sexta, 19 de abril de 2024
22/10/2019 14:09

Gás para a indústria deve aumentar 4% em janeiro e 8% em julho de 2020

Estimativa é de técnicos da SCGÁS. Indústria está em alerta para aumento de custo

Segundo técnicos da Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGÁS), a tarifa do gás natural para as indústrias do Estado deve ter um aumento de 4% em janeiro e de 8% em julho de 2020. A estimativa foi divulgada em reunião de diretoria da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), na última semana. 

"Estamos passando por um momento de grande mudança nacional no setor de gás. A Petrobras está saindo de um papel de grande atuação na cadeia, desde a produção à distribuição, e dá espaço para novos agentes. Em Santa Catarina, estamos vivendo esse processo efetivamente", disse o gerente de planejamento da empresa, Ricardo Santa Catarina.

A Companhia está com processo de chamada pública em andamento. Com o fim do monopólio da Petrobras sobre o setor, a SCGÁS deve ter novos supridores a partir de abril de 2020, quando acaba o contrato com a estatal. No páreo estão as empresas Total, Shell, YPFB (estatal boliviana) e a própria Petrobras. 

O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, disse que essa previsão de aumento põe a indústria em alerta. "Temos hoje em Santa Catarina o gás mais competitivo do país, mas com perspectivas de incremento no custo. Por isso, precisamos encontrar alternativas, tendo em vista que em alguns setores, como o cerâmico, há produtos que essa elevação pode representar de 20% a 25% do custo", disse. 

Na próxima quarta-feira (23), a Fiesc vai sedir uma discussão sobre o tema. No encontro, será lançada a Frente Parlamentar do Gás Natural, coordenada pelo deputado Luiz Fernando Vampiro (MDB). O evento servirá para a Companhia apresentar o andamento dos novos contratos para os consumidores

O presidente da Câmara de Energia da Fiesc, Otmar Josef Müller, lembrou que essa estimativa de alta representa uma ameaça de curto prazo. Segundo ele, as mudanças no mercado brasileiro de gás são positivas porque com a abertura do mercado, a tendência é de queda no preço do insumo. "Os benefícios desse novo mercado não serão imediatos. Então, quem depende do gás vai enfrentar uma situação difícil", afirmou.




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