de 1,1 ponto, para 52,9 pontos. Quando analisado o componente deste índice que reflete as expectativas relativas à economia brasileira nota-se um recuo de 2,9 pontos, de 47,1 pontos para 44,2 pontos. De acordo com a análise da CNI, há uma deterioração das expectativas da indústria para os próximos seis meses da economia brasileira.
Entretanto, o índice que mensura a expectativa dos empresários em relação ao desempenho de suas próprias empresas nos próximos seis meses registrou 57,2 pontos e segue positivo.
Sobre o ICEI
O ICEI consulta empresários industriais para prever o desempenho e sinalizar as mudanças de tendência da atividade industrial. A pesquisa é mensal e coleta as informações necessárias para a construção do ICEI, da Sondagem Industrial e da Sondagem Indústria da Construção.
Se você vive, trabalha, consome ou produz no Brasil, você é uma das milhares de pessoas que pagam, juntas, R$ 1,7 trilhão por ano pela ineficiência da economia brasileira. Esse é o tamanho do Custo Brasil, o valor que o setor produtivo gasta a mais do que a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para produzir no Brasil. O Custo Brasil é como aquela gordura totalmente dispensável, não a da picanha, mas a do fígado.
O desperdício equivale a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e é maior do que o PIB de vários vizinhos na América do Sul, como Paraguai, Bolívia, Uruguai, Venezuela e Peru. E, juntamente com a carga tributária brasileira, também é a resposta para indignações coletivas como, por exemplo, por que um celular é mais barato no Estados Unidos do que no Brasil.
Quando uma empresa leva entre 1.483 horas e 1.501 horas no processo de apuração, preparação da documentação, declaração e pagamento de tributo, um tempo muito superior ao de qualquer lugar do mundo, é a mercadoria e o serviço nacional que ficam mais caros. A má qualidade da infraestrutura, como a falta de ferrovias, explica o elevado custo do frete.
Por que temos poucas ferrovias?
O fato de o Brasil ter o terceiro maior spread bancário do mundo, atrás apenas do Zimbábue e de Madagascar, de acordo com o Banco Mundial, também eleva o preço final de uma mercadoria produzida no país, pois ele impacta diretamente o custo do crédito, do financiamento para o capital de giro e investimentos das empresas. O spread é a diferença entre a taxa que banco paga para captar o recurso e os juros que ele cobra para emprestar. Dados do Banco Central mostram que, em maio de 2024, a taxa de juros média para empresas era de 18,2% ao ano.
“O Custo Brasil é o chamado custo inútil. É inútil porque não agrega nada para ninguém. É uma desvantagem relativa quando o empresário brasileiro vai competir com o produto estrangeiro tanto no mercado interno quanto no mercado exterior”, explica o vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Leo de Castro.
A redução do Custo Brasil é a condição para recuperar a competitividade da indústria brasileira
A CNI, em conjunto com as 27 federações estaduais de indústria e com 74 associações industriais, divulgaram a Declaração pelo Desenvolvimento da Indústria e do Brasil. No documento, o setor industrial apresenta os 10 princípios orientadores para impulsionar a agenda de desenvolvimento do país. Cinco deles têm relação direta com o Custo Brasil: sistema tributário moderno e eficiente; custo de capital; recursos humanos capacitados para a nova economia; qualidade regulatória; e energia e transportes mais baratos e eficientes.
Aprovação de projetos pode reduzir em R$ 500 bilhões o Custo Brasil
O conselheiro executivo do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Rogério Caiuby, conta que, há cerca de cinco anos, o MBC desenhou o Custo Brasil, em uma forma de mandala com 12 grandes seguimentos, para torná-lo visível. O desenho faz o caminho da vida de uma empresa e os obstáculos vivenciados da porta da fábrica para fora: abertura, financiar capital, contar com pessoas, infraestrutura, acessar insumos básicos como energia, segurança jurídica, questão tributária, participação em cadeias globais de valor, burocracia, inovação, competir e ser desafiado de forma justa e encerrar o negócio.
“A baixa qualificação dos recursos humanos é a parte que mais pesa no Custo Brasil, quando entram no mercado de trabalho. O segundo ponto que mais impacta é o fato de honrar tributos, seguido da falta de infraestrutura e logística. E vivemos uma dicotomia no caso da energia. Temos a matriz energética mais limpa do mundo, no custo mais baixo, que se torna cara devido aos encargos e perdas do sistema. É um custo muito real que drena a capacidade de competir do setor produtivo”, explica Caiuby.
“A ideia é manter atualizado o valor do Custo Brasil a cada dois anos e acompanhar projetos mais maduros para entender até que pontos eles têm a capacidade de entregar o que era esperado deles. Um exemplo é o acesso à banda larga. Temos um projeto que foi aprovado que é o 5G, mas ele depende de outro, bastante polêmico, que é a questão das antenas. Então estamos acompanhando para saber se, na próxima medicação, ele terá um impacto nesse ponto da comunicação”, explica Caiuby.
Reforma tributária vai eliminar distorções que reduzem a competitividade da indústria
O novo sistema de tributos sobre o consumo vai eliminar distorções que reduzem a competitividade da indústria, como a cumulatividade, o acúmulo de créditos tributários, a oneração dos investimentos e das exportações e os custos para calcular e pagar os tributos.
Aprovação da reforma tributária é uma grande conquista para o Brasil, avalia CNI
Na avaliação da CNI, será uma excelente mudança, principalmente neste momento em que o país discute como promover a neoindustrialização da economia brasileira.
Recursos humanos capacitados para a nova economia
Até 2025, o Brasil precisará qualificar 9,6 milhões de pessoas em ocupações industriais, sendo 2 milhões em formação inicial – para repor inativos e preencher novas vagas – e 7,6 milhões em formação continuada, para trabalhadores que precisam se atualizar. Isso significa que 79% da necessidade de formação nos próximos quatro anos será em aperfeiçoamento.
O mercado de trabalho passa por uma transformação, ocasionada principalmente pelo uso de novas tecnologias e mudanças na cadeia produtiva. Por isso, cada vez mais, o Brasil precisará investir em aperfeiçoamento e requalificação para que os profissionais estejam atualizados.
Em quatro anos, devem ser criadas 497 mil novas vagas formais em ocupações industriais, saltando de 12,3 milhões para 12,8 milhões de empregos formais. Essas ocupações requerem conhecimentos tipicamente relacionados à produção industrial, mas estão presentes em outros setores da economia.
Brasil precisa qualificar 9,6 milhóes de trabalhadores em ocupações industriais até 2025
Qualidade regulatória: economia brasileira precisa de sistema transparente, previsível e baseado em evidências
Regulamentos dispersos em mais de 30 órgãos do governo federal, sobreposição de regulamentos técnicos e regulamentação excessiva de itens são as principais dificuldades encontradas pelas indústrias no sistema de garantias da qualidade de produtos e serviços brasileiro. Os dados são da Sondagem Especial: Infraestrutura da Qualidade Industrial da CNI.
De acordo com a pesquisa, as principais dificuldades para as empresas se manterem atualizadas em relação às normas técnicas e requisitos técnicos são:
• grande quantidade de normas e regulamentos técnicos existentes (50% das respostas);
• grande quantidade de órgãos que produzem normas e regulamentos técnicos (29% das respostas);
• velocidade de mudança nas normas e regulamentos técnicos (25% das respostas).
A CNI ouviu 1,7 mil empresas das indústrias extrativa e de transformação. Destas, 704 são pequenas, 589 são médias e 407 são grandes.
“A reclamação do setor industrial não é sobre manter os produtos em conformidade com os padrões de qualidade, o que é visto como investimento e parte da atividade empresarial, mas sobre os pontos críticos elencados. É comum, por exemplo, a regulamentação de um produto sem que seja feita uma análise prévia, para identificar se ele representa riscos para o consumidor e para o meio ambiente”, explica a gerente de Estatística e Competitividade, Maria Carolina Marques.
A CNI avalia que essa análise é fundamental para reduzir os excessos. Ainda de acordo com a sondagem, para 65% das empresas entrevistadas, o sistema é considerado oneroso.
Energia e transportes mais baratos e eficientes
Os diversos subsídios e encargos embutidos na conta de luz do consumidor são um dos principais fatores para que o Brasil tenha uma das tarifas de energia elétrica mais altas do mundo. Pesquisa da CNI mostra que para 55% dos empresários industriais brasileiros, o excesso de subsídios do setor elétrico afeta diretamente a competitividade da indústria.
Outros 47% apontam que tais benefícios concedidos a determinados setores da economia – como a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), as Fontes Incentivadas e o subsídio para geração distribuída, são os responsáveis pelo elevado custo da conta de luz no país. Levantamento da CNI com base em dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostra que encargos somados aos impostos representam 44,1% do valor da conta de luz. Segundo os dados, os custos conjunturais (compostos pela Conta Covid e pela Escassez Hídrica) e estruturais somaram em 2023 um total de R$ 102,35 bilhões.
Dentro dos custos estruturais destaca-se a Conta de Desenvolvimento Energético. Criada em 2002, a chamada CDE impactou a conta de luz no ano passado em R$ 40,1 bilhões - em 10 anos a conta saltou de R$ 14,1 bilhões para a cifra atual. A CDE é um fundo setorial que tem como objetivo custear diversas políticas públicas do setor elétrico brasileiro, entre as quais subsídios para fontes incentivadas de energia, para o carvão mineral e para a geração distribuída.
A conta chega: quase metade da fatura de luz é composta por impostos e encargos
Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo tem como bandeira a redução do Custo Brasil
A Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo foi montada em agosto de 2021 com o objetivo de discutir e propor medidas de enfrentamento ao Custo Brasil. Dos projetos que compõem a Agenda Legislativa da Frente, 70% estão alinhados com a pauta mínima da indústria, nas áreas prioritárias para a redução do Custo Brasil.
O secretário da Fazenda estadual, Cleverson Siewert, apresentou a industriais catarinenses, nesta quinta-feira, um resumo das propostas de alteração e adaptação da legislação tributária e de incentivos fiscais enviado à Assembleia Legislativa, durante a reunião da Câmara de Assuntos Tributários da Federação das Indústrias de SC (FIESC).
Ele destacou que a maior parte das mudanças propostas nas leis tributárias visam aumentar a segurança jurídica oferecida aos contribuintes e que nenhuma alteração prevê aumento de impostos.
Siewert informou ainda que a Secretaria recebe, ao longo do ano, várias demandas de diferentes setores, analisa e elabora um pacote de medidas tributárias para enviar para a Assembleia, sempre com foco no desenvolvimento econômico do estado e medindo o impacto socioeconômico das decisões. “Mapeamos as contrapartidas das empresas e dos setores em termos de geração de emprego e renda e do investimento”, explicou.
O pacote de incentivos atende cerca de 700 empresas, que empregam aproximadamente 230 mil trabalhadores. O impacto financeiro das dez medidas será de R$ 191,1 milhões no primeiro ano, R$ 127,3 milhões no segundo e R$ 102,3 milhões no terceiro ano em diante. (Confira os detalhes)
Para o presidente da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, a disposição do secretário em ouvir o setor produtivo demonstra a boa vontade do governo no reconhecimento da importância fundamental da indústria para o desenvolvimento socioeconômico do estado. “Nosso objetivo é manter os investimentos em SC, entendendo o desafio fiscal do estado”, salientou Aguiar.
O presidente da Câmara de Assuntos Tributários da Federação, Thiago Fretta, destacou a proatividade da Secretaria em procurar o setor produtivo para expor as medidas e destacou que a FIESC vai encaminhar as propostas para considerações dos sindicatos que representa, para colher contribuições. “Sempre estamos abertos a ouvir o setor produtivo, no sentido da transparência e no espírito de colaboração”, afirmou Siewert.
A indústria de fraldas descartáveis, tradicionalmente focada nos públicos infantil e idoso, têm buscado agregar produtos cada vez mais específicos à sua linha. É o que Priscila Ariani, Diretora de Marketing da Scanntech, plataforma de soluções de inteligência para o varejo, chama de ‘desenvolvimento de categorias’. “A partir do momento que você segmenta, consegue abrir novas frentes de consumo. Não estamos falando apenas de fraldas, mas de um item noturno para um bebê de três e outro para uma criança de cinco anos utilizar na piscina. A segmentação melhora o atendimento ao consumidor e promove o desenvolvimento da categoria”, explica.
O mercado que, comumente, apresenta crescimento a partir da concorrência direta entre marcas, têm buscado esse caminho alternativo para lidar com contextos como a queda de 3,1% no faturamento de fraldas infantis e estabilidade nas fraldas geriátricas, como apontado por dados da Scanntech. Além disso, a mudança de comportamento dos consumidores é um ponto de atenção, a exemplo da queda de nascimentos. Em 2022, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou a maior diminuição no percentual de nascimentos em 45 anos.
Tendo isso em vista, o setor de fraldas geriátricas busca por expansão do portfólio para reduzir a faixa etária dos consumidores com a inclusão de produtos que atendam a meia-idade, como absorventes para incontinência urinária leve em mulheres. Já na outra ponta, tendências como o 'desfralde gentil', o prolongamento do período de uso de fraldas para garantir um processo mais tranquilo de retirada, têm impulsionado a demanda por peças em tamanhos maiores, como o XXXG, e itens de vestir, como as ‘panties’.
Outra estratégia adotada pelas marcas é o upsizing, que consiste no aumento do tamanho médio das embalagens. O estudo da Scanntech ainda apontou que as marcas de baixo preço (valor unitário abaixo de R$ 0,91) aumentaram suas embalagens em média 6,8%, enquanto as de preço médio (entre R$ 0,91 e R$1,42) tiveram um aumento de 6,5%. Isso torna os produtos mais atrativos para os consumidores, que compram mais por um valor semelhante ao de marcas premium.
Sobre a Scanntech
Usada por 90% dos top varejistas do canal alimentar e por mais de 300 das maiores indústrias, a Scanntech segue revolucionando o modo de se usar informações de mercado. A companhia desenvolveu uma plataforma de inteligência granular, ágil e acionável, que permite a identificação das maiores oportunidades, alavancando os resultados do varejo, da indústria e dos distribuidores e aproximando os parceiros comerciais. Ao todo, analisa dados de mais de R$ 763 bilhões do faturamento do varejo brasileiro por meio de uma base robusta e granular, com mais de 10 bilhões de tickets ao ano de mais de 40 mil PDVs automaticamente, sem manipulação humana, para oferta de insights.
– A Avalara, fornecedora de soluções de gestão fiscal baseadas em nuvem para empresas de todos os portes, anuncia a ampliação de seu Centro Global de Excelência no Brasil, com foco em Desenvolvimento de Software e incremento na sua área de Marketing Corporativo Global. A Avalara Brasil tem mais de 80 vagas abertas, em vários níveis de atuação, sendo todas de forma 100% remota.
Devido ao enorme sucesso nas inscrições durante os recentes eventos de contratação realizados no início do mês de junho, o time de Tecnologia global rodará o Brasil para entrevistar pessoalmente e recrutar os candidatos interessados nas oportunidades relacionadas a Desenvolvimento de Software e Infraestrutura, que está com cerca de 50 vagas abertas. Dessa forma, estão previstos outros encontros para contratação, como na cidade de São Paulo, em 27 de julho. Além dessas cidades e do planejamento de mais algumas que virão em breve, também estão sendo previstos eventos virtuais para dar a chance de participação a profissionais de todas as regiões do Brasil.
Segundo Leonardo Nogueira, Diretor Sênior de Engenharia na Avalara, os eventos de recrutamento em São Paulo e no Rio de Janeiro foram um verdadeiro sucesso. "Estou verdadeiramente impressionado com o alto nível dos profissionais que tivemos a oportunidade de conhecer nestas cidades", destaca. Os eventos não apenas permitiram à empresa fortalecer sua base de conhecimento técnico, como também foram cruciais para a expansão dos times locais.
“Estamos abrindo oportunidades para as pessoas que queiram se unir a times globais, participando de equipes multidisciplinares, pois temos representantes de diversas regiões do mundo e trabalhamos em constante colaboração. Nossa empresa é reconhecida mundialmente pela qualidade e engajamento de seus colaboradores, sendo que, recentemente, conquistamos o prêmio Gallup Exceptional Workplace Award (GEWA) de 2024”, explica Katharina Andreoli, Diretora de People&Culture para a Avalara na América Latina.
Todas as vagas são em regime CLT. Pelo fato de serem oportunidades na modalidade 100% remota, haverá ajuda de custo para internet, disponibilização de computadores e telas extras. “A Avalara entende que para se trabalhar com tecnologia, promovendo soluções inovadoras aos nossos clientes, é necessário manter-se sempre atualizado. Dessa forma, fornecemos gratuitamente acesso à plataforma de ensino Udemy àqueles funcionários que quiserem se aperfeiçoar profissionalmente. Outro benefício é o nosso Programa de Assistência ao Empregado, no qual o nosso ‘Avalariano’ pode contar com orientações financeiras, jurídicas e psicológicas”, acrescenta Katharina.
Nas áreas de Desenvolvimento de Software e Infraestrutura, as vagas do Centro Global de Excelência são destinadas aos cargos júnior, pleno, sênior e gerência. No setor de Marketing, que estão disponíveis no site da empresa neste link, as oportunidades são para os níveis de coordenação e gerência. Todas as vagas podem ser visualizadas no site de Carreiras da Avalara Global aplicando-se o filtro “Brazil”. Nos eventos presenciais de captação de talentos do time de Tecnologia, há limite de participantes. Os interessados devem se inscrever através desta página. Para saber datas e locais dos próximos eventos, os interessados devem ficar atentos à rede social da Avalara Brasil.
Sobre Avalara
A Avalara torna o compliance fiscal mais rápido, fácil, preciso e confiável para mais de 41.000 clientes em mais de 75 países. As soluções de software de automação de conformidade fiscal da Avalara utilizam mais de 1.200 integrações de parceiros tecnológicos firmadas com as principais plataformas digitais de ERP, comércio eletrônico, e outros sistemas de compras e faturamento para dar confiabilidade aos cálculos e determinação de impostos, gerenciamento de documentos fiscais, preenchimento de declarações fiscais e acesso a conteúdo fiscal. Visite https://www.avalara.com/br/pt/.
A indústria da pesca catarinense alcançou R$ 3,8 bilhões em valor bruto da produção, o que coloca Santa Catarina na primeira posição do ranking nacional, com 61,6% de participação em 2022 (último dado disponível). A estimativa para 2023 é de R$ 4,08 bilhões. Os números foram apresentados nesta quarta-feira, 10 de julho, em Itajaí, durante reunião da Câmara de Desenvolvimento da Pesca da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), realizada na ExpoMar 2024.
Com 593 empresas atuando no setor, a indústria da pesca catarinense representava 1% da indústria do estado em 2022. Esse número demonstra um crescimento de 18,84% entre 2018 e 2022, com uma taxa média anual de 4,7%. O setor gerou 12.206 empregos em 2024, um aumento de 31,29% em relação a 2018, com taxa média anual de crescimento de 4,47%. Santa Catarina se destaca como o estado com maior número de empregos no setor no Brasil, representando 23,9% do total em 2024.
André Mattos, presidente da Câmara de Desenvolvimento da Pesca da FIESC, destaca que os números apresentados na reunião demonstram a pujança do setor pesqueiro em Santa Catarina, que se consolida como líder nacional em produção, exportação e geração de empregos. “A combinação de um ambiente de negócios favorável, investimentos em inovação e foco na sustentabilidade garante um futuro promissor para o setor, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico do estado”, afirmou.
Mercado externo
As vendas externas da indústria da pesca em Santa Catarina somaram US$ 42,1 milhões em 2023, posicionando o estado como terceiro maior exportador nacional. Em termos de volume exportado, o estado é responsável por 25% do total vendido ao exterior pelo Brasil (15,03 mil toneladas), o que garante a Santa Catarina a liderança nacional. Entre os principais destinos estão os Estados Unidos (28,35%), a Argentina (27,91%), o Uruguai (7,39%), a Coreia do Sul (5,91%) e Taiwan (4,89%).
Produtividade
A produtividade por trabalhador catarinense atingiu R$ 184,57 mil, posicionando o Estado como o segundo no ranking nacional. O estado lidera o ranking nacional em valor da transformação industrial, com R$ 1,4 bilhão em 2022, representando 68% da participação no setor. O setor de preservação do pescado e fabricação de produtos derivados do estado faturou R$ 3,67 bilhões em 2022, ocupando o primeiro lugar no ranking nacional do setor e representando 59,4% da indústria nacional de pesca.
Desafios e Oportunidades
Durante o encontro, o economista-chefe da FIESC, Paulo Bittencourt, realizou uma análise dos principais pontos da reforma tributária, que impactará diretamente a indústria pesqueira. Segundo ele, só a simplificação do sistema já proporciona um ganho de produtividade relevante para a indústria brasileira.
No evento, o pesquisador Maicon Zangalli apresentou um estudo aprofundado sobre as tendências do consumo de pescado, destacando a crescente importância da sustentabilidade, bem-estar animal, transparência e experiência do cliente.
O consultor técnico do SENAI, Bruno Alberto Haas, introduziu o conceito e a importância da economia circular para a sustentabilidade do setor e destacou a oportunidade de as empresas transformarem o que hoje é resíduo em outros produtos, como óleo de peixe, farinhas e ração.
*O valor bruto da produção calcula o volume financeiro apropriado pela agricultura e pecuária brasileira, baseado na variação dos preços e da quantidade estimada de produção.
Os anúncios de investimentos estrangeiros diretos (IED) no Brasil somaram US$ 28,5 bilhões no primeiro semestre de 2024 – um aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado já representa 74% dos investimentos anunciados em 2023. Essas e outras informações sobre o comércio exterior estão disponíveis na 3ª edição do Impulso das Exportações, a newsletter da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), publicada nesta quarta-feira (10).
De acordo com a publicação, os principais setores que receberam anúncios de investimentos em 2024 foram: automotivo (US$ 14,2 bi), fabricação de papel (US$ 4,6 bi), geração de energia elétrica por biomassa (US$ 1,4 bi) e serviços de processamento e hospedagem de dados (US$ 1,3 bi). No total, foram 186 anúncios de investimentos.
Exportações brasileiras
Já as exportações brasileiras chegaram a US$ 167,6 bilhões no primeiro semestre de 2024 - valor recorde na série história. Com expressivo aumento das importações, o saldo comercial foi 5,2% menor que o do primeiro semestre de 2023, mas ainda em patamar elevado, sendo o segundo maior superávit em um primeiro semestre.
No agregado do ano, o crescimento das exportações foi, mais uma vez, puxado pelo bom desempenho na Indústria Extrativa, sobretudo pelas crescentes exportações de petróleo (+31,2%). No setor agrícola, tiveram destaque as vendas de café não torrado (+49,7%), enquanto na Indústria de Transformação, as exportações de açúcares e melaços (+62,7%), carne bovina (+18,3%) e celulose (+19,5%) tiveram forte expansão.
Exportações para a África em alta
Esta edição do Impulso das Exportações traz como destaque, ainda, o recorde histórico para a África. As exportações brasileiras para o continente africano alcançaram US$ 13,2 bilhões em 2023. Em conjunto, os países africanos já são o quarto principal destino das exportações brasileiras e ainda há espaço para ampliação do comércio bilateral.
A pauta exportadora do Brasil para a África está concentrada em commodities, com destaque para os grupos de produtos do complexo de alimentos e bebidas (como açúcar, milho, carnes de aves, soja, carne bovina e óleo de soja) e para as exportações de minério de ferro e óleos combustíveis de petróleo. Para além das commodities, veículos rodoviários aparecem entre os principais produtos exportados, tendo suas vendas contribuído para a expansão das exportações em 2023.
Argélia, Egito, África do Sul, Marrocos e Nigéria foram os principais compradores brasileiros do continente, representando quase dois terços do valor exportado no último ano.
Confira o Impulso das Exportações completo aqui.
Sobre o Impulso da Exportações
Desde fevereiro deste ano, a cada três meses a ApexBrasil publica o Impulso das Exportações - newsletter com dados atualizados do comércio exterior brasileiro. O documento apresenta destaques e aponta os principais mercados e produtos exportados, bem como revela o cenário de investimentos no país. O material fica disponível no site da Agência e também é possível se inscrever para recebê-lo digitalmente via WhatsApp. Acesse aqui e se inscreva.
Sobre a ApexBrasil
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. Para alcançar os objetivos, a ApexBrasil realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil.
Assessoria de imprensa ApexBrasil
Continuando a trajetória de resultados expressivos, a Autoridade Portuária de Imbituba concluiu os primeiros seis meses do ano com números históricos. Em relação ao mesmo período de 2023, houve um crescimento de 17,4% na movimentação de cargas, somando cerca de 4,4 milhões de toneladas, e recorde para o acumulado do ano.
A operação de cargas em junho também foi a maior marca para o mês em toda série histórica do Porto Organizado de Imbituba, atingindo cerca de 756,5 mil toneladas, expressivos 43,3% acima do verificado em junho do último ano e 4,3% maior que o mês de maio de 2024.
Os números comprovam que o Porto de Imbituba continua em franca evolução e no caminho certo para o desenvolvimento de suas operações. Os primeiros seis meses do ano foram comemorados pelo presidente da Autoridade Portuária de Imbituba Urbano Lopes de Sousa Netto: “Para este ano planejamos investir mais de R$ 50 milhões com o intuito de expandir cada vez mais nossas operações portuárias. ”.
No que diz respeito ao fluxo de embarcações, o mês de junho se iguala ao recorde de 33 navios atracados, atingidos no último mês de maio, equiparando o melhor resultado da série histórica. Nos seis primeiros meses de 2024, atracaram 162 embarcações no Porto de Imbituba, acréscimo de 11,7% em relação ao mesmo período de 2023.
Em junho, verificou-se a manutenção no fluxo comercial de movimentações de cargas do Porto, com um leve declínio no número de embarques em relação a maio (-4%) e superior ao mesmo período de 2023 (+9,5%), tornando-o assim o principal curso dos produtos que passaram pelo Porto. Já os desembarques tiveram acréscimo em junho (+16,3%), se comparados ao mês de maio e um aumento significativo (+125,3%) em relação a junho de 2023.
Dentre todo fluxo comercial de cargas (embarques e desembarques), os maiores volumes operados continuam sendo o coque de petróleo, os contêineres, os farelos de milho e soja, o sal, a soja e o trigo. Em evidência a continuidade da média de movimentação de 50 mil toneladas de açúcar (granel).
No primeiro semestre de 2024, a liderança das exportações (52,9% do total) vem acompanhada de alta de 19,3% na tonelagem enviada ao exterior, se comparada ao realizado no mesmo período de 2023. Em contrapartida, as importações garantiram a fatia de 37,8% das operações com cargas no Porto de Imbituba, com acréscimo de 24,7% na comparação com o mesmo período de 2023.
Em referência à cabotagem, navegação entre portos do mesmo país, a mesma representou 8,9% da movimentação do Porto no acumulado de janeiro a junho, indicando uma redução de 14,6% na quantidade de cargas em relação ao mesmo período do ano passado.
Os granéis sólidos representaram 3,58 milhões de toneladas no acumulado do ano, crescimento de 15,7% no comparativo com o mesmo período de 2023, distinguindo-se como a maior marca no acumulado do primeiro semestre do ano na história do Porto de Imbituba. Tais cargas (Granel sólido) representam 81,9% de toda a movimentação portuária, com especial relevância para o coque de petróleo, que operou 1.083.063 toneladas em 2024. No contexto geral, as maiores movimentações dentro da rubrica granel sólido foram de coque de petróleo, trigo, farelos de milho e de soja, sal, soja e gipsita.
Operações
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Governo Federal), as operações de importação e exportação em Imbituba movimentaram mais de 1,1 bilhão de dólares neste primeiro semestre de 2024, crescimento de 18,5% em relação ao mesmo período de 2023.
Para o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF), Beto Martins, os números seguem confirmando o crescimento no desempenho do Porto. “Um reconhecimento ao trabalho e gestão portuária que vem resultando em produtividade na movimentação de cargas”, afirma Martins.
“Esses resultados, além de contribuir para Imbituba se consolidar como uma alternativa logística competitiva, representam uma busca constante por uma melhor gestão do Porto com resultados que todos ganham”, avalia o diretor-presidente da SCPAR Porto de Imbituba, Urbano Lopes de Sousa Netto.
Foto: Divulgação Ícaro Braga
A Portonave, de Navegantes, conquistou a medalha de prata da EcoVadis, fornecedor mundial de classificações de sustentabilidade empresarial. A partir de um questionário de mais de 200 perguntas e mediante apresentação de evidências para comprovação das práticas sustentáveis, o terminal obteve 68 pontos em uma escala de 0 a 100. O reconhecimento é um diferencial que classifica a Portonave entre as 15% melhores empresas globais avaliadas pela plataforma nos últimos 12 meses.
A metodologia adotada é baseada em padrões internacionais de sustentabilidade, como a Global Reporting Initiative (GRI), o Pacto Global da Organização Nações Unidas (ONU) e a ISO 26000 (Responsabilidade Social), e é supervisionada por um comitê científico internacional. São analisados sete indicadores de gestão por meio de 21 critérios de sustentabilidade em quatro temas: meio ambiente, compras sustentáveis, práticas trabalhistas e direitos humanos e ética.
Alinhado à agenda ESG (Ambiental, Social e Governança, em português) da ONU, o terminal portuário realiza investimentos constantes para adoção de práticas sustentáveis. Como destaque, a empresa utiliza equipamentos elétricos e ecológicos em prol da descarbonização, desenvolve projetos sociais e ações relacionadas à governança corporativa.
Infraestrutura sustentável
Desde 2016, possui 18 Rubber Tyred Gantry (RTG) eletrificados, guindastes para movimentação de contêineres, o que reduz em 96,5% a emissão de gases poluentes dos equipamentos. Foi o maior investimento em compra sustentável, de R$ 25 milhões. Em 2022, adquiriu a primeira Eco Reach Stacker da América Latina, com redução de 40% da emissão de gases de efeito estufa.
Em 2023, totalizou 318 placas solares instaladas, que geram cerca de 18.000 kWh/mês (216.000 kWh/ano). No mesmo ano, obteve o certificado I-REC, em que atestou que todas as emissões referentes ao escopo II — emissões indiretas de gases de efeito estufa associadas ao consumo de energia elétrica — foram compensadas.
Neste ano, iniciou as operações de um Terminal Tractor 100% elétrico, ou seja, sem emissão de gases poluentes. O intuito é avaliar a troca da frota atual, que conta com 40 Terminal Tractors.
Valorização das Pessoas
Em junho, o terminal recebeu novamente a certificação Great Place to Work (GPTW), com uma nota de 82 pontos, um reconhecimento importante em relação à gestão de pessoas. Por meio do Instituto Portonave, instituição sem fins lucrativos, a companhia impulsiona o desenvolvimento sustentável das comunidades nas quais está inserida, e apoia a transformação positiva dos territórios com foco na redução das desigualdades sociais. Em 2023, 172 mil pessoas foram impactadas em 40 projetos apoiados.
Ética e governança
As ações da empresa estão de acordo com o Código de Conduta e a Política Antissuborno. Há três anos, a Portonave é certificada na ISO 37001 (Sistema de Gestão Antissuborno), sendo pioneiro entre os terminais portuários no país. Em 2023, foram ministradas cerca de 195 horas de treinamentos em temáticas relacionadas à ética e à integridade com os profissionais.
Sobre o reconhecimento
A EcoVadis é um fornecedor mundial de classificações de sustentabilidade empresarial testada em mais de 130 mil empresas de 220 setores em 180 países. Para obter o selo, as organizações precisam atingir, ao menos, 30 pontos nos temas de meio ambiente, compras sustentáveis, práticas trabalhistas e direitos humanos e ética. A partir da pontuação, as companhias são classificadas com a medalha bronze, prata, ouro ou platina, e uma árvore é plantada para celebrar a conquista, em parceria com a One Tree Planted, associação sem fins lucrativos.
Com informações da Portonave.
Santa Catarina deve continuar a trajetória positiva e apresentar um crescimento de 2,4% em 2024, na avaliação do Santander. O desempenho é superior ao esperado pelo banco para o País, que prevê alta de 2% para o PIB brasileiro este ano.
Os números estão em um estudo especial que apresenta estimativas da instituição por estados e regiões do país para o horizonte de 2022 a 2025. Os últimos dados oficiais do IBGE para as economias estaduais foram publicados em 2021.
Autor do levantamento ao lado dos economistas Rodolfo Pavan e Henrique Danyi, o economista Gabriel Couto observa que a economia catarinense teve boa performance nos últimos dois anos, com expansão de 4,2% e 3,3% em 2022 e 2023, respectivamente, segundo as projeções do Santander. “Santa Catarina tem indicado taxas de crescimento elevadas nos últimos anos”, observou.
O PIB agropecuário catarinense, que teve forte expansão em 2023, na esteira da retomada de 2022 e da safra recorde, agora tende a apresentar números menores. Depois de um salto de 10% no ano passado, vai diminuir 1% este ano, nas projeções do Banco. “A devolução de parte dos fortes ganhos da safra de 2023 tende a impactar o PIB do estado, em 2024. Os resultados de Santa Catarina também têm apontado maior volatilidade, em parte como consequência de seguidos problemas climáticos”, aponta Couto.
O PIB industrial do estado apresenta uma estabilidade, apontando crescimento moderado. A projeção para 2023 é de leve recuo de 0,1%, seguido de aumento de 0,5% este ano. Já para 2025 o movimento de crescimento tende a ser mais representativo, chegando a 1,9%.
A melhor projeção é para o setor de serviços, que deve avançar 3,5% em relação a 2023, estima o Santander. De acordo com os últimos dados do IBGE, de 2021, o PIB dos serviços representa 67,9% da economia de Santa Catarina, seguido pela indústria (27,6%) e setor agro (6,3%).
Já para o Sul como um todo, o Santander prevê alta de 0,5% do PIB em 2024, e de 2,4% em 2025. Couto observa que o PIB gaúcho é o mais representativo da região, com peso de 37,5% na economia regional. Paraná e Santa Catarina respondem por 36,8% e 25,7% do PIB do Sul, respectivamente. A desaceleração no crescimento da região este ano acontece em função das enchentes no Rio Grande do Sul, mas queda será recuperada em 2025.
A Cattalini Terminais Marítimos ampliou o calado do berço interno do seu píer privado, passando de 12 para 12,5 metros. Após as recentes campanhas de dragagem, o novo calado recebeu a anuência formal das Autoridades Marítima e Portuária e da Praticagem de Paranaguá, atestando as condições de segurança das manobras dos navios.
“Com o aumento do calado, as operações no píer Cattalini serão otimizadas, permitindo maior equilíbrio das atracações dos navios entre os berços interno e externo, com agilidade e eficiência no tempo de espera para as atracações”, avaliou Carlos Katsuji Ichi, gerente operacional sênior.
O píer da Cattalini Terminais conta com dois berços de atracação. O externo possui calado de 12,8 metros e o berço interno os atuais 12,5 metros. A estrutura tem capacidade para receber navios de 229 e 190 metros de comprimento, respectivamente.
No ano passado, a Cattalini movimentou 5,3 milhões de toneladas de granéis líquidos, um aumento de 4% em relação a 2022. Os resultados foram impulsionados, principalmente, pelas exportações de óleos vegetais e biodiesel e pelas importações de metanol, derivados de petróleo e soda cáustica.
43 anos
O anúncio do aumento de calado foi divulgado em clima de dupla comemoração, pois a empresa celebra, neste mês, seus 43 anos de fundação junto com os 376 anos da cidade de Paranaguá.
Para marcar as datas, a companhia promove o Festival Cattalini, uma série de diversos eventos culturais, ambientais e esportivos, que tem origem nos projetos que são apoiados por meio de Leis de Incentivo, ao longo do ano. A programação está disponível no site: www.cattaliniterminais.com.br.
A Cidasc destaca o papel dessas cooperativas no apoio às medidas de defesa vegetal, sanidade animal e uso de insumos
O Dia Internacional do Cooperativismo, criado pela Aliança Cooperativa Internacional, há 100 anos, é celebrado todo primeiro sábado do mês de julho. Em Santa Catarina, o movimento cooperativista é bastante forte. São 249 cooperativas em atividade, em ramos diversos, como crédito, infraestrutura, consumo, trabalho, serviços de saúde, transporte e agropecuária.
No segmento agropecuário, 49 cooperativas congregam mais de 83 mil cooperados, que geram empregos para mais de 60 mil pessoas, sendo parceiras do poder público em projetos importantes para o fortalecimento do setor. Um exemplo são as ações de defesa agropecuária desenvolvidas pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). As cooperativas ajudam a levar ao produtor informações sobre medidas de defesa vegetal, como o vazio sanitário da soja, sobre sanidade animal e sobre uso de insumos.
“O cooperativismo traz para nós valores como autoajuda, autorresponsabilidade, igualdade, equidade. São valores éticos, de responsabilidade mútua, de cuidado com o outro. São modelos de negócios que colocam o ser humano no centro de tudo, em que se constrói um mundo em que ninguém é deixado para trás. Isso representa muito do trabalho dos catarinenses. Santa Catarina tem a produção que tem, na qualidade que tem, em grande parte pelo espírito cooperativista”, destaca a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos.
Este ano, o Dia Internacional do Cooperativismo teve como tema "Cooperativas constroem um mundo melhor". A presidente da Cidasc considera que ele expressa corretamente o impacto do cooperativismo catarinense, que movimenta a economia de muitos municípios e ajuda os produtores rurais a crescerem e perseverarem na atividade agropecuária.
O aprimoramento da produção também tem aproximado a Cidasc e algumas cooperativas que beneficiam produtos de origem vegetal. Cooperserra, Auriverde e Cooperja aderiram ao Selo de Conformidade Cidasc, uma certificação de processo para empresas que implementam com sucesso um Sistema de Gestão de Segurança dos Alimentos. Todas foram aprovadas em auditoria e já podem ostentar o SCC na embalagem de seus produtos e em materiais promocionais.
As três já assinaram novos contratos para certificar outros processos de fabricação de alimentos. Após certificar o beneficiamento das frutas, a Cooperserra busca obter o selo também para produtos à base de maçã, como petiscos e sucos. A Cooperja já conquistou o selo para o beneficiamento de arroz e assinou recentemente mais um contrato com a Cidasc para certificar também a produção de farinhas. Na Cooperativa Auriverde, o próximo passo é obter o SCC para sua unidade de produção de panificados congelados.
A adesão ao Selo de Conformidade Cidasc é voluntária. Uma das vantagens é permitir às agroindústrias comprovarem seu compromisso em ofertar alimentos produzidos com elevados padrões sanitários, se diferenciando no mercado.
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (8) que aumentará em R$ 0,20 o preço do litro da gasolina a partir desta terça-feira (9). Com o reajuste, de 7,12%, o preço de venda da gasolina para as distribuidoras passará a ser de R$ 3,01 por litro.
O impacto no preço da gasolina vendida ao consumidor final, que tem 27% de etanol em sua composição, deverá ser de R$ 0,15 por litro. No entanto, o valor cobrado pelos postos de combustível depende de cada varejista, uma vez que ainda são incluídos no valor as margens de lucro do comerciante e da distribuidora, além dos custos associados ao transporte.
Segundo a Petrobras, esse é o primeiro reajuste da gasolina neste ano. A última vez que a estatal havia modificado o preço do produto havia sido em 21 de outubro de 2023, quando houve redução de 4%. O último aumento ocorreu em 16 de agosto daquele ano (16%).
GLP
A Petrobras também anunciou aumento do preço do gás de cozinha (GLP), que subirá R$ 3,10 por botijão de 13h kg (9,81%) e passará a custar R$ 34,70. O último ajuste no preço do gás de botijão havia sido feito em 1º de julho de 2023, quando houve queda (-3,9%). O último aumento (24,9%) havia sido feito em 11 de março de 2022.
A ExpoSuper 2024, a maior feira de varejo de Santa Catarina, realizada em Balneário Camboriú, foi palco para o sucesso de diversos empreendedores do segmento de alimentos e bebidas. No estande do Sebrae/SC, 30 empresários tiveram a oportunidade de apresentar seus produtos e conquistar novos clientes entre os mais de 25 mil visitantes.
A participação na ExpoSuper proporcionou aos empreendedores uma plataforma valiosa para se destacarem no mercado, ampliarem sua rede de contatos e conquistarem novas horizontes de negócio. “Essa foi uma oportunidade única para as empresas se exporem para um público amplo e diverso”, afirmou o gestor estadual do projeto de Alimentos e Bebidas do Sebrae/SC Adriano Alves. “A feira proporcionou visibilidade e reconhecimento para os empreendedores locais, fortalecendo o setor de alimentos e bebidas no estado”, complementou.
CONECTANDO O VAREJO COM O FUTURO
Selito Antônio Bordin, proprietário da Pampa Indústria e Comércio (Cachaça Refazenda) em Xanxerê, foi um dos convidados a expor seus produtos no estande do Sebrae/SC durante a ExpoSuper 2024. A experiência foi positiva, como sempre. “O Sebrae/SC sempre nos proporciona oportunidades incríveis, e para minha empresa foi fundamental. A participação na feira rendeu bons resultados, com diversos contatos, alguns já resultando em negócios durante a ExpoSuper e outros ainda em andamento. Foi muito importante essa possibilidade de fidelizar clientes diferentes”, destacou Bordin.
Além dos resultados concretos em vendas, a participação na feira proporcionou outros benefícios à Pampa Indústria e Comércio. Como por exemplo relacionamento com outros participantes e empresas, trocar experiências e informações com outros expositores e visitantes, visibilidade da marca e novos contatos. “A ExpoSuper sempre é um grande evento, e eu fiquei muito feliz por ter sido convidado. Agradeço ao Sebrae/SC por todo o apoio e pelas oportunidades que nos proporcionam”, enfatizou.
Para o proprietário da empresa Fazenda Dragão de Guarujá do Sul, Claudir Olímpio Gräf, a participação na ExpoSuper 2024 foi uma oportunidade valiosa para ampliar a visibilidade da empresa e gerar novos negócios. “A experiência foi muito positiva”, afirmou Gräf. “Conseguimos contato com novos clientes e potenciais parceiros, o que nos abre um leque de oportunidades para o futuro”.
Gräf destacou que já está em negociação com alguns dos contatos feitos na feira, incluindo um possível representante comercial. A empresa também está prospectando novos pontos de venda. O público da feira demonstrou grande interesse pelos produtos da Fazenda Dragão, o que reforça o potencial de mercado. Gräf também buscou firmar novas parcerias estratégicas para impulsionar o crescimento da empresa.
O empresário está otimista em relação ao futuro da Fazenda Dragão e acredita que a participação na ExpoSuper 2024 foi um passo importante para alcançar os objetivos da empresa. “Estamos muito animados com as perspectivas que se abriram para nós”, afirmou. “Trabalharemos duro para aproveitar ao máximo as oportunidades que vão surgir”.
O proprietário da Kufner Indústria de Bebidas e Alimentos de Lajeado Grande, Danny Elson Kufner, comentou que sem conhecer o local do evento, aceitou de antemão o convite do Sebrae/SC, pois tinha em mente a oportunidade que seria para a empresa. “Muitas pessoas vieram ao nosso estande, não conseguia nem sair para almoçar, pois o tempo todo havia interessados em conhecer mais sobre os nossos produtos. Conseguimos contatos com futuros clientes e desde o retorno da feira estamos alinhando. Foi muito bom estar lá para as pessoas conhecerem o nosso produto da destilaria Kufner. Muitos clientes virão nos visitar aqui no oeste para fechar negócios comigo e com outros parceiros aqui da Região”, finalizou.
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Planejamento financeiro é algo essencial para a vida de todas as pessoas, tanto na esfera pessoal quanto na profissional. Através do planejamento financeiro, é possível organizar gastos e atingir metas de forma mais assertiva.
Encontrar equilíbrio financeiro é um dos maiores anseios da população. Apesar de parecer impossível conquistar a estabilidade, um bom planejamento é o primeiro passo. O sócio-fundador da assessoria de investimentos Septem Capital, Leandro Lopes, destacou 05 dicas fundamentais para quem quer deixar o medo do dinheiro e organizar a vida financeira:
1. Entenda a sua realidade financeira
Compreender a sua realidade financeira é o pontapé inicial para identificar seu limite de gastos, os custos fixos e dívidas, sua renda mensal e extra, além de avaliar a necessidade de múltiplas contas e cartões de crédito.
2. Organize os gastos
Utilize tabelas, planilhas, listas, aplicativos ou qualquer ferramenta que ajude na organização dos dados financeiros. Nelas, você pode anotar todas as despesas mensais e de longo prazo, facilitando também a criação de uma reserva de emergência.
3. Entenda sobre finanças
Busque entender as diversas aplicações do dinheiro, aumente as chances de encontrar oportunidades, seja em investimentos, abertura de novas contas ou até mesmo na compreensão dos juros. Isso ajuda na escolha das melhores opções de cartões de crédito e seus benefícios.
4. Trace metas
Com objetivos traçados, é mais fácil desenhar a melhor estratégia. Saber o quanto precisa economizar para viajar, comprar uma casa, fazer um procedimento mais caro ou realizar qualquer outro sonho permite alcançá-los com planejamento, tempo e sem sobrecarregar as finanças.
5. Clássica conselho: economize!
Parece simples, mas essa orientação é a mais valiosa. Economizar, mesmo em pequenos gastos, evitando compras por impulso, vai "limpando" o caminho aos poucos. Para quem tem dificuldades ou não quer fazer grandes mudanças no presente, diminuir os gastos é um ótimo começo.
Todas essas dicas podem ser aplicadas para qualquer objetivo, seja quitar dívidas, realizar viagens dos sonhos ou alcançar a estabilidade financeira. Leandro Lopes destaca a importância do planejamento financeiro a longo prazo para a obtenção de resultados significativos.
“Planejamento é a base para alcançar o sucesso em qualquer área da vida. Seja qual for o objetivo do investidor, é crucial ter conhecimento de todas as etapas de um planejamento para, então, colocá-lo em prática. É crucial revisar periodicamente o planejamento e adequar-se às mudanças que podem ocorrer, tais como: mudanças de renda, estrutura familiar, saúde, sucessão financeira, entre outros“.
O empreendimento Infinitá Treehouse, da Blue Heaven Empreendimentos, localizado em Itajaí/SC, uma das regiões mais valorizadas do país, tem chamado a atenção pelo apartamento decorado que é uma verdadeira obra-prima ao mesclar sofisticação, design exclusivo e uma forte conexão com a natureza. O projeto foi desenvolvido pela Architects Office que, ao lado da Triptyque Architecture, assina também o conceito arquitetônico do edifício. Com uma piscina de vidro suspensa na varanda, o imóvel tem peças assinadas por grandes designers de diversos países e que exploram formas, materiais e texturas, além de revestimentos inovadores como piso feito com pedras vulcânicas. Avaliado em R$ 15,7 milhões, tem 437 metros quadrados e, cercado de vidros do chão ao teto com vista para o mar e para a Marina Itajaí , foi inspirado no universo náutico. Integra elementos com linhas fluidas e materiais nobres, assim como em um iate de luxo e, ao mesmo tempo, e atemporal. O Infinitá Treehouse tem VGV Total de R$ 150 milhões e 10,5 mil metros quadrados construídos, sendo 15 apartamentos, um por andar.
“O estilo adotado no projeto de interior é contemporâneo, com toques de sofisticação e muitas funcionalidades. Essa inspiração é evidente nas escolhas de materiais naturais como pedras, madeiras e têxteis, que estabelecem uma ligação harmoniosa entre o mar e a mata e proporcionam uma atmosfera serena e acolhedora. As peças de design assinadas adicionam um toque de exclusividade e refinamento”, comenta o gerente de criação da Architects Office, Raphaell Valença.
Entre as peças assinadas, destaque para a poltrona “Cuca” de Zanine Caldas, a mesa de centro “Água” de Domingos Tótora, a banqueta “Joy” de Jader Almeida, a poltrona “Daruma” de Ale Alvarenga, a luminária “Cesta” de Miguel Milá e a luminária “Tolomeo” de Michele De Lucchi e Giancarlo Fassina. “Estas peças, além de serem esteticamente agradáveis, são feitas com materiais nobres e têm design consagrado, o que proporciona a sensação de diversidade e curadoria ao ambiente”, complementa Valença.
"O apartamento decorado representa mais do que um produto à venda no mercado; é uma mostra arquitetônica impressionante. Localizado no bairro Fazenda, um dos que mais valorizam em Itajaí pela sua localização estratégica, vizinho a Balneário Camboriú, o Infinitá Treehouse oferece uma experiência única de luxo conectado à natureza. Estar cercado por paisagens deslumbrantes faz deste empreendimento um verdadeiro refúgio. Além disso, a proximidade com a Marina Itajaí proporciona a conveniência de ter sua lancha por perto, permitindo escolher sua praia favorita com facilidade. Nosso objetivo foi criar um espaço que proporciona não apenas conforto e sofisticação, mas também uma profunda conexão com o ambiente natural e que respeite e valorize os elementos que tornam esta região tão especial," afirma o CEO da Blue Heaven Empreendimentos, Fabrício Bellini.
Toda a marcenaria do apartamento foi feita pela Ornare, com lâmina 100% natural italiana.
A integração de sistemas de automação para som, iluminação, persianas e cortinas, gavetas e ar condicionado, todos operados pela Alexa, proporcionará aos futuros moradores um conforto adicional. A possibilidade de criar diferentes cenários de iluminação, escolher a trilha sonora do dia, controlar a privacidade com as cortinas e ajustar a temperatura do ambiente, tudo de forma prática e intuitiva, elevaram ainda mais a experiência. Outras novidades tecnológicas como controle da própria churrasqueira são mais destaques. Além disso, o projeto prioriza a sustentabilidade e a eficiência energética, com iluminação 100% LED.
Sobre a Blue Heaven Empreendimentos
Comandada pelo especialista em mercado imobiliário Fabricio Bellini, com mais de 20 anos de experiência, a Blue Heaven Empreendimentos tem a missão de oferecer um jeito de morar inovador e de alto conforto em harmonia ao meio ambiente. Com a filosofia "Building With Nature", a empresa coloca sua inteligência construtiva e tecnologia a serviço do equilíbrio da vida. Seus projetos exclusivos são expressões da colaboração entre renomados arquitetos, inovações em materiais construtivos, acabamentos, mobiliário e a busca incessante pela conexão entre o ser humano e natureza, contribuindo com o valor de sustentabilidade em sua essência, além de trazer arte às regiões que estão inseridos.
Um verdadeiro ícone de inovação e tecnologia, o iate de luxo Azimut 74, que traz inovações ao mundo náutico, é fabricado com fibra de carbono 100% pura, material que também é utilizado em foguetes e carros de Fórmula 1. A embarcação, que chama a atenção mesmo à distância, estará em exposição no Marina Itajaí Boat Show, de 4 a 7 de julho, em Itajaí, no litoral catarinense. Com 23 metros de comprimento e o equivalente a cerca de 250 m², irá impressionar os visitantes do maior evento náutico do Sul do Brasil. O modelo é fabricado pelo estaleiro italiano Azimut Yachts, líder mundial na fabricação de iates de luxo e pioneiro em trazer o uso da fibra de carbono em grandes estruturas de barcos de lazer A marca tem unidade produtiva em Itajaí/SC, única fora da Itália. Durante os 4 dias de boat show são esperadas mais de 20 mil pessoas.
“A Azimut 74 é um ícone de luxo e tecnologia admirada por clientes do mundo todo e exemplo de inovação graças às novidades trazidas pela marca de forma constante e estudos feitos em nosso centro de pesquisas na Itália. Com o uso da fibra de carbono conseguimos uma redução de 30% no peso da superestrutura e isso resultou em melhor desempenho, navegabilidade, além de alta segurança por ser um material de resistência superior. Além disso, o uso extensivo da fibra de carbono possibilita que a embarcação tenha um design mais arrojado e esportivo, e também primorosos acabamentos, já que é uma tecnologia mais maleável para a moldagem”, explica o CEO da Azimut Yachts Brasil, Francesco Caputo.
O interior da Azimut 74 é um espetáculo à parte, com acabamentos sofisticados e projetado pelo departamento de arquitetura e design da Azimut Yachts. Os móveis são revestidos com tecidos, pedras e madeiras nobres, aliados a um sistema de iluminação em LED com luminárias de design embutidas no teto, que criam uma sensação de aconchego, amplitude e bem-estar. A sala de estar conta com um grande sofá em forma de "C" e poltronas confortáveis, enquanto as janelas panorâmicas que contornam a embarcação oferecem vistas deslumbrantes e maior conexão com a natureza.
No convés inferior, a Azimut 74 oferece quatro amplas cabines, que recebem confortavelmente até oito convidados. Destaque para a cabine principal, localizada no centro do barco, equipada com uma pequena sala de refeições, banheiro privativo e estofamento revestido em couro marfim. O flybridge de 40 m² se assemelha a um terraço sobre as águas, ideal para momentos de confraternização, com um segundo posto de comando e mesa dobrável que pode ser transformada em solário.
O estande da Azimut Yachts no Marina Itajaí Boat Show terá mobiliário da Zeea, que criou lounges com móveis de design exclusivo, além de tapetes artesanais produzidos pela Decoralle. A grife Jorge Bischoff também marcará presença com seu lifestyle diferenciado para a equipe e os clientes com peças personalizadas e exclusivas feitas especialmente para a marca.
Além da Azimut 74, estarão em exposição os modelos Atlantis 51, Azimut 56, Azimut 62 e Azimut Grande 27 Metri, todos produzidos no parque fabril de Itajaí.
Sobre a Azimut Yachts
Azimut Yachts é uma marca do Grupo Azimut | Benetti com matriz na Itália. Com suas coleções Atlantis, Verve, Magellano, Flybridge, S e Grande, oferece a maior variedade de iates de 40 a 120 pés e é reconhecida como a maior fabricante de iates de luxo do mundo. Está presente em mais de 70 países por meio de uma rede de 138 centros de vendas e assistência. Além disso, conta com fábrica no Brasil desde 2010, que produz embarcações entre 51 e 100 pés.
As oportunidades para que as empresas relacionadas com o mercado da moda catarinense conquistem mercados no exterior são tema do Workshop de Internacionalização organizado pela Câmara de Desenvolvimento da Indústria Têxtil, Confecção, Couro e Calçados e a Câmara de Comércio Exterior da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), com a colaboração do SCMC Santa Catarina Moda e Cultura.
O evento está marcado para o dia 11 de julho, das 9h30 às 15h na Associação Intersindical de Itajaí. Pela manhã, a programação traz palestra sobre os desafios da internacionalização e sobre as oportunidades de parcerias comerciais usando ferramentas como a inteligência comercial.
No período da tarde, a diretora da Mensageiro dos Sonhos, Rita Conti, conta a experiência da marca com a internacionalização. O workshop traz ainda palestra de Wanessa Cabidelli, da secretaria de desenvolvimento social de Minas Gerais, que fala sob
Um dos planos mais inovadores da economia mundial completa 30 anos nesta segunda-feira (1º). Há exatamente três décadas, o cruzeiro real, uma moeda corroída pela hiperinflação, dava lugar ao real, que estabilizou a economia brasileira. Uma aposta arriscada que envolveu uma espécie de engenharia social para desindexar a inflação após sucessivos planos econômicos fracassados.
Em meio a tantos indexadores criados para corrigir preços e salários, a equipe econômica do então governo Itamar Franco criou um superindexador: a Unidade Real de Valor (URV). Por três meses, todos os preços e salários foram discriminados em cruzeiros reais e em URV, cuja cotação variava diariamente e era mais ou menos atrelada ao dólar. Até o dia da criação do real, em que R$ 1 valia 1 URV, que, por sua vez, valia 2.750 cruzeiros reais.
“Tem uma expressão popular ótima, que é o engenheiro de obra feita. Depois que fez, dizia: ‘Ah bom, devia ter feito assim.’ Mas durante o processo... Vamos lembrar, foi um processo extraordinariamente arriscado, difícil, com percalços, podia ter dado errado em vários momentos”, relembrou o economista Persio Arida, um dos pais do Plano Real, em entrevista à TV Brasil, durante o lançamento em São Paulo do livro sobre os 30 anos do plano econômico.
Ao indexar toda a economia, a URV conseguiu realinhar o que os economistas chamam de preços relativos, que medem a quantidade de itens de bens e de serviços distintos que uma mesma quantia consegue comprar. Aliado a um câmbio fixo, no primeiro momento, e a juros altos, para atrair capital externo, o plano deu certo. Em junho de 1994, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tinha atingido 47,43%. O indicador caiu para 6,84% no mês seguinte e apenas 1,71% em dezembro de 1994.
Plano Larida
Batizada de Plano Larida, em homenagem aos economistas André Lara Resende e Pérsio Arida, a ideia de uma moeda indexada atrelada à moeda oficial foi apresentada pela primeira vez em 1984. Em vez de simplesmente cortar gastos públicos para segurar a inflação, como preconiza a teoria econômica ortodoxa, o Plano Larida foi parcialmente inspirado numa experiência heterodoxa em Israel no início dos anos 1980.
No país do Oriente Médio, os preços e os salários foram temporariamente congelados para eliminar a inércia inflacionária, pela qual a inflação passada alimenta a inflação futura. Posteriormente, foi feito um pacto social para aumentar os preços o mínimo possível, e o congelamento foi retirado, reduzindo a inflação israelense.
Uma ideia semelhante chegou a vigorar no Plano Cruzado, em 1986. A estabilização, no entanto, naufragou porque o congelamento estendeu-se mais que o esperado e, temendo repercussões nas eleições parlamentares daquele ano, a primeira pós-ditadura, o governo José Sarney não implementou medidas de controle monetário (juros altos) e fiscal (saneamento das contas públicas). Na época, não existia a Secretaria do Tesouro Nacional para centralizar as contas do governo, e os gastos públicos eram parcialmente financiados pelo Banco Central e pelo Banco do Brasil.
Consenso político
O sucesso do Plano Real, no entanto, não se deve apenas à URV. Num momento raro de consenso político e de cansaço com a hiperinflação, o Congresso Nacional foi importante para aprovar medidas que saneavam as contas públicas. Uma delas, a criação do Fundo Social de Emergência, que desvinculou parte das receitas do governo e flexibilizou a execução do Orçamento ainda no segundo semestre de 1993.
Professora de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Virene Matesco diz que o entrosamento político foi essencial para o sucesso do Plano Real. “Houve uma ação política de um governo transitório, do presidente Itamar Franco. Desprovido de vaidade, que cedeu protagonismo ao presidente Fernando Henrique Cardoso [então ministro da Fazenda]. Houve uma perfeita harmonia entre a política e a economia para impactar no social, com um Congresso desorganizado após o impeachment do ex-presidente Collor”, ressalta.
Um dos criadores do Plano Real e presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso, Gustavo Franco diz que o Plano Real envolveu a angariação de apoio político antes de ser posto em prática.
“O Plano Real é uma política pública que envolveu gente que entende do assunto, que conversa entre si e se organizou sob uma liderança política para explicar conceitos e arregimentar apoios políticos. Depois, entrou toda uma engenharia social de fazer acontecer um empreendimento coletivo tão importante, que precisa engajar todo um país. Isso não é simples”, destacou o economista no lançamento do livro dos 30 anos do plano.
Benefícios
Outro pai do Plano Real, o economista Edmar Bacha, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no início do governo Fernando Henrique, diz que o objetivo do plano era fundamentalmente acabar com a hiperinflação. Segundo ele, outras melhorias econômicas, como o aumento do poder de compra, vieram depois.
“Ao acabar com a hiperinflação, o plano deu poder de compra ao salário do trabalhador. O salário não derretia mais, e o trabalhador não tinha de correr para o supermercado no primeiro dia em que recebia o seu salário para chegar antes das maquininhas remarcadoras de preços. Todo esse pandemônio que era a vida do brasileiro com a inflação ficou para a história. Para imaginar o legado do plano, compara com a Argentina hoje, que está tentando fazer o que fizemos com sucesso há 30 anos”, diz Bacha.
Reconhecimento
Três décadas depois, economistas de diversas correntes reconhecem o sucesso do Plano Real em acabar com a hiperinflação.
“O maior ganho do plano real foi trazer a inflação para níveis civilizados, de qualquer país com um sistema econômico minimamente normal. Hoje, a inflação está de 4% a 5% por ano. O mérito do Plano Real foi principalmente civilizatório. Do jeito que era no Brasil, quem mais sofria as consequências eram os mais pobres”, diz o economista Leandro Horie do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que critica o impacto da política de juros altos sobre a indústria.
Também crítica dos juros altos e da dependência da economia brasileira do agronegócio, a economista Leda Paulani diz que o fim da indexação dos preços foi o principal benefício do Plano Real. “Foi um grande sucesso do ponto de vista da estabilidade monetária e conseguiu dar estabilidade humanitária à economia brasileira. O Plano Real conseguiu criar um remédio especial para uma inflação muito especial que a gente tinha, que era uma inflação marcada pelo processo de indexação”, declara.
Economista-chefe da Way Investimentos e professor do Ibmec, Alexandre Espírito Santo classifica o Plano Real como o mais bem-sucedido plano de estabilização econômica na história global recente. “Foi muito bem elaborada a questão da URV, como você falou. O Plano Real usou tanto medidas ortodoxas, de ajuste fiscal e juros altos, para combater a inflação, como heterodoxo, que envolveu a criação de uma moeda paralela temporária”, relembra.
Virene Matesco, da FGV, diz que se emociona ao dar aulas sobre o Plano Real. “Se hoje a nossa vida é muito melhor, é graças aos nossos economistas que construíram um plano que fez muito pouco estrago na economia. Em qualquer sociedade do mundo, o combate à inflação é extremamente doloroso e causa grandes transtornos. O Plano Real acaba com a hiperinflação com quase nenhuma dor. Foi um plano extremamente transparente, feito por etapas e muito bem comunicado à população”, diz.
*Colaborou Vanessa Casalino, da TV Brasil
Na feira do Largo do Machado, na zona sul do Rio de Janeiro, o pagamento eletrônico não é unanimidade. Com medo de taxas de maquininhas de cartão ou sem tempo para tirar o celular do bolso e abrir o aplicativo do Pix, há consumidores que ainda preferem pagar as compras com cédulas e moedas, apesar do avanço de meios eletrônicos de pagamento.
“Tenho usado muito [cartão de] débito e Pix, mas hoje terei de sacar dinheiro no banco. A mulher botou um real em cima dos limões que comprei porque o preço aumentou R$ 1 por causa da taxa de cartão”, diz a servidora pública Renata Moreira, 47 anos. “Há lugares estratégicos em que vou com dinheiro, cédula. Às vezes, o Pix dá trabalho porque tem de tirar o telefone da bolsa [em lugares de risco] e tem de ter acesso à internet”, completa.
Segundo o Banco Central (BC), a circulação de papel-moeda persiste em 30 anos de criação do real. Na última sexta-feira (28), conforme as estatísticas mais atualizadas da autoridade monetária, existiam R$ 347,331 bilhões de cédulas e de moedas em circulação na economia, o equivalente a 3,13% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país).
A proporção está diminuindo após a pandemia de covid-19. Em informações exclusivas repassadas à Agência Brasil, o Departamento de Meio Circulante do BC informa que o percentual de papel-moeda em circulação subiu de cerca de 2% em meados dos anos 1990 para um valor ligeiramente abaixo de 4% em 2007. A proporção manteve-se ao redor desse nível até 2019, disparando para 5% do PIB em 2020, com a criação do auxílio emergencial durante a pandemia.
Segundo o BC, após a pandemia de covid-19, o valor de cédulas e de moedas em circulação tem se mantido estável em torno de R$ 345 bilhões, com a proporção em relação ao PIB caindo. “Apesar do surgimento de novos meios de pagamento, como o Pix, para apresentar impactos sobre os hábitos de uso dos meios de pagamento anteriormente existentes será necessário algum tempo, a fim de que a evolução desses impactos possa ser claramente mapeada”, informou o Departamento de Meio Circulante em nota.
Comparação
Em maio, o Pix movimentou R$ 2,137 trilhões, o equivalente a 19,26% do PIB. A quantia e o percentual, no entanto, não podem ser diretamente comparados com os 3,13% do PIB em cédulas e em moedas. Isso porque o Banco Central mede o valor de todas as transações eletrônicas, enquanto o dinheiro físico é calculado com base no estoque fora dos bancos, sem considerar as movimentações.
Segundo BC, o sistema de transferências instantâneas, que funciona 24 horas por dia, tem favorecido a inclusão financeira da população. Conforme dados da Gerência de Gestão e Operação do Pix, ao considerar transações até dezembro de 2022, mais de 71,5 milhões de pessoas que não faziam transferências eletrônicas antes do Pix passaram a fazer esse tipo de operação.
Em relação às faixas de renda, o sistema é usado por pessoas de todos os estratos financeiros. Conforme a edição mais recente do Relatório de Gestão do Pix, possuem pelo menos uma chave Pix 71% das pessoas com um salário mínimo, 85% entre um e dois salários mínimos, 86% das pessoas de dois a cinco salários mínimos, 90% entre cinco e dez salários mínimos e 89% a partir de dez salários mínimos.
Idade
O principal fator de resistência ao Pix e de preferência pelo papel-moeda e pelo cartão de plástico, no entanto, é a idade. Segundo o mesmo relatório, 93% das pessoas de 20 a 29 anos possuem uma chave. A proporção permanece em níveis semelhantes nas demais faixas etárias: 91% de 30 a 39 anos e 92% de 40 a 49 anos. Nas faixas seguintes, o percentual cai: 79% de 50 a 59 anos e apenas 55% na faixa acima de 60 anos.
Frequentadora da feira do Largo do Machado, a aposentada Marina de Souza, 80 anos, personifica a reticência com o Pix, preferindo cartões e dinheiro físico. “Não pago com Pix. Não gosto. Pago mais com cartão de débito, menos na feira, onde só uso dinheiro porque eles anotam uma coisa, a gente se distrai, e eles cobram outra. Então tenho sempre aquele dinheirinho sacado, que fica reservado para a feira. As outras compras, só com cartão”, justifica.
“Ainda estou na fase do dinheiro e do cartão. Não sou muito de Pix ainda não. Tenho [uma chave], mas não aderi muito. Estou sempre com o dinheirinho para pagar as contas”, diz a dona de casa Hilda Pereira, 65 anos, também consumidora da feira do Largo do Machado.
Segundo o BC, parte da decisão de criar as modalidades de Pix saque e de Pix troco, onde o consumidor transfere um valor por Pix a um comércio e saca a diferença em espécie, deve-se à predileção pelo papel-moeda por parte da população. Conforme a autoridade monetária, a preferência é maior em municípios do interior com pouca cobertura bancária.
“A possibilidade de sacar dinheiro usando o Pix teve como objetivo propiciar melhores condições de oferta do serviço à sociedade, principalmente em regiões em que a cobertura da rede bancária é insuficiente. Parte da população brasileira ainda tem hábito de uso do dinheiro em espécie e carecia de uma rede adequada”, explicou o Banco Central em nota à Agência Brasil.
Endividamento
Professora de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Virene Matesco diz que a preferência pelo papel-moeda é desigual conforme a região do país. “Temos um país extremamente heterogêneo. Quero saber se nesse interiorzão do país alguém fala de Pix. Porque muita gente não tem celular moderno”, constata. Segundo ela, o maior avanço de transferências eletrônicas como o Pix, e futuramente o Drex (versão digital do real), está na redução de custos de transação e no aumento da velocidade de circulação da moeda.
Virene, no entanto, admite que o avanço dos sistemas eletrônicos de pagamento tem um risco associado: a ampliação da tendência de o cidadão endividar-se. “A velocidade da circulação aumenta violentamente, assim como a capacidade de o correntista entrar no vermelho. O problema piora com as apostas virtuais de joguinhos online. A tecnologia beneficia muita gente, mas também traz perigos”, adverte.