Ataque a instalações nucleares iranianas acende temores no mercado, com petróleo registrando maior alta desde 2022; dólar avança tímido e Ibovespa fecha em queda.
Na sexta-feira (13), o mercado global reagiu com apreensão à ofensiva israelense contra alvos nucleares e militares no Irã, desencadeando fortes oscilações nos preços das commodities e ativos financeiros. As principais consequências foram:
Petróleo: o barril de Brent subiu cerca de 15% em sessão única, chegando às máximas desde 2022, enquanto o WTI acompanhou essa tendência de alta.
Bolsa brasileira: o Ibovespa encerrou o dia com recuo de aproximadamente 0,2%, refletindo o impacto geopolítico e a aversão ao risco.
Dólar: a moeda americana fechou cotada em R$ 5,543, com leve alta de 0,01%, acompanhando a valorização global da divisa norte-americana.
Causas e cenários
Israel deflagrou uma operação de bombardeio massivo, batizada de “Leão em Ascensão”, com ataques a cerca de 100 alvos nucleares e militares no Irã, o que elevou o temor sobre um possível fechamento do Estreito de Ormuz — passagem responsável por cerca de 25% do petróleo circulante mundial.
A combinação disparada de petróleo, dólar em alta e Bolsa em queda coincide com o padrão de fuga a ativos considerados mais seguros e o reajuste de riscos nos mercados.
Especialistas alertam que, embora o Brent tenha batido os maiores patamares dos últimos três anos, o mercado ainda está “bem abastecido” — com Arábia Saudita e EUA prontos para suprir faltas —, o que pode conter oscilações futuras.
Mercado global em alerta
As bolsas internacionais também sofreram perdas significativas: o Ibex 35 recuou mais de 1,2%, o DAX alemão e o CAC francês fecharam entre 1% e 1,3% no vermelho, enquanto Wall Street observou queda nas principais índices — Dow Jones (-1,8%), S&P 500 (-1,1%) e Nasdaq (-1,3%).
Por outro lado, ativos considerados refúgio, como ouro e títulos do Tesouro americano, tiveram valorização, reforçando a estratégia de proteção adotada por investidores diante da incerteza geopolítica.