A produção física industrial catarinense registrou queda de 3,8% em relação a fevereiro na série livre de efeitos sazonais. Apesar da retração, o resultado acumulado nos últimos 12 meses continua positivo e superior à média nacional. Enquanto Santa Catarina registra uma expansão de 3,5%, o Brasil tem índice de 1,8%.
🔹 Acesse a análise do Observatório FIESC
De acordo com análise do Observatório FIESC, a queda ocorre após duas expansões consecutivas na produção industrial no estado. Entre as atividades industriais catarinenses, a maior queda na análise mensal ocorreu em Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-13,0%). O setor vem sendo impactado pelos entraves logísticos na cadeia produtiva global, principalmente em relação à paralisação da economia chinesa no combate à pandemia.
A queda da produção industrial catarinense reflete a constante pressão dos custos sobre a indústria, além das incertezas crescentes no cenário global. “O aumento da inflação no mundo e o momento de maior aperto monetário, em especial nos Estados Unidos, aliados à política de tolerância zero contra a Covid-19 na China e ao conflito da Rússia na Ucrânia, são desafios à expansão econômica dos países”, mostra análise da FIESC. No Brasil, também há influência do ciclo de alta dos juros em função da pressão inflacionária persistente.
A atividade de Veículos automotores segue sustentando a maior taxa de crescimento no acumulado dos últimos 12 meses. Estimulada pela demanda externa, sobretudo por países da América Latina e Europa, o setor conseguiu se recuperar, após sofrer com severas restrições produtivas no início da pandemia. Enquanto isso, a atividade de Produtos alimentícios ainda sente os impactos da inflação e do menor poder de compra da população. Outro fator adicional é a medida de proibição de exportações de diversos alimentos em alguns países - uma estratégia para controlar a inflação doméstica, que vem limitando a oferta global e trazendo pressões adicionais sobre os preços.