sexta, 19 de abril de 2024
31/01/2020 08:48

Após pico em dezembro, preços do bunker têm queda no começo do ano

Após uma alta no final de dezembro, os preços de combustíveis marítimos chegaram ao final de janeiro próximos dos patamares verificados antes dessa escalada

Após uma alta no final de dezembro, os preços de combustíveis marítimos chegaram ao final de janeiro próximos dos patamares verificados antes dessa escalada. O VLSFO (very low sulphur fuel oil) fornecido pela Petrobras no Porto de Santos, que oscilava entre US$ 580/MT e US$ 600/MT em meados de dezembro, atingiu a casa dos US$ 670/MT no início de ano, chegando a US$ 560/MT na última terça-feira (28). Já o MGO (marine gasoil), cujo preço de referência variou entre US$ 730/MT e US$ 750/MT na última quinzena de 2019, baixou a partir da segunda metade de janeiro, chegando a US$ 680/MT nesta semana.

Os valores fazem parte de um levantamento feito pela Portos e Navios, com base nos preços de referência enviados a armadores em relatórios diários de bunker da Petrobras. A análise (gráfico) considera o período de 16 de dezembro do ano passado ao último dia 29 de janeiro. Os analistas ressaltam que os valores dos bunker reports podem sofrer alterações ao longo do dia devido a uma série de variáveis e conforme as regras de mercado, considerando desde as condições pagamento até o porte do armador e de sua frota. Dependendo do volume comprado, o poder de barganha na negociação aumenta ou diminui.

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Procurada pela Portos e Navios, a Petrobras avaliou que a queda dos valores de referência do bunker em janeiro tem como principal causa a redução das cotações dos petróleos, que estaria sendo provocada, de acordo com analistas, pela expectativa de queda da demanda de petróleos e derivados em função da gripe provocada pelo Coronavírus. “Segundo esses analistas, o surto de gripe deverá impactar a economia chinesa, com reflexos em todo o mundo. A Petrobras estabelece seus preços de bunker diariamente, alinhados aos mercados internacionais”, frisou a companhia.

Desde quando começou a adequar as refinarias para a produção do combustível marítimo com baixo teor de enxofre (VLSFO), em abril de 2019, a Petrobras já produziu mais de três milhões de toneladas de bunker e óleo combustível com níveis de enxofre abaixo de 0,5%. De acordo com a estatal, foram entregues aproximadamente um milhão de toneladas de VLSFO para abastecimento de navios nos portos brasileiros no último trimestre de 2019. Além de Santos, a Petrobras comercializa bunker nos portos de Rio Grande, Paranaguá, São Sebastião, Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Fortaleza, São Luís, Belém e Manaus.

A maior parte das exportações de óleos combustíveis da Petrobras é destinada aos mercados asiáticos, onde a empresa diz que sua colocação no mercado de bunker tem tido ótima aceitação. Questionada pela reportagem, a Petrobras não divulgou os valores já comercializados de bunker no exterior desde o início das vendas do combustível adequado às normas da Organização Marítima Internacional (IMO), em vigor desde o primeiro dia do ano. Com informações da Portos e Navios




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