O nível de atividade e o número de empregados da indústria da construção apresentaram queda menos intensa e menos disseminada em outubro de 2023, na comparação com o mesmo mês de anos anteriores. Os dados são da Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Foram entrevistadas 356 empresas, entre 1º e 13 de novembro.
O índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção ficou em 49,7 pontos, em outubro, bem próximo da linha de corte de 50 pontos. Valores acima dessa marca representam aumento e, abaixo, mostram queda da atividade. Apesar de aparecer em campo ligeiramente negativo, o resultado de outubro apresentou avanço de 3,5 pontos em relação a setembro. Com a alta, o índice está acima da média dos meses de outubro, de 47,7 pontos.
De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a queda menor da atividade aponta um desempenho mais favorável do que o usual no período para a indústria da construção como um todo.
"O setor de Construção de edifícios, inclusive, chega a mostrar alta do nível de atividade na passagem de setembro para outubro", afirma o economista.
Além disso, Marcelo Azevedo explica que o índice de nível de produção subiu 4,7 pontos e alcançou 51,1 pontos, acima da linha divisória de 50 pontos. Os índices de outros setores, como o de Obras de infraestrutura e de Serviços especializados para a construção também apresentaram avanços, embora ainda estejam em patamar abaixo de 50 pontos.
Entre as contratações, o índice de evolução do número de empregados da construção foi de 48,4 pontos em outubro de 2023, um avanço de 0,1 ponto em relação a setembro. O índice está acima do comportamento médio dos meses de outubro, de 46,3 pontos, e aponta desempenho mais favorável do normalmente ocorre neste período.
Utilização da Capacidade Operacional registra alta em outubro
A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) avançou 1 ponto percentual e encerrou outubro em 68%. A UCO mede o uso de recursos como mão de obra e equipamentos em relação à disponibilidade total da empresa. Desde maio deste ano, este indicador oscila em torno dos 68%.
Confiança do empresário da construção subiu em novembro de 2023
O Índice de Confiança do Empresário da Indústria (ICEI) da construção avançou 0,4 ponto em novembro de 2023 na comparação com outubro. Com essa alta, o indicador foi para 53,1 pontos, o que mostra confiança mais intensa e mais disseminada na passagem de outubro para novembro. Contudo, o índice segue abaixo de sua média histórica, o que revela certa moderação da confiança.
Otimismo para os próximos seis meses está mais moderado
Todos os índices de expectativas para a indústria da construção recuaram na passagem de outubro para novembro de 2023. Apesar do recuo, os indicadores permanecem acima dos 50 pontos e indicam uma percepção de otimismo menos intenso e disseminado para os próximos seis meses.
O índice de expectativa do empresário em relação ao nível de atividade foi de 52,8 pontos, queda de 1,6 ponto. O índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços recuou 2,6 pontos e ficou em 51,1 pontos em novembro. Ainda assim, esses dois indicadores permanecem acima do patamar em que se encontravam em novembro de 2022.
O índice de expectativa de compra de insumos e matérias-primas caiu 1,5 ponto na passagem de outubro para novembro e atingiu 51,6 pontos. E o índice de expectativa do número de empregados recuou 1,3 ponto e alcançou 51,8 pontos no período.
A União arrecadou R$ 166,28 bilhões em impostos em setembro, de acordo com dados divulgados hoje (25) pela Receita Federal. Na comparação com setembro do ano passado, houve um crescimento real de 4,07%, descontada a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O valor é o maior desde 2000, tanto para o mês de setembro quanto para o período acumulado.
No acumulado do ano, a arrecadação alcançou R$ 1,63 trilhão, representando um acréscimo pela inflação de 9,52%. Os dados sobre a arrecadação de setembro estão disponíveis no site da Receita Federal.
Quanto às receitas administradas pela Receita Federal, o valor arrecadado, em setembro, foi de R$ 159,60 bilhões, representando um acréscimo real de 2,65%, enquanto no período acumulado de janeiro a setembro a arrecadação alcançou R$ 1,53 trilhão, alta real de 7,64%.
A alta pode ser explicada, principalmente, pelo crescimento dos recolhimentos do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incide sobre o lucro das empresas. Segundo a Receita, eles são importantes indicadores da atividade econômica, sobretudo o setor produtivo.
O IRPJ e a CSLL totalizaram uma arrecadação de R$ 28,42 bilhões, com crescimento real de 9,85% em relação ao mesmo mês de 2021. Esse resultado é explicado pelo acréscimo real de 13,28% na arrecadação da estimativa mensal de empresa não financeiras. Na apuração por estimativa mensal, o lucro real será apurado anualmente, sendo que a empresa está obrigada a recolher mensalmente o imposto, calculado sobre uma base estimada.
A Receita observa ainda que houve pagamentos atípicos de IRPJ e CSLL de, aproximadamente, R$ 2 bilhões, por empresas ligadas ao setor de commodities, associadas à mineração e extração e refino de combustíveis.
No acumulado do ano, o IRPJ e a CSLL totalizaram R$ 371,72 bilhões, com crescimento real de 20,48%. Esse desempenho é explicado pelos acréscimos de 82,41% na arrecadação relativa à declaração de ajuste do IRPJ e da CSLL, decorrente de fatos geradores ocorridos ao longo de 2021, e de 19,81% na arrecadação da estimativa mensal.
“Destaca-se crescimento em todas as modalidades de apuração do lucro. Além disso, houve recolhimentos atípicos da ordem de R$ 37 bilhões, especialmente por empresas ligadas à exploração de commodities, no período de janeiro a setembro deste ano, e de R$ 31 bilhões, no mesmo período de 2021”, informou a Receita.
Já as receitas extraordinárias foram compensadas pelas desonerações tributárias. Apenas em setembro, a redução de alíquotas de PIS/Confins sobre combustíveis resultou em uma desoneração de R$ 3,75 bilhões. No ano, chega a R$ 14,60 bilhões. Já a redução de alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados custaram R$ 1,9 bilhão à Receita no mês passado e R$ 11,50 bilhões no acumulado de janeiro a setembro.
“Sem considerar os fatores não recorrentes, haveria um crescimento real de 9,02% na arrecadação do período acumulado e de 6,37% no mês de setembro de 2022”, informou o órgão.
Outro destaque da arrecadação de setembro foi a Receita Previdenciária, que alcançou R$ 45,77 bilhões, com acréscimo real de 4,84%, em razão do aumento real de 8,50% da massa salarial. No acumulado do ano, o resultado chega a R$ 393,36 bilhões, alta real de 6,19%. Esse último item pode ser explicado pelo aumento real de 6,43% da massa salarial e pelo aumento real de 18,72% na arrecadação da contribuição previdenciária do Simples Nacional de janeiro a setembro deste ano, em relação ao mesmo período de 2021.
Além disso, houve crescimento das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em razão da Lei 13.670/18, que vedou a utilização de créditos tributários para a compensação de débitos de estimativas mensais do IRPJ e da CSLL.
O Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) - Rendimentos de Capital teve arrecadação de R$ 6,73 bilhões no mês passado, com acréscimo real de 86,41%. De janeiro a setembro, o valor chega a R$ 62,58 bilhões, alta real de 62,80%. Os resultados podem ser explicados em razão da alta da taxa Selic, que influenciou os recolhimentos dos rendimentos dos fundos e títulos de renda fixa.
O IRRF - Rendimentos do Trabalho apresentou uma arrecadação de R$ 13,25 bilhões em setembro, crescimento real de 6,71%.
A Receita Federal apresentou ainda os principais indicadores macroeconômicos que ajudam a explicar o desempenho da arrecadação, tanto no mês quanto no acumulado do ano. Entre eles está a venda de serviços, com crescimento de 8% em agosto (fator gerador da arrecadação de setembro e 8,63% no ano) e a massa salarial, que mantém crescimento significativo de 17,96% no mês (17,91% no ano), em relação ao mesmo mês de 2021.
O valor em dólar das importações também cresceu 24,83% em relação a agosto do ano passado (27,10% no ano).
A produção industrial teve crescimento de 4,11% em agosto, mas apresentou queda de 1,48% no acumulado do ano, comparado ao período de janeiro a agosto de 2021. Já a venda de bens teve queda de 0,70% no mês e 1,16% no ano.
Nesta segunda-feira, 24, a draga holandesa do tipo Hopper, Lelystad, recebeu a visita de diretores da Superintendência do Porto de Itajaí, Delegacia da Capitania de Portos de Itajaí, e prefeitura de Itajaí, para uma visita técnica, objetivando como são feitos os serviços gerais de manutenção no Canal de Acesso do Complexo Portuário.
Sua função é a manutenção ou reestabelecimento da profundidade dos canais interno e externo e da Bacia de Evolução, definidos em 14 metros e em 14,5 metros.
Participaram da visita técnica, o Prefeito do município em Exercício, Marcelo Sodré, diretores da Superintendência do Porto de Itajaí, Ronaldo Camargo Souza, Diretor Geral de Administração e Finanças, Jucelino dos Santos Sora, Diretor de Engenharia, Bruna Calloni, Coordenadora de Gestão de Obras e Projetos, e o Delegado da Capitania dos Portos de Itajaí, Capitão de Fragata, Eduardo Rodrigues de Lima.
“Foi possível visualizar a tecnologia que é implementada para receber os navios e manter o calado. Coisa que nós em solo firme do município não sabemos ou entendemos que é preciso. Se não tiver capacidade suficientemente adequada de calado não temos um porto movimentado e trazendo os dividendos para a cidade”, comenta o prefeito de Itajaí em Exercício, Marcelo Sodré.
Com um sistema de sucção “hopper”, a Lelystad realiza a dragagem, transporte e descarga com equipamentos que aspiram resíduos do solo, armazenando-os em uma cisterna. Após isso, guarda os sedimentos até o local de descarte (bota-fora), afastado da costa.
“Esse trabalho continuo de dragagem, sobretudo de manutenção do calado, é para viabilizar que navios entrem de maneira segura junto ao canal possibilitando o desenvolvimento da nossa economia. Temos uma característica especifica por conta da margem do Rio-Itajaí-Açu, por isso a dragagem acontece de forma constante, em dois sistemas. Um de injeção de água, e outro da draga hopper que suga o material e manda para a cisterna, para ação do bota-fora, no quadrante sul e quadrante norte”, diz o Diretor-Geral de Engenharia, Jucelino dos Santos Sora.
A ação de descarte pode ser feita em até 12 viagens por dia para o despejo dos sedimentos coletados, com um afastamento de até 10 quilômetros de distância do canal de acesso, o equivalente a 5 milhas náuticas.
Durante ação de dragagem, a Lelystad consegue retirar 10.000 metros cúbicos de sedimentos no fundo do Rio Itajaí-Açu – utilizando-se de tubos a bordo.
“Estamos fazendo intensamente o circuito de dragagem completo, até o campo de despejo (bota-fora), acompanhados da comitiva do Porto de Itajaí e da Prefeitura de Itajaí para se familiarizarem com essa operação fundamental. A manutenção das profundidades navegáveis no interior do porto e no canal externo é feita até alcançar a profundidade natural suficiente. Durante esta operação fizemos a parte da dragagem dentro do canal interno, recolhemos o tubo de dragagem e navegamos na velocidade máxima até a área de despejo. Agora estamos retornando para realizarmos mias um ciclo”, comenta um dos diretores da empresa Van Oord, Antônio Seabra.
Com bandeira internacional da Holanda, a embarcação possui 136,97 metros de comprimento e 26 metros de largura (boca), tendo sido construída no ano de 1986 (36 anos de uso). Seu peso bruto é de 13.200 toneladas, e comporta ainda dois motores diesel Wartsila de nove cilindros cada.
O serviço prestado pela draga Hopper Lelystad integra o plano contratual da Autoridade Portuária com a empresa Van Oord, responsável pela manutenção do calado operacional do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes desde 1999, com 20 anos de atuação.
Impulsionar a inovação e a criação de soluções inteligentes e úteis, nos mais variados setores, e ainda ter retorno financeiro com esta operação. Essa é a ideia por trás do Corporate Venture Capital (CVC), uma modalidade de investimento por meio do qual grandes corporações investem diretamente em startups e empresas inovadoras ou em fundos que realizam a operação. Incentivadora de fundos de investimentos como esses, criados especialmente para acompanhar a “disrupção” tecnológica e a rápida e intensa transformação digital do planeta, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) organiza desde 2015 o Corporate Venture in Brasil (CV in Brasil), realizado em parceria com a Global Corporate Venturing (GCV). A sexta edição do evento ocorrerá nesta semana, nos dias 25 e 26 de outubro, no Hotel Intercontinental, em São Paulo.
A movimentação do mercado envolvendo esse tipo de negócio nunca esteve tão crescente, não só pela quantidade de novos anúncios públicos de CVCs, mas pela premência do tema. Segundo levantamento realizado pela ApexBrasil, entre 2016 e 2021, houve um salto de 800% no número de corporações investindo dessa forma, passando de 13 para 104. No mundo todo, de acordo com dados do GCV World of Corporate Venturing, em 2013, eram 501 fundos de CVC existentes e, em 2020, esse número havia saltado para 2.206. Em novembro, uma nova atualização da pesquisa brasileira deverá mostrar ascensão ainda maior nos fundos de CVC existentes no Brasil, demonstrando, portanto, a consolidação dessa prática no país.
"Com o Corporate Venture Capital, que é a junção das lógicas de inovação aberta e Venture Capital, as grandes companhias injetam recursos para fazer com que a inovação cresça e se desenvolva ainda mais rapidamente. O objetivo é garantir que essa inovação, oferecida pelas startups, se torne uma tendência de mercado na forma de produtos ou serviços ou, ainda, traga ganhos de eficiência para operação, reduzindo custos e otimizando processos. Com o Corporate Venture in Brasil, a ApexBrasil, empenhada em atrair investimentos para o país, vem há sete anos conectando players e facilitando a troca de informações e boas práticas envolvendo o capital de grandes empresas ", explica o analista da coordenação de investimentos da ApexBrasil, Jayme Queiroz.
Ambiente propício
O evento tem como objetivo impulsionar o ambiente para esse tipo de investimento, promover a troca de experiências entre fundos, startups e executivos, e fomentar atividades empreendedoras em companhias brasileiras. A programação do evento e os speakers convidados podem ser acessados aqui. É uma oportunidade para que grandes corporações e empresas investidoras dialoguem com fundos de capital empreendedor em fase de levantamento de recursos, e com empresas e startups inovadoras. Além disso, proporciona o espaço para exposição de melhores práticas e estudos de caso do ecossistema brasileiro de inovação e de investimentos globais em tecnologia.
Para essa edição, a primeira após a pandemia, a expectativa é de proporcionar um ambiente dinâmico e com sinergias convergentes para o fechamento de negócios. Trata-se de um encontro entre investidores e futuros investidores engajados com a inovação aberta e o empreendedorismo corporativo. No último CV in Brasil, realizado em 2019, houve recorde de audiência, com 457 participantes, e o maior número de reuniões privadas facilitadas: 188 ao todo. O sucesso do evento está relacionado ao aumento exponencial do interesse em iniciativas de Corporate Venture Capital, com anúncio de diversos investimentos no Brasil, alguns direcionados para startups e outros para a formação de fundos de venture capital com teses mais complexas e diversos players envolvidos.
Um exemplo é o da Oxygea, empresa criada pela Braskem, uma das patrocinadoras do Corporate Venture in Brasil 2022, que irá fomentar o surgimento e desenvolvimento de novas iniciativas voltadas para a sustentabilidade, materiais avançados, economia circular e transformação digital, através da interação com startups no mercado. Serão investidos US$ 150 milhões para o desenvolvimento de novos negócios em até cinco anos. Já a B3 lançou um fundo para investir em startups a fim de atrair inovação e se antecipar a potenciais disrupções do seu negócio. Serão R$ 600 milhões geridos pela L4 Venture Builder, que terá duas estratégias: investir em empresas que tragam inovação ao negócio ‘core’ da Bolsa, ou que complementem seu negócio por operar em segmentos adjacentes, como os mercados de energia, carbono, finanças descentralizadas, tokenização de ativos, soluções para fintechs, neobanks, crowdfunding e pagamentos.
O CV in Brasil também conta com o patrocínio de outras empresas-chave para quem deseja entrar nesse negócio com segurança, como a Valetec Capital, que presta serviços de orientação para iniciar o corporate venturing, e a FM/Derraik, que traz esclarecimentos sobre riscos jurídicos no processo. Sem contar tantos outros investidores e apoiadores do ecossistema de corporate venture capital brasileiro, tais como KPMG, Bertha Capital, EY, EDP Brasil, Torq by Sinqia, Ahead Ventures e outros.
Ascensão e inovação
A rápida disseminação de fundos de CVCs pode ser explicada pelo também acelerado ritmo de inovação em todo o planeta, que é provocado, principalmente, pela transformação digital e por novas tecnologias exponenciais. Para acompanhar esse desenvolvimento, as grandes corporações se veem impelidas a intensificar programas de inovação aberta, sob o risco de suas soluções e produtos se tornarem obsoletos de forma abrupta e percam valor para o mercado e seus clientes. Após o investimento , a regra costuma ser a manutenção de participações minoritárias e a proteção de valor das startups para que ganhem mercado, mas em alguns casos, os stakes minoritários podem acabar sendo integralmente incorporadas pelas big companies via aquisições.
Deste modo, o ecossistema de inovação mundial, o capital disponível para novos investimentos e a lógica do venture capital, tornaram o investimento em empresas inovadoras uma estratégia para a continuidade de grandes corporações que, a cada dia, têm criado seus próprios fundos para esse propósito. Estudo realizado pela Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) mostra que 13 empresas que pertencem atualmente ao Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, fundaram CVCs em 2022, contra oito em todo o ano de 2021, o que prova que ainda há muito espaço a ser explorado por grandes corporações que desejam criar esses fundos, principalmente se for uma estratégia de longo prazo.
Corporate Venture in Brasil
A iniciativa surgiu após a ApexBrasil ter sido procurada por corporate venture capitalists estrangeiros e brasileiros que pediam apoio para identificar empresas e startups inovadoras que poderiam se alinhar às respectivas teses de investimentos. Idealizado pela ApexBrasil em parceria com a Global Corporate Venturing, o CV in Brasil visa ao desenvolvimento da indústria e do ecossistema de venture capital brasileiro por meio da expansão de fundos de CVC no país. Ao longo de cinco edições, mais de 60 corporações internacionais participaram do evento, realizando cerca de 400 reuniões de negócios que geraram aproximadamente US$ 500 milhões em novos investimentos no Brasil.
ApexBrasil
A ApexBrasil atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos, apoiando atualmente cerca de 15 mil empresas em 80 setores da economia brasileira. Em conjunto com a ABVCAP, a ApexBrasil trabalha para atrair investimentos para gestores de private equity e de venture capital e atua diretamente para atrair investimentos e parcerias tecnológicas para empresas inovadoras. Em 2021, a Agência atuou na facilitação de 35 projetos de investimentos, com anúncios de aproximadamente US$ 13,8 bilhões. Deste total, cerca de 40% são de anúncios de investimentos realizados para o setor de Venture Capital e Private Equity (VCPE).
A Agência faz parte do Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil, por meio do qual atua em coordenação com mais de 120 escritórios no mundo (os Setores Comerciais das Embaixadas e Consulados Brasileiros – SECOMs), e trabalha em estreita colaboração com outros ministérios, órgãos reguladores e entidades de classe.
Em setembro, foi registrada deflação para todas as faixas de renda, com exceção da classe de renda alta, de acordo com o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O índice foi divulgado nesta quinta-feira (13/10).
Enquanto a classe de renda alta teve variação positiva de 0,08%, todas as demais classes apresentaram deflação, com taxas variando entre -0,35% para o segmento de renda média e -0,21% para a classe de renda muito baixa. No acumulado deste ano, até setembro, as taxas de inflação variaram de 3,83% (renda média baixa) a 4,79% (renda alta).
O alívio inflacionário, em setembro, veio dos grupos transportes, comunicação, e alimentos e bebidas. Nos transportes, as quedas de 8,3% da gasolina e de 12,4% do etanol explicam grande parte do recuo dos preços no mês.
No grupo comunicação, as maiores contribuições para a queda da inflação vieram das deflações registradas nos serviços de internet (-10,6%) e dos combos de telefonia, internet e televisão por assinatura (-2,7%), além dos planos de telefonia fixa (-1,1%) e móvel (-0,4%).
Em relação aos alimentos e bebidas, a contribuição para a redução da inflação veio da melhora no comportamento dos alimentos no domicílio. A deflação de 0,86% desse item em setembro reflete o recuo nos preços dos leites e derivados (-6,2%), dos óleos e gorduras (-4,2%), das hortaliças (-3,9%), dos cereais (-1,6%) e das carnes (-0,72%).
O grupo habitação e o grupo saúde e cuidados pessoais sofreram altas de preços e impediram um recuo ainda mais significativo da inflação em setembro. As três classes de renda mais baixa foram impactadas pelos reajustes dos aluguéis (0,67%), do gás de botijão (0,92%) e da energia elétrica (0,78%). Para as três faixas de renda mais elevada, os aumentos dos planos de saúde (1,1%) e dos serviços de hospedagem (2,9%) e pacote turístico (2,3%) pressionaram a inflação das três faixas de renda.
No acumulado em 12 meses, todas as classes de renda registraram desaceleração inflacionária na comparação com os resultados obtidos até agosto. Em termos absolutos, a inflação acumulada em doze meses atingiu, em setembro, taxas variando entre 6,9% para a faixa de renda média-baixa e 8,0% alta.
Recuo na comparação com 2021
A taxa de inflação mensal apresentou expressivo recuo para todas as faixas de renda, na comparação com setembro de 2021. Os grupos transporte, alimentação e bebidas e comunicação tiveram um melhor resultado em relação ao ano passado.
No caso do grupo comunicação, além das quedas de 10,6% dos planos de internet e de 2,7% dos combos de TV, telefonia e internet, este ano, a deflação de 1,1% do telefone fixo contrasta com a alta de 2,0% deste item em 2021.
No item alimentos no domicílio, houve deflação mais intensa dos cereais (-1,6%), das hortaliças (-3,9%) e das carnes (-0,72%) em setembro de 2022 comparativamente ao observado no mesmo mês em 2021 (-0,88%, -0,97% e -0,21%, respectivamente).
O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,7% em agosto na comparação com julho deste ano. É o quarto resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 3,3% nesse período. Com isso, o setor opera 10,1% acima do nível pré-crise sanitária da covid-19, registrado em fevereiro de 2020. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados na manhã desta sexta-feira (14/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O setor de serviços é o que mais emprega no Brasil e abrange atividades como comércio varejista, administração pública, transporte, atividades financeiras e imobiliárias, saúde e educação. Para se ter uma ideia da importância do setor para a economia brasileira, dos 1.853.298 postos de trabalho gerados no país entre janeiro e agosto deste ano, 1.027.288 vagas foram de serviço, de acordo com informações do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência.
Segundo o IBGE, três das cinco atividades pesquisadas acompanharam o resultado positivo do índice geral. Entre elas, os destaques foram as de outros serviços (6,7%) e de informação e comunicação (0,6%). Com o crescimento registrado em agosto, o setor de informação e comunicação acumula ganho de 1,8% nos últimos dois meses. Os serviços prestados às famílias (1,0%) cresceram pelo sexto mês consecutivo, período em que acumularam ganho de 10,7%. Apesar disso, o setor ainda está 4,8% abaixo do patamar pré-covid.
O setor de transportes, que vinha crescendo nos três meses anteriores, recuou 0,2% em agosto.
No período que seguiu de julho para agosto, o volume de serviços cresceu em 18 estados. Os maiores impactos vieram de São Paulo (1,6%), seguido por Distrito Federal (5,0%), Minas Gerais (1,0%) e Rio de Janeiro (0,5%). Por outro lado, Paraná (-7,1%) exerceu a principal influência negativa, seguido por Goiás (-3,4%) e Rio Grande do Sul (-1,1%).
Quando comparado a agosto do ano passado, o volume do setor de serviços cresceu 8,0%, 18ª taxa positiva seguida nesse indicador.
Atividades turísticas
O índice de atividades turísticas cresceu 1,2% em agosto e registrou o segundo resultado positivo consecutivo. Com o avanço, o setor opera 0,1% acima do patamar pré-covid.
O setor avançou 22,8% na comparação com agosto do ano passado. O resultado foi puxado pelo crescimento das receitas das empresas de restaurantes, hotéis, locação de automóveis, transporte aéreo, serviços de bufê, e rodoviário coletivo de passageiros. Nesse indicador, todas as regiões pesquisadas avançaram. Entre janeiro e agosto, o agregado especial de atividades turísticas acumula expansão de 39,1%
A pesquisa
A Pesquisa Mensal de Serviços produz indicadores que acompanham e avaliam o comportamento conjuntural do setor de serviços no país. É pesquisada a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação.
Mais um dado referente ao desempenho do turismo nacional evidencia a recuperação do setor em meio à crise sanitária da Covid-19. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Atividades Turísticas cresceu 1,2% em agosto na comparação com julho deste ano e se encontra atualmente 0,1% acima do patamar de fevereiro de 2020. Entre janeiro e agosto de 2022, o agregado especial de atividades turísticas acumula uma expansão de 39,1%.
Os dados constam da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada na sexta-feira (14/10). Conforme o estudo do IBGE, que avaliou 12 Unidades da Federação (UFs), os resultados mais expressivos foram verificados nos estados de Minas Gerais (3,9%), São Paulo (0,6%) e Pernambuco (0,8%).
Já os destaques do resultado dos oito primeiros meses deste ano ficam por conta dos estados de São Paulo (45,7%), Minas Gerais (62,9%), Rio de Janeiro (20,4%), Rio Grande do Sul (51,8%) e Bahia (34,6%). De janeiro a julho de 2022, o IBGE já havia apontado um crescimento de 41, 9% do Índice de Atividades Turísticas frente a igual período do ano passado.
Em relação a agosto de 2021, o setor apresenta avanço de 22,8%, a 17ª taxa positiva seguida. Nesta comparação anual, o índice foi impactado especialmente pelo aumento das receitas das empresas de restaurantes, hotéis, locação de automóveis, transporte aéreo, serviços de bufê e rodoviário coletivo de passageiros, com números positivos em todas as UFs analisadas.
PMS
A Pesquisa Mensal de Serviços produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor no país, investigando a receita bruta de empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais empregados, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação.
Com informações do Ministério do Turismo
A construção civil representa um dos setores mais importantes para o estado de Santa Catarina, sendo responsável por 4,5% do PIB, medido em termos de Valor Adicionado Bruto – VAB. Já o Valor Bruto de Produção (VBP) para a construção foi de R$ 13,6 bilhões, o que representa 5% do total de produção em nível nacional. O setor da construção tem 17,2 mil estabelecimentos, ou seja, 33% da indústria, sendo o maior número de empresas na indústria catarinense. Comparado com as demais unidades federativas, o Estado representa o quinto maior número de empresas da construção no Brasil.
Entre as regiões que mais se destacam atualmente, a Costa Esmeralda, no litoral norte, que compreende os municípios de Bombinhas, Itapema e Porto Belo, possuem juntos 904 estabelecimentos do setor da construção, sendo 5,3% do total no Estado, segundo dados do MTP e Observatório da Federação das Indústrias de Santa Catarina – FIESC.
De janeiro a julho deste ano, a região gerou mais de 1,6 mil novas vagas formais de trabalho no setor da construção, com destaque para o município de Itapema. Em termos relativos, o estoque de empregos formais na construção teve alta de 20,2% em Itapema; 25,1% em Bombinhas e 23,4% em Porto Belo, em relação ao final de 2021.
“Com a expansão imobiliária em cidades como Itapema, e também em Balneário Camboriú, que está muito próxima, Porto Belo acompanhou esse crescimento. O impulsionamento do setor no município, veio após a mudança do Plano Diretor, que trouxe mais incentivo, com construtoras vindo de outras regiões, projetos inovadores e novos empreendimentos que tem destacado a cidade na região”, frisou o presidente do Sinduscon Costa Esmeralda, Rodrigo Passos Silva.
PORTO BELO CRESCEU EM ÁREA CONSTRUÍDA
A Costa Esmeralda tem mais de 3,0 milhões m² de área construída, sendo o dobro do valor registrado em 2018, conforme também apontou o estudo do Observatório da FIESC e CREA-SC. O município de Itapema representa 71% do total construído na região. Já em termos relativos, o município de Porto Belo aumentou nos últimos quatro anos, 4,5 vezes a sua área construída.
Além disso, até o início de setembro, já foram registradas na região 545 ART’s (Anotação de Responsabilidade Técnica), documento que indica a quantidade de obras licenciadas por localidade. O valor é maior do que o registrado no ano de 2019. Em Porto Belo, desde o início do ano são 120 ART’s.
A Conrado Empreendimentos, empresa paranaense que iniciou a expansão dos negócios imobiliários em Santa Catarina, viu no Balneário de Perequê, em Porto Belo, o local perfeito para investir e obras de alto padrão. Além do primeiro e grande empreendimento que será lançado no próximo mês, a construtora tem outras sete obras em fase de elaboração até o final deste ano, que trarão um grande valor agregado para a empresa, além de retorno em impostos para o município e aumento no emprego da mão de obra na região.
“Porto Belo tem muito para crescer e gerar muitas oportunidades de negócios por estar bem localizada, o que atrai muitos turistas e investidores, não só da região, mas também de outros Estados e também, de fora do Brasil, como dos Estados Unidos, principalmente da Flórida, que constatamos em visitas que lá fizemos. O legado da nossa empresa é a produção de bens de valor para o cliente, que consequentemente vai gerar retorno financeiro para a empresa, além de crescimento e valorização da região como um todo”, aponta o proprietário da Conrado Empreendimentos, João Conrado.
O prefeito de Porto Belo, Joel Lucinda, destaca que o desenvolvimento da cidade, é resultado de muito diálogo entre o poder público e a iniciativa privada.
“A chegada dos novos empreendimentos é um troféu para essa cidade que, por décadas, foi considerada apenas uma passagem. Hoje, Porto Belo está no mapa e é procurada por quem quer morar e quem quer investir. Acompanho todas estas mudanças e trabalho em projetos que preparam Porto Belo para o futuro, pensando não apenas no desenvolvimento, mas na qualidade de vida para a população”, concluiu o Prefeito.
A Almeida Junior acaba de ganhar dois importantes reforços na diretoria corporativa da companhia. O economista Lucas Medola, ex-PayPal, é o novo CFO (Chief Financial Officer) e Rodrigo Rissato, ex-Iguatemi, é o novo Diretor Comercial Corporativo da Almeida Junior. Lucas tem mais de duas décadas de experiência no mercado financeiro e de tecnologia, enquanto Rodrigo, mais de duas décadas de atuação no varejo. Os executivos chegam para fortalecer a gestão da Almeida Junior que se prepara para uma agenda robusta de investimentos em expansões e desenvolvimento imobiliário.
Medola ocupava, anteriormente, o cargo de CFO do PayPal na América Latina. "Minha maior meta como profissional é tornar a área financeira mais estratégica, multitarefa e parceira das áreas de negócios", afirma. O novo CFO da Almeida Junior é economista formado pela PUC/SP, com MBA Executivo em Finanças pelo Insper e no programa The Emerging CFO em Stanford, nos EUA.
Rodrigo Rissato teve uma sólida trajetória na Iguatemi, onde ocupava a posição de Diretor Comercial responsável pelos 16 shoppings da empresa. Além disso, liderou grandes empreendimentos do grupo, como Shopping Pátio Higienópolis e Iguatemi São Paulo. O novo Diretor Comercial Corporativo da Almeida Junior é administrador, com pós-graduação em Administração Financeira pela Escola Superior de Negócios (ESAN-SP) e MBA em Gestão Comercial pela Fundação Getulio Vargas. "A dinâmica da Almeida Junior com importante crescimento já planejado e foco em qualificar ainda mais o mix dos shoppings da rede, com marcas exclusivas que colocam Santa Catarina em evidência, são alguns dos fatores que me motivaram a encarar o novo desafio”, destaca.
A cidade de Itajaí, no Litoral Norte catarinense, foi escolhida para receber
a TRANS CARGO EXPO MODAL & LOGÍSTICA 2023 - Feira Internacional de
Transporte de Cargas, Modal e Logística de Santa Catarina. O evento ocorre
entre os dias 24 e 26 de Maio 2023 no Centro de Eventos Itajaí e deverá
atrair grande interesse dos setores do transporte de cargas rodoviárias,
portuárias e aeroportuárias da região sul.
A expectativa é reunir mais de 100 Empresas expositoras no Centro de
Eventos Itajaí, vindas do exterior e principais centros produtores do Brasil.
Itajaí comporta uma excelente infra estrutura portuária, aeroportuária,
modal e logística, localização geográfica e estratégica dos centros de
distribuição. Por estes e outros motivos, fizeram de Itajaí a escolha certa
para promover a Feira, comenta Roberto Piccoli, organizador do evento.
“Santa Catarina tem uma economia forte, pujante e pronta para receber
grandes eventos profissionais tais como: têxtil, metal mecânico, plástico
que já estão acontecendo nas regiões que representam.
A TRANS CARGO EXPO MODAL & LOGÍSTICA 2023 - Feira Internacional
de Transporte de Cargas, Modal e Logística será apresentada no Centro
de Eventos Itajaí. Um grande encontro de negócios com a exposição do
melhor na infra estrutura portuária, aeroportuária e transporte de cargas
rodoviárias da região sul. A excelência na infra estrutura e receptivo de
Itajaí prova que estamos na direção certa, observa Piccoli.’’
A programação terá ainda o Congresso MODAL & LOGÍSTICA de Santa
Catarina, com painelistas renomados apresentando novas tendências do
mercado.
Roberto Piccoli
CEO da THGEXPO realizadora da
TRANS CARGO EXPO 2023
MODAL & LOGÍSTICA
Terceira data mais importante para o varejo, atrás do Natal e Dia das Mães, o Dia das Crianças deste ano deve movimentar o comércio catarinense no início de outubro. Pesquisa da Fecomércio SC sobre a intenção de compras na data aponta alta de 20% no gasto médio (R$ 236,18)- em termos reais, considerando a inflação, as famílias pretendem desembolsar 10,37% a mais diante de 2021.
Leia a pesquisa na íntegra
Cerca de sete em cada dez devem realizar as compras durante a semana que antecede a data: 48,2% na semana (dias úteis), 16,5% na véspera e 3,4% no dia. Quase a metade deve presentear com brinquedos (47,1%), seguido por roupas (27,6%) e calçados (7,5%).
A produção de veículos teve alta de 19,3% em setembro na comparação com o mesmo mês de 2021, com a fabricação de 207,8 mil unidades, segundo balanço divulgado hoje (7) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No acumulado dos nove primeiros meses do ano, foi registrado um crescimento de 6,3% em relação ao período de janeiro a setembro do ano passado, com a produção de 1,75 milhão de veículos.
As vendas tiveram elevação de 25,1% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, com 194 mil emplacamentos. No acumulado de janeiro a setembro, foram comercializadas 1,5 milhão de unidades, queda de 4,7% em relação ao mesmo período de 2021.
Para o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, apesar da queda nas vendas em comparação com o ano passado, os resultados são positivos. Entre os indicadores que ele destaca está a venda média de 9,2 mil veículos por dia em setembro. “A média diária nos anima bastante, mostra um crescimento constante do mercado”, enfatizou.
As vendas de automóveis e veículos comerciais leves tiveram alta de 29,1% em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado, com o emplacamento de 156,4 mil unidades. No acumulado dos três primeiros trimestres do ano, a comercialização do segmento tem retração de 6,8%, com 1,21 milhão de emplacamentos.
Segundo Márcio Leite, o setor ainda sofre com as dificuldades em conseguir componentes, como os semicondutores. Na avaliação dele, essa situação só deve ser normalizada no segundo semestre de 2023. Mesmo com as dificuldades, o presidente da Anfavea espera que os fabricantes consigam vender até o final do ano 2,14 milhões de veículos. “[Isso tem sido possível devido a] criatividade das nossas áreas industriais, de logística, eles realmente tiveram menos horas de sono, o esforço é maior, mas a gente tem conseguido atingir um resultado satisfatório”, ressaltou.
As exportações tiveram alta de 20,7% em setembro, com a venda de 28,5 mil veículos para o exterior. De janeiro a setembro, a alta é de 31,2% em relação ao mesmo período de 2021, com a exportação de 363,5 mil unidades. Apesar do resultado positivo em relação ao ano passado, as vendas para o exterior ainda enfrentam problemas, na comparação com agosto, o resultado de setembro representa uma queda de 39%.
De acordo com Leite, as exportações vêm sofrendo com atrasos no sistema de transporte marítimo. “Isso acontece pela própria retomada, até que tenha-se um arranjo da cadeia de suprimentos e logística mundial nós ainda temos algumas situações pontuais que acabam impactando em alguns meses”, disse.
Além disso, as montadoras brasileiras têm tido, segundo ele, dificuldade com as restrições burocráticas na Argentina, principal destino dos veículos brasileiros vendidos para outros países. “De fato percebe-se, sim, uma redução das exportações para a Argentina principalmente em função da restrição de liberação de licenças para exportação”, destacou.
A quantidade de pessoas empregadas na indústria de veículos cresceu 1,6% em setembro em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 104,6 mil trabalhadores.
A União pagou R$ 685,47 milhões em dívidas atrasadas de estados em setembro, segundo o Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito e Recuperação de Contragarantias, divulgado hoje (7) pelo Tesouro Nacional.
Do total, R$ 244,82 milhões são débitos não quitados pelo estado do Rio de Janeiro; R$ 209,94 milhões do Rio Grande do Sul; R$ 77,99 milhões de Goiás; R$ 69,25 milhões do Piauí; R$ 52,38 milhões do Maranhão; R$ 25,87 milhões de Alagoas; e R$ 5,21 milhões do Rio Grande do Norte.
Neste ano, já são R$ 6,68 bilhões de dívidas de entes subnacionais honradas pela União. Os que tiveram os maiores valores honrados foram os estados do Rio de Janeiro (R$ 2,26 bilhões), Minas Gerais (R$ 1,97 bilhão) e Goiás (R$ 1,05 bilhão).
Desde 2016, a União realizou o pagamento de R$ 48,60 bilhões em dívidas garantidas.
Além do relatório mensal, o Tesouro Nacional também disponibiliza os dados no Painel de Garantias Honradas. As garantias representam os ativos oferecidos pela União – representada pelo Tesouro Nacional - para cobrir eventuais calotes em empréstimos e financiamentos dos estados, municípios e outras entidades com bancos nacionais ou instituições estrangeiras, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Como garantidor das operações, a União é comunicada pelos credores de que não houve a quitação de determinada parcela do contrato.
Caso o ente não cumpra suas obrigações no prazo estipulado, o Tesouro compensa os calotes, mas desconta o valor coberto com bloqueios de repasses federais ordinários, além de impedir novos financiamentos. Há casos, entretanto, de bloqueio na execução das contragarantias a partir da adoção de regime de recuperação fiscal ou por meio de decisões judiciais que suspenderam a execução.
Em 2022, a União recuperou R$ 192,51 milhões em contragarantias. O valor é referente a dívidas pagas do estado de Minas Gerais (R$ 163,16 milhões) e do Rio Grande do Norte (R$ 29,35 milhões). Desde 2016, o montante recuperado é de R$ 5,58 bilhões.
No último Relatório Quadrimestral de Operações de Crédito Garantidas, divulgado em setembro, o Tesouro informou que o saldo total devedor das garantias concedidas pela União a operações de crédito é de R$ 280,57 bilhões. O estado de São Paulo é a unidade da Federação com maior saldo devedor, R$ 37,55 bilhões.
Os estados concentram 77,8% das operações garantidas, com saldo devedor de R$ 218,30 bilhões. Em seguida, estão os municípios e os bancos federais, com 10,4% (R$ 29,21 bilhões) e 7,1% (R$ 20 bilhões), respectivamente, do saldo devedor. As entidades controladas, como empresas de água e energia, detêm 2,7% (R$ 7,47 bilhões) e as estatais federais, 2% (R$ 5,58 bilhões).