sexta, 19 de abril de 2024
03/02/2020 09:20

Preço da cesta básica tem queda de 1,79% em Itajaí

Variação mais expressiva nos últimos meses foi a da carne

Depois de duas altas consecutivas, 2,59% em novembro e 9,50% em dezembro, o preço da cesta básica voltou a apresentar queda em janeiro. O custo dos alimentos básicos que compõem o painel de 13 produtos baixou 1,79% em relação ao mês anterior, passando de R$ 428,42 em dezembro para R$420,75 em janeiro. Os dados são do Projeto Cesta Básica Alimentar da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), que elabora o indicador mensal com monitoramento da Uni Júnior. A pesquisa foi feita em nove supermercados de Itajaí, nos dias 30 e 31 de janeiro.

Sete produtos contribuíram para a baixa no custo total da cesta básica, foram eles: o feijão preto (12,72%), o açúcar (11,73%), a carne (7,50%), o café em pó (7,01%), a batata (4,83%), o óleo de soja (4,82%), e o pão francês (4,74%). Em contrapartida, seis itens tiveram alta em seus preços: o tomate (22,15%), a banana branca (13,45%), o arroz (11,76%), a farinha de trigo (7,77%), a manteiga (4,61%), e o leite longa vida (1,51%).

Mesmo com a queda, o custo da cesta básica em Itajaí teve uma alta de 16,97% em comparação a janeiro de 2019, acima do índice de inflação, o IPCA – Índice de Preço ao Consumidor Amplo, utilizado pelo Governo para a meta da inflação, atualmente em 3,91% (dezembro/19). Nos últimos doze meses, somente a batata (18,87%) e o feijão preto (0,66%) estão mais baratos. Na outra ponta, o tomate aparece 34,37% mais caro, seguido da carne (2,98%) e da farinha de trigo (25,05%).  A carne segue sendo o produto de maior peso, representando 39,44% no custo total da cesta, seguido do pão (14,20%) e do tomate (9,44%).

Os dados da pesquisa mais uma vez revelaram instabilidade nos preços, com a divisão de sete produtos que tiveram queda de preço e seis em alta. De acordo com os pesquisadores, o clima, com a chuva e o calor dos últimos meses, foi um dos principais fatores destas oscilações, principalmente dos produtos in natura. O tomate está entre os destaques da avaliação do último mês, com aumento expressivo por conta das fortes chuvas na região sudeste, o que ainda pode refletir nos próximos meses, com produto de qualidade baixa e preço alto. A variação de preço mais expressiva dos últimos meses foi a da carne, que diminuiu 7,5% após três aumentos consecutivos, por conta da exportação.

Para os próximos meses os preços dependerão novamente das condições climáticas, do preço dos combustíveis (petróleo e álcool), da variação cambial e do custo da energia elétrica. “No caso dos combustíveis, as altas no final de novembro em diante ainda impactam nos preços de janeiro de 2020, como já era previsto. Em relação ao dólar, estamos passando por movimento especulativos bastantes preocupantes, relacionados à crise política e agora à saúde mundial, impactando sobre o preço dos combustíveis e por consequência impactará sobre o transporte de produtos básicos, bem como no preço das commodities internacionais, como o açúcar, a soja, a farinha de trigo e a carne", ressalta o professor Jairo Romeu Ferracioli, economista e docente responsável pelo projeto.

Poder de compra do trabalhador

Com a baixa registrada em janeiro, melhora o poder de compra do trabalhador assalariado. O custo da cesta básica sobre o salário mínimo passou de 44,91% em dezembro de 2019 para 40,50% em janeiro deste ano, ainda acima do custo de referência de 33,34%. Em termos de horas de trabalho para aquisição da cesta são necessárias 89 horas e 05 minutos de um total de 220 horas mensais.




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