O Porto de Itajaí poderá, em breve, iniciar a cobrança de mais uma tarifa como forma de incrementar sua receita. A afirmação foi do prefeito Volnei Morastoni, que retornou de Brasília na quinta-feira, 08, otimista com a posição da Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq) com relação ao tema. O trabalho de revisão tarifária feito pelo porto deve incrementar a arrecadação decorrente das tarifas de armazenagem, que foi de R$ 42 milhões no ano de 2008 e caiu para R$ 70 mil em 2016. Com essa nova tarifa em vigor os gestores do porto esperam equilibrar as contar públicas.
Os estudos que justificam a nova tarifa foram elaborados com base em levantamento feito pela Antaq em 2016, quando o então superintendente Antonio Ayres dos Santos Jr alegou que, como as receitas de armazenagem são ínfimas – porque a carga que vem pro porto público acaba indo para estações aduaneiras e TUPS – havia necessidade de criar uma nova tarifa para compensar a saída dessas cargas.
Baseados nisso, o corpo técnico do porto fez um levantamento junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) que deu uma visão de mais de vinte anos da atividade de comercio exterior em Itajaí: tipo de carga, percentuais de exportação e importação, valor médio da carga de importação.
Com esses dados foi feito uma média em relação a capacidade estática do porto e a ideia agora é que o operador portuário possa a requisitar praças dentro da área primária e pague por elas.
Conforme o superintendente Marcelo Salles exemplificou em entrevista publicada na edição de janeiro da Revista Portuária – Economia & Negócios, se um operador solicitar uma área para armazenar 200 contêineres por 30 dias, em função da sua demanda, vai pagar pelos 200 contêineres, independente se é contêiner vazio, de exportação ou de importação. A tarifa proposta por contêiner de 20 pés é de R$ 235,00 por dia
Essa cobrança passará a garantir ao porto uma receita adicional de R$ 2 milhões por mês se a área de armazenagem for ocupada em sua totalidade e ainda fomentará os operadores como um todo, porque os TUPs e demais pré-qualificados poderão ter uma área de operações dentro do porto público.