A localização estratégica de Joinville, a cidade mais industrializada de Santa Catarina, foi crucial para escolha do Centro de Exposições Expoville para a realização da Logistique. A partir do município, no raio de 481 quilômetros estão os portos de Itajaí, Imbituba, São Francisco do Sul, Paranaguá e Rio Grande e suas respectivas instalações arrendadas, mais os terminais de uso privado Portonave SA e Porto Itapoá.
“Juntos, esses portos movimentaram uma corrente de comércio de mais de US$ 45,22 bilhões, ou R$ 226 bilhões, entre janeiro e junho. Números que mostram o potencial exportador e importador do Sul do Brasil, diz o diretor geral da Logistique, Leonardo Rinaldi. As estatísticas são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, que aponta ainda que dos cinco maiores portos movimentadores no Brasil, a região Sul detém três deles.
A Portonave SA é o segundo maior movimentador de contêineres do país, seguido pelo Porto de Paranaguá, na terceira posição, e Porto Itapoá, na quinta. A liderança continua com o porto de Santos, maior do Brasil nesse tipo de operação.
Se analisado o impacto da movimentação de contêineres na economia regional, juntos, esses portos embarcaram e desembarcaram 712.629 unidades, que agregaram à cadeia logística mais de R$ 1.07 bilhão. Esse número é calculado tomando como base o valor de R$ 1,5 mil por contêiner movimentado, no qual estão agregados todos os serviços da cadeia logística. O cálculo engloba todos os serviços, desde a saída da carga da indústria até a sua chegada no costado no navio e vice-versa [no caso das importações].
Produto Interno Bruto
A geração de riquezas dos estados que compõem o Sul do país também são destaque no cenário econômico brasileiro. Juntos os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina registraram um PIB de R$ 1,31 trilhão, o que representa a fatia de 15,1% de todas as riquezas produzidas pelo Brasil, com PIB de R$ 8,7 trilhões (IBGE/2021). Em área territorial, a Região Sul é a menor do país, com 577 mil Km² e responde por 6,77% do território nacional.
“É importante destacar que os três estados do Sul estão entre as seis maiores economias brasileiras: Rio Grande do Sul com PIB de R$ 482,464 bilhões, Paraná com R$ 466,377 bilhões e Santa Catarina com R$ 323,264 bilhões”, pontua Rinaldi. “Santa Catarina, estado berço da Logistique, teve um desempenho de 8,3% no ano passado, com uma das maiores taxas de crescimento entre os estados brasileiros e superando com folga a média 4,6%”, acrescenta a diretora executiva Karine Marmit. Já a economia de São Paulo, que é a mais competitiva do país, que foi 5,7% em 2021.
Se a análise for com relação ao PIB per capita, Santa Catarina é hoje o quarto estado mais rico do Brasil (IBGE/2019). O PIB por habitante é de R$ 45.118,41, ficando pouca coisa atrás do Rio de Janeiro (R$ 45.174,08). No entanto, com a publicação dos dados de 2020 pelo IBGE, SC deve desbancar o Rio de Janeiro e passar para a terceira posição. O Distrito Federal lidera o ranking, com um PIB per capita de R$ 90.742,75, seguido por São Paulo (R$ 51.140,82).